Cap. I - Segredo
França, Índia, México e Rússia... Cada lugar trouxe experiências e sentimentos novos, que hoje são visivelmente parte de um processo de amadurecimento, e principalmente de autoconhecimento. O exílio havia finalmente chegado ao fim, mas agora seis jovens bruxos se encontravam diante de um novo e verdadeiro desafio: derrotar definitivamente a ameaça das trevas.
O mundo mágico nunca havia sofrido tanto; Voldemort era implacável e perseguia com crueldade qualquer um que oferecesse resistência a seus planos, sendo que seus alvos preferenciais eram sempre os bruxos nascidos trouxas e suas famílias, além de Harry Potter, é claro. A situação era cada vez mais delicada e por decisão dos membros da Ordem de Fênix, a partir de certo momento, as informações sobre os ataques deixaram de ser repassadas na íntegra para os garotos, numa tentativa de evitar pânico.
A batalha na floresta de Katyn havia sido um momento muito difícil para todos e embora tenham obtido êxito, não se podia ignorar o fato de que se expuseram demasiadamente. Para sobreviver a uma guerra, era preciso que amadurecessem e agissem considerando todas as possibilidades, por meio de estratégias e planos de ação, por isso os membros da Ordem de Fênix decidiram que seus membros mais jovens deveriam ser submetidos a um severo treinamento.
Na verdade a intenção era transformar garotos que ainda não haviam sequer concluído os estudos, em aurores de alto escalão e em tempo recorde. Tonks sabia que seria uma tarefa difícil, mas sabia que poderiam obter sucesso, visto que aqueles não eram estudantes comuns... Eles eram a elite de Hogwarts e estavam, mais do que nunca, dispostos a aprender.
Era chegada à hora de iniciar uma nova fase e se preparar para vencer, mas acima de tudo, para sobreviver. Na verdade, Severo Snape, enquanto guardião, já havia iniciado e avançado bastante nesta lição, que agora seria aperfeiçoada em Londres.
Aparataram em uma rica sala de estar, muitíssimo bem decorada com quadros e tapeçarias requintadas, capazes de encher os olhos de todos; Rony observava o lugar com espanto, enquanto se perguntava que espécie de quartel general seria aquele. Todos estavam encantados, mas Hermione não se importava com o luxo e a beleza do local, tudo o que a menina queria era ir ao encontro de Draco.
Na noite anterior, todos haviam lutado bravamente e conseguido uma importante vitória sobre os comensais de Voldemort, baseada essencialmente na determinação e no trabalho de equipe. Durante os piores momentos, um protegia o outro, muitas vezes colocando a própria vida em risco. Draco havia se portado com uma coragem que nem ele mesmo sabia que possuía; Não hesitou em nenhum momento e conseguiu ajudar seus amigos a saírem vitoriosos, quando tudo conspirava a favor de um resultado contrário.
As cenas da batalha ainda vinham em flashes na mente de Hermione. Estava extremamente orgulhosa de Draco, mas ao mesmo tempo ainda alimentava um enorme sentimento de culpa por ele ter recebido o feitiço que era destinado a ela. Desejava saber como ele estava e poder cuidar dele, mas numa casa tão grande, não sabia ao certo que direção devia tomar.
Percebendo a movimentação vinda da sala, a senhora Weasley entrou na sala aos pulos, correndo emocionada em direção aos filhos e os abraçando, enquanto derramava lágrimas; Observando a cena, por um momento Hermione, também desejou rever e poder abraçar seus pais, mas sabia que não era possível, qualquer tentativa de contato poderia colocá-los em risco.
A notícia da batalha foi recebida com extrema surpresa em Londres e mesmo obtendo um importante resultado, a atitude de Severo Snape em permitir a ofensiva foi duramente criticada pelos demais membros, principalmente pela emotiva senhora Weasley que alegava a inexperiência e despreparo dos jovens para enfrentar tal situação. Sua preocupação era tamanha, que mesmo só tomando conhecimento dos fatos após seu desfecho definitivo, só conseguiu se acalmar depois que abraçou os filhos e constatou com os próprios olhos que ambos estavam bem.
