Sinopse: O que um casal faz em uma pós-briga? E o que eles fazem quando um não está nenhum pouco a fim de fazer as pazes ainda?

E não importava o que ela fizesse... Tudo o que vinha dela era irresistível e ele já não agüentava mais esperar pela boa vontade dela!

~ICHIHIME~

Primeira fic Hentai IchiHime. Espero que gostem! ^.^


...Is Super Fucking Cute...

O casal chegava bem vestido a mais uma confraternização divertida na SoulSociety – exatamente na casa dos Shiba, onde Kuukaku e Ganju festejavam mais um grande aniversário da fundação da loja e todos os conhecidos da família estariam lá. O casal não seria diferente, principalmente depois de tudo o que os irmãos fizeram por eles quando ficavam em Rukongai por alguns dias. Não seria justo não retribuir e era uma festa. Que ser humano, vivo ou morto, não gosta de uma grande festa?

Claro que quando os dois chegavam sempre aconteciam comentários absurdos ou zoeiras idiotas por parte dos tão aclamados amigos de Kurosaki Ichigo, mas Orihime não ligava. Já estava vacinada contra sacanagens ditas pelos solteirões solitários da Seireitei – no final ela sempre acabava entrando na brincadeira e provocando seu namorado, resolvendo suas diferenças mais tarde, em casa e na cama.

Entretanto, quando as zoeiras tratavam-se da LigaFemininadeShinigamis, o substituto sempre tremia na base. Temia, mesmo, que o que Rangiku ou Rukia ou o que até mesmo Yoruichi dissesse a respeito dele ou de seu relacionamento com a pequena cabeça de vento que era Inoue Orihime fosse dar um fim aquela felicidade sempre bagunçada que era o namoro dos dois. Porém, ao invés de Orihime seguir a mesma estratégia que usava com os homens, ela sempre dizia para as amigas que estava contente com Ichigo-kun do jeito que ele era e aceita-lo era a única forma de amá-lo com tudo o que tinha.

Certamente, muito maduro da parte da mulher de 26 anos.

Todavia, algumas coisas incomodavam sim a ruivinha e suas amigas sempre faziam questão de trazer a tona quando se reunião – e quando Kurosaki não estava por perto bisbilhotando. O fato era que o casal estava a quase oito anos juntos e Kurosaki não havia proposto Orihime em casamento ainda.

-Ele ta achando o que, hein? – Rangiku alterava-se com a garrafa de sakê em mãos abraçando Inoue pelos ombros e esmagando-a aos poucos – Que te achou no lixo? NÃO É ASSIM QUE A BANDA TOCA NÃO, MEU FILHO! NÃO A ENCONTROU NA RUA! – bateu o vidro contra a mesa e a única mortal manifestou-se constrangida:

-Rangiku-san! – repreendeu-a receosamente e com as bochechas coradas por causa do álcool – Por favor, não grite!

-Ta, ta! – a loira ignorou o pedido – A questão é: QUAL É A DELE?

-Ele é um tapado, apenas isso! – Rukia avisou-as e Orihime ficou cabisbaixa.

-Gente... Não falem assim do Ichigo-kun... – olhou-as com um ar depressivo.

-Você não nos olhe assim! – Yoruichi mandou apontando seu indicador na ponta do nariz arrebitado da menina, fazendo-a ficar vesga por alguns segundos – Sabe que estamos certas!

-Vocês tão juntos há oito anos, Orihime. – Kuukaku manifestou-se largando seu braço de madeira por aí – Nem Rukia e Renji demoraram tanto tempo pra se resolver... – a mulher falou e a pequena tenente cuspiu todo o liquido alcoólico que descia por sua garganta, envergonhada.

-EI! – colocou as mãos na cintura, irritada – QUEM DEMOROU PRA ACEITAR FUI EU, OKAY?

-Porque é uma tapada... – as três, excluindo Inoue, cantaram com vozes arrastadas.

