Olá pessoal!

Essa é a primeira das três adaptações de obras de Lucy Monroe que pretendo postar. Espero que gostem. Eu as li em outro fandom (Inuyasha) e amei (os créditos pela primeira idéia de adaptação, portanto, não são meus). Espero que entre os amantes de Twilight essas adaptações também sejam aprovadas.

O romance pertence à Lucy Monroe e as personagens de Twilight à nossa querida Meyer!

"Se eu encontrá-la nua na minha cama, é demissão na certa!"

Bella não precisava de avisos. Sabia que o príncipe Edward Antony Cullen, seu lindo chefe italiano, estava fora de cogitação. Mas agora Edward precisava se casar. Já estava cansado de oportunistas, e a inocente Isabella será a esposa mais conveniente! Bella não sabe exatamente quais serão seus novos deveres reais. Mas, ficar nua na cama do príncipe não é mais uma ofensa passível de demissão é uma exigência!

CAPÍTULO I

— Você a contratou?

O príncipe Edward Antony Cullen caminhava na suíte do Hotel Hong Kong falando no celular, aguardando com uma impaciência mal disfarçada para saber se sua presa havia mordido a isca.

— Ela veio ao palácio para a entrevista, como combinado, e me impressionou muito. — A voz de Alice era de aprovação. — Não sei como ficou sa bendo sobre ela, mas é uma moça adorável e será boa para as crianças. Realmente é ideal, mas inicialmente não pensei que fosse aceitar a proposta.

— Por quê? — Ele havia se assegurado de que Isabella Swan não tinha problemas de lealdade, e tomou algumas medidas para que os empregadores atuais a demitissem, sugerindo, ao mesmo tempo, que ela considerasse ocupar o cargo na casa dele.

— Estava preocupada com o impacto que sua au sência, no prazo de dois anos, traria a Charlotte e Vincenzo especialmente depois da morte de Tânia .

— Dois anos? Ela planeja ir embora?

— Tem planos para abrir a própria creche depois que economizar o suficiente.

Ah, então ela ainda tinha os mesmos sonhos. Ele não ficava surpreso com isso. Bella Swan era quase tão teimosa quanto ele.

— O que falou a ela?

— Segui seu conselho e a apresentei em primeiro lugar a Vinni e a Char. Eles gostaram da Srta. Swan de imediato, e ela logo se encantou por eles. Você sabe como a pequena Charlotte é tímida e mesmo assim, no fim da entrevista, ela estava sentada no colo da Srta. Swan. Nunca vi nada assim.

Ela não precisou dizer o que os dois sabiam. A li gação entre as crianças e a mãe verdadeira nunca fora muito significativa. Tânia não os educou.

— Que bom ouvir isso! Muito bom.

— Sim. Eu disse a ela que, caso se comprometesse com um contrato de dois anos, pagaríamos um bônus no final para ajudar os negócios dela.

— E isso a convenceu?

— Inicialmente, não. Ainda estava preocupada com as crianças, mas eu expliquei que, na contrata ção de ajuda doméstica, um contrato de dois anos era de longo prazo.

Ele não tinha planos de permitir que Isabella Swan partisse em dois anos, nem depois disso, mas Alice não precisava saber desse detalhe.

— Brilhante. E ela aceitou.

— Sim.

— Obrigada, Alice. Diga a Jasper que o verei quando voltar a Cullen Pays.

— Você deve vê-lo antes de mim. — Algo no tom da cunhada o incomodou.

— Você está bem, Alice?

— Sim, claro. Como você sugeriu, a Srta. Swan aceitou começar imediatamente.

— Excelente.

— Sim, mas vou sentir falta das crianças.

— Sinto muito, Alice.

— Não seja bobo. Gosto da companhia deles, mas é importante que tenham uma pessoa mais constante para tomar conta deles. Se você morasse aqui no pa lácio seria diferente, mas como mora em outra ilha, não posso suprir a falta da mãe deles.

Ela desligou.

Edward desligou também e sorriu no quarto va zio. Tudo estava dando certo.

Aparentemente, seus filhos e Bella se adoraram. Além disso, ela ainda era a mesma criatura doce da época da faculdade. Ele não esperava nada de dife rente desde que leu o relatório que recebeu sobre ela.

