Nome da Fic: Piratas do Caribe e o Olho de Hathor
Autor: Roxane Norris
Beta-reader: Andy GBW
Pares: Jack Sparrow/ Personagem Original
Censura: PG-13
Gênero: Romance/ Drama/ Aventura
Spoilers: Minha fic anterior, Piratas do caribe e o Segredo de Jack Sparrow.
Resumo: Jack Sparrow resolve mostrar a seu filho o que é viver uma verdadeira aventura á moda pirata, entretanto, nem ele estava preparado para viver aquela...
Agradecimentos e dedicatória: á Andy GBW, minha amiga fofa, que betou a fic com muito carinho, e mais uma vez no sufoco! E a todas as minhas amigas de PdC, que me incentivaram a fazer uma continuação... Amo vcs!
Disclaimer: Jack Sparrow, assim como os outros personagens citados nessa fic, a exceção de Amira Jones, são de propriedade dos Estúdios Disney e da Editora Melhoramentos. Ou seja, quase o mundo todo, menos eu.
Notas: Algumas citações serão explicadas ao longo da fic, mas eu gostaria de avisar ao meus leitores que existem alguns personagens aqui citados que não fazem parte dos filmes, e sim dos livros da coleção: "Piratas do Caribe". Obrigada desde já pelo carinho em começar a ler essa introdução, e espero que todos se divirtam... Bjokas imensas!!
Piratas do Caribe e o Olho de Hathor
As ondas embolam na areia,
me envolvendo no canto da sereia,
entregando a vida minha,
àquela doce ninfa marinha.
Assim, preso a desejos traiçoeiros,
eu busquei no mundo inteiro
quem pudesse arrancar de meu coração
essa amaldiçoada paixão.
Empenhei o meu navio, velas e tripulação
até mesmo, o meu posto de capitão,
mas você não deixa meu pensamento,
em nenhum momento.
Entretanto, eu não sabia
que teu coração também não era calmaria
Deixando a rainha acorrentada
ao coração de um pirata.
A brisa salgada do mar
e dois corpos a se tocar
Selando com suor e calor
As nossas juras eternas de amor...
CAPÍTULO I
O Pérola singrava as águas do Mediterrâneo rumo ao oceano. Jack estava em sua cabine debruçado sobre os mapas, marcando pontos aqui e acolá, traçando linhas, enquanto um par de olhos castanhos observava-o curioso por cima de seus ombros. Um leve sorriso crispou seus lábios antes de perguntar-lhe:
- Johnny, o que está espionando?
- Nada, papai – respondeu o menino, desviando o olhar para a janela e murmurando mais para si do que para Jack: – Eu queria entender como se faz essas coisas...
- Você quer aprender a marcar latitudes e longitudes num mapa? - Jack sorriu-lhe complacente, segurando seu braço entre os dedos e fazendo-o fitá-lo.
- Sim – respondeu inseguro, encarando-o em castanhos brilhantes. E reunindo toda a firmeza que possuía, completou energicamente: - Acho que já sou crescido o suficiente para aprender a ser um bom navegador!
- Está bem – concordou Jack, revirando a ponta dos bigodes para cima, orgulhoso de sua cria. Impondo respeito, completou num tom firme: - Se me prometer que prestará atenção em tudo o que digo e tentará compreender ao máximo cada detalhe da primeira vez... - abriu mais ainda o sorriso, deixando a mostra os dentes de ouro – Eu lhe ensino.
- Ok – respondeu prontamente o filho, colocando-se na lateral da mesa e debruçando-se sobre o mapa.
Jack se aprumou e, pegando novamente o compasso entre os dedos retornou a marcação, explicou calmamente cada etapa para Johnny, que olhava tudo admirado e com interesse redobrado.
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Alguns dias depois chegaram à ilha da Madeira, situada no Atlântico. Uma pequena possessão portuguesa que vive de seu comércio artesanal e da plantação de cana-de-açúcar, desde os remotos idos de D. João VI. Jack soubera que o impetuoso Capitão Barbossa havia se apropriado de uma pequena construção naquela ilha, simples e de uma vista magnífica para o porto, a fim de instalar nela a tal mulata brejeira da Jamaica. Não era uma coisa que se podia dizer comum ao velho bucaneiro, mas Jack agora sabia o quanto as mulheres eram capazes de mexer com um homem. Foi assim que o Pérola chegou ao porto da Madeira e desembarcou com Amira e mais um pequeno grupo de marujos para encontrar Barbossa.