-CALADAS! – corou extremamente arrastando-se até o lado de Inoue – Sabe do que mais, Orihime? Esquece o que essas titias bêbadas estão dizendo...

-TITIA É O ESCAMBAL! – a loira, a morena e a mulher de cabelos negros gritaram quase esgoelando a tenente de pequeno porte.

-Nenhuma delas é casada e vive muito bem. – Rukia recuperava-se da falta de ar – Afinal, amor não é necessariamente relacionado a paixão. – filosofou.

-Agora você ta dizendo pra Orihime-chan desistir do Ichigo? – Kuukaku olhou a nanica pelo canto dos orbes verde-água – Grande amiga...

-Mas eu quero ficar com ele, Rukia-chan. Só que eu queria que ele desse só mais um pouquinho de atenção pra essas coisas pequenas... – ela reclamou silenciosamente – Não é como se fosse pedir muito certo? – as quatro balançaram a cabeça – E se ele não quisesse algo sério comigo não teria me chamado para morar com ele. – de fato, era realidade.

-Quer que eu dê um empurrãozinho, Orihime-chan? – Rangiku disse se levantando, mas Inoue e Yoruichi a puxaram de volta para onde estava sentada, deixando-a um pouco tonta.

-Não, não, Rangiku-san! – a humana pediu com um sorriso amargurado nos lábios – Isso é um assunto que eu tenho de tratar com ele... – olhou-o do outro lado da sala conversando com os rapazes e dando risada enquanto bebia – E logo. – a menina sussurrou mudando de assunto em seguida – Quem quer experimentar meu bolo de wasabi? – as quatro quase vomitaram com o novo tópico, apesar de estarem valorizando o sorriso sincero nos lábios rubros da ruiva.

-x-

-Tu é um viado, Ichigo! – Ganju constatou socando o rapaz de cabelo laranja no ombro.

-VIADO É TU! – Ichigo rebateu esquentado – POR QUE A VIOLÊNCIA, HEIN, DOMADOR DE JAVALI? – chutou em direção a parede e voltou a sentar em seu lugar.

-Como é que você tem a capacidade de deixar uma garota tão linda e divertida como a Inoue-san na mão, hein, ser desprovido de coração? – Urahara falava com lágrimas escorrendo por de trás do leque da bandeira do Japão.

-Hein? – Ichigo falou meio incerto das coisas graças a grande quantidade de álcool em seu sangue.

-Oras! – Renji chamou-lhe a atenção com a face completamente corada e a bandana caída sobre seus olhos – Por que ainda não casou com ela?

-Casar? Do que vocês tão falando, seus inúteis? – Ichigo riu sem jeito – Não é cedo ainda não?

-Qual é Ichigo? – Ikkaku tomou a frente com um Yumichika balançando a cabeça em negação ao seu lado – Você é o único cara que namora por oito anos e não noiva!

-Porque não ta na hora? – arqueou uma de suas sobrancelhas na resposta.

-Por que você é um tapado? – Ishida falou ajeitando os óculos.

-Cala a boca, Ishida! Ninguém te chamou na conversa! – Ichigo rebateu grosseiro.

-Quero ver só quando Orihime-chan se cansar de você... – Yumichika tomou a voz da razão chamando a atenção do "morango" com o comentário.

-O que você quer dizer com isso, hein? – olhos castanhos estreitando-se com o que o homem de cabelo channel havia dito – Ta me gorando é?

-Por que eu faria isso? – arqueou uma de suas sobrancelhas finas – Oras, Ichigo, é obvio! Se uma moça não tem o que merece, ela vai procurar em outra freguesia... – bebeu um pouco do que tinha em sua taça.

-Tu é muito viado. – Ganju comentou bêbado.

-Você é muito feio! Vá fazer uma cirurgia antes de falar comigo. – tampou a cara do Shiba com sua mão, impedindo seus olhos de enxergarem-no.

