Parada no meio do banheiro iluminado, eu ajustei meu vestido. Ainda não sei o porquê de eu ter deixado Alice me convencer a usá-lo. Era um daqueles modelos das antigas garotas pin-up, que nós tínhamos achado por acaso em uma loja vintage e que me servira como uma luva. Alice, é claro, exigiu que eu usasse o figurino completo, então por baixo do vestido, eu usava meias 7/8 com a barra escondida presa a uma cinta-liga. Eu não fazia o tipo 'sexy-que-usa-roupas-provocantes', mas Alice tinha insistido que essa era a oportunidade perfeita para a "Nova Bella" emergir.

Eu não tinha me dado conta de que existiria uma "Nova Bella", mas ela foi bastante insistente nesse ponto. Depois de ser mentalmente abusada em um relacionamento de quatro longos anos, ela disse que eu precisava me reinventar. Então nós passamos horas no salão de Alice, aplicando luzes vermelhas e castanho-claras no meu antigamente comum cabelo marrom escuro. Agora ele estava cortado em longas camadas com uma franja para o lado. Depois de uma semana, eu tinha me acostumado com ele, me sentindo como uma nova mulher.

Alice Brandon era a minha melhor amiga. Ela tinha sido minha parceira no crime desde a sua mudança para minha cidade natal, na 2º série. Jasper era a segunda parte do nosso combo duplo. Jasper Whitlock era o seu destino, e ela acreditava que 'para ela, não existia ninguém no mundo inteiro além dele'. Eu ouvia essas palavras desde o momento em que nós tínhamos nos conhecido no Ensino Fundamental, aos 13 anos. E eu acreditava nelas, de todo o coração.

Eu também pensava que Jacob Black era o meu destino. Eu o conheci no meu último ano do Ensino Médio, enquanto visitava a praia de La Push. Nossa relação tinha sido maravilhosa no começo. Ele me tratava como uma princesa. Até que se transformou em um relacionamento possessivo, abusivo do qual eu não fui capaz de escapar por quase três anos. Alice e nossa terceira melhor amiga, Rosalie, eventualmente me salvaram de Jacob e eu seria eternamente grata a elas por isso.

Depois de alguns meses me recuperando do término, Alice iniciou um plano para me ajudar a seguir em frente. Além da mudança no salão, ela intimou todos os nossos amigos a me manterem ocupada comprando novas roupas e sapatos, saindo para beber, cantar karaokê, vernissages, jantares e muito, muito mais. É desnecessário dizer que eu estava exausta de manter toda aquela atividade, mas era bom manter minha mente livre de Jacob Black.

Então, aqui eu estava em outra saída de grupo, usando esse vestido que Alice gostava de chamar de 'sexo em um cabide', minha nova lingerie da Victoria's Secret e saltos de 10 cm que certamente seriam a causa da minha morte até o fim da noite. Me apoiei no balcão e reapliquei meu gloss Sephora Sugar Cookie, lamentando internamente. Porcaria de Alice e sua predileção pelas marcas.

Duas garotas entraram no banheiro rindo, mais ou menos três doses depois da fase 'bêbadas bonitinhas'.

- Oh meu Deus, ele é tão gostoso! – a garota de cabelo frizzado deixou escapar.

- Eu sei. Eu quero lamber a pele dele inteira – a ruiva bufou.

- Victoria, eu vi ele primeiro. Além disso, ele totalmente estava checando os meus peitos. – eu sorri de canto ao ouvir a garota frizz demarcar seu território.

-Whatever, Jess. Eu vi ele aqui semana passada, então eu o vi primeiro. E é óbvio que ele estava olhando seus peitos. Com essa camiseta, eles estão sendo vistos do espaço sideral!

Parecia que a ruiva não iria desistir tão facilmente.

- Ah, não importa. Eu sugiro que nós seduzamos ele depois do show e então dividimos. – Jess apertou os lábios e soprou um beijo para si mesma no espelho.

- Hummmm, soa como um plano.

Rindo delas, ajustei a presilha de flor no meu cabelo e decidi voltar para fora antes que alguém viesse procurar por mim.

Quando eu reentrei no bar, notei que o palco estava vazio, com a exceção de um banco vazio e do microfone. Talvez eles estivessem fazendo uma pausa do negócio do Open Mic Night por um tempo. A música eletrônica estava pulsando e algumas pessoas tinham ido para a pista de dança. Eu procurava desesperadamente por meus amigos.

Vi a cabeça loira e alta de Jasper acima de todos do outro lado da pista, perto do bar. Enquanto eu me dirigia para aquele lado, tropecei e cai em cima de um homem que estava de costas para mim. Felizmente, ele me impediu de cair no chão – levando ele junto.

