DISCLAIMER: Saint Seiya não me pertence e sim a Massami Kurumada, TOEI e empresas licenciadas. As demais personagens são de minha autoria.

Tudo bem. Mais uma fic... Vamo lá.

Sabe quando você ta deitada, com a cabeça no travesseiro, sem nenhum pingo de sono e a sua cabeça começa a trabalhar? Pois é... foi assim que essa fic surgiu, mas ela ainda demorou um pouco pra ficar do jeitinho que eu queria, pq conforme eu ia desenvolvendo o resto da idéia, o que tava mais na frente não fazia sentido ou não me agradava. Enfim... Consegui chegar num consenso comigo mesma e eis a fic.

Antes de mais nada, preciso falar sobre o ambiente da fic. E o próprio nome dela já diz alguma coisa. Escolhi colocar o nome em árabe pra dar pelo menos alguma ideia de Oriente, mas que fique claro que são lugares fictícios. Me baseei em na cultura árabe e híndi e nas cidades de Qarth e Dorne, do George Martin. Lembrando mais uma vez que eu apenas as usei de base. Não vou seguir a risca nenhuma delas, logo, nada de mimimi aos conhecedores de plantão.

Se notarem bem, a classificação da fic é M, então, se não quiser ler nada que não lhe agrade, melhor parar de ler aqui.

No mais, boa leitura e me deixem reviiieewwsss xD


Capítulo 1: Pra sempre.

Ali estavam os dois, ajoelhados perante o sumo-sumo-sacerdote, assumindo o compromisso matrimonial acordado quando ele tinha 7 anos e ela, 4. Hoje tinham 20 e 17, respectivamente e aquele matrimônio selava a união entre suas duas casas reais.

Ela era Amirah, princesa de Ahd, e ele era Saga, príncipe de Dahab.

Saga era o príncipe herdeiro, protegido do rei Fadil após a fortaleza de Castelo Dourado, sede real de Dahab, ter sido atacada, e seus soberanos, mortos. Como um último pedido do velho amigo, o rei de Ahd levou o garoto consigo para que cuidasse dele.

- Leve meu filho daqui. – ele disse entre suspiros sanguinolentos, estirado na cama, no quarto que lhe pertencia. – Não importa que tenhamos conseguido vencer esse ataque. Não há futuro para ele. Se ficar, será traído e assassinado tal como o irmão, tal como a mim. Temos um acordo, você e eu e não confio em ninguém mais. Nem mesmo nos homens que me prestaram juramento. Leve-o para Ahd, eu lhe imploro. Crie-o como seu. Eu não me importo. Mas salve-o.

- Ele é seu filho e sempre vai sê-lo. Vou levá-lo comigo para Ahd, mas ele vai crescer sabendo o rei que você foi.

- Faça-o ser... faça-o ser o rei que ele deve ser. Case-o com a sua menina quando for a hora e faça-o ser o rei... que deve ser.

- Eu lhe fiz uma promessa e vou cumpri-la. Em nome da nossa aliança, meu amigo. Meu irmão.

Fadil cumpriu a promessa ao amigo. Criou o garoto até que ele se tornasse um homem feito. E quando a hora chegou, ele casou-se com Amirah.

A princesa de Ahd era considerada a moça mais bonita de toda aquela região. Seus olhos pareciam duas esmeraldas, tão verdes que podiam ser vistas de longe e faziam do olhar dela, algo extremamente sensual. Mas ela mesma não se importava com sensualidade. Crescera correndo pela fortaleza de Azhar, escondendo-se pelos cantos do castelo de Izdihar, cavalgando pelos campos, tudo acompanhada de Aiolos, seu primo, e do próprio Saga. Os cabelos eram castanhos escuros, macios e caiam feito uma cascata de ondas pela sua costa, até quase alcançar os quadris. A cintura era fina, os seios empinados e orgulhosos, as pernas longas e torneadas. A pele, bronzeada pelo sol.