-Corno manso! – Renji provocou e levou um soco do substituto de vinte e seis anos – Quero só ver quando for verdade!

-Yumichika, o que tu ta falando é sério? – Ichigo perguntou preocupado, sentindo o efeito do álcool piorar – Acha que Orihime seria mesmo capaz de me trocar por outro cara qualquer?

-Não precisa ser qualquer outro cara. Pode ser um grande amigo seu. Se ela estiver cansada de esperar pelo seu tempo, Ichigo, ela não vai querer mais você não, querido. Sinto-lhe informar... – Yumichika desculpava-se com uma feição preocupada em face.

-Ta. Valeu pela sinceridade. – certa ironia ouvia-se na voz rouca do rapaz, mas ele sabia que aquilo o que diziam era verdade. Orihime podia estar escapando pelos seus dedos sem ele nem sentir, tudo por causa de um pedido idiota.

-E outra coisa... – Shuuhei levantou a mão para falar – Por que você precisa de tempo certo pra pedir a maravilhosa Inoue Orihime em casamento, mesmo? – todos encararam Ichigo como se aquela pergunta fosse definir sua sexualidade no final daquela dose que bebia.

-Porque acho que ela queira esperar...? – os homens caíram na gargalhada, até mesmo Chado que permanecia calado no canto da mesa – O QUE!

-Oito anos de namoro já foi esperar demais! – Renji falava mostrando sua aliança de casado na mão esquerda – Eu não esperei nem dois anos de namoro antes de pedir a Rukia em casamento! – contou vantagem e Ichigo sorriu maliciosamente:

-Em compensação só reclama das reclamações dela! Você não se arrepende nenhum pouquinho de não ter esperado mais um pouco? – Ichigo perguntou receoso, apesar de esconder isso na máscara de bêbado.

-Cara, mas oito anos já dá pra saber da vida inteira da pessoa e, sinceramente, se Inoue-san escondeu alguma coisa de você alguma vez, você já descobriu tudo! – Ishida jogou na cara do melhor amigo – Você nunca reclamou dela em qualquer momento de sua vida e estão morando juntos há cinco anos! – todas as faces voltadas para a de Ichigo enquanto ele variava as expressões conforme as palavras de Uryuu – Você ta perdendo tempo e não ta ganhando nada!

-E o que vocês dizem pra eu fazer? Simplesmente puxar um anel do meu bolso e pedi-la em casamento?

-É! – todos responderam em uníssono revoltados.

-Calma! – pediu recolhendo-se na almofada – Não é bem assim!

-Claro que é! – Renji disse batendo nas costas de Ichigo – E você tem que fazer isso hoje, se não vai passar pelo "Corredor da Morte" do vestiário do Décimo Primeiro Esquadrão sem nem ao menos ter escolhido "Verdade ou Desafio"! – todos os homens concordaram.

-DESDE QUANDO EU ACEITEI ESSA CONDIÇÃO!

-DESDE QUANDO VOCÊ RESOLVEU SER UM AMARELÃO!

E a discussão dos homens na festa continuou assim até que ela terminasse, fazendo todo mundo voltar para suas respectivas casas – e mundos – para poderem descansar e curar-se da ressaca brava de sakê. Entretanto, quando Orihime e Ichigo chegaram em seu simplório apartamento em Karakura, não podiam dormir sem conversar seriamente – ambos os lados tinham coisas importantes para falar.

-As meninas falaram de você de novo hoje. – Orihime comentou sentando no colo do namorado sobre a cama de casal no quarto. Ele percorria suas mãos nas costas marcadas pela cintura da ruivinha.

-Mesmo? – beijava de forma desengonçada seu pescoço fino fazendo-a dar risada – O que elas disseram? – ele não estava nem aí para o que elas haviam dito.

-Elas disseram... – Orihime achou melhor falar de uma forma brincalhona do que seriamente. Vai que ele não concorde com o que ela diria – Que você tem que me pedir em casamento logo...

