Capitulo Único - Manhã de domingo
4 e maio de 1987
Era uma manhã de domingo ensolarado e totalmente comum. Eu, Lily Evans, monitora-chefe da Grifinória, estava sentada no nosso Salão Comunal, no meu sofá preferido, que ficava bem ao lado da lareira. Ainda era muito cedo, e isso somado ao fato de que era domingo, fazia com que o salão estivesse completamente vazio. Provavelmente eu deveria ser a única aluna acordada na Torre da Grifinória, na verdade, a única acordada em todo o castelo.
Pra falar a verdade, eu não poderia dizer que acordei muito cedo. Na verdade eu quase não tinha conseguido dormir durante toda a noite, e quando o sol começou a nascer eu simplesmente desisti e desci para o Salão Comunal.
O motivo de toda essa minha insônia? Como já vinha acontecendo há muito tempo: James Potter. Desde o começo do ano vinha percebendo todas as mudanças do moreno. Eles até mesmo tinham se tornado amigos nos últimos meses. Ela nem ao menos o tinha visto azarar nenhum alunos nos corredores, nem mesmo o Snape.
Mais o que mais me incomodava em toda a situação, era a forma com que ele vinha me tratando nos últimos tempos. Ele sempre fora metido e descontraído quando estava comigo, sempre tentando me chamar para sair e se exibindo. Mais nos últimos dias ele tinha sempre se mostrado mais gentil, mais confiante, e até mesmo mais carinhoso comigo.
Fiquei mais algum tempo apenas contemplando a lareira já completamente apagada, pensando em todas as recentes mudanças do Potter, e para falar a verdade, ela estava pensando principalmente em todas as mudanças que tinham acontecido comigo mesma.
E quando eu estava me preparando para levantar e ir tomar um banho, para tirar aquele pijama e começar o meu dia ouvi passos vindo do dormitório masculino. E quando me virei para olhar quem descia, não precisei nem mesmo de cinco segundos para reconhecer quem estava ali na minha frente. Era ele, o maroto de olhos castanho-esverdeados e cabelos espetados, que vinha assombrando meus pensamentos nos últimos tempos.
Ele, assim como eu, ainda tinha uma cara de sono e usava pijamas, e seu cabelo parecia ainda pior do que normalmente, o que me fez pensar que talvez ele realmente tentasse pentear os cabelos todos os dias.
- Oi Lil – ele me cumprimentou com a voz leve e educada, passando a mão pelos olhos, tentando em vão espantar aquela cara de sono.
Há alguns anos eu iria ficar totalmente irritada por ele me chamar assim e com certeza teria retrucado com um 'Pra você é Evans', ou alguma coisa bem pior se o meu humor não fosse dos melhores. Mais nos últimos tempos tinha me acostumado e até começado a gostar como o apelido soava tão bem nos lábios do moreno.
- Oi Potter – eu respondi, deixando quase inconscientemente um sorrisinho escapasse pelos meus lábios e tentei ao máximo me encolher no meu lugar no sofá pra tentar evitar que ele visse meu pijama ridículo de coraçõezinhos.
Era realmente estranho o fato de que até o quinto ano eu praticamente gritava aos quatro ventos o quanto eu não suportava nem mesmo olhar para a cara do Potter, e agora nós éramos quase amigos. E talvez, até um pouco mais do que só amigos. Agora nós dois conseguiam manter longas conversas sobre qualquer assunto sem nenhuma briga e até já tínhamos ido ao ultimo passeio à Hogmeade juntos. Tudo bem que os outros marotos e Alice também estavam lá, mais nós dois acabamos conversando muito durante todo o dia. E até tínhamos passado bastante tempo sozinhos no Três Vassouras enquanto os outros iam até o Correio.
- O que você está fazendo aqui tão cedo em pleno domingo? – ele me perguntou, se sentando ao meu lado no pequeno sofá.
- Pensando – eu respondi olhando diretamente para os olhos dele, que naquele momento estavam mais escuros por causa do sono. E eu sou obrigada a confessar uma coisa, que olhos ele tem. Aquela cor entre o verde e o castanho vinha me atormentando muito.