Amirah era uma menina linda e não fosse pelo acordo entre Ahd e Dahab, seria uma menina verdadeiramente livre. Mas na verdade, ela pouco se importava com isso, porque, após algum tempo , a ideia de desposar o príncipe herdeiro de Dahab lhe agradou. Porque Saga crescera um homem forte, alto, portentoso graças aos treinos com espada e lança. Os olhos azuis, que antes achava engraçados, agora lhe fascinavam. Era fácil perder-se neles, principalmente quando contrastavam com a armadura dourada que lhe fora forjada. Ou mesmo quando o rosto dele emoldurava-se pelos cabelos negros que ele deixara crescer, à moda da sua terra natal. Seu sorriso branco lhe deixava embevecida e o som de sua risada era música pros seus ouvidos. A forma decidida como fazia as coisas, a gentileza com a qual tratava as pessoas, a firmeza com a qual tomava decisões, o jeito carinhoso como olhava e cuidava dela.

Quando aconteceu ela nunca soube dizer. Sabia apenas que era avassalador, forte, infinito. Amava-o. Simplesmente amava-o. E ele sabia disso, porque ele também a amava.

Amava aquele jeito especial que ela tinha de baixar os olhos quando corava, amava o largo sorriso que ela lhe lançava quando deixava que ela ganhasse uma corrida de cavalos, mesmo a cara triste que fazia quando ele tinha que se afastar para ir ter com seu pai e aprender a governar um reino. Era difícil ficar longe dela. Era realmente difícil.

O pátio do castelo estava completamente enfeitado com flores brancas e amarelas, tal qual o salão real. O altar onde estavam os noivos e o sumo-sacerdote era um pouco mais alto – não mais que o trono do rei, para que todos vissem a consagração do matrimônio. Diante deles havia 3 urnas douradas, onde seriam depositadas as oferendas aos três deuses que abençoavam aquela terra. A noiva depositou sua oferenda na urna de Basheera, a deusa virgem por quem as mulheres sempre rezavam. O noivo pôs sua oferenda na urna de Faris, o cavaleiro, e juntos puseram a ultima oferenda na urna de Harith, o cultivador. O sumo-sacerdote então disse mais algumas palavras num idioma antigo e os noivos uniram as mãos e trocaram juras e promessas, de acordo com os costumes. Então, entraram duas sacerdotisas carregando dois estojos e se posicionaram uma de cada lado do sumo-sacerdote. De dentro dos estojos ele tirou duas coroas douradas, abençoou-as e mandou que os noivos as colocassem. Saga colocou em Amirah uma coroa delicada, cravejada de diamantes e pérolas, lhe tomou as mãos e beijou cada uma delas carinhosamente. A coroa que ela lhe colocou era bem mais robusta, mais alta e cravejada de rubis, granadas e ônix. Tomou-lhe as mãos entre as suas e repetiu o mesmo ato dele com doçura. E enfim, beijaram-se apaixonadamente. Aquilo significava que os dois já estavam casados. Perante os deuses e perante o rei e nada mais poderia interromper aquela união, exceto a morte de um deles.

Mas é claro que se dependesse de ambos, só mesmo a morte para acabar com aquela união, pois o amor que sentiam um pelo outro era forte. Saga cuidaria de Amirah da mesma forma que ela cuidaria dele. Amirah seria amada por Saga da mesma forma que ela o amaria. Eram muito mais que amigos, muito mais que cúmplices, muito mais que um casal. Eram um só e nada mais importava. Onde terminava um, começava o outro. Cada um sentia o que o outro sentia. Eram simplesmente assim.

Ao fim da cerimônia, todos dirigiram-se ao salão adjacente onde seria servido o banquete. Os noivos foram os últimos a adentrar o ambiente. Amirah usava lehenga(1), choli (2)e ghagra(3) todo em brocado rosa escuro e dourado, com pequenos detalhes bordados em pérolas pequenas e pedrarias. Saga usava um sherwani(4) bege com bordados em fio de ouro e pedrarias. Ambos andavam escoltados por 3 dos melhores cavaleiros do reino e o pajem de Saga, que carregava sua espada, já que o príncipe não poderia usar o cinto durante a cerimônia e a festa.

O banquete era rico. Um número incontável de pratos. Carneiro, javali, pato, lebre, entre outros. Havia vinho de várias qualidades, cidra e cerveja. Os músicos tocavam ininterruptamente enquanto mulheres dançavam e outros artistas entretinham os convidados. Em alguns momentos alguns convidados pediram a palavra para discursar algo sobre o casamento, os noivos, os futuros filhos e o futuro rei, outros para falar sobre o banquete, outros para trocar e enrolar as palavras de tão bêbados que já estavam.