A cidade era pequena, porém bela, as ruas estreitas, como era de se esperar, subiam e desciam pequenos morros, e as principais borbulhavam com o comércio dos barcos. Jack tomou a direção das casinhas brancas que sucediam umas as outras, como a trama de uma renda, tão famosas por aquelas paradas, com Amira atrás de si. O pequeno grupo de marujos tomou o caminho das ruas principais, guiado por Pintello, onde tentariam conseguir provisões para a viagem.
Jack e Amira cruzaram a cidade e subiram por uma viela, que circundava um pequeno morro, e em seu topo estava encarrapitada uma casa, também branca, mas de proporções um pouco mais avantajadas que as outras. Eles pararam à porta da construção e Jack lançou sua mão fechada de encontro a madeira, fazendo-se anunciar. Não houve uma resposta imediata, Jack e Amira se fitaram por segundos tentando absorver qualquer ruído que viesse do interior da casa, até que captaram sons de passos arrastados sobre tábuas de madeira que se tornavam mais próximos. Jack sorriu para ela com triunfo e Amira revirou os olhos em resposta. A porta se abriu deixando um rosto moreno aparecer emoldurado por longos cabelos ondulados de um castanho escuro e os olhos da mesma tonalidade, um sorriso aflorou nos lábios carnudos a frente deles, revelando um colar de pérolas como dentes. Uma voz chegou aos seus ouvidos, potente, clara e firme:
- Em que posso ajudá-los? - Mantinha o sorriso franco enquanto corria os olhos atentos de um para o outro.
- Eu sou o Capitão Jack Sparrow – apressou-se em anunciar Jack, fazendo-lhe uma reverência, e apontando para Amira, completou: - e essa é minha esposa, Amira. Viemos falar com Hector, ou melhor, o Capitão Barbossa – fez seus trejeitos.
- Jack Sparrow? - Fitou-o intensamente. – Já ouvi falar muito de você... - afastou-se para o lado deixando que eles entrassem e continuou com um leve tom de bravata: - Tartarugas marinhas, não foi? - Piscou o olho para Amira, e completou sorrindo, indicando-lhes o sofá em tom verde, esmaecido pelo tempo: - Conheço a história. Aceitam um pouco de Ginja enquanto eu chamo Hector? - O olhar sobre Jack e Amira, que se sentaram confortavelmente sobre a almofada.
- Sim - respondeu Jack rapidamente, fingindo não ter percebido a ironia da mulata.
- Não, obrigada – respondeu educadamente Amira. – Estamos com pressa – completou com um sorriso, enquanto lançava um olhar repreensivo para o marido.
- Entendo... - disse ao entregar para Jack um cálice com a bebida, e se dirigindo para a porta atrás de si, completou: - Ele virá em instantes.
Amira viu a mulata desaparecer pela porta e Jack virar o líquido marrom nos lábios de uma vez só. Houve um ruído seco no interior da casa e minutos depois a porta foi aberta pela figura imponente de Barbossa.
- Jack! – exclamou num misto de surpresa e preocupação ao ver o pirata ali. E tentando não demonstrar nenhum dos dois, completou: - Que bons ventos o trazem?
- Uma pequena aragem, eu diria – respondeu Jack com desfaçatez. – Entretanto, como combinamos há alguns anos atrás, eu gostaria de lhe pedir emprestado certas cartas de navegação... Já que você se quer fez bom uso delas. - Sorriu maroto para Barbossa que o fitava intrigado, e continuou ardilosamente: – Se tivesse chegado a La Fontaine teria se tornado uma lenda, e não estaria enterrado numa casinha branca na Ilha da Madeira! - Com seu modo afetado, andou até Barbossa e sussurrou ao seu ouvido: - Confesse, desistiu da imortalidade por um belo par de pernas!
Barbossa fez um muxoxo contrariado, devolvendo-lhe um sorriso amarelo. Amira lançou um olhar penetrante a Jack, que se limitou a ignorá-lo, e prosseguiu gesticulando ao circundar Barbossa.
