Disclaimer: Harry Potter não me pertence. Créditos a J.K. Rowling.

Casal: Draco Malfoy x Hermione Granger.

Música utilizada: Gravity por Sara Bareilles.

Shortfic dedicada a Srta. Baby por me fazer gostar de Dramione. (Baby-chan, eu sei que a fic ficou uma porcaria, mas não me mate! )

Fragilidade

Você me amou porque eu sou frágil

Dizem que ser frágil é uma fraqueza. Eu discordo. Acho que a fragilidade é uma das mais poderosas forças que uma pessoa pode ter. Através da fragilidade você sofre e sangra, mas de que outra maneira você poderia sentir que está vivo? De que outra maneira eu poderia saber que estou vivo?

Abaixo meu rosto e olho para a pedra cravada em meio ao gramado. Ajoelho-me e toco as letras entalhadas na superfície dura e lisa. Minha mente viaja em direção às antigas memórias. Quadros pintados em minha mente apenas para minha doce observação. Para que eu possa saber que vivi um dia.

Fecho meus olhos e concentro-me na imagem que minha mente me oferece: seu sorriso sincero. Seu sorriso, minha motivação a continuar a viver. Lamento que sua presença não esteja mais aqui. Sem você, a escuridão que me assombra me controla mais e mais. Você não está aqui para afugentar meus pesadelos.

O que dói mais é saber que fui eu quem a mandou embora, diretamente para ele. Dói, mas não me arrependo dessa dor. Foi o melhor para você. Ficar longe de mim seria sempre o melhor para você.

Mas fico feliz ao saber que você foi feliz. Você o amou e construiu uma vida ao lado dele, uma vida que jamais poderia ter construído ao meu lado. Embora você nunca percebesse, eu sempre assisti a sua felicidade. Via o modo como você sorria para ele – do mesmo modo que sorria para mim –, percebia como você se sentia bem ao abraçar seus filhos – dele e não meus.

Sua felicidade, mesmo sendo longe de mim, se tornou o combustível de minha existência. Enquanto você estivesse feliz, eu também estaria. A única diferença é que minha felicidade durará muito mais do que a sua. Ainda estou feliz, lembrando-me de você, de nós, mas você já não é mais feliz.

Ou talvez seja. Não sei. Agora, eu já não posso mais acompanhar sua vida. Você não está mais aqui. Abro meus olhos e deslizo meus dedos pelas letras talhadas na lápide – seu nome. Você agora está presa no doce sono da morte, sono que jamais me fará prisioneiro. E ele está ali, ao seu lado. Até mesmo na morte é ele quem te acompanha, e não eu.

Mas está tudo bem. Você sempre mereceu a felicidade e não a tristeza de ficar ao lado de um filho do tempo como eu. Ele era o tipo de ser certo para você. O odeio por ter ficado e ainda permanecer ao seu lado, mas agradeço-o por cuidar de você.

Levanto-me e afasto-me de seu túmulo. Duas pessoas se aproximam, reconheço-as imediatamente. O rapaz é igual a ele, mas a menina é exatamente como você. Seus filhos nunca se esquecerão de você. E nem eu.

Minha doce fragilidade, minha amarga força. Você sempre foi tudo isso e mais. Você foi o momento em que minha vida começou e terminou. Sua presença tornava-me frágil perante a vida e sua ausência tornou-me forte perante a morte que me persegue, mas não consegue me tocar.

Arranco uma rosa do jardim desse cemitério e esmago as pétalas vermelhas entre meus dedos, jogando-as para o vento em seguida.

Entreguei-te minha fragilidade. Agora, continue dando-me minha força.

Quando pensei que estivesse forte

Nota Final:

Só pra constar: Draco é imortal.