Saga e Amirah, sentados um ao lado do outro, trocavam sorrisos, pequenas carícias e beijos suaves. Estavam felizes e era visível, talvez até palpável. Em muitos anos de casamentos arranjados aquele talvez fosse o primeiro em que os noivos se casavam realmente apaixonados.

Alheia a todo aquele sentimento, estava uma moça com cabelos claros, ondulados e longos, olhos castanhos de cara fechada para toda a alegria que tomava conta do salão. Disfarçava bem, mas estar ali, realmente não lhe agradava em nada. Principalmente por ter de fingir simpatia, já que estava sentada num lugar bem próximo aos noivos.

- Ora, ora, querida prima, pode tentar esconder de todos, menos de mim. Qual o motivo pra esse mau humor todo? – perguntou o rapaz de pele bronzeada, cabelos castanhos, olhos azuis-esverdeados, tão alto e tão forte quanto o príncipe Saga que sentou ao seu lado.

- Não deveria estar ao lado do rei, Aiolos?

- E você, não deveria estar mais feliz pelo casamento da nossa prima, Hadiya?

- Não me importune com isso.

- Devia ver a sua cara olhando para eles.

- Já disse pra não me importunar com isso.

- Ou então fará o que? Contará ao tio Fadil?

- Talvez. Quem sabe assim ele lhe coloque no seu lugar, guardinha.

- Ouch. Isso doeu. – Aiolos disse com um sorriso – Ao menos, eu tenho um lugar. Proteger as costas do rei é bem melhor que invejar o casamento da prima. Ele nunca será seu, Hadiya. Devia desistir. Principalmente depois que ele casou. – ele finalizou levantando-se e voltando para seu posto, ao lado do rei Fadil.

- Idiota.

Hadiya era outra prima de Amirah e Aiolos. Filha da irmã da rainha, chegara a Ahd havia quatro anos. Desde o início não simpatizara com a prima e na ocasião de sua chegada, Saga estava fora. Tinha viajado com Fadil até sua terra natal. A moça sempre recusava os convites de Amirah para cavalgar com ela e Aiolos e sempre se dizia indisposta para alguma conversa ou companhia da princesa. Aiolos a detestava. Quando Saga voltou, por várias vezes ele a viu insinuando-se para o príncipe, mesmo sabendo do compromisso dele com a prima, mesmo vendo toda a paixão e o amor que um nutria claramente pelo outro. Ele sabia que ela morria de inveja de Amirah. E tudo porque Amirah conseguia ser tudo o que ela não era. Quando Fadil e a rainha Sadira insinuaram fazê-lo casar-se com Hadiya, Aiolos logo deu um jeito de acabar com aquela possibilidade: resolveu jurar ao rei que seria seu protetor até que este partisse para a companhia de seus antepassados e assim não poderia se casar.

Hadiya invejava tudo que Amirah era, fazia e tinha e criou uma obsessão em conquistar Saga, mas tudo o que ela fazia só lhe deixava mais longe de conseguir o que queria, porque o príncipe não tinha olhos e nem ouvidos pra outra mulher que não fosse a sua princesa. Pra ela, aquele dia era de luto.

"Eu juro que darei um jeito de ter Saga casado comigo, nem que pra isso eu tenha que derramar seu sangue Amirah. Eu juro. Ele será meu".

Então o rei pediu a palavra e todos fizeram silêncio para lhe ouvir.

- Este é um dia muito especial não só para esse reino, como pra mim, que ao invés de perder uma filha, ganhei um filho. O filho de um grande amigo que teve de partir mais cedo para se unir aos seus, mas que criei nesta terra, sem nunca deixá-lo esquecer de quem é e nem de onde veio. Estes são seus futuros rei e rainha. E tenho certeza de que quando eu me for, esta terra estará segura nas mãos destes dois jovens. Que meus filhos tenham longa vida e que seu casamento seja abençoado! Um brinde ao príncipe Saga e a princesa Amirah!

Todos levantaram a taça para o brinde e desejaram felicidades aos noivos. A festa continuou acontecendo, mas agora os dois queriam sua privacidade. Saíram de mãos dadas, mas ainda não se dirigiam ao quarto do casal. Foram apenas para um balcão mais afastado do movimento, onde trocaram beijos e carinhos mais a vontade. Iluminados por um archote pendurado ali perto e pela lua.