- Eu vim, meu bom Hector, compadecido de seu infortúnio – sorriu cínico antes de completar: - oferecer-lhe uma nova chance de se aventurar pelos mares, como nos bons e velhos tempos! - Retorceu as pontas do bigode.
- Jack - disse Barbossa, devolvendo-lhe o tom de ironia –. o que está tramando dessa vez? - e desviando o olhar para Amira, disse: - Sra. Sparrow, não conseguiu fazê-lo desistir de sua busca pela imortalidade?
- Muito pelo contrário, eu diria até que fui muito bem sucedida – troçou Amira e com um sorriso maroto nos lábios, concluiu: - Viemos para tentar convencê-lo a retomar seu espírito aventureiro e ir conosco mostrar ao nosso filho o que é singrar os mares como um verdadeiro pirata.
- Falou bonito, amor – assentiu Jack divertido e andando afetado até Barbossa, deu-lhe um tapa no ombro, dizendo: - O que me diz dessa proposta tentadora?
- Nada de imortalidade? – perguntou receoso, estreitando os olhos sobre Jack, que desviou os dele para Amira.
- Tem minha palavra, capitão – respondeu a morena.
Fitou os dois piratas a sua frente com um olhar intenso, era verdade que não fora o melhor amigo de Jack Sparrow, mas vivera com ele grandes aventuras, e há anos não sabia o que era o gosto salgado delas. Não que tivesse aberto mão de sua vida de pirata, isso nunca! Só que desde que trouxera Constance para aquela ilha, via-se preso a uma vidinha enfadonha e sem muitas emoções. Entretanto, parecia que a vida estava lhe dando a oportunidade de se envolver numa aventura imprevisível, como só se tem ao lado de Jack Sparrow. Seus olhos brilharam intensamente e com um sorriso nos lábios respondeu:
- Vamos no Raio ou no Pérola?
Jack sorriu para Amira, que devolveu o sorriso, e respondeu-lhe:
- No Pérola. O que me diz?
- Como navegador? - rebateu cínico.
- E que posição pretendia ocupar? - perguntou-lhe cínico Jack, completando: – Eu já tenho uma esposa.
Barbossa revirou os olhos enquanto Amira sorria e logo depois saiu pela porta atrás de si. Voltou em seguida com as cartas de navegação de Sao Feng, o chapéu preto sobre a cabeça e perguntou:
- O que estamos esperando?
Os três sorriram e deixaram a casa rumo ao porto. Enquanto atravessavam as ruas em direção ao cais, Jack perguntou a Barbossa, curioso:
- Seja sincero, nunca fez uso das cartas? - Fitou-o desconfiado.
- Não seja tolo, Sparrow! - retrucou Barbossa. – Eu sou um pirata, não um pescador de ilusões! E possuo uma tripulação de mandriões, há de se explicar mais algum ponto?
Ambos soltaram uma gostosa gargalhada, fazendo Amira os fitar divertida. Jack estava feliz, dizia para si mesma, esse era seu marido... Não demoraram a chegar ao Pérola e quando embarcaram, souberam que os marujos liderados por Pintello já haviam regressado com as provisões. Em poucas e precisas ordens se prepararam para partir. As velas negras foram infladas, as amarras cortadas e a âncora içada. O Pérola e sua tripulação iniciavam sua nova aventura rumo ao desconhecido.
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Depois de dois dias embarcados, Jack e Barbossa se reuniram na cabine do primeiro para discutir o rumo a tomar. O mapa de Sao Feng mostrava inúmeras possibilidades de aventura, mas havia uma que chamara a atenção de nossos valorosos amigos... Um nome que naquele tempo era valiosíssimo: Esmeralda.
Havia no mapa um pequeno texto, sobre a costa norte do Egito, que dizia assim:
"La estrella del Oriente, el ojo de Hathor, es tan hermosa en cuanto a la diosa que le dio el nombre, sin embargo, uno no dejó engañan... Entonces los ojos verdes en el mundo no son y su ciruela pasa de brillantez a usted para cegar"
- O que me diz? - perguntou Jack.
- Uma esmeralda de um tamanho considerável... Talvez – ponderou Barbossa –. entretanto, o final parece ser uma aviso para quem a procura - e encarando Jack em azuis brilhantes, completou: - Seria esse o tipo de aventura adequada para uma criança de oito anos?