Era eficiente, bem-humorada no ambiente domés tico e fácil de conviver. Na época da faculdade, ele não apreciava essas qualidades. Estava muito interes sado na beleza externa para entender o quanto a pre sença dela significava para ele... até que ela se foi.

Ele podia reconhecer o quanto sua vida caminhara suavemente enquanto Bella foi sua governanta. Quatro anos em um casamento falido com Tânia o curaram dessa complacência.

No primeiro ano depois da morte dela, Edward se recusava a pensar em ter outra esposa, pois não tinha o desejo de se aventurar em outro casamento sem harmonia. Mas também não queria terminar como o pai e, nos últimos meses, começou a ansiar por um casamento pacífico como o que seu irmão mais velho tinha com a gentil e doce Alice.

Sempre que Edward fantasiava com esse tipo de harmonia, só conseguia pensar em uma mulher: Isabella Swan. Podia ouvir sua suave voz o lembrando de tomar café antes de sair, podia lembrar-se de suas mãos ocupadas se assegurando de que a vida dele transcorresse sem dificuldades.

Ele queria aquela harmonia novamente, mas, des sa vez, não cometeria o erro de mandá-la embora.

Ela se afastou dele uma vez, dizendo que a relação dos dois era puramente profissional, mas que não o queria mais como chefe. Ele aceitou a inverdade por duas razões.

A primeira foi porque sabia que a havia ferido e, mes mo que não tivesse essa intenção, sentia que devia a ela a honra de respeitar seu desejo de cortá-lo de sua vida.

A segunda era que Tânia sentia ciúmes da relação dele com Bella. Esse sentimento infundado o sur preendera na época. Ele o considerara parte do amor passional que a francesa nutria por ele. A bobagem dessa crença ainda o amargurava.

Tânia amou apenas uma pessoa... a si mesma.

Ele dava condições para que ela tivesse o estilo de vida que desejava. Nada mais. Casar com um prínci pe, tornar-se uma princesa. Ele imaginava se o fato de Bella saber de sua condição de príncipe mudaria sua atitude em relação a ele...

Todos mudavam. E essa foi a razão de ter feito fa culdade com a identidade de Antony Masen.

Ele queria ter relações com base em quem era, e não no que era. Queria provar que podia ser bem-sucedido por conta própria, e não por causa da força do nome de sua família. Pelo menos isso ele conseguiu provar. Formou-se com honras somente por seu mé rito, mas as relações foram outra história.

Sem que soubesse, Tânia sempre tivera ciência de sua condição nobre e Bella fugiu do simples Antony Masen muito facilmente.

Será que ela o desejaria como um dia Tânia dese jou, quando soube de seu sangue real?

Ele concordou que esta não era a questão. Ela era exatamente o que ele queria como mulher e mãe de seus filhos. A razão para ela escolher se casar com ele não importava, pois ainda seria ela mesma, uma mulher que reunia todas as condições para fazer a vida dele mais tranqüila e dar a seus filhos a educa ção de que tanto precisavam.

Porém, ele não era bobo.

Não sustentaria um compromisso eterno em lem branças que já datavam de seis anos. Ao contratá-la para cuidar dos seus filhos, ele teria a oportunidade de observar Bella e assegurar-se de que ela fosse tudo o que ele lembrava antes de informá-la sobre seu desejo de casar-se com ela. Também queria garantir que a paixão latente que havia entre ambos não tinha desaparecido e que era tão intensa quanto o encontro ardente que ele guardava na memória.

Não se sentiria confortável com uma mulher que não gostasse desse lado da natureza.

Recusava-se a ser como seu pai, que encontrava prazer sexual fora do casamento. Considerava este comportamento repreensível, assim como o próprio pai, que não se casou novamente, depois de se divorciar da segunda mulher.

O pai dele chamava isso de "a maldição dos Cullen". De acordo com o rei Carlisle, os homens da fa mília eram fadados a ter apenas um amor verdadeiro. Essa seria a suposta "explicação" por não ter conseguido se manter fiel à segunda esposa, Esme. Para Carlisle, o amor verdedeiro havia morrido com sua primeira esposa, Elizabeth, a mãe de Edward e Jasper.

Edward não se importava com seu suposto desti no. Ele jamais quis amar como seu pai e terminar viú vo, sempre em busca de preencher um vazio que nun ca seria satisfeito.