Aproveitando que todos permaneciam distraídos em um clima que oscilava entre a confraternização e a crítica, Hermione, sem chamar atenção, subiu as escadas lentamente; Seguiu por um imenso corredor e depois de alguns passos se viu parada diante de uma bela porta de madeira escura talhada. Seu coração lhe dizia que atrás daquela porta, poderia encontrar Draco, mas no momento em que sua mão tocou a maçaneta de metal, a menina sentiu uma sensação ruim se apoderar de seu corpo.
Responder a perguntas não respondo.
Perguntas impossíveis não pergunto.
Era estranho, sentia como se um vento frio lhe cortasse a alma, avisando que encontraria perigo. Mas a vontade de reencontrar Draco era tamanha, que fez com que a menina ignorasse sua intuição e empurrasse a porta sem hesitar, deparando-se com algo que fez seu sangue gelar por completo. Não houve tempo, apenas sentiu seu corpo ser lançado para trás com violência e depois de alguns segundos, sua vista escureceu totalmente.
Só do que sei de mim aos outros conto:
de mim, atravessada pelo mundo.
- Será lento e doloroso para ti; Assim aprenderá a nunca mais atravessar o meu caminho! – dizia uma voz estridente e maligna, lançando seguidos feitiços, enquanto ria com extrema satisfação.
Abriu os olhos lentamente e tentou ficar de pé; Sentia uma enorme dor se espalhar pelo seu corpo, enquanto se esforçava para caminhar pelo corredor; Empurrou uma pesada porta de madeira e foi obrigada a fechar os olhos por alguns segundos devido à forte claridade. Já não estava na mansão, estava em um belíssimo jardim, rodeada por rosas.
Toda a minha experiência, o meu estudo,
sou eu mesma que, em solidão paciente,
recolho do que em mim observo e escuto
muda lição, que ninguém mais entende.
Ouvia uma voz bastante conhecida dizer palavras bonitas, palavras de amor e procurou se aproximar, deparando-se com o rapaz que tanto amava; Mas para o seu espanto, ele simplesmente passou ao seu lado, como se jamais a tivesse conhecido e correu ao encontro de outra pessoa. Ela simplesmente já não existia para ele e naquele momento, sentiu uma dor tão intensa que quase a fez desmaiar novamente.
- Não terá amor! Não terá amizade! Não terá mais nada! Por que eu não permitirei... Pagará pelo que me roubou! – dizia a voz, que parecia estar dentro da mente da garota.
O que sou vale mais do que o meu canto.
Novamente a claridade cegou seus olhos momentaneamente, para em seguida revelar uma reunião ou seria uma festa? Aos poucos reconheceu o ambiente e não teve nenhuma dúvida: era natal na Toca dos Weasleys e todos estavam reunidos e extremamente alegres, mas por algum motivo ela não foi lembrada. Já não fazia parte daquele grupo. Caminhou pela sala, deparando-se com um espelho onde pode ver que sua face estava parcialmente desfigurada, estava suja e ferida... Estava morta.
- Por quê? – perguntava a menina com lágrimas nos olhos e sentindo-se tomada pelo desespero.
- Todos a esquecerão! Logo será como se nunca tivesse existido! Ficará sozinha, será sozinha para sempre! – repetia uma voz feminina entre gargalhadas.
- Não! Isso nunca vai acontecer! – gritava Hermione descontrolada, enquanto via Draco abraçando outra garota e Rony e Harry ignorando-a.
Apenas em linguagem vou dizendo
caminhos invisíveis por onde ando.
- Hermione! Hermione! – chamava Luna preocupada, enquanto tocava a pele gelada da amiga.
A menina abriu os olhos e demorou um pouco para reconhecer o lugar. Ainda estava aterrorizada com as imagens que acabara de ver, sentia dores pelo corpo e alguma dificuldade de respirar. Via Luna e Gina dizendo alguma coisa que ela não conseguia entender, enquanto lhe olhavam com uma expressão preocupada.
- Mi, você está bem? – perguntou Gina.