- Ele é meu filho, savvy? - disse Jack com seus trejeitos. – Eu decido o melhor para o garoto... E em minha opinião essa rima é apenas para afugentar os pobres de espírito, não para o Capitão Jack Sparrow! - Pegou a garrafa de rum sobre a mesa e a levou aos lábios dando um longo gole. Passou-a para Hector, completando: - Rumo ao Egito, meu caro.
- Se você diz – sorriu Barbossa, deitando o rum nos lábios. – Mas e a sra. Sparrow? E os nossos amigos da Companhia das Índias?
A conversa dos dois capitães foi interrompida pela voz potente do Sr. Gibbs, que entrara abruptamente na cabine com o rosto esfogueado, dizendo apressadamente:
- Capitão, o senhor precisa ver isso!
Jack estreitou seus olhos sobre o imediato, numa expressão visivelmente preocupada, e pegando seu chapéu sobre a mesa, tomou a direção da porta da cabine sendo seguido por Barbossa. Ao chegar ao convés, os dois perceberam o que Mestre Gibbs queria dizer: o céu fora tomado de um vermelho intenso enquanto nuvens negras vindas de todos os lados se aglomeravam sobre suas cabeças, girando rapidamente. Jack se apressou em ir para o timão, enquanto Barbossa se dirigia para o castelo da proa delegando ordens aos marujos que via pela frente.
O vento começou a soprar intensamente assoviando por entre as velas. O Pérola jogava demasiadamente para os lados enquanto Jack matinha o timão firme entre os dedos, fazendo seu navio romper as ondas que se embolavam num bailado grotesco a sua frente. Começara a chover, os pingos grossos encharcavam-lhe a roupa, quando Amira surgiu no tombadilho.
- Jack – perguntou se agarrando as cordas, os cabelos escorridos sobre o rosto, molhados pela chuva agora intensa. – O que está acontecendo?
- Uma tempestade – respondeu firme – e das boas. É melhor ficar lá embaixo com o menino.
- Johnny está bem, essas coisas não o assustam – rebateu firme. – Sou mais útil aqui.
- Então, sra. Sparrow, acho melhor começar a apertar esses nós de amura para que não se soltem com o vento – ordenou com um leve sorriso, vendo-a assentir e tomar a direção do mastro, verificando-os.
As ondas varriam o convés enquanto os raios cortavam impetuosamente o céu, lançando seu brilho alaranjado sobre as velas e os rostos da tripulação do navio. As paredes de águas cada vez maiores sucediam umas as outras como rochedos imponentes no meio do mar. O vento uivava como gritos esganiçados aos ouvidos dos marujos. O Pérola adernava forçosamente para os lados enquanto a madeira dos mastros rangiam sobre suas cabeças. Uma onda imensa veio a estibordo do navio, quase virando-o, no mesmo momento em que um raio acertou o mastro principal fazendo-o tombar e as velas caírem sobre o convés.
Amira se precipitou escada abaixo para ajudar os outros marujos a retirá-las dali, mas o esforço parecia inútil, e uma nova onda acertou o costado do Pérola. Johnny saiu da cabine aterrorizado com a fúria do mar e se juntou a mãe. Amira subiu ao tombadilho onde estava Jack, os olhos escuros do capitão iam cravados nas nuvens. O Pérola imbicou na onda, mas a força do mar dessa vez foi mais aterradora e o navio inclinou totalmente para bombordo. Jack só teve tempo de enlaçar a cintura de Amira e se atar a um cabo enquanto ela fazia o mesmo com o filho. Tudo o que viram diante de seus olhos era o azul profundo do oceano...
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N/A: Meninas!!! Saudades!
Aqui está como vcs pediram o primeiro caps da nova fic, não me matem se tiver erros porque a beta ainda naum mandou os caps,ok? Assim que ela o fizer eu substituo, mas como vcs estavam impacientes, eu resolvi colocar para matar a curiosidade... hehehehe
Nem preciso dizer que amo todas, neh?
Enfim, só para não ficar chato, a fic vai começar sendo postada uma vez por semana. Para dar tempo dela betar, entaum ateh sábado que vem! Espero que tenham gostado!
Bjos! Adoraria revies fofas, savvy?