- Em mim? – ele me perguntou me lançando um sorriso maroto acompanhado de uma piscadinha de olho, e eu simplesmente não pude deixar de sorrir também. Qual é, o sorriso do garoto é contagiante.
- Não – menti. E o sorrisinho dele diminuiu um pouco, mas ele continuou ali, quase que zombando de mim pela minha mentira descarada.
- Então no que estava pensando? – ele perguntou parecendo indiferente, como se quisesse me dizer que já que eu não estava pensando nele, meus pensamentos eram inúteis. Ele podia ter mudado e melhorado em vários aspectos, mais o ego dele simplesmente nunca iria diminuir.
- Nos nossos últimos meses de aula – respondi rapidamente. Há, consegui achar uma desculpa rapidinho, devia ser a minha convivência com os marotos nos últimos tempos – E em como eu vou sentir falta de todos quando nós voltarmos pra casa. Passei os últimos sete anos nesse castelo, é difícil imaginar como vai ser quando não tivermos mais que voltar para cá.
- Você vai sentir a minha falta, Lily? – ele me perguntou de supetão, desse vez, com o sorriso mais fofo que eu já vi na minha vida. Eu juro, quase me derreti.
- Um pouco – respondi a contra gosto, e no mesmo instante senti minhas bochechas corarem absurdamente.
- Sério? – ele perguntou, o sorriso crescendo ainda mais, como se realmente não acreditasse no que eu estava falando. Ele achou o que? Que eu ia mentir só pra ele se sentir melhor? Nunca.
- É, acho que sim – eu respondi novamente, enquanto via seu sorriso crescer mais e mais, se é que isso era possível. Tudo bem que eu tinha certeza de que ia sentir muita falta dele quando terminasse as aulas, mais ele não precisava saber disso, não é?
- Sabe, Lil – ele começo, com a voz fraquinha – Eu nem consigo imaginar como vai ser quando agente sair daqui. Nem sei como vai ser quando eu não puder ver você todos os dias – ele acrescentou me encarando fixamente, como eu mesma tinha feito com ele poucos minutos, fazendo com um que um arrepio percorresse todo o meu corpo.
- Já está quase na hora de começar a servir o café da manhã. Acho que vou lá em cima me arrumar antes que alguém mais me veja aqui de pijama – respondi me levantando e andando rapidamente em direção as escadas do dormitório feminino. Qual é? Não me culpem. Eu precisava sair dali o mais rápido possível, antes que eu me enrolasse ainda mais com as minhas palavras, algo que estava se tornando completamente comum nos últimos tempos quando eu estava conversando com ele.
Quando eu subi o primeiro degrau e achei que tinha me livrado das perguntas embaraçosas por hoje eu senti uma das mãos dele segurar o meu braço me impedindo de continuar subindo. Droga, e eu achando que tinha saído bem mais uma vez.
- Porque você foge tanto, Lil? – ele me perguntou, passando a mão direita de levinho pela minha bochecha, com a expressão mais triste e quase desesperada que eu já tinha visto no rosto dele – Nós somos amigos agora, não somos? E mesmo assim você sempre tenta fugir quando acha que a conversa está pessoal de mais. Porque você construiu essa muralha em volta de você?
Recebi aquelas palavras como uma facada no peito. E me doeu ainda mais ao perceber que as palavras eram mesmo verdadeiras. Até mesmo aquele dia em que nós tínhamos ido a Hogsmeade e ficado aquele tempo no Três Vassouras juntos, assim que ele começou a tentar me perguntar se eu queria vir com ele até o povoado no próximo passeio, eu dei um jeito de fugir dele e ir pegar mais cerveja amanteigada, deixando ele lá, falando sozinho.
O que eu podia fazer, afinal? Desde que nós dois finalmente deixamos as brigas e as infantilidades para trás, eu tinha conhecido o verdadeiro James
Potter. O garoto simpático, amigo, gentil, inteligente, engraçado que ele realmente era. E depois que eu conheci esse outro lado dele, eu realmente vinha me sentindo estranha. Eu sempre procurava uma desculpa para sentar com ele e os amigos durante todas as refeições, usei o namoro da Alice com o Frank para fazer dupla com ele em quase todas as aulas. Além disso, eu sempre me pegava procurando por ele quando não estávamos juntos, e quando eu encontrava ele, um sorriso simplesmente escapava por meus lábios, e sempre corava quando nossos olhares se encontravam sem querer.
