Harry Potter © J.K. Rowling, Warner Bros., Scholastic, Bloomsbury e Rocco. Esta história não tem fins lucrativos.


Into Death
por Sophia Prince


Revirei-me na cama. Estava tudo tão escuro e gélido, eu sentia a morte me chamando, mas eu não queria seguir em sua direção. Eu tentava correr para longe, mas meus joelhos fraquejavam e eu caia no chão, implorando que tudo acabasse.

O desespero inundava minha mente. Eu o queria pra mim, precisava tê-lo pra mim. Aquela loucura consumia o meu ser e eu desejava que a dor cessasse, embora pedisse aos céus que uma força maior acabasse com meu sofrimento.

Eu sentia aquela obsessão me corroer por dentro e a dor era tudo o que eu desejava sentir, pois só assim eu sabia que havia realmente tido você, mesmo que por poucos minutos. Era irônico pensar em você e desejar tê-lo, mesmo que isso implicasse na minha destruição.

O anjo negro seguiu em minha direção e eu vi seu rosto. Sua beleza sempre fora algo que me hipnotizava, eu ficava desnorteada com qualquer gesto de sua afeição. Sua mão pálida estendeu-se até mim e um sorriso brilhou em sua face apesar da escuridão escondendo-lhe as feições. Por Deus, como eu podia me negar em aceitar que você era lindo, meu anjo das trevas? Sua beleza incomum e intensa não podia ser negada, ela precisava ser dita aos quatro ventos.

Tentei levantar-me, precisava a todo custo fugir dali, para longe de você. Forcei meus joelhos, mas caí novamente, afogando-me mais fundo no desespero. Lágrimas jorravam pelos meus olhos e eu o ouvia rir sarcasticamente.

- Tola. Como pode pensar em virar-me as costas, Ginevra? Não vê que isso é impossível.

- Deixe-me ir, Tom, ou mate-me de uma vez.

- Você já está morta, Ginny. Morreu no instante em que a luz apagou-se dos meus olhos.

A mão gélida tocou-lhe o rosto e os olhos automaticamente se fecharam, deliciando-se com aquela sensação de anestésica. Eu solucei alto. Seu hálito congelando bateu sobre minha face e meus lábios se entreabriram. Eu queria beijá-lo, queria sentir o veneno da serpente me envenenando mais um pouco e deixando-me mais a beira da morte.
Os lábios ásperos roçaram em minha mandíbula, a outra mão agarrou meu rosto com força puxando-o em sua direção. Meu coração palpitava freneticamente e quase doía. Sem que eu pudesse perceber, seu braço envolveu minha cintura puxando-me para si daquela forma tão possessiva que eu tanto gostava e seus lábios alcançaram os meus. Inclinei-me em sua direção, deixando que os suspiros sôfregos escapassem por minha respiração entre cortada e quando minha boca esbarrou na sua, você se esquivou.

- Implore por mim.

- Me possua, faça-me sua. Eu necessito de você, Tom.

- Você é minha. Sempre será.

Ofeguei. Implorei. Gritei. E tudo o que você sabia fazer era rir e a dor apertou. Mais um grito fugiu por minha garganta. Minha respiração tornava-se rasa e você gostava do meu sofrimento. O suor escorria por minha coluna e meu cabelo grudava em minha pele. Revirei-me novamente. Eu implorava para a dor passar ou me matar de vez, mas não adiantava.
Você levantou-se e o fogo apagou-se, restando o frio e a escuridão. Restando eu em minha loucura e minha ânsia pela morte. Não havia você. Apenas lembranças que eu levaria pelo resto dos meus dias.

- A sua alma me pertence, assim como seu corpo e seu coração.


Nota da Autora: Primeira TG que eu escrevo, peguem leve. Obrigada Lori Black por pitacar nessa coisinha, a Boss te deve uma, hein. (L)