- O que aconteceu? – perguntou a castanha um tanto confusa, tentando se levantar.
- Você ia subir as escadas, mas se sentiu mal e desmaiou. – explicou Luna.
Hermione sentou-se devagar, tentando assimilar todas as informações, quando Molly adentrou a sala nervosa trazendo um copo de uma poção revitalizante e obrigando a garota a tomá-la. "Será que tudo aquilo foi apenas um sonho ruim? Mas era real demais... Parecia uma ameaça verdadeira!" – pensava a garota enquanto sentia seu corpo contestá-la.
Tudo é secreto e de remoto exemplo.
Por algum tempo foi tomada por uma aflição inexplicável; Não suportaria perder o amor de seus amigos e muito menos perder o amor de Draco. "Seria realmente possível que ele deixasse me amar e me esquecesse completamente"? – questionou-se enquanto deixava uma lágrima escapar. "Não, isso nunca vai acontecer!" – disse para si mesma enquanto relembrava tudo o que viveram juntos.
Todos ouvimos, longe, o apelo do Anjo.
E todos somos pura flor de vento
Sem poder prever o que lhe aguardava, a garota optou por manter aquele pesadelo em segredo; O momento era tenso e não desejava preocupar seus amigos com tolices. Mas o silêncio algumas vezes pode ser tornar uma barreira que nos afasta do que realmente desejamos. Mesmo inconscientemente, com aquela decisão, Hermione havia dado início à materialização do seu pesadelo.
- Hei, meninas! Vamos subir! Vou mostrar o quarto de vocês! – chamou Tonks animada.
Subiram as escadas e foram guiadas por Tonks, até um belíssimo dormitório decorado em tons de verde, com três camas de aparência extremamente confortável, além de penteadeira, escrivaninha e um banheiro de sonhos. Era realmente perfeito.
- Pronto! Agora aproveitem para descansar um pouco! – disse a jovem auror, já se retirando.
-Que quarto lindo! – admirava-se Gina, enquanto se jogava em uma das camas, confirmando o quanto eram macias e aconchegantes.
- Mi, tem algo errado? – perguntou Luna estranhando o comportamento da amiga, que estava visivelmente abalada.
- Não... Tá tudo bem, Luna! – respondeu Hermione tentando disfarçar. – Se não se importam, gostaria apenas tomar um banho agora e ver como o Draco está.
Obviamente Gina e Luna não fizeram nenhuma objeção, embora ainda estranhassem o jeito da amiga. Hermione entrou no banheiro e tomou um banho rápido, mas que a ajudou a recuperar um pouco mais de sua energia. Ainda estava impressionada, mas preferia tentar se convencer que tudo não havia passado de um pesadelo, embora aquela voz não lhe saísse da cabeça. Arrumou-se e saiu ao encontro de Draco.
Logo que chegou ao corredor, viu Narcisa saindo de um dos dormitórios e como não era nada difícil adivinhar o que se passava por sua cabeça, a elegante senhora fez um sinal para que Hermione se aproximasse e abriu a porta, permitindo que a garota entrasse no quarto e em seguida, se retirou, deixando o jovem casal a sós.
A garota caminhava devagar, sem fazer o menor ruído; Se aproximou da cama, onde o rapaz permanecia deitado e com os olhos fechados e sentou-se ao seu lado. Observou por alguns segundos seus belos traços e ao mesmo tempo em que seu coração era inundado por paz e alívio, voltou a sentir medo. Uma lágrima insistia em correr pelo seu rosto, enquanto a menina desejava silenciosamente poder parar o tempo somente para mantê-lo assim, tão próximo, tão sereno...
Como era possível que tivesse se apaixonado daquela forma? Não estavam tão distantes assim os dias em que o via caminhar pelos corredores da escola cercado por sonserinos e implicando com ela e seus amigos... Quantas vezes ele a tinha insultado e ferido com suas palavras? Mas agora tudo havia mudado.