Eu abri e fechei a boca várias vezes parada no primeiro degrau da escada, mas não consegui nada além de algumas palavras completamente sem nexo para mim mesma, e acho que para ele também, já que o garoto continuou me fitando um uma expressão triste.
- Porque me afasta tanto de você? – ele me perguntou novamente, ainda mais triste ao perceber que eu não falaria nada.
- Eu tenho medo – respondi, finalmente conseguindo reunir alguma coerência nas minhas palavras. Cara, essa foi, provavelmente a coisa mais verdadeira que eu já disse pra ele. E saiu completamente espontaneamente, porque eu mesma só tinha chego a essa conclusão poucos segundos atrás, enquanto encarava a lareira apagada.
Ai estava. Essa era a verdade. Lily Evans estava morrendo de medo. Morrendo de medo do que eu estava sentindo por ele. E com ainda mais medo do que ele sentia por mim. Ou do que ele não sentia por mim. E principalmente, eu estava com medo que ele não sentisse nada, e medo que ele, talvez, estivesse só querendo brincar comigo. Porque pela primeira vez na minha curta vida, eu estava completamente apaixonada por alguém. E no fim, não era só isso, eu estava completamente apaixonada por James Potter, a ultima pessoa no mundo por quem me imaginai sentindo isso.
- Medo do que Lily? Ele me perguntou, parecendo extremamente surpreso com o que eu tinha dito. Acho que nem mesmo ele acreditou no que eu estava falando. Juro que ele devia estar pensando que eu ia gritar e sair correndo sem responder nada.
- De acabar me machucando – respondi, abaixando a cabeça, sem nenhuma coragem de encara-lo de novo. Mais na verdade, se eu pudesse, não tinha apenas abaixado minha cabeça, teria me enterrado ali mesmo pra nunca mais ter que olhar para aqueles olhos esverdeados que o Potter tem.
Dessa vez quem ficou sem fala foi ele. E mesmo sem conseguir falar nada, ele colocou a mão no meu queixo e o ergueu lentamente, fazendo com que eu voltasse a olhar diretamente nos seus olhos. E naquele momento, eu tinha certeza de que eu nunca mais iria conseguir esquecer aqueles olhos. O que pode parecer exagero já que eu só tenho dezessete anos, e provavelmente vou olhar para mais um milhão de olhos diferentes na minha vida.
- Lily, me deixe fazer parte do seu mundo – ele finalmente falou, sua voz não passando de um sussurro, e depois que ele terminou de falar aquelas palavras, eu pude ver uma pequena e silenciosa lágrima se formar em seus olhos, e correr lentamente por sua bochecha.
E nesse momento eu tive certeza de que aquele foi a coisa mais fofa que James Potter já tinha feito, ou faria por mim. Naquele segundo, vendo ele ali, tão frágil e quase vulnerável eu percebi que no fim, não tinha como ele me machucar, nunca. E que na verdade, eu sempre fui a pessoa que acabava machucando alguém naquela nossa estranha relação.
Ele me abraçou pela cintura firmemente e aos poucos foi aproximando seu rosto do meu. Nós ficamos separados por apenas alguns poucos centímetros, e quando finalmente ele ia encostar seus lábios nos meus, ele mudou a direção dele, chegando perto do meu ouvido e sussurrando baixinho, quase numa suplica.
- Me deixa te mostrar o quanto você é importante para mim, Lil.
E dizendo isso, ele finalmente roçou seus lábios suavemente nos meus. E no instante em que isso aconteceu, eu senti todo o meu corpo perder as forças e minhas pernas pareciam feitas de gelatina. Entreabri meus lábios permitindo que ele aprofundasse o beijo. E que beijo, minhas senhoras. Tenho certeza que toda garota deveria ser beijada assim pelo menos uma vez na vida.
Ele me puxou firmemente para ainda mais perto de seu corpo e deixou que uma de suas mãos vagasse pelos meus cabelos, fazendo com que eles ficassem ainda mais bagunçados. E eu o enlacei pelo pescoço e quase que inconscientemente minhas mãos voaram para o seus cabelos bagunçados. E dessa vez eu ficaria feliz em ver a desordem neles, já que eu fui a responsável por isso.