Na medida em que em me ajeitava, mantive meus olhos no chão, me desculpando repetidamente ao mesmo tempo.

-Me desculpe. Eu sou tão atrapalhada.

-Você me fez derramar minha bebida. – ele respondeu com um sorrisinho.

Eu levantei os olhos para olhar para ele, encontrando um loiro de olhos azuis e cabelo espetado, do tipo genericamente bonitinho. Esperei pacientemente enquanto os olhos dele começavam pelos meus pés e continuavam pelo resto do corpo, se demorando nos meus seios e finalmente encontrando meu olhar.

-Eu sinto muito, vou comprar uma nova para você.

Caminhei na direção do bar sabendo que Olhos-Azuis-Tara-Por-Seios me seguiria. No momento em que eu alcancei o bar, Jasper tinha desaparecido e eu ainda não tinha visto ninguém do nosso grupo.

O bartender fez contato visual. – Qual é o pedido?

Me voltei para Tara-Por-Seios com uma sobrancelha levantada.

- Vodca com suco de cranberry. – ele respondeu ao bartender. Que bebida de menininha.

O bartender olhou de volta para mim. Eu balancei a cabeça e adicionei:

- E um Sailor Jerry com Coca Diet pra mim. Dose dobrada, por favor.

Quando ele voltou com nossas bebidas, Tara-Por-Seios resolveu falar.

- Muito obrigada... – ele parou, dando a entender que queria saber meu nome.

- Bella.

- Obrigado, Bella. – ele tomou um gole da sua bebida cor de rosa e falou novamente. – Meu nome é Mike, falando nisso.

- De nada, Mike. De novo, desculpa por praticamente te derrubar. – virei e analisei o espaço, procurando pelos meus amigos. Nada ainda.

De repente, Mike estava na minha frente. Ele colocou suas mãos no bar atrás de mim, me prendendo ali. Ele se inclinou, pressionando seu corpo ao meu e obviamente não notando meus olhos procurando freneticamente por alguém, qualquer um que me salvasse.

- Você é muito bonita, Bella. Esse vestido é simplesmente... Uau. – eu dei a ele um meio sorriso e me inclinei com força no seu braço direito, tentando tirá-lo de mim, mas ele nem se mexeu.

Ele se inclinou ainda mais, colocando seus lábios perto da minha orelha.

-Eu quero arrancar esse vestido fora e comer você com esses saltos pressionando nas minhas costas.

Tenho quase certeza que eu arfei tão alto que suguei todo o oxigênio disponível no lugar. Coloquei as duas mãos no seu peito e empurrei com força. Felizmente, fazia algum tempo que ele estava bebendo, o que fez com que ele perdesse o equilíbrio. Ele soltou meu braço por tempo suficiente para que eu pegasse minha bolsa e passasse por debaixo do seu braço.

Imediatamente comecei a mexer na minha bolsa, e achei meu celular. Eu estava quase correndo para a porta e na hora em que apertava discar para ligar para Alice quando senti uma mão firme agarrar meu cotovelo e me girar. Era Mike. Ele me empurrou contra a parede, me fazendo largar meu celular e bolsa.

Fechei os olhos e esperei pelo que eu sabia que viria. Senti a vodca e a bebida frutada no seu hálito enquanto ele bafejava no meu rosto.

- Pra onde você está correndo, Bella? Não me ouviu? – eu gemi baixinho – Quero. Comer. Você. Agora.

Assim, ele se inclinou e pressionou seus lábios nos meus, tentando forçar sua língua entre meus lábios fechados. Eu queria gritar, mas não podia arriscar abrir minha boca. De repente eu desejei ter tido aquelas aulas de autodefesa com Rosalie. Desesperada, tentei juntar coragem para enfiar meu salto peep toe na sua porra de globo ocular.

E então ele sumiu. Ouvi uma batida e abri meus olhos para vê-lo deitado no chão segurando o lado de sua cabeça.

- Que porra? – ele berrou, se levantando.

Foi aí que eu notei meu salvador. Eu tinha assumido que tinha que ser Jasper ou Emmett, mas não era. Esse anjo, eu não conhecia.

Ele era alto, de pele pálida e um cabelo bronze bagunçado. Usava tênis Converse que eram tão destruídos que tinham até alguns furos neles. Seu jeans, rasgado e desbotado, estava situado baixo nos seu quadril e uma camiseta preta e básica do Van Morrison cobria seu torso. Um braço estava completamente coberto de tatuagens, enquanto dava para enxergar uma fração de uma escapando da manga do seu braço esquerdo. Seus músculos se retesaram, desafiando Mike a se aproximar de mim novamente. Ele ficou parado, flexionando seu punho e encarando Mike.