- Estou tão feliz. – disse ela lhe abraçando pelo pescoço. – Sonhei tanto com esse dia.

- Acho que agora não precisamos mais sonhar, não é? – ele respondeu acariciando-lhe o rosto. Estava tão feliz quanto ela, mas a expressão que tinha no rosto era outra.

- O que houve? Está com uma cara tão desanimada. Foi algo que...

- Não meu amor, não é nada com você.

- Então...?

- É que... Senti falta do meu pai. Eu queria que ele estivesse aqui.

- Seu pai ficaria muito feliz por você. Tenho certeza.

- Feliz por nós.

- Sim. Feliz por nós.

- Eu amo você. Muito.

- Também amo você. Muito mais do que você imagina. Muito mais do que eu posso mostrar. Eu acho que não sei o que faria se te perdesse.

- Então não pense nisso, porque nós vamos ficar juntos para sempre.

Beijaram-se de forma intensa e apaixonada mais uma vez e de mãos dadas retiraram-se para seus aposentos. Já não eram novatos no que viria a seguir e graças aos deuses, ninguém sabia daquilo, nem mesmo Hadiya, que vivia espionando os dois.

Suavemente Saga retirou a delicada coroa de Amirah e a depositou em uma das almofadas que já estavam preparadas para recebê-las. Amirah desprendeu o ghagra, deixando-o cair até o chão e soltou os cabelos. Desabotoou sem pressa nenhuma o sherwani dele, enquanto ele próprio retirava a coroa para depois depositá-la ao lado da outra.

- Eu devia ter feito isso. – disse ela folgando o laço da camisa de algodão que ele usava por dentro.

- Desculpe. Prometo que deixo você fazer da próxima vez. – Saga disse com um sorriso nos lábios enquanto tirava o sherwani e a camisa, deixando livre o peitoral musculoso. – Minha vez de lhe ajudar.

Amirah virou de costas para que ele desatasse as amarras e soltasse o choli. Enquanto ela removia a peça e a jogava no chão, ele soltou o laço que prendia o lehenga e a anágua, que escorreram soltos pelo seu corpo. Saga puxou-a para mais junto de si e a abraçou, subindo as mãos pelo seu corpo, indo acariciar-lhe os seios. Unindo-os. Apertando-os. Arrancando-lhe leves gemidos.

- Adoro você assim. – disse ao pé do ouvido. – Só minha.

- Sempre.

Amirah enroscou um dos braços no pescoço dele, deliciando-se com suas mãos, enquanto suas nádegas sentiam a ereção dele crescer dentro de suas calças. A mão que apalpava um dos seios desceu para a cintura dela para trazê-la ainda mais perto de si, como se fosse possível que o quadril dela ocupasse o mesmo espaço que ele, enquanto a outra seguia apertando-lhe o mamilo. A mão livre de Amirah foi em direção ao próprio seio para dar continuidade ao que ele fazia antes. A outra lhe afagava o pescoço e lhe puxava os cabelos.

Deliciado com aquilo, Saga virou a esposa para si e lhe tomou os lábios num beijo intenso, onde as línguas quase se engoliam de tanta vontade. As mãos ágeis de Amirah desataram os cordões da calça dele, que nem se deu conta do que ela fazia, de tão envolvido no beijo que estava. Percebeu apenas quando a pressão forte que o tecido causava em seu membro diminuiu um pouco.

- Achei que fosse precisar de ajuda com isso. – ela disse subindo na ponta dos pés para lhe alcançar o pescoço, onde depositou pequenas mordidas e lambidas.

- Amirah, desse jeito vai me enlouquecer. – a voz já enrouquecida e ofegante denunciava o prazer que sentia naquilo.

A princesa tomou o rosto dele entre as mãos e lhe disse:

- Não quero lhe enlouquecer, quero lhe amar. E se você enlouquecer, vou pelo mesmo caminho.

Ela lhe depositou um beijo nos lábios e lentamente foi descendo, escorrendo as mãos pelo corpo dele, ajoelhando-se ao final. Saga sabia o que ela faria. Fechou os olhos e foi tentando manter a lucidez, sentindo a ereção lhe doer dentro das calças novamente. As mãos delicadas de Amirah puxaram, devagar, a última peça de roupa que cobria o corpo do esposo, liberando o membro viril de toda aquela agonia. Ela então massageou-lhe toda a extensão, suavemente, subindo e descendo, num ritmo lento e cadenciado. Saga arqueou as costas e tentava manter seu autocontrole. Ofegava. Gemia de leve.