Ichigo parou de beijá-la para olhá-la nos orbes furta-cores. Até aquelas velhas solteironas queriam que ele se casasse? Será que aquilo era um sinal?

É isso que acontece com pessoas que tem mais álcool que linfonodos presentes no organismo...

-Sério? – Orihime estranhou a reação do namorado – E por que disseram isso?

-Ah... – ela deitou a cabeça de lado e sorriu sem jeito – Vai ver que elas acham que eu fico triste por a gente namorar a tanto tempo e nunca ter nem pensado nisso. – nada sutil.

-Você fica triste com isso? – porqueelefazperguntas...?

-Ichigo-kun, eu... – ela não mentiria para ele, principalmente quando seus orbes âmbares a encaravam com tanto fervor como agora – Não vou dizer que nunca fiquei incomodada quando elas diziam que tava na hora de nós ficarmos juntos por lei, mas nunca dei muita importância porque você nunca trouxe o tópico a respeito, então... – Inoue sentiu as mãos de Ichigo soltar suas costas e aquela não seria uma noite muito boa.

-Então não achou que devíamos falar sobre isso? – sua voz começou a engrossar e a menina franziu as sobrancelhas, levantando do colo do namorado e caminhando até o banheiro, onde tiraria sua maquiagem.

Ele acompanhou-a parando na porta para vê-la desfazer sua aparência, indiferença no rosto que andava sempre muito carinhoso. Inoue respirou fundo vendo o reflexo do namorado no espelho enquanto lavava a face. Ele não a deixaria em paz se não respondesse, mas ela não estava a fim de discutir. Não naquele momento – não sobre casamento...

-Orihime. – ele chamou-a e a menina virou-se para encará-lo com olhos desinteressados – Ah... É assim, então?

-É assim o que, Ichigo-kun? – sua voz era paciente, mas sua cabeça não estava nenhum pouco.

-Do jeito que você fala parece que eu não me preocupo com você! – reclamou olhando-a voltando sua face para pia onde tirava o restante creme de sua face – Suas amigas notam que você fica incomodada por nunca termos comentado sobre casamento, mas eu não; é isso? Eu não consigo ver que minha namorada está sofrendo, é isso! – cruzou os braços esperando que a mulher respondesse.

-Eu não estou sofrendo, Ichigo! – ela tornou-se cara a cara com o homem apoiando seu corpo contra a pia de granito – Eu estou comentando o que elas disseram. Eu não disse nada sobre mim. – corrigiu-o.

-E o que tem haver com você ficar incomodada por nunca termos falado sobre casar, hein? Você também nunca ficou interessada nesse assunto? – irritação começava a ser evidente em sua face e na da menina apenas havia chateação.

-Interessada eu fico, né, Ichigo, mas... – ela engoliu em seco. O que ela diria não tinha nada haver com seu gênio comum – Eu não posso casar comigo mesma e falar sozinha é coisa de louca, então... – certamente, ela estava aprendendo com aqueles programas de auditório.

-Você ta dizendo que eu não tenho interesse no que você diz? – que momento para um discussão de relacionamento – Que eu não quero saber se você ta preocupada conosco ou não!

-Ichigo, você é médico. Você trabalha seis dias na semana sem horário marcado. – ela contava nos dedos sem alterar a voz as responsabilidades de seu marido – Tem dias que você não consegue salvar seus pacientes e fica muito chateado; Tem dias que você tem de cumprir missões na Soul Society para ser nomeado Substituto de Shinigami. – se aproximava dele e ele recuava pouco a pouco, deixando-a passar. Sabia que ela seguiria para o armário – Temos sempre que ir a almoços em dias que estamos livres na casa de seu pai e jantares de amigos nossos quando podemos. Quando... – ela olhou-o antes de tirar o vestido florido que usava com seriedade, sem irritabilidade, nas íris cinza-azuladas – Temos tempo de falar sobre isso, hein?