- Vá embora. Agora. – sua voz era suave e fez com que eu me sentisse segura imediatamente. Soltei o ar que nem me dei conta que estava segurando.

Parecia que Mike ia ficar e brigar um segundo round, mas meu salvador se inclinou um pouco na sua direção e Mike se virou, tropeçando para fora da porta de entrada para o meio fio.

Ele se virou para me olhar e foi então que eu finalmente o vi em toda a sua glória. As luzes do palco iluminavam o lado do rosto dele, fazendo com que seus olhos verdes praticamente brilhassem para mim. Ele derrubou sua cabeça na direção do chão e enfiou as mãos nos bolsos, empurrando o jeans ainda mais para baixo no seu corpo.

- Tudo bem com você? – ele perguntou, me olhando através dos seus cílios escuros.

- Sim. Muito obrigada. Eu achei que ele iria me jogar por cima dos ombros e me arrastar pro carro dele antes que alguém notasse qualquer coisa.

- Eu notei.

Me distrai com a música ter parado de tocar e vagamente ouvi eles chamarem o próximo a se apresentar. Quando eu olhei de volta, ele tinha sumido.

Isso é tudo? 'Eu notei? ' Parecia que era doloroso para ele falar comigo. Ele mal tinha feito contato visual. Talvez ele fosse tímido. Talvez ele estivesse envergonhado por admitir que tinha me notado? Talvez ele fosse a criatura mais bonita que eu já tinha visto.
Peguei meu telefone e minha bolsa, balançando a cabeça como se tivesse acabado de acordar de um sonho. Ou de um pesadelo. Ou o número de Alice, contente quando ela atendeu no primeiro toque.

- Bella! Onde você está?

- Eu ia te perguntar a mesma coisa! – gritei.

- Nós estávamos lá fora fumando. Agora estamos aqui perto da frente do palco. Vem pra cá, o show já vai recomeçar.

Desliguei o celular, o enfiando de volta na minha bolsa enquanto abria espaço até a área do palco. Imediatamente vi meus amigos sentando ali, guardando uma cadeira para mim. Emmett e Rose sentavam de mãos dadas, praticamente se comendo com os olhos. Alice estava no colo de Jasper, rindo e distribuindo beijos pelo seu rosto. Angela estava sentada sugando seu drink e falando com Ben. Eles não eram oficialmente um casal, mas eu tinha certeza que isso mudaria depois de hoje. O jeito com que Bem olhava para ela não poderia ser confundido com qualquer outra coisa.

Empurrei pela multidão de pessoas, mesas e cadeiras para chegar aos meus amigos. Recebi 'olás' de todos e uma sobrancelha levantada de Jasper. Ele era muito perceptivo e tinha visto que algo estava errado. Dei um sorriso rápido para ele e sentei, soltando minha respiração quando ele deixou pra lá.

Foi então que eu me lembrei da minha linda bebida deixada no bar, abandonada enquanto eu escapava aquele merdinha, Mike. Droga. Eu não iria brigar meu caminho de volta, só esperaria pela atendente.

Uma loira baixa apareceu no microfone, silenciando a todos e anunciando:

- Por favor, recebam no palco agora, o talentoso Edward Cullen.

- Ouvi dizer que esse cara é muito bom. O Ben disse que já o viu algumas vezes e ele é demais. – Angela sussurrou animada.

Saindo do meio do nada, a garçonete apareceu na minha frente, bloqueando minha visão do palco. Ela colocou as mãos na nossa mesa, se inclinando, e abriu um sorriso.

- Precisando de uma bebida, amorzinho? – ela perguntou olhando nos meus olhos. Ela estava dando em cima de mim? Ouvi um acorde de violão atrás dela.
- Uh..sim, por favor. Sailor Jerry e Coca Diet. Dobrada. – respondi. Ninguém pediu mais nada.

- Pode deixar, amorzinho. – ela piscou pra mim e saiu para o bar.

Alice e Jasper me deram olhares curiosos e eu apenas balancei os ombros. Diretamente atrás deles, notei as duas meninas do banheiro, correndo apressadas para frente do palco, rindo. Cada uma delas puxou sua cadeira o mais perto possível do palco, ajustando seus decotes ao mesmo tempo. Ohhhh. Elasdeveriam estar falando desse músico quando estavam no banheiro.

Revirei os olhos e imediatamente voltei meu olhar na direção do palco. Foi então que eu ouvi sua voz melíflua ecoando pelos amplificadores.

- Essa se chama 'I'll Be Your Lover Too'.

