O que poderia dar errado, afinal?
Detenção? Expulsão? Morte?
Não sei se borboletas no estômago valem tão a pena assim. Mas a questão é que essas borboletas não saem de dentro de mim. É só a minha memória começar a voltar no tempo dentro de minha cabeça que as malditas borboletas voltam ao seu medíocre lugar.
Eu nunca imaginei que elas seriam capazes de aparecer naquele momento, mas elas apareceram. O pior de tudo é que eu não sei se as borboletas apareceram no estômago dele.
Será que apareceram? Ou será que o discurso "O caminho já foi descoberto, só falta a permissão" foram meras palavras que saíram de sua boca em vão?
O que eu estou pensando com isso tudo?
Eu não quero isso.
Eu quero...
Não, eu quero isso.
Alguma coisa, aqui dentro, me faz querer isso. E me faz querer isso tão absurdamente que a razão, que anda sempre ao meu lado, acabará se perdendo em meio a essa completa insana e estupidez que irei cometer novamente.
Eu não posso fazer isso.
Mas eu quero.
Querer não é poder.
Mas eu posso.
- Oh, você está aí! – uma risada esganiçada pairou no ar e o embrulho tomou o lugar das borboletas em meu estômago. – Hermione? Não consegue dormir?
- Não.
- Pensei que fosse o Uon-Uon. Disse para ele me encontrar hoje aqui embaixo... Ele deve ter acabando se esquecendo disso. Aquela festa toda...
- Pois é.
- Bem eu vou... Boa noite.
Maldita Lilá.
Maldito Weasley.
Maldito Malfoy.
O que tiver que acontecer, irá acontecer...
E vai acontecer.
Malditas borboletas!