- Céus... Eu falo sério Amirah. Está me enlouquecendo assim. – disse rouco.

- Eu já disse que não quero enlouquecê-lo, meu amor.

- Não é o que parece.

- Não está gostando? – perguntou sem parar de massagear a ereção de Saga.

- Não devia me perguntar isso dado... dado o meu estado. – gemeu alto ao final da frase.

Saga não viu, pois ainda mantinha os olhos fechados, tentando manter o controle e a lucidez, mas ela sorriu um sorriso malicioso. Mas ele sentiu o que veio a seguir: a língua dela em sua glande. E logo em seguida, a umidade por toda a extensão de seu membro. Arqueou as costas e sentiu seu corpo todo arrepiar-se enquanto ela lhe sugava ao princípio devagar e depois vigorosamente. Mandou o autocontrole pros infernos e se deixou gemer alto repetidas vezes. Segurou-lhe a cabeça pelos cabelos, ditando-lhe o ritmo das sugadas, ritmo esse que ela obedecia avidamente. Sentia seu sangue correr tão rápido quanto sua respiração, enquanto o prazer lhe consumia e seu membro latejava na boca de sua princesa.

- Eu não aguento mais, preciso ter você. – afastou-se, puxou-a para cima, beijou-lhe os lábios com desejo e a carregou para a enorme cama.

Amirah aconchegou-se no colchão macio, enquanto o príncipe vinha por cima dela, beijando-lhe os lábios e o pescoço. Desceu para os seios, onde lambeu, mordiscou e sugou os mamilos avidamente. Sabia que ela gostava daquilo. Sabia o quanto qualquer toque lhe dava prazer ali. Estava louco para tê-la, mas sabia que não era justo não retribuir o prazer e a loucura que ela lhe causara. Enquanto sua boca e língua trabalhavam em um, uma de suas mãos apertava o outro. Ela gemia e contorcia-se de leve, entorpecida com a sensação. Suas mãos amassavam os travesseiros com força. Do seio, o príncipe avançou novamente nos lábios da esposa e foi ajeitando o corpo de forma a apoiar-se num braço, enquanto a mão que lhe apertava o outro seio foi descendo pelo corpo da amada, indo acariciar-lhe o canto úmido entre as coxas, que já se derramava de prazer, arrancando-lhe um gemido forte. Saga sabia que já podia lhe possuir, mas queria lhe dar muito mais prazer.

- Agora é você quem vai me enlouquecer, Saga. – disse cravando as unhas no ombro dele.

Saga nada disse, apenas sorriu e continuou massageando-lhe o ponto sensível, ora suavemente, ora mais rápido e por vezes penetrando-lhe com um dedo. A princesa gemia já quase sem pudor algum e o príncipe estava novamente ficando louco com aquilo. Amirah levara outra vez a mão aos seios, contorcendo-se de prazer, enlouquecendo, quase perdendo a consciência.

- Não é justo, meu príncipe. Não... Não é justo.

- Não é pra ser justo, meu amor. É pra amar você. – beijou-lhe o pescoço – É pra mostrar o quanto eu amo que você seja só minha.

- Saga... eu... eu já não estou aguentando mais.

E nem próprio príncipe aguentava mais aquela "tortura". Precisava tomá-la para si. Com urgência.

Ajeitou-se por entre as pernas de Amirah e penetrou-a devagar para que ambos se deliciassem com aquele ato. Ainda que já tivessem feito aquilo várias vezes antes de serem marido e mulher, ainda era difícil para ela acostumar-se com o tamanho dele ao entrar, mas era apenas questão de tempo.

Saga sabia daquilo e deu-lhe o tempo que ela precisava. Lentamente começou a movimentar-se dentro dela, para ajudar-lhe a acostumar-se.

- Eu amo você. Amirah, eu te amo tanto que... – não chegou a terminar, pois ela depositou um dedo sobre seus lábios e o puxou para mais junto de si. Beijaram-se.

A princesa então envolveu a cintura dele com as pernas e o príncipe foi movimentando-se de forma mais rápida.