Depois de algum tempo, que pra mim pareceu pequeno demais, nós nos separamos. Não por nossa escolha, e sim porque precisamos de algum ar em nossos pulmões. E quando pude finalmente me recuperar do momento eu pude o ver, ainda com os olhos fechados e com o sorriso mais bobo que eu já vi na vida.
- Você não vai falar nada? – ele me perguntou de repente, quando finalmente abriu os olhos, que naquele momento estavam quase tão verdes quanto os meus.
- Falar o quê? – perguntei ainda ligeiramente afetada com o momento, e tenho certeza que as minhas bochechas alcançaram um tom de vermelho nunca visto antes.
Ele ficou me encarando seriamente, ainda pensando no que eu tinha dito, ou no que ele disse, ou talvez no que ele ainda iria dizer. E depois, um sorriso brincalhão voltou a reinar em seus lábios.
- Eu estava realmente esperando por alguns gritos e um belo tapa bem no meio da minha cara, deixando a marca dos seus cinco dedos e o meu rosto mais vermelho do que o seu está agora, Lily – ele respondeu, sorrindo marotamente.
- Eu não faria isso – respondi finalmente deixando a tensão de lado, e rindo com ele.
- E porque não? – ele perguntou meio descrente – Tenho certeza de que você ainda está pensando se eu mereço ou não.
Cheguei mais perto dele, ainda sem parar de passar minhas mãos suavemente pelos fios de cabelo de sua nuca, enquanto ele ainda estava com uma mão em seus cabelos e a outra segurando firmemente minha cintura, e assim como ele mesmo tinha feito alguns minutos atrás, eu sussurrei baixinho em seu ouvido.
- Porque essa é a minha forma de te deixar entrar no meu mundo, e te mostrar o quanto você também é importante para mim, James.
Não sei com o quê ele ficou mais impressionado naquele momento. Com o fato de eu ter o chamado de James ou pelo que eu realmente falei para ele. Ou talvez tenha sido as duas coisas ao mesmo tempo. Mais se mais alguém estivesse ali naquele momento, com certeza teria caído na risada ao ver a cara dele.
- Lil, que dia é hoje? – ele perguntou, correndo a mão suavemente pelos meus cabelos.
- Dia quatro de maio – eu respondi sem entender nada. Será que ele estava querendo tirar uma com a minha cara bem naquele momento. Eu ia matar esse idiota se eles estivessem brincando comigo – Por quê? – acrescentei sem me conter.
- Por dois motivos – ele respondeu – Primeiro pra me certificar de que hoje não é primeiro de abril e você está querendo superar todas as brincadeiras que os marotos já fizeram no castelo, o que não é o caso, e também para declarar que hoje deveria ser feriado universal, tanto no mundo bruxo como no mundo dos trouxas – ele começou a explicar, mas continuando a não fazer sentido nenhum pra mim – E iríamos chamar o feriado de: "O dia em que James Potter se tornou o cara mais feliz do planeta".
Eu soltei um sorriso sonoro e corei ainda mais, se é que aquilo era possível. E ele voltou a me encarar, e seu olhar emitia um brilho de felicidade, concordando completamente com as palavras dele. E no mesmo minuto me perguntei como era possível alguém mudar de expressão tão rápido como ele.
- Lily, vocequernamorarcomigo? – ele perguntou rapidamente, parecendo completamente nervoso. Confesso que eu entendi direitinho o que ele disse, mais eu sempre gostei de irrita-lo, e porque eu iria perder esse habito bem agora?
- O quê? – eu perguntei, contendo o riso.
- Você quer namorar comigo? – ele repetiu, depois de respirar fundo, dessa vez mais calmo e soando completamente claro e confiante.
Fiquei imóvel por alguns segundos. Ouvindo-o repetir aquelas palavras, dessa vez bem mais claro e confiante, fez com que eu finalmente conseguisse compreender o que aquelas palavras significavam. E mais uma vez senti como se as minhas pernas fossem feitas de gelatina. E eu tenho certeza de que se ele não estivesse me segurando firmemente pela cintura eu teria desfalecido ali mesmo.