Na verdade, ele havia mudado e se permitido ser quem realmente sempre esteve por trás daquela máscara de menino arrogante e mimado. Ele não era como ela havia sonhado e entrou em sua vida da maneira mais errada possível, mas mesmo assim, fez com que se sentisse viva e especial como nunca imaginou; Ela o amava de forma tão intensa que já não conseguia se imaginar de outra maneira que não fosse ao lado de Draco Malfoy.
Ela não o tocava, mas mesmo assim, ele podia sentir sua presença e abriu os olhos sabendo que a encontraria ao seu lado; Sorriu ao constatar que estava certo, mas logo sua expressão mudou; Fechou a cara e começou a reclamar como uma criança contrariada; Não estava realmente zangado, mas agia assim somente porque ainda adorava provocá-la.
- Por que demorou tanto? Acaso não queria mais me ver? Deixam-me aqui trancado, enquanto o Potter e o Weasley ficam com toda diversão... – começou o garoto, sendo interrompido por um beijo intenso, antes que pudesse concluir seu raciocínio.
È claro que Draco havia adorado a atitude da namorada, mas por outro lado, sabia que aquela não era uma reação normal de Hermione, que sempre foi tímida; Havia algo errado e ele pôde ver isso claramente nos olhos da garota quando se separaram.
- O que aconteceu? – perguntou o loiro preocupado.
- Nada, está tudo bem... Como você se sente? – respondeu a menina tentando disfarçar a angústia que sentia.
- Você tem consciência do quanto mente mal? – brincou o rapaz arrancando um breve sorriso da menina. – Vamos, fale comigo! O quê aconteceu?
- Não foi nada... Só um pesadelo bobo, mas eu não quero falar sobre isso; Temos pouco tempo... – disse Hermione tentando afastar aqueles pensamentos sombrios.
- Não, não fale assim... Temos uma vida inteira! Afinal, conseguimos virar o jogo a nosso favor e em breve estaremos livres de qualquer ameaça. – falou Draco enquanto segurava a mão de Hermione, como se tentasse devolver o ânimo á namorada.
Ele sabia que havia acontecido algo de errado, mas já havia aprendido a conhecer sua garota e diante da expressão de Hermione, decidiu não insistir, optando por tentar distraí-la e fazer com que se esquecesse um pouco dos problemas.
– Como você me deixou sozinho por tanto tempo, acho que me deve um favor! – começou o rapaz com um sorriso.
- Então, vamos voltar às trocas de favores? – perguntou a menina lembrando-se de uma conversa parecida que tiveram na praia. – Se te devo um favor, acho que você deve cobrá-lo o quanto antes, afinal não gosto de ficar devendo nada a sonserinos metidos!
- Sendo assim, diga-me... O que faria se eu pedisse para você bancar a enfermeira e ficar aqui comigo a noite toda? Afinal, eu ainda estou muito mal e preciso de cuidados especiais... – disse simulando uma expressão de menor abandonado.
- Eu diria que o senhor não me parece tão mal assim e além disso, já tem uma enfermeira muito eficiente e que por sinal deve estar de volta a qualquer momento. – respondeu a menina sorrindo, enquanto Draco a segurava pelo braço e a puxava para si.
- Creio que esteja enganada... Minha mãe, no momento, está cuidando de outro paciente e ela mesma já havia me avisado que iria demorar bastante. – disse o rapaz num tom malicioso.
- Vejo que tem tudo planejado... – começou Hermione, fazendo Draco sorrir vitorioso. – Só esqueceu de um pequeno detalhe: você está se recuperando de pelo menos uma dúzia de cortes profundos e não pode se mexer. – declarou a menina de forma enfática.
- Você não acha realmente que um feitiçozinho de nada ia me impedir de ficar com você, acha? Porque se acha... Se enganou profundamente! – falou decidido enquanto segurava a jovem com uma mão em sua cintura e outra em sua nuca e lhe enchia de beijos.
Nem mesmo Hermione estava acreditando no que estava acontecendo; Há poucas horas sentia-se tomada pelo desespero, imaginando que poderia perdê-lo e agora ele estava ali, sem se importar com os ferimentos que trazia no corpo, abraçando-a como se quisesse deixar claro que não permitiria que ela se afastasse nem mais um centímetro e isso era tudo o que a menina estava precisando naquele instante.