Seus gemidos e respirações estavam em completa sintonia. Quando Saga investia em estocadas mais rápidas e mais fortes, ambos gemiam mais alto e Amirah lhe arranhava as costas. Quando as estocadas ficavam mais leves, beijavam-se com paixão. Pararam por um instante e trocaram um sorriso, então, num impulso, ela assumiu o controle, ficando por cima. Saga manteve o sorriso largo. Adorava vê-la e senti-la assumir aquela "dança". Adorava principalmente a luxúria estampada em seu rosto.

- Que cara é essa, minha princesa? – perguntou correndo as mãos pelas coxas da esposa, enquanto ela se empinava em cima dele e ensaiava um rebolado lento e estendido em seu membro, que latejava de prazer.

- Agora não sou sua princesa.

- Hmm –gemeu – Não? E o que é agora? – subiu as mãos para o quadril dela, ajudando-lhe naquele movimento, pressionando-a mais contra si.

- Posso ser sua amazona. O que acha? Gosta disso?

- Poderia não gostar? É minha amazona favorita. E a única. Hmm... Que tipo de idiota apaixonado seria eu, se não gostasse?

- Seria do tipo tolo. – ela sorriu ainda rebolando nele.

Dos quadris dela, as mãos foram procurar novamente os seios. Amirah arfava de prazer. Então deu início a sua cavalgada, tal qual uma guerreira amazona, livre e feroz. Jogava os cabelos para o lado, para trás, segurava-os no alto da cabeça com ambas as mãos, levava as mãos aos seios, apertando-os junto com Saga, enquanto subia e descia no membro dele. Gemia alto, deliciada com o prazer, já sem nenhum pudor. Já mais nada importava, só aquela sensação. Saga estava indo a loucura novamente e gemia tão alto quanto ela. Era impossível evitar estocá-la juntamente com aquela cavalgada luxuriosa. Não aguentando mais, ergueu o tronco, abraçou-a e a derrubou novamente sob seu corpo. Beijava-a de forma intensa e voluptuosa enquanto estocava vigorosamente seu membro. Estavam próximos de chegar ao clímax e os gemidos fortes e roucos, abafados pelo beijo, denunciavam isso. Amirah lhe arranhava as costas loucamente e gotas vermelhas de sangue, misturado com suor, começavam a lhe escorrer pelas costas. O príncipe já não tinha mais noção de nada e começava a deixar marcas vermelhas nas coxas e braços dela, onde lhe segurava com força. Ambos ignoravam a dor. A dor, aliás, não era nada além de um aditivo para tanto prazer.

Não podendo mais aguentar, Amirah chegou ao clímax primeiro, abafando um gemido entre os lábios do príncipe, que algum tempo depois, derramou-se dentro dela, alcançando também o mesmo ponto final do prazer. Exausto, deixou-se cair por cima dela, completamente lânguido.

- Amo você, Saga. Amo demais. – disse lhe baixinho, sabendo que ele ouviria, enquanto lhe mexia os cabelos.

- Acho que não mais do que eu amo você. – levantou-se preguiçosamente, saindo finalmente de dentro dela e indo deitar-se ao seu lado, envolvendo-a em seus braços.

- Não pode saber disso.

- Não? Eu me apaixonei primeiro, e você só me esnobava. Fazia troça de mim, dizia que meus olhos eram engraçados. Batia os pés dizendo que não se casaria comigo. Mas eu te amava mesmo assim. É claro que eu te amo mais.

- Isso foi só no início. E você também fazia troça de mim. Bagunçava meu cabelo, ria de mim quando eu ainda aprendia a dançar. Quase me derrubou do cavalo uma vez.

O príncipe riu diante dessas lembranças.

- Nunca antes lhe perguntei, mas, quando aconteceu? Quando começou a me amar?

Ela riu diante da pergunta.

- Por que quer saber disso?

- Porque é importante que eu saiba. Pra mantê-la me amando sempre.

- Você não vai querer fazer isso pra que eu continue lhe amando.

- Por que?

- Percebi que te amava quando... – ela fez uma pausa.

- ...quando?

- Quando você e Aiolos foram juntos ao bordel pela primeira vez. Imaginar você com outra na cama... doeu. Dói até hoje.

- Por isso me evitou e me ignorou por uns dias?

