Uma jovem cigana se apaixona por um rapaz que não pertence a comunidade cigana, nem ele nem ela sabem, mas estão predestinados a se encontrarem e descobrirem um amor impossível, este encontro vai mudar tanto as suas vidas como também a vida das pessoas que os cercam. Tradição, crença, emoções a flor da pele. Será o amor capaz de ultrapassar tantas barreiras? Esses corações resistiram a um Amor Cigano?
AMOR CIGANO
A história começa em um acampamento cigano. Duas moças conversavam sentadas em banquinhos, com uma mesa no meio. Elas estavam atrás de um lençol branco, fazendo com que apenas se pudesse ver a sombra das jovens ciganas. Uma brisa sopra forte e faz o lençol levantar, sendo possível vê-las agora. Uma delas vira uma carta do baralho encima do meio da mesa.
-
A carta do Amor! Isso parece bom!
- Amor... – Diz a moça
de cabelos roxos que havia virado a carta. – É apenas uma
carta, Hilda. Nada mais que uma carta.
- Ora Saori! Você
sabe que minhas cartas são mágicas!
- Assim como
meus pés! – Era June, a filha mais nova da família
Kido, sobrenome muito respeitado entre os ciganos.
- June? E a
escola? – Pergunta Hilda, a mais velha das cinco filhas do Sr.
Aioros Kido. (olha o que eu não invento!!!)
- Saímos
mais cedo hoje!
- E Pandora? Onde estava que não foi te
buscar? – Hilda, talvez por ser a mais velha, sempre cuidou das
irmãs, desde a morte da Sra. Kido.
- Deve estar
conversando com Shunrei!
- Deve é estar atrapalhando
Shunrei! – Saori falou num tom irônico.
- Todos estão
preocupados com a festa hoje!
- É mesmo Hilda! – A
caçula toma um choque. – Eu não comprei nenhum
presente para Shaka! Aiiii! E agora?!
- Por que você não
faz um presente? – Sugere Saori saindo do local.
- Pode ser...É
– a cigana loira entra em uma barraca.
- E as cartas, Saori?
-
Elas não estão funcionando hoje! – ela avista Pandora
um pouco mais a frente e vai atrás dela.
A cena muda para a sala de estar de um apartamento luxuoso.
-
Que dia! Que dia, Seiya! – um jovem loiro se atira no sofá.
- O que aconteceu, Hyoga? – pergunta um jovem de cabelos
castanhos que lia um livro.
- É a Eire! Ela é muito
ciumenta! – Hyoga se ajeita no sofá. – E você? Tudo
bem com a Shina?
- Tudo normal, como sempre foi. – Seiya
demonstra não estar muito animado.
- Deixa eu adivinhar,
ontem ela veio jantar aqui novamente, não?
- Ela vem,
ficamos conversando com a presença "nada notável"
da mamãe Marin. Todo dia é sempre a mesma coisa! Odeio
essa vida!
- Seiya, você está me assustando! Vai dar
uma volta pra esfriar essa cabecinha.
- Quer saber? É isso
mesmo que eu vou fazer! – Seiya sai nervoso e encontra com um outro
jovem na porta. – Tchau, Shiryu!
- Mas eu nem dei "oi"? –
ele olha para o corredor que estava vazio, como se Seiya nunca
tivesse saído. – O que ouve com o nosso irmãozinho?
- Eu também gostaria de saber... – fala Hyoga
pensativo. Ele pega o livro de Seiya e uma maça que estava