- Lil, por favor, não faz isso comigo – ele falou alguns segundos depois, nervoso, quase implorando por uma resposta, e me fazendo finalmente acordar do meu transe.
- Eu, sim, eu quero, James – respondi finalmente, e antes que eu pudesse sorrir novamente, tive meus lábios capturados pelos seus.
Nesse momento, enquanto eu me sentia quase que flutuando pelo céu, ouvimos uma voz vinda da escada ao lado, que dava acesso ao dormitório masculino.
- Aleluia!
Nós nos separamos imediatamente, como se fossemos crianças e tivéssemos sido pegos roubando biscoitos antes do jantar.
- Sirius Black, eu não acredito que você ficou nos espiando esse tempo todo – falei corando muito, e tentando esconder meu rosto no peito de James.
- Desde quando você está aí, Almofadinhas – James perguntou um pouco corado, também, continuando a fazer um carinho gostoso em meus cabelos.
- Desde o 'você não vai falar nada?' – ele respondeu tentando imitar a voz do amigo, e andando até onde nós ainda estávamos, com um sorriso muito maroto nos lábios. Mas infelizmente, devo acrescentar, eu não consegui ouvir o que a Lil disse pra você, já que vocês estão tão perto e ela sentiu essa necessidade de sussurrar no seu ouvido – ele completou com um sorriso safado no rosto.
- Eu não acredito nisso – ralhei com ele, com a minha cabeça inda escondida no peito de James. Droga, como Black conseguia ser tão inconveniente.
- Não se preocupe comigo, Lily, vou fingir que eu não vi nada – ele respondeu rindo, com aquele riso de cachorro que sempre me incomodava. Droga, será que o James ficaria muito chateado se eu enfeitiçasse o melhor amigo dele?
- Bom, já que você está aqui mesmo, Almofadinhas – James falou serio – Você está convidado para ser nosso padrinho.
- Padrinho do quê? – eu perguntou sem entender, finalmente desenterrando meu rosto do peito de James e olhando para os dois garotos ao meu lado.
- Do nosso casamento e do nosso filho, Lil, é claro – ele respondeu, dando de ombros, como se aquilo fosse obvio.
Nosso casamento? E que filho, pelo amor de Merlin? Agora eu vou enfeitiçar os dois. E eles vão precisar passar muito tempo na enfermaria para conseguir tirar todos os furúnculos que o meu feitiço vai causar neles. Mas, por fim, eu preferi não me manifestar, não queria estragar aquele momento, fazendo meu namorado-há-dois-minutos e seu melhor amigo ganhassem uma passagem sem expectativa de retorno para a Ala Hospitalar.
- É claro que eu aceito, Pontas – Black respondeu, nos abraçando. E quase quebrando as minhas costelas no processo, só pra constar. O que aquele menino andava comendo? Ele parecia mais forte que um unicórnio.
- Que ótimo – respondeu James rindo junto com o amigo – Mas agora, você pode nos dar licença, Almofadinhas? Eu e Lily ainda temos que nós trocar e depois temos muita coisa pra conversar, não é Lil? – ele me perguntou, mostrando as nossas roupas, e me fazendo lembrar rapidamente de que ainda estávamos de pijama.
Eu concordei com a cabeça e sorri novamente pra ele. E antes que eu pudesse subir pelas escadas do dormitório ele me beijou novamente, me fazendo ficar completamente sem fôlego pela segunda vez naquele dia.
Depois que nós dois estávamos devidamente vestidos, fomos para os jardins, onde passamos o resto do dia juntos, sem nem mesmo aparecermos no castelo para as refeições do dia. Segundo Black, nós passamos o dia aproveitando o tempo perdido em gritos. Mas eu confesso de que ainda não foi o suficiente. E tenho a impressão de que nunca será.
N/A
Oi gente. Bem como esses dias eu estava sem muita coisa pra fazer da vida, já que eu ainda não estou em época de provas na faculdade e fui ler as minhas fic's antigas, e acabei resolvendo dar uma melhorada nelas. E cara, quanta coisa errada. ;x
Bom, espero que tenham gostado. Eu simplesmente amo essa fic. Foi a minha primeira, é ela a menina dos meus olhos.
E claro, comentem ..
Beijos.