A temperatura aumentava cada vez mais e nenhum dos dois respondia por seus atos; Mas Hermione, como sempre, tinha razão e aos poucos o esforço provocado pelos movimentos, fez com que o sangue voltasse a correr sobre a pele alva de Draco, que não teve escolha senão desistir de seu plano; Mas mesmo assim, o sonserino não se deu por vencido e exigiu a companhia da garota, que prometeu ficar o máximo de tempo que lhe fosse permitido.
Enquanto isso, em outro dormitório, Narcisa dedicava-se a cuidar de Snape que permanecia em estado crítico. Todos sabiam que o ideal seria transferi-lo imediatamente para um hospital, mas concordavam que seria muito arriscado. Embora não medisse esforços, estavam conscientes que o professor nunca poderia se recuperar totalmente.
As conseqüências dos ferimentos de Severo Snape eram completamente imprevisíveis e diante de um quadro tão crítico, Narcisa Malfoy decidiu que havia chegado a hora de retribuir ao amigo um pouco do enorme carinho que ele lhe havia dedicado durante tantos anos; Estava determinada a amenizar ao máximo o sofrimento e Severo, que embora não conseguisse falar, algumas vezes parecia lhe agradecer com o olhar.
Embora a situação favorecesse um clima de preocupação e angústia, Moody, Arthur e Lupin decidiram que ninguém deveria se entregar ao medo e optaram pela organização e divisão de tarefas como método para sobreviver àqueles dias difíceis.
Narcisa e Molly deveriam se ocupar da casa e dos feridos; Moody e Lupin, Hagrid continuariam com as missões em campo; Arthur permaneceria no Ministério obtendo o máximo de informações, enquanto Minerva e Tonks se ocupariam da primeira parte do treinamento dos garotos, que deveria ser iniciado o quanto antes.
Todas as noites após o jantar, todos eram chamados a se reunir para tomar conhecimento da situação, ou parte dela no caso dos mais jovens e definir as melhores estratégias de ataque e de defesa. Era realmente um momento crítico e Harry se mostrava cada vez mais ansioso pelo momento de enfrentar Voldemort cara a cara, o que deixava Gina extremamente preocupada.
Harry estava destinado a uma grande batalha, de onde apenas um poderia sair vitorioso e com vida. Gina sempre soube que aquele momento não tardaria a chegar, mas a idéia do confronto a amedrontava profundamente; No entanto, a jovem ruiva preocupava-se ao máximo em não demonstrar o medo que sentia, procurando apoiar o namorado a cada passo.
Aos poucos, foi se estabelecendo uma rotina na casa e seus moradores começaram a se acostumar com novas situações; O casal Weasley, por exemplo, recebeu com enorme surpresa e preocupação a notícia do namoro de seus filhos, mas logo o sentimento foi substituído por alegria. Quanto a Draco e Hermione, ninguém fazia objeções ou comentários, mas havia alguém que nutria diversas restrições sobre o casal, embora não falasse uma palavra a respeito.
Dois dias se passaram e Draco estava plenamente recuperado e pronto para iniciar o treinamento junto com Hermione e seus amigos. O clima aos poucos se tornava mais ameno e embora ainda pensasse no "pesadelo", Hermione parecia ter recuperado a confiança e seguia firme em suas tarefas.
Naquela manhã acordaram animados, finalmente o treinamento para a batalha seria iniciado; Harry era o mais ansioso e foi o primeiro a descer as escadas para tomar o café da manhã e se deparar com uma grande surpresa: sentados no sofá e conversando animadamente se encontravam Fred e Jorge Weasley, junto com Neville Longbotom e Lilá Brown. Ao que tudo indicava, o grupo para treinamento seria maior do que se imaginava.
Aos poucos todos foram se reunindo na sala de estar e logo a casa foi tomada por um clima festivo. Os novos voluntários pareciam ter trazido ainda mais energia a todos que faziam parte da Ordem de Fênix. Rony e Harry estavam felicíssimos e Hermione não conteve o sorriso ao reencontrar os amigos.