- Não só você, como Aiolos.

- Minha princesa com ciúmes. Eu gosto disso.

- Isso não é pra ser engraçado, Saga. Além do mais, isso não aconteceu só uma vez, lembra?

- É, eu lembro. Não precisa mais ter ciúmes de mim. Eu sou seu. E vou te amar pra sempre, Amirah. Pra sempre. Nunca vai ter outra mulher na minha vida. Só você.

Aconchegaram-se mais um ao outro e pegaram no sono.

Lá fora, no salão onde acontecia a festa, ainda havia muita música, comida e bebida sendo distribuída. Alguns convidados já altamente bêbados dormiam sentados em seus lugares, ou jogados pelos cantos. Hadiya continuava ali, aborrecida. Não percebera quando os noivos haviam saído. Poderia tê-los seguido e se livrado daquele infortúnio de aguentar tudo aquilo e fazer companhia aos tios, além de ter de aturar Aiolos lhe importunando com sorrisos trocistas.

"Esse imbecil, ele ainda me paga por isso. Não vai ficar assim Aiolos. Eu vou acabar com você e sua querida priminha."

Aiolos ria-se por dentro. Sabia o quão incomodada ela estava. Divertia-se com tanto fingimento, mas sabia que ela poderia ser perigosa. Nunca confiara em Hadiya. Mesmo antes de trocar a primeira palavra com ela. Uma palavra que poderia definir a prima de forma fiel e completa seria "dissimulação". Temia o que ela poderia fazer. Quantas vezes a surpreendeu tramando algo ou com insinuações mais ousadas para o amigo. Saga e Amirah preferiam não acreditar naquilo, mas Aiolos sabia que alguém precisava ficar de olho nela.

Se pudesse, ele mesmo faria isso, mas para se livrar dela, escolheu jurar passar o dia todo grudado nos pés do tio, para protegê-lo. O mesmo tio que agora lhe chamava.

- Vou me retirar. Apesar de hoje ser um dia feliz, já estou farto disso.

- Sim, majestade.

- Fique. – disse ele colocando a mão no ombro do rapaz.

- Mas... Majestade, eu...

- Não aproveitou nada da festa. Fique, divirta-se. Sei que é um saco ficar nos meus calcanhares o dia todo. Admiro que honre seu juramento, mas pelo deuses Aiolos, arranje uma puta rapaz!

- Majestade, com todo o respeito, mas...

- Não me venha com essa de respeito. Já fui como você. Você é jovem. Não entendi ainda porque diabos fez aquele maldito juramento, mas você deveria aproveitar. Vá. Beba um pouco, coma um pouco, divirta-se um pouco. Mas nada de ficar atrás de mim. Sou o rei, mas também sou seu tio. Também prometi ao seu pai que cuidaria de você. Esta é uma ordem, mas também encare como um conselho.

- Obrigado... tio.

O rei saiu e Aiolos seguiu seu "conselho". Serviu-se da primeira jarra de bebida que passou. Era vinho. Não era exatamente o que queria, mas era um bom começo. Penso no que Fadil havia lhe dito. Mas onde diabos arranjaria uma puta ali? O máximo que enxergava eram jovens moças ansiando por um noivado com algum príncipe ou um cavaleiro com altas posses. Conhecia bem o tipo. Um minuto de atenção e uma vida toda sem paz. Ainda que não pudesse casar, corria daquilo. Já vivia como uma sombra e a ultima coisa que queria era uma sombra atrás de si. Talvez sair dali e ir realmente procurar uma puta num lugar onde elas transbordavam fosse uma boa ideia. Cogitou bastante aquilo. Não seria nada ruim. O rei e a rainha não estavam mais presentes no salão. Os noivos com certeza curtiam a noite de núpcias naquele momento.

- Vou arranjar uma puta. – bateu a jarra na mesa e começou a dirigir-se para fora dali, mas ao olhar para o lado, algo lhe pareceu tão bom quanto aquilo que iria fazer.

Ainda sentada a mesa, Hadiya fingia ter interesse na conversa de alguém que com toda certeza não saberia responder quem era, pelo simples fato de não lhe interessar. Era sempre assim.

Era impressionante como ela podia ser venenosa.

Aproximou-se devagar apenas para surpreendê-la.

- Boa noite senhoritas.