De boca aberta, como uma abobada, engasguei quando percebi que era o meu salvador. Meu cavaleiro de armadura brilhante. Meu deus tatuado com cabelo sexy.

Ele estava sentado no banquinho, firmemente fixado no lugar pelas fortes luzes brancas do placo. Fiquei hipnotizada com o jeito que seus dedos ágeis dançavam de um lado para o outro ao longo das cordas do violão. Imaginei aqueles dedos tocando meu corpo e imediatamente uma sensação de formigamento se acumulou no meio das minhas pernas. Meu herói não oficializado começou a cantar, e sua voz suave sussurrava linha depois de linha de prosa sensual e promessas de adoração. Ele não olhava para ninguém, parecia ter se perdido dentro de sua música.

Completamente embasbacada, meus olhos nunca deixaram o seu rosto. Observei o jeito que seus lábios franziam em concentração quando ele não estava cantando. De repente, minha vista foi bloqueada e eu me perguntei se teria ficado cega de desejo.

Não. Era apenas a garçonete, de volta com a minha bebida.

- Aqui está, querida. Precisa de mais alguma coisa? – ela sorriu esperançosa. Eu tive vontade de me inclinar ao redor dela para continuar a assisti-lo cantar, mas achei que aquilo seria mais do que grosseiro. Só balancei a cabeça pra ela, que saiu rebolando. Ri do jeito óbvio que ela estava se atirando para mim e quase fiquei braba pela distração momentânea. De volta para Salvador Tatuado da Voz Angelical.

A música acabou e me juntei a todos, aplaudindo. Me inclinando para Angela, cutuquei ela e sussurrei:

- Uau.

- Eu sei. Ele é fantástico. – ela me cutucou de volta.

- Qual é o nome dele mesmo?

- Edward Cullen.

Hmmmmm. Edward. Combinava perfeitamente com ele, uma personificação de antigo e valente. Sentada, fiquei olhando Edward enquanto ele continuava a tocar seu repertório. Ele parecia incrivelmente tímido, nunca levantando seus olhos do ponto fixo no meio do palco. O jeito que ele tocava era atraente, sua voz era inebriante. Ou seria a minha terceira dose falando? De qualquer maneira, eu precisava falar com ele. Precisava agradecer de maneira apropriada.

Para a minha sorte, performances abertas eram curtas, devido a enorme quantidade de músicos que ainda iriam se apresentar. Depois da quinta música e do aplauso generoso da plateia, ele murmurou um 'obrigado' no microfone e saiu do palco. Eu assisti, entretida, as duas fãs loucas do banheiro saírem atrás dele.
Angela e Ben se despediram de todos e foram embora, provavelmente para reproduzirem como coelhos. É, eles estariam juntos antes do fim da hora.

Rosalie e Alice foram ao banheiro juntas enquanto os garotos saiam para fumar. Se eu fosse falar com Edward, eu precisava de um pouco mais de coragem líquida. Contente de não depender mais da garçonete lésbica, levantei e caminhei na direção do bar.

Edward estava encostado por cima da bancada do bar, apoiado nos cotovelos e bebendo uma cerveja. Ele estava rodeado por uma onda de fãs. As duas do banheiro estavam mais próximas dele, mas outras quatro garotas estavam brigando pela atenção dele também. Derrotada, eu assisti enquanto elas se empurravam para perto dele. Bem, que tentativa a minha de agradecer.

Parei no canto do bar, perto de Edward e suas admiradoras. Fiz meu pedido e notei que a cabeça de Edward se levantou quando ele ouviu minha voz.
Os olhos dele encontraram os meus sem remorso. Eu deveria ter desviado o olhar, mas eu não conseguia deixar a beleza e a profundidade dos seus olhos esmeralda. Finalmente, ele sorriu. Não era um sorriso completamente verdadeiro, com os dentes a mostra. Era um sorriso torto, sexy. Devolvi o sorriso, mas me distraí quando minha bebida foi colocada na minha frente.

Tomei um gole rapidamente e voltei a olhar para ele, só para encontrar seus olhos hipnóticos vidrados em mim. Me senti como se estivesse explodindo em chamas.

- Bella! Aí está você! – Alice e o resto do grupo me cercaram na frente do bar.

Nós conversamos por um tempo. Rose comentou de novo como eu estava gostosa, e eu sei que fiquei completamente vermelha.

- Bella. Aquele cara está totalmente te comendo com os olhos. – Alice sussurou.

- Você quer dizer o lindo cantor cercado de vagabundas? - eu disse sem olhar para ele.

- É. Esse mesmo. – ela riu.