-Agora a culpa é minha, é? Por ter uma vida agitada a culpa é minha? – olhava-a despir-se e admirava-a secretamente, mas estava muito puto pra falar o quão bela ela era – Eu sou ocupado demais para prestar atenção em você?

-Olha... – ela tirava o sutiã sem vergonha dele enquanto abria a gaveta de pijamas com o pé – Não importa o que eu diga, Ichigo. Você sempre vai me fazer sentir mal, mas dessa vez não vai funcionar. – ela avisou-o colocando o baby-doll de seda azul.

-E você quer que eu me sinta mal?

-Não. Eu quero que você preste atenção nas palavras que você está me dizendo. – aproximava-se dele sem mudar sua expressão, deixando-o irritado.

-Tipo o que? – ele estava ficando grosseiro.

-Tipo quando eu digo que quero falar sobre algo com você, como casamento, e você se preocupa mais em discutir o que minhas amigas acham de você. – ela tinha razão no que dizia. Não fazia sentido, bolas!

-Como se você não se importasse com o que elas acham de mim! Isso é hipocrisia! – avisou-a com sarcasmo na voz.

-Ichigo, eu me importo mais com o que eu penso de você e com o que você pensa de mim do que com os pensamentos de outras pessoas a respeito de nós estarmos juntos! – magoou-se ao ser chamada de hipócrita – Eu não falei sobre casamento com você, ainda, não porque não quis, mas porque eu queria esperar você fazer tudo o que você tinha que fazer para podermos ter uma conversa sossegada a respeito de algo desse porte... Mas você quer jogar panos quentes em cima de tudo! – reclamou cruzando os braços e caminhando até o banheiro para escovar os dentes.

-Então se você queria esperar para falar sobre isso, por que falou sobre a opinião de suas amigas? – voltou a parar no batente da porta e ela olhou-o no reflexo apontando para a escova de dente em sua boca com creme dental.

Ele bufou batendo os pés no chão atravessando o quarto até o armário. Tirou sua roupa social, tacando a camisa, a calça e a cueca no cesto de roupa suja ao lado da porta do banheiro enquanto colocava a samba-canção estampada em branca. Correu até o banheiro e escovou os dentes também, vendo que Orihime o esperava acabar antes de voltar a discutir. Ela fazia isso todas as vezes que eles tinham uma DR: ficava encarando-o escovar os dentes. Cada louco com sua mania...

Os dois deixaram o banheiro, Ichigo por ultimo, encarando-a e apagando a luz por fim – depois fechou a porta e a viu sentar-se na cama, esperando para que ele refizesse a pergunta que ela havia ignorado discretamente.

-Você queria esperar pra falar de casamento, mas mesmo assim disse que suas "amigas" não achavam certo não termos nos relacionado assim ainda? Por que disse o que elas falaram então? – cruzou os braços olhando-a de cima. Ela suspirou.

-Ichigo, eu comentei com você porque sou desligada, sabe? Falo as coisas sem perceber! Sempre fui assim e se você me ama, vai ter que aprender a gostar disso em mim. Minha inocência! Não pensei, em hipótese nenhuma, em você ficar chateado dessa forma. – ela dizia cansada daquilo, mas não o deixaria faze-la se sentir mal. Ela não dissera nada errado.

-Eu não to chateado! To puto! – enfatizou a palavra e continuou: - Eu te amo, Orihime, mas tenho medo que elas possam, sei lá, influenciar você a não gostar de mim. – falou a primeira coisa que lhe veio à mente.

-Eu sou bem grandinha pra tomar conta de mim mesma, Ichigo. Não preciso que você diga pra mim que eu sou assim tão influenciável... – agora ele conseguiu.

-Ta! Eu não quis dizer isso, mas... – ele começou a perder a vontade de discutir quando viu a cara que ela fizera com seu ultimo comentário – Orihime! Não faz assim!

-Você pode ficar chateado, né? Eu também. Então... Por favor. – ela pediu esticando-se para seu lado da cama – Se você não quer falar sobre casamento é só dizer, Ichigo. – ela avisou-o deitando-se na posição fetal de seu lado e apagando o abajur amarelo, cobrindo-se com o lençol até a cabeça – Eu não vou mais falar disso, ta? Nunca mais. – ela chorou silenciosamente.

-Nunca mais é tempo demais. – Ichigo comentou olhando-a longe da cama, ainda – Orihime. Olha pra mim.

-Não quero! – ela respondeu ríspida, deixando-o chocado – Estou em greve! – um respirar fundo se ouviu, mas ela forçava-se ao máximo para não deixa-lo notar seu choro, apesar de impossível.

-Em greve? – ele perguntou incomodado.

-Isso!

-Greve do que? De fome! – quase gritou de tão insultado.

-De carinho! De atenção! De sexo! De tudo que não envolva comida!

-Ótimo! – ele avisou-a.

-Ótimo!

-Eu também estou em greve! – manifestou-se.

-Então vá dormir na sala! – mandou.

-Vá você!

-Eu cheguei aqui primeiro!

-Isso não tem nada haver com ordem de chegada!

-Tem haver com o que, então? Quem pagou mais pelo apartamento ou se é mulher ou homem! – agora Ichigo foi ofendido – Ótimo! Eu durmo na cama hoje e você amanhã. Assim por diante!

-Ótimo!

-Ótimo!

-Boa noite, Inoue Orihime!

-Boa noite, Kurosaki Ichigo!

Ele bateu a porta do quarto, mas depois teve de voltar para buscar um cobertor e seu travesseiro, apagando a luz e fechando a porta devagar para não incomodar ainda mais sua namorada estressada. Ele não queria que ela voltasse à expulsa-lo.

Dormir na sala era a pior de todas as situações de uma briga de casal.

Como Ichigo era um rapaz bem calmo, apesar dos pesares, ele havia esquecido que estava em greve e ao acordar no domingo de manhã nem se incomodou em arrastar-se cautelosamente até o quarto do casal para deitar-se ao lado de Orihime e abraça-la por trás, voltando aos seus bons termos, mas ela não permitiria que ele fizesse isso. Não dessa vez.

Quando Ichigo estava esticando seus braços lentamente para abraçá-la, Orihime acordou e pulou da cama, assustando o namorado, mas nem se importou. Ela estava em greve!

Espreguiçou-se na beirada da cama e levantou o corpo, não dando bola para o homem seminu ao seu lado esperando por um carinho típico.

-Hora de acordar! – cantarolou estralando os braços e caminhando até o banheiro.

Iria tomar banho, colocar uma blusa folgada – de preferência de Kurosaki – e limpar a casa como de costume. Depois fazer o café da manhã, assistir a televisão – ou procurar por algo útil pra fazer – e ignorar seu namorado teimoso o resto do dia. Ela sabia que ele não resistiria a sua greve.

-Você podia esperar um pouco mais para acordar, sabe? – Ichigo sugeriu virando-se na cama conforme ela passava por ele – A gente podia ficar enrolando na cama mais um pouco... – pediu sorrindo sem jeito.

-Sinto muito, Ichigo-kun. Não estou falando com você! – avisou-o fechando a porta do banheiro na cara dele.

-Ótimo. – arfou as narinas espaçando-se na cama – Tudo o que eu precisava no meu único dia de folga da semana: uma namorada em crise.

-EU OUVI ISSO! – ela respondeu do banheiro, incomodada com o comentário do jovem.

-VOCÊ NÃO ESTÁ FALANDO COMIGO! – ele rebateu de forma infantil.


Continua...


Primeira fic Hentai IchiHime! Espero que tenham gostado!

Proximo capítulo, e ultimo, hentai! ;3

Beijinhos e Se Cuidem!