- Senhor Aiolos. – a outra disse com os olhos brilhando, completamente encantada. Se ela soubesse o quanto ele odiava ser chamado de senhor...

- Senhorita Anisa. Hadiya. – cumprimentou cada uma delas de forma cordial, mas a prima sabia que ele estava provocando-a.

- O que faz aqui? Não deveria estar cuidando do rei? – Hadiya perguntou.

- O próprio rei me dispensou essa noite e me mandou ficar por aqui. Então eu estava pensando senhorita Anisa...

O simples fato de ouvir seu nome sendo pronunciado por ele havia lhe levado ao céu. Mas o que veio depois lhe fez desabar no chão.

-... será que poderia me emprestar a minha querida prima por um instante?

- Ah... claro, senhor Aiolos. – ela respondeu decepcionada.

- O que quer comigo? – Hadiya perguntou sem se levantar.

- Não vai negar uma dança ao seu querido primo, vai? Não seria nada legal, visto que a senhorita Anisa nos deu a licença para isso.

Vendo-se sem saída, a outra cedeu.

- Como você consegue ser assim?

- O que quer dizer com isso?

- Ah não Hadiya, isso não funciona comigo.

- Por que você não me deixa em paz? Por que tem sempre que me perseguir?

- Porque eu gosto de você, querida prima.

- Mentiroso!

- É, você tem razão. Eu menti. É que eu não sei fazer isso tão bem quanto você. Mas só quero que saiba que tem alguém que está de olho em você. Te conheço muito bem Hadiya.

- Acha mesmo isso, Aiolos? Acha que me conhece tanto assim?

- Não vai conseguir jogar comigo.

- Eu não quero jogar com você. – ela lhe deu um sorriso jocoso.

- Também não vou deixar que faça nada contra Saga e Amirah. Desista dele. Saga sequer olha pra você. E se olhasse, acha mesmo que seria você a estar com ele agora?

- Ora, cale a boca!

- Veja só, então você sabe que isso é verdade. Estou falando sério. Saga é meu amigo e Amirah é a única prima que eu considero. Se fizer algo contra eles, eu juro que o que terá de volta será pior do que o que fez.

- Se importa com ela, por quê? A ama, não é?

- Não tente envenenar o que eu disse. Não vai conseguir. Esteja avisada.

- Eu não tenho medo de você. Não me desperta nada além de pena. Jurando tomar conta do rabo do nosso tio, pra que Aiolos? Pra não ser esquecido? Patético.

- Então você não sabe mesmo o motivo? Não contaram a você? Tudo bem. Eu faço isso. Jurei proteger o rei pra me livrar do casamento com uma cobra venenosa chamada Hadiya. Prefiro ficar sem casar, do que fazê-lo com a pior das mulheres. Obrigado pela dança, querida prima, mas eu agora vou seguir as ordens do rei e procurar uma puta pra passar a noite.

Não sabia o efeito que suas palavras tinham causado nela, mas sabia que não seria pequeno. Queria ter olhado para trás enquanto saía só para ver a cara dela, mas achou melhor não fazê-lo.

- Desgraçado. Você me paga. – ela remoeu sozinha, entre dentes.

Continua...


(1)lehenga: saia de pregas que faz parte da vestimenta indiana no lugar do sári.

(2)Choli: aquela blusinha curta que faz parte do sári indiano.

(3)Ghagra: tipo de véu que pode cobrir a cabeça ou o corpo. Ele acaba cobrindo e se adequando melhor que o sári.

(4)Sherwani: traje masculino indiano para o casamento.


E então pessoas? Gostaram?

Pois é, deixa eu terminar de explicar o que tava explicando lá em cima.

O nome da fic eu tirei de uma música de um cantor turco chamado Tarkan (sim, aquele mesmo do simarik, ou como povo ficou conhecendo, a música do beijnho, que na época que lançou, fez sucesso com a Joana Prado¬¬). A música tb chama Kayip e tem uma letra que em alguns momentos se encaixa no enredo da fic.

Em alguns momentos pode ser que as coisas fiquem bem OOC, então já aviso de antemão pra que não haja reclamações e mimimis...

Talvez vocês me matem mais adiante, uahuiahuhaiuhaiuhaui, mas tudo bem... Faz parte.

Bom, eu espero sinceramente que vocês gostem. Não esqueçam das reviews hein? ;)