- Mais grifinórios! – resmungava Draco enquanto via a confraternização de todos com os recém-chegados.
- Não se arme, não há motivos para isso! Tenho certeza que em poucos dias vai perceber o quanto eles são legais. – disse Hermione segura, enquanto soltava a mão de Draco e ia ao encontro de Lilá, que observava o casal, atônita.
- Mione? Nossa, você está... – começou a garota sem conseguir concluir o pensamento.
- Eu estou muito feliz em te ver! – disse a castanha abraçando a amiga.
- Você está ficando com Draco Malfoy? Não posso acreditar! – disse a menina baixinho, fazendo com que Hermione sorrisse.
- Não, Lilá! Eu não estou ficando com ele... – respondeu em voz alta, olhando para Draco com um sorriso maroto.
- É isso mesmo, Brown! Eu nunca ficaria com essa garota magrela metida à sabe-tudo! Ela me enlouqueceria em dois tempos! – respondeu Draco sério se aproximando das duas, enquanto Hermione fazia uma cara de ofendida.
- E como eu ficaria com esse loiro bobo, mimado e arrogante? Como poderia suportá-lo? – revidou a castanha.
- É realmente, seria impossível. – respondeu Lilá se convencendo que havia tido uma impressão completamente equivocada dos dois.
- Seria sim, impossível, ficar com uma garota incrível como Hermione sem pedir que ela fosse minha namorada. – respondeu Draco, enquanto abraçava a namorada por trás e lhe dava um beijo na face.
- Tudo bem! Vocês me pegaram! Mas não me culpem... Essa notícia é tão surpreendente que se estivéssemos na escola, certamente mereceria a capa do profeta de Hogwarts! – disse Lilá arrancando sorrisos do casal.
Risos e brincadeiras tomavam conta do ambiente e tudo indicava que aquele seria um ótimo dia!
- Notas da Autora -
Oi, gente! Estou muito feliz em iniciar essa nova temporada.
Inicialmente, gostaria de agradecer a todos que me apoiaram incentivaram a escrever essa nova fic. Obrigada de coração! Além disso, vou aproveitar a oportunidade para fazer um esclarecimento importante: por motivos de ordem pessoal, os capítulos dessa fase serão semanais e estarão on-line aos domingos.
Agradecimentos especiais a todos que continuam acompanhando a Fênix.
Teresa: Obrigada pelo primeiro comentário! Espero poder contar com suas sugestões e opiniões sinceras... Sei que você é uma leitora voraz de fics Draco/Hermione e certamente poderá fazer um bom julgamento da minha história.
Sara: Amiga querida, você foi o melhor presente de natal que eu ganhei nos últimos anos. Obrigada por cada palavra, obrigada por me fazer rir e principalmente, por me fazer continuar. Esteja certa que em meio aos capítulos da "Fênix" já é possível encontrar muito da Sara (palavras, idéias, músicas e etc.), de modo que agora, essa história também é um pouco sua... Beijos!
Liana: Fico feliz em saber que você continua acompanhando essa aventura maluca. Eu e o Arzobispo agradecemos pelo elogio à capa. Particularmente, acho que ficou perfeita. Obrigada por sua atenção com a fic e comigo!
Melissa: Espero que goste dessa nova temporada. Sua opinião é muito importante para mim e por isso espero contar com seus comentários. Obrigada por tudo! P.S. – Tudo bem se eu continuar chamando a Gina de Virgínia? Claro que eu sei que no original o nome é Ginevra, mas é terrível! Não consigo... rs.
Michele: Estamos de volta, amiga! Espero que você goste desse primeiro capítulo. Será que posso tomar seu tempo novamente com um monte de e-mails? Prometo matar toda a sua curiosidade o quanto antes. Você tem passe livre às minhas idéias e rascunhos e sabe disso! Quanto à capa, você está certa! Exala magia e revela segredos dessa nova fase. Obrigada por estar comigo! Beijos!
Então é isso...
Meus Agradecimentos a todos e até o próximo capítulo!
Imogen