- Ótimo. Talvez eu falasse com ele se eu pudesse passar pela barreira de segurança de peitos siliconados e tatuagens de puta.

Todos nós rimos e então Alice ficou com aquele olhar. Aquele olhar que era a desgraça da minha existência. Aquele olhar que significava que as engrenagens naquela linda cabecinha estavam trabalhando mais do que o normal. Esse olhar significava problemas e, provavelmente, momentos embaraçosos para mim.

Assisti ela colocar as mãos nos quadris e andar decidida até Edward e suas groupies.

- Edward! – ela gritou com ele. Ele se virou para encará-la com uma cara de choque completo. – O que você está fazendo com todas essas vagabundas? Eu estou em casa, com nossos dois filhos e você aqui gastando nosso dinheiro para comida bebendo com essas putas!?

Foi como se alguém tivesse jogado uma bomba-prostituta, pelo jeito que aquelas garotas fugiram para a porta da frente. Enquanto isso, eu ria tanto que quase cai no chão. Pobre Edward, ele provavelmente nem sabia que porra estava acontecendo. Segurei no ombro de Emmett para me firmar e olhei para Edward, só para ver seus ombros sacudindo de rir.

- Olá. Eu sou Alice. – ela se apresentou para ele tão facilmente. Eu sempre quis ter esse tipo de coragem.

- Oi. Obrigado por isso. – ele sorriu para ela e olhou de lado para mim.

Minha respiração ficou presa na garganta quando ele deu aquele sorriso encharcando-sua-calcinha, de novo. Ele seguiu Alice de volta para o nosso grupo, onde ela animadamente o apresentou a todos.

- ...e essa linda senhorita é Bella.

- Sim. Nós nos conhecemos. – ele colocou as mãos no bolso novamente e encarou seus sapatos.

- É mesmo? – Alice falou me dando uma olhada curiosa.

Alguma música de hip hop aleatória começou a tocar e Alice gritou, arrastando Rose, Emmett e Jasper para dançar. Sutil, Alice. Realmente sutil.

Edward ficou parado na minha frente, não dizendo nada. Nervosamente, eu mexi minha bebida com o canudo e tomei outro gole. Alguém precisava dizer algo. Finalmente, minha coragem líquida surtiu efeito e eu me voluntariei. Iniciação ao Flerte 101.

- Você foi maravilhoso. – eu disse, mordendo o lábio e girando uma mecha do meu cabelo no dedo.

- Obrigado. Eu toco desde que eu tinha 12 anos. – ele respondeu.

- Oh. Isso foi maravilhoso também. Mas eu quis dizer antes, quando aquele idiota me atacou. Você me salvou.

- Não foi nada. – ele disse enquanto se aproximava de mim.

- Me poupou de ter que enfiar o salto do meu sapato pelo cérebro dele. – eu disse enquanto me aproximava mais dele.

Ele riu baixinho e alcançou meu rosto com a mão, passando um dedo pela minha boca. Dei outro passo, diminuindo a distância entre nós. Eu sentia o corpo dele mal se encostando ao meu e apreciei a corrente elétrica que corria por mim. Edward cheirava a sabonete e cigarros e cerveja e era fantástico. Inclinei a cabeça para cima e fechei os olhos, encorajando-o a me beijar.

O braço dele se enrolou ao redor da minha cintura, me esmagando ainda mais contra o seu corpo. Sua outra mão descansava gentilmente no lado do meu pescoço, levantando meu queixo para encontrar sua boca. Quando seus lábios perfeitos roçaram nos meus, a sensação foi esmagadora e eu me senti desejada. Ele tinha gosto do céu.

Abri meus lábios e tracei minha língua pelo seu lábio inferior. Ele aceitou o convite e sua língua invadiu a minha boca para me provar. Depois do que pareceu infinito, mesmo que não tenha sido de longe o suficiente, eu precisei voltar por ar. Me afastei um pouco, arfando e desesperadamente procurando no seu rosto o que viria a seguir.

- Você quer dar o fora daqui? – ele sussurrou em uma voz arranhada que pingava desejo.

Simplesmente concordei. Pegando minha bolsa do bar, me despedi de Alice e Rose, que ainda dançavam, com um abano. Alice piscou para mim, com um largo sorriso.

Edward agarrou minha mão e me puxou para o palco, onde ele pendurou seu violão no ombro e se dirigiu para a saída. Eu me esforçava para acompanha-lo com os meus saltos quebre o pescoço.

Quando chegamos à rua, eu nem mesmo perguntei para onde iriamos enquanto ele me puxava rua abaixo. Edward ficou quieto e focado no nosso destino.
No fim da quadra, viramos à direita e entramos no primeiro prédio. Mesmo levemente tonta da bebida eu estava tentando organizar um mapa mental de onde estávamos. Nada como estar preparada para fazer a caminhada da vergonha na manhã seguinte. Lambi os lábios ao ver suas tatuagens se contorcendo no seu antebraço musculoso quando ele puxou sua chave do bolso e abriu a porta do apartamento.

Ao entrarmos, ele largou minha mão e colocou seu violão no chão. Ligou as luzes e eu tenho que dizer que o apartamento era bastante diferente do que eu esperava. Primeiro, era limpo, o que me fez pensar se ele morava com uma mulher. Segundo, a decoração era muito bonita. Tinham quadros nas paredes e almofadas. Talvez ele fosse gay. Minha cabeça estava trabalhando rapidamente quando eu senti suas mãos ao redor da minha cintura, encerrando qualquer pensamento racional.

Ele me puxou para ele e seus lábios pairaram sobre os meus, esperando. Pelo que ele estava esperando? Eu precisava que ele me beijasse agora!
- Edward – sussurrei desesperadamente - ...por favor.

Ele esmagou nossos lábios e imediatamente sua língua dominou minha boca. Suas mãos se grudaram no meu corpo, deslizando da cintura, passando pelos meus quadris e apertando minha bunda. Gemi na boca dele. Tropeçamos cegamente para dentro do quarto dele, onde ele acendeu a luz e, imediatamente, eu apaguei-a. Ele congelou e se afastou de mim, me deixando com uma sensação de perda e vazio.

Edward correu suas mãos nos meus ombros, descendo até os braços.

– Bella, eu quero te ver.

Ele acendeu a luz de novo e eu sabia que ele podia ver o rubor nas minhas bochechas.

Ele caminhou até a cama e sentou preguiçosamente perto do fim dela. Olhando para cima de volta para mim com os olhos meio abertos e um sorriso de lado, ele fez sinal para que eu me aproximasse. Encontrei meu melhor andar de gatinha sensual e andei até ele. Equilibrei meu corpo entre suas pernas abertas, enfiei minhas mãos no seu cabelo e empurrei seu rosto no meu colo. Ele exalou na minha pele, me dando arrepios por todo o corpo.

As mãos de Edward estavam ocupadas me acariciando quando ele encontrou o zíper do meu vestido. Delicada e graciosamente, ele deslizou-o até o final. Ele levantou seu rosto para encontrar o meu e lambeu seus lábios em antecipação. Deslizei cada uma das alças pelos meus ombros e puxei o vestido para baixo.

Ele se deitou na cama, se apoiando nos seus cotovelos, sem desviar o olhar de mim. O jeito que os olhos dele percorriam o meu corpo faziam eu me sentir bonita, sexy e adorada.

- Linda. – ele sussurou tão baixo que eu mal pude ouvir.

Eu me abaixei para desenganchar minha cinta-liga e ouvi um grunhido baixo, ao mesmo tempo em que ele rapidamente se sentava e agarrava as minhas mãos. Abaixei o olhar para ele, confusa.

- Deixa que eu tire. – ele era um homem de poucas palavras, mas eram sempre as palavras certas.

Seus dedos se moveram, rápidos para desenganchar minha cinta-liga, e toda a vez que a pele dele roçava contra a minha eu sentia um desejo ardente, doloroso. Quando ele terminou, deslizou a cinta-liga para baixo, deixando-a cair no chão. Me apoiei nos ombros dele e pisei para fora dela.

Edward deslizou sua mão larga ao redor da minha bunda, pela minha coxa, até chegar ao meu joelho, que ele puxou gentilmente, levantando meu pé até o colchão perto dele. Ele tirou meu sapato, jogando-o para trás. Então, extremamente devagar, ele colocou seus dedos embaixo da barra da minha meia, deslizando-a pela e para fora da minha perna.

Coloquei minha perna de volta no chão e nós repetimos a mesma coisa com a outra. Edward sentou na ponta daquela cama, tão sexy e quase tímido, enquanto suas mãos passeavam livremente pelo meu corpo. Ele sentiu a renda do meu sutiã e passou os dedos na minha calcinha molhada. Eu não conseguia aguentar mais não tocá-lo.

Me abaixei, descansando as mãos nas suas pernas e ataquei sua boca carnuda. Suguei seu lábio inferior dentro da minha boca, puxando-o de leve com os dentes e então soltando. Ele gemeu na minha boca e perdeu toda a compostura.