Sabia que era diferente do pai. Até mesmo uma paixão superficial seria suficiente para ele se manter fiel. Foi assim com Tânia. Embora, quando se casa ram, ele acreditasse que era amor verdadeiro, logo viu que não era bem assim.

Mesmo assim, manteve-se fiel, apesar dos proble mas no casamento e a descoberta de que o que acredi tava ser amor nada mais era do que encantamento pela beleza dela.

— O papai vem logo pra casa?

Bella sorriu e aconchegou Charlotte na peque na cama.

— Sim, querida. Só mais dois dias.

— Sinto saudades dele.

— Eu sei. — Bella beijou sua testa. — Boa noi te, Char.

— Boa noite, Bella.

Ela apagou a luz e verificou mais uma vez Vinni. Estava dormindo...

Aquele emprego era diferente dos an teriores, mas agora trabalhava para a realeza. Eles certamente tinham uma forma particular de lidar com a vida doméstica. Parecia estranho, mas ela gostava do senso de respeito que tinha dos colegas de traba lho e da óbvia importância que o príncipe dera à sua função de cuidar das crianças.

Ela fechou o quarto de Vinni, esperando que ele e a irmã dormissem bem naquela noite. O pai deles não ligou como de costume, e foi difícil colocá-los na cama. Seus pequenos fardos precisavam dela, mais ainda do que a família que acabara de deixar para trás.

Isso não era surpreendente, considerando que a mãe de Vinni e Char morrera quando eles ainda eram muito novos, mas era impressionante o quanto ela já se importava com os dois.

Ela os amava, de verdade.

Deveria ser cedo demais para ter tais sentimentos por crianças às quais não dera à luz, mas sentiu uma forte ligação com elas desde a entrevista. Estava mui to inclinada a recusar a oferta do príncipe, mas então conheceu as crianças e sentiu que simplesmente não podia esquivar-se da necessidade que percebia nelas.

Ela concordou com o contrato de dois anos, mas seu coração já perguntava agora como conseguiria separar-se dos dois quando chegasse o momento. Era babá deles por apenas dez dias, mas sentia como se estivesse a vida toda.

Ela morou em mais de um orfanato quando era criança, teve várias colegas de quarto nos dois últi mos anos de faculdade e foi babá em duas famílias di ferentes, mas nunca se ligou tão rapidamente a nin guém como àqueles dois.

Exceto a Antony Masen.

E aquela relação terminou mal para ela, assim como o emprego.

De onde podia falar, tanto Char quanto o irmão mais velho sentiam muita falta do pai, que dedicava muito tempo ao trabalho. Eles precisavam tanto dela que se sentia incapaz de virar as costas. Viciado em trabalho ou não, o príncipe não devia ser de todo mau, pois tinha dois filhos adoráveis e uma cunhada muito dedicada.

Ele não era exatamente alguém negligente. Ligava para os filhos todos os dias, mais de uma vez, e con versava com eles em um nível que mostrava o quanto sabia lidar com crianças. Bella não escutava às es condidas, mas não podia evitar ouvir a fala das crian ças.

Ela acreditava que ele era um bom pai, apesar das preocupações com o trabalho.

Seu patrão anterior era do mesmo jeito. Parecia uma condição comum entre as pessoas ricas. Ela se manteve no último emprego por dois anos e podia contar nos dedos os feriados que os patrões passaram com os filhos. Não era o tipo de vida que invejava, ainda que significasse viver em meio ao luxo e a via gens constantes.

Nunca se interessou em ligar-se a nenhum dos ho mens que conheceu naquele mundo que passou a fre qüentar desde que se formou. Se algum dia se casas se, seria com um homem que soubesse realmente ser parte de uma família, e não apenas um provedor.

Queria algo real, algo duradouro e afetuoso... o tipo de família com a qual sonhara por toda a infância

Ela suspirou e deixou-se afundar no elegante sofá em estilo vitoriano da sua sala de estar. Tinha 26 anos e começava a duvidar que fosse encontrar um homem com o qual desejasse compartilhar sua vida. Esse pensamento não doía tanto quanto a idéia de que, por causa disso, jamais teria filhos.

Ela pegou o controle remoto e ligou a televisão.

Certamente não encontraria ninguém naquele meio. Gostava da princesa Alice, mas seu marido, o príncipe herdeiro, era tão concentrado no trabalho quanto o irmão mais novo. Bella duvidava que isso fosse mudar quando o casal tivesse filhos e imagina va se essa seria a razão para ainda não os terem tido.

Ela passou os canais até achar seu filme favorito, um romance dos anos 40. Ela adorava esse filme e sa bia que ficaria acordada até de madrugada assistindo. O herói sempre a lembrava do homem que um dia fez seu coração bater forte e seu corpo arder como fogo.

Infelizmente, assim como o homem da televisão, Antony Masen casou-se com outra mulher. Uma mulher linda, sofisticada e sensual. O tipo de mulher que vi rava a cabeça de todos os homens. O tipo de mulher que Bella sabia que jamais seria.

Edward fora seu patrão e colega de quarto na faculda de e, mesmo que tivesse dito o contrário quando bri garam, seu amigo mais próximo. Ela vinha pensando muito nele ultimamente. Algo em Vinni e Char fa zia com que se lembrasse dele e dos sentimentos que ele provocou.

Ela também vinha tendo outros tipos de sonhos... os eróticos, nos quais aliviava as sensações que co nhecera nos braços dele naquela noite, seis anos atrás. Ela não entendia a ligação e não gostava disso.

Fora muito ruim perdê-lo para Tânia e ter de viver sem sua presença diária. Mas agora ela sentia que es tava temendo novamente a perda, mas não compreen dia a razão.

Determinada a não pensar no passado e sofrer ela se concentrou no filme, mas, dessa vez, sua história de amor favorita não lhe prendeu a atenção, e logo ela se perdeu em lembranças que não conseguia esque cer, por mais que tentasse...

Bella passava nervosamente as mãos sobre a saia. A carta dizia que o traje para a entrevista deve ria ser casual, mas ela queria causar boa impressão.

Portanto, prendeu os fios longos e castanhos em um rabo-de-cavalo e fez um coque, tentando aparen tar mais que os 18 anos que tinha. Estava vestindo uma saia longa cor-de-creme e uma blusa clássica.

E limpou bem o par de sandálias brancas que ga nhara da mãe adotiva dois anos antes, por ter cortado a grama.

Precisava daquele emprego. O salário não era ex celente, mas o emprego possibilitaria manter os estu dos sem que precisasse recorrer a outro emprego que pagasse pouco para complementar.

Ela tocou a campainha e entrou quando a porta foi aberta quase imediatamente por um homem que era bem mais novo do que esperava. Na realidade, não era muito mais velho que ela. Com os cabelos acobreados, um rosto que podia ter sido esculpido por Michelângelo, olhos verdes intensos e um corpo imponente e musculoso. Ele era lindo.

Deve haver... acho que deve haver um engano. — Ela olhou para o corpo maravilhoso dele e anali sou as outras casas ao redor.

Está aqui por causa da vaga de governanta? — O homem alto, de pele clara e lindo perguntou com uma voz que revirou o estômago dela.

Hum, sim.

Ele a olhou de cima a baixo, como se a examinasse.

Pensei que fosse mais velha.

Eu também.

Pensou que você mesma fosse mais velha? — ele perguntou com certa ironia nos olhos.

Pensei que você fosse mais velho — ela corri giu, corando.

Ele deu um passo para trás e indicou que ela podia entrar.

Então, a surpresa foi recíproca, certo?

Creio que sim.

Sou Antony Masen e você deve ser Isabella Swan.

Sim. É um prazer conhecê-lo, Sr. Masen.

Antony, por favor.

Certo. — Ela o acompanhou na sala.

Já cuidou de uma casa? — perguntou, enquanto eles se sentavam em lados opostos de uma mesa.

Lembrando-se dos anos em que cuidou dos irmãos de criação e da mãe doente, ela assentiu.

Muito.

Ao perceber que sua resposta não fora tão especí fica, ela começou a descrever as tarefas que fazia. A expressão dele era de surpresa.

Você cuidou da casa, dos irmãos e da mãe doen te enquanto ainda trabalhava em meio período?

Sou multifuncional. — tomara que aquilo a ajudasse.

Mas agora que fez 18 anos, saiu de casa?

Quando fiz 18 anos, não era mais elegível a ser parte do sistema. Helen não conseguiu ajuda para me sustentar e precisou que eu saísse para que pudesse adotar outra criança.

Ao saber disso, Bella percebeu que não havia significado mais que dinheiro para a velha mulher a quem se dedicara tanto, e isso lhe doeu. Mas essa parte ela não contou a Antony.

Entretanto, seus olhos muito observadores e compassivos demonstraram que ele havia lido as entreli nhas. Mas tudo o que perguntou foi:

O salário baixo não é impedimento para você?

Não. Para dizer a verdade, seria uma dádiva. Minha bolsa de estudos não cobre despesas pessoais.

Você cursa a universidade com bolsa de estu dos?

Sim.

Deve ser muito inteligente.

Gosto de estudar.

Ele não riu como muitas pessoas faziam quando ela declarava isso. Por alguma razão, a idéia de se formar na faculdade para cuidar de crianças parecia estranha a muitas pessoas.

O que quer fazer?

Um dia, quero ter minha própria creche.

Então, vai ter que estudar administração tam bém.

É o que planejo.

Ele concordou e a entrevista prosseguiu. Sur preendentemente, eles tinham muito em comum.

Ela pensou que ficaria inibida a seu lado, mas ele não agia como os outros homens lindos que conhece ra, presunçosos por causa de sua beleza.

Ela estava indo embora quando ele falou:

Preciso conversar mais uma coisa com você an tes de tomar minha decisão.

Pois não.

Pela primeira vez em quarenta e cinco minutos, ele mostrou-se pomposo.

Acho que podemos ser amigos.

Ela assentiu firmemente.

Gostei de você, Isabella.

Eu também gostei de você — ela respondeu, com a respiração presa.

O emprego é para dormir.

Sim, eu sei. É perfeito para mim.

Se eu contratá-la você deve me prometer que não passaremos da amizade. Pelo seu formulário, pen sei que seria mais velha... Eu não namoro pessoas que trabalham para mim. Nunca.

Ela olhou para ele sem saber o que dizer. Ele pare cia jovem demais para seguir essa política, mas certa mente ela não esperava que ele a quebrasse com ela.

Como ela não respondeu nada, ele foi ainda mais implacável.

Se eu acordar e encontrá-la nua no meu quarto, é demissão na certa.

Ela não conseguiu evitar uma gargalhada. Só de pensar em fazer algo tão audaz... tão absurdo... era mais do que podia suportar. Ela riu tanto que caiu pela parede, sacudindo a cabeça em negação ao co mentário dele.

Percebendo que ele estava preocupado, ela se for çou a parar.

Desculpe, eu não devia ter achado graça.

Estou falando muito sério.

O modo como o discurso dele ficava formal às ve zes era estranho, era como se a fala de um rapaz uni versitário não fosse natural a ele.

Isso já aconteceu antes? — ela perguntou, in crédula.

Sim — ele respondeu brevemente.

Juro pelos meus pais mortos que não aparecerei no seu quarto, seja nua ou de qualquer outra forma.

Seus pais morreram?

Sim.

Sinto muito.

Eu também, obrigada.

Nunca tentará me seduzir? — ele perguntou, como se ainda estivesse em dúvida.

Ela precisou de muito autocontrole para não rir no vamente.

Quando você me conhecer melhor, vai perceber que esse pensamento é ridículo, mas, por favor, acre dite quando eu digo que não precisa se preocupar com isso.

Por que, você não se interessa por homens?

Ela engasgou e fechou os olhos, tentando manter a compostura.

Sim, eu me interesso. Mas não sou do tipo que tenta seduzir ninguém, seja homem ou mulher — ela respondeu.

Ele ainda parecia preocupado e ela suspirou.

Olha, você disse que eu pareço inteligente. Bem, eu sou. Muito inteligente para perceber que so mos muito diferentes. Não sei de onde você vem para ter mulheres caindo aos seus pés querendo fazer sexo, mas cresci educada a manter-me longe da cama dos homens até eu me casar, e é assim que pretendo que seja.

De repente, ele sorriu e ela quase caiu contra a pa rede novamente, dessa vez por causa do impacto que sentiu, mas conseguiu se segurar.

Está contratada.