Lembranças Perdidas
Declaração: Os personagens ou lugares aqui citados não me pertencem, são da dona J. K. Rowling e é isso ai!
Capítulo 1.
Um rapaz caminha tranquilamente pelo vilarejo. Poderia ser considerada uma cena comum naquela noite de Julho, porém, nada naquele rapaz era comum. Primeiro porque ele era um bruxo, segundo por ser o único no mundo que havia sobrevivido a uma maldição da morte. Obviamente, ele era Harry Potter e estava caminhando pelo vilarejo de Godric's Hallow, o lugar onde tudo começou.
A Segunda Guerra Bruxa, como ficara conhecida àquela em que Voldemort finalmente caíra, havia acabado há seis anos. Sua cicatriz nunca mais o incomodara, o que de certa forma era um alivio para o rapaz, que finalmente pode seguir sua vida da maneira mais tranquila que um auror poderia ter, afinal, depois que Kingsley Schalkelbolt se tornara o Ministro da Magia, aqueles que haviam lutado e queriam seguir a carreira de auror, assim poderiam fazer.
Quando finalmente alcançara a lugar que tinha pretensão de ir, Harry não conseguia pensar no que fazer. Ali se encontrava a placa que havia visto há sete anos, com um maior numero de assinaturas e mensagens, agora que ele era não só o-menino-que-sobreviveu, o Eleito, ele era aquele que salvara o mundo bruxo, e muitos que nem se quer o conheciam agradeciam seus atos naquela placa. Desde a primeira vez, Harry achou uma ideia genial, sentia-se apoiado e completo, porém, havia algum tempo em que Harry não pensava em sua antiga casa por causa da placa ou do que ali ocorrera. Sendo honesto com seus pensamentos, uma noite enquanto olhava sua esposa, Gina, dormindo, Harry percebera que não sabia praticamente nada da vida de seus pais. Sirius havia contado, junto com Lupin, uma ou duas histórias sobre seus pais, só que mais uma vez, tudo isso era cortado com o seguinte passo que Harry iria dar na guerra, o que ele estava sentindo, tendo assim tão pouco tempo para conhecer aqueles que ele tanto amava. E achou chegando a conclusão que poderia ir até o lugar em que tudo isso havia sido tirado dele, ou seja, aquela casa, que agora ele olhava tão receoso. Afinal, o que fora fazer ali? Era o que ele se perguntava, vendo a ruina que levara todo um futuro diferente, assim como a prova de amor de seus pais.
Depois de transcorrido quase uma hora, Harry criou coragem para adentrar a casa. O gramado que ladeava a casa estava tão comprido que ele teve que cortar alguns pedaços com a varinha para poder seguir o caminho de pedras que levava até a porta, que ainda se encontrava aberta. Tudo ali naquela casa, trazia uma dor que Harry tentava evitar há seis anos, desde a ultima vez em que perdera alguém que amava. Contudo, naquele lugar a dor era mais forte do que qualquer coisa, afinal, as lembranças que Lord Voldemort ainda estavam marcadas em seu cérebro, ainda conseguia visualizar o chão o local exato em que seu pai caíra, o lugar onde antes ele estava brincando de fazer bolhas coloridas e fumaça para Harry se distrair, olhando para a escada, que continha uma grossa camada de poeira, ele conseguia ver sua mãe descendo e falando para o marido que já era hora de colocar Harry para dormir, a última vez que ele seria colocado para dormir por aqueles que ele mais amava.
A dor de imaginar a vida que poderia ter tido; a dor de ter perdido a todos que o amavam desde criança, todas as dores do mundo, acertavam Harry de todas as maneiras. A casa se encontrava intacta, como se seus pais ainda pudessem estar ali, tirando o obvio sinal de abandono apresentando pela poeira em todos os lugares. As fotos no porta-retratos mostrando um pequeno bebê com grandes olhos verdes, sendo beijado por James e Lily; livros na estante, muito e muitos livros guardados na estante, desde Hogwarts, uma historia até Poções para bebês, como ter uma dieta balanceada. Tudo só fazia com que as lagrimas escorressem sem parar por seu rosto, mas Harry não ligava, porque ele queria estar ali, ele queria conhecer seus pais.
Ele olhou por toda a casa, observou cada detalhe, cada simples objeto que fez parte da sua vida, e cada um dele fazia com que a dor daquilo que ele não tinha ficar maior. Recolheu todas as fotos para que pudesse colocar em seu velho livro de fotografias, que Hagrid havia lhe presenteado em seu 1º ano de escola, achou várias cartas no quarto de seus pais, muitas de Sirius e de Lupin, uma ou duas de Rabicho. As pertencentes a seu padrinho e as de seu antigo professor Harry recolheu, as de Rabicho ele teve que segurar o instinto de colocar fogo, afinal, ele era uma das razões de agora Harry estivesse que procurar por essas cartas, em primeiro lugar. Olhou cada lugar da casa por pelo menos três vezes, até reparar em um armário em baixo da escada. Rindo pela primeira vez, pela ironia de ser sido criado em um armário parecido com aquele, até seus onze anos, Harry ao tentar abrir a porta, descobriu que esta estava trancada, e nem um Alohomora havia mudado o seu estado. Ele achou isso muito estranho, afinal aquela casa era sua.
- Sou eu, o Harry. – Harry falou sem muita certeza, olhando para a maçaneta sem muita certeza, se sentido ao mesmo tempo sozinho e idiota, encostando a testa na porta, e segurando a maçaneta para um ultimo puxão, mesmo assim a porta continuou fechada.
Quando estava acreditando que aquilo deveria ser uma brincadeira de seu pai, ou quem sabe eles não necessitavam do armado em baixo da escada, tirando a mão da maçaneta e começando a virar as costas, foi quando percebeu que a mesma fez um click e abriu. Abrindo vagarosamente a porta, para o susto de Harry, ali se encontrava uma bacia de pedra posicionada em cima de uma mesinha simples de madeira escura, com oito garrafinhas com um material que não era líquido ou sólido dentro, com o brilho perolado que ele tanto conhecia. Sem acreditar no que seus olhos viam, Harry entrou por vez dentro do armário, olhando tudo com uma grande curiosidade, quando percebeu que em baixo da primeira garrafinha existia um pedaço de pergaminho. Levantando a primeira garrafinha, retirou o pergaminho, que continha as seguintes palavras:
"Amado Harry,
Se você esta lendo estas palavras quer dizer que algo de ruim aconteceu com a gente. Esperamos que você esteja bem e que saiba que nós te amamos muito, você foi o maior presente que nós pudemos sonhar. Porém, sabemos do perigo em que nos encontramos e por isso, depois que seu pai visitou o escritório de Dumbledore e viu uma penseira, ele veio com a ideia de 'Porque não colhemos algumas memórias para que o Harry possa nos conhecer caso alguma coisa aconteça?'. Então aqui, filho, estão oito memorias para você saber um pouco da nossa historia, que é sua também.
Te amamos muito,
Pai e Mãe"
Foi com lagrimas escorrendo de seus olhos verdes, que ele despejou a primeira lembrança na penseira e entrou, pela primeira vez, nas memorias de deus pais.
N/A: Bom, há um bom tempo que eu não escrevo uma estória, espero não ter perdido a mão hauhauahauhuah
Bom, o Harry nunca teve muitas informações sobre seus pais e eu sempre achei essa lacuna pouco agradavel. Portanto eu resolvi, agora que estou de férias fazer a minha solução das lacunas :)
Reviews são muito muito bem vindas, pois quero saber o que vocês acham da minha singela ideia. Pretendo escrever/postar toda a fic durante as minhas férias (nao tenho muito tempo pra qualquer outra coisa se não a faculdade quando estou em aula huahauah) mas sou uma pessima pessoa pra lidar com prazos hm.
Espero do fundo do coração que vocês gostem :)