Minhas mãos encontraram a barra da sua camiseta, que eu arranquei para fora, jogando-a por cima da sua cabeça, só me separando dele por um segundo. Deslizando minhas mãos pelos seus ombros, arranhei minhas unhas pelo seu peito e barriga definidos, até a cintura do seu jeans, provocando outro gemido profundo dele.

Me levantei para olhá-lo e adorei tê-lo feito. O corpo dele era incrível. Sua pele era um quadro perfeito para a arte colorida que cobria seu braço, ombros e peito. Mordi meu lábio inferior enquanto o olhava e esperei que ele não se importasse com aquilo.

Sem aviso, ele agarrou minha cintura e me girou, de modo que eu estava de costas para ele. Senti seus dedos se enganchando embaixo dos lados da minha calcinha, que ele puxou do meu corpo, jogando-a longe. Engasguei com o seu movimento urgente e soube que ele me queria tanto quanto eu.

Sentei de volta no seu colo e senti sua ereção através do material áspero do jeans embaixo de mim. Me encostei nele, sentindo seu torso contra minhas costas e levantei meus braços para agarrar seu cabelo enquanto ele beijava, lambia e sugava no meu pescoço. Ele colocou seus braços ao meu redor, uma mão massageando meu seio enquanto a outra encontrava o caminho para o lado de dentro da minha coxa, apertando forte.

Eu queimava por ele, desejando que ele me tocasse onde eu mais precisava. Ele mordeu meu ombro e eu gemi de prazer, me deleitando na dor e no desejo do momento.

- Edward... – eu ofeguei devagar – Eu preciso de você. Dentro de mim.

Ele me inclinou para frente e abriu meu sutiã, enquanto eu o deslizava rapidamente pelos meus braços. Quando vi, estava deitada de costas no meio da cama dele, com o seu glorioso corpo em cima de mim. Boa parte de seu corpo estava apoiado nos seus cotovelos, mas eu ainda o sentia pressionado contra o meu corpo pelo jeans.

Ele parou de beijar o meu pescoço e levantou a cabeça, para nossos olhos se encontrarem. Tirou a franja dos meus olhos e sussurrou:

- Bonita.

- Você também é. – eu disse de volta sem pensar.

Edward voltou sua atenção para os meus seios, lambendo e mordendo meu mamilo enquanto sua mão brincava com o outro. Desci a mão e abri o botão do jeans, junto com o zíper que pressionava contra o seu pênis. Ele gemeu alto contra a minha pele.

Empurrei seus jeans o máximo que pude, e ele continuou, tirando-os e os jogando para fora da cama. Sentei, nos virando e admirando seu corpo de Adônis.

Montando na sua cintura, coloquei minhas mãos no seu peito e corri-as pelo seu corpo. Quando cheguei à boxer que ele usava, coloquei meus dedos embaixo do cós e puxei.

Foi então que eu notei a beleza do seu perfeito pênis. Era tão grosso e lindo e eu o queria mais do tudo que eu já havia querido na vida. Corri de volta ao seu corpo e o coloquei na boca antes que ele percebesse o que tinha acontecido. O corpo inteiro dele ficou tenso, como se fosse feito de pedra e ele deixou um grunhido instintivo que eu sabia que não tinha sido voluntário.

Deslizei meus lábios por seu comprimento até atingir o fundo da minha garganta. Então eu chupei com força, massageando-o embaixo com a minha língua. Ele soltou alguns sons que poderiam ser palavras, mas não soavam como nada em particular.

Edward descansou suas mãos no meu cabelo enquanto eu tocava seu pau dentro e fora da minha boca. Quando eu tive certeza que ele não podia ficar mais duro, deslizei-o para fora da minha boca com um audível pop e escalei para cima de seu corpo. Eu sabia que não podia esperar nem mais um minuto para que ele estivesse dentro de mim. Fiquei nos meus joelhos e posicionei-o no meu centro úmido.

Esperei ali, enquanto ele me olhava com aqueles verdes, penetrantes olhos. Ele colocou as mãos no meu quadril, me empurrando devagar para toma-lo inteiro. Fechamos os olhos e deixamos grunhidos de prazer simultâneos.

Eu sentei parada por um momento, ajustando-o dentro de mim. Me sentia tão completa, tão inteira.

Devagar, comecei a mexer os quadris, descendo com força nele. Adorei ver o rosto dele enquanto eu fazia isso. Seus lábios tremeram, os olhos se reviraram e seu aperto no meu quadril aumentou. Coloquei minhas mãos nos seus peitorais e cavalguei-o com vontade. Me levantando na altura dos joelhos, voltei com força para ele, várias e várias vezes. A respiração dele se tornou frenética, seus dedos se afundaram com força na minha pele.

Não pude evitar sorrir quando vi seus olhos indo do meu rosto para os meus seios saltitantes, e ainda mais baixo, para o seu pênis deslizando para dentro de mim.

Inesperadamente, Edward nos virou e se enfiou em mim tão rápido que a cabeceira da cama gritou em protesto. Enrosquei minhas mãos em torno dos seus braços fortes e minhas pernas ao redor do seu torso, tentando sentir o máximo possível dele.

Toda a vez que ele entrava em mim, eu exalava um gemido ou choramingo ou o seu nome, que ele parecia adorar ouvir. Senti o formigamento começar nos meus pés, subindo pelas pernas e movendo-se para o meu centro superaquecido. Se acumulou nas minhas vísceras e eu soube que não demoraria muito para o orgasmo me levar.

Edward se inclinou um pouco para trás, agarrou minhas pernas e colocou-as nos seus ombros. O ângulo era diferente, e ele entrava ainda mais fundo em mim. Senti uma nova sensação quando ele me fodia desse jeito, e parecia que eu iria explodir. Ele correu suas mãos para cima e para baixo nas minhas pernas enquanto me penetrava de novo e de novo até o meu corpo não aguentar mais.

Cheguei ao clímax, longo e forte, gritando seu nome. Me apertei ao redor do seu pênis e senti o corpo dele rígido quando ele, sem dúvida, gozou dentro de mim.

Edward se inclinou e cobriu meu rosto, pescoço e colo com pequenos beijos, até recobrarmos nossa respiração. Deitei ali encarando o topo da sua cabeça com um grande sorriso pateta no rosto.

Ele saiu de mim, mas continuou me apertando contra ele, nos rolando para que eu estivesse deitada no seu peito agora. Deitei ali traçando as tatuagens no seu peito, por cima do seu ombro e braço enquanto ele acariciava o meu cabelo.

Eu devo ter adormecido, porque acordei algumas horas depois, sozinha na cama desse estranho. Olhei ao redor do quarto escuro, mas Edward não estava ali.
Coloquei minhas roupas de novo, mas enfiei a meia calça na bolsa. Chequei meu celular. Eram 5h da manhã. Tentei em vão ajeitar meu cabelo 'acabei de ter sexo selvagem' e o lápis de olho borrado embaixo dos olhos. Não pude evitar o sorriso por estar sendo corajosa ao ponto de ir a fundo com isso.

Encontrei Edward na varanda do seu apartamento, fumando um cigarro e dedilhando seu violão. Ele nem ao menos olhou para mim quando me juntei a ele.

- Bom, eu vou indo... – eu disse um pouco envergonhada.

Ele assentiu e finalmente levantou o olhar para mim. Nossos olhos se encontraram, guardando e dizendo tantas coisas que permaneceram não ditas. Sorri para ele e me virei para sair.

- Bella? – virei e vi que ele estava me estendendo o seu telefone. – Seu número? – Peguei o telefone, coloquei meu número e devolvi para ele. Colocando-o no seu bolso, ele voltou a tocar seu violão.

Sai do seu apartamento me sentindo satisfeita e realizada. Eu sabia que ele não ligaria nunca, mas era legal da parte dele ter pedido o meu número de qualquer maneira. Tinha sido bom. Esqueça isso, tinha sido maravilhoso, e com o homem mais bonito que eu já havia conhecido.

Saindo do prédio, senti o ar frio da manhã me atingindo e eu estava incrivelmente feliz. Não seria uma caminhada da vergonha. Eu não estava nem um pouco envergonhada. Afinal de contas, essa era a primeira vez que eu fazia sexo com um cara desconhecido, por apenas uma noite.

Pulei assustada quando o telefone começou a tocar. Tirei-o de dentro da bolsa e olhei para a tela. O número não era familiar, mas eu imaginei que para alguém estar me ligando às cinco da manhã de um domingo, deveria ser importante.

- Alô?

- É o Edward. – sorri amplamente e olhei de volta para o prédio.

- Eu esqueci alguma coisa?

- Eu só queria saber se você gostaria de tomar café da manhã comigo.

-Absolutamente, porra!

Ele riu e disse que já descia. Tanto para o sexo de uma noite só. Ok, talvez a "Nova Bella" não precisava de coisas tão banais. Talvez ela apenas precisasse de um Cavaleiro Tatuado Deus do Sexo em Armadura Brilhante com café da manhã no dia seguinte.


Oi. É o primeiro capítulo, tradução de uma fanfic da mega talentosa Skeezon, se alguém quiser ler o original, em inglês, essa é a página dela:

u/1801416/Skeezon

Se gostarem, eu posto o capítulo 2!

Qualquer sugestão, só mandar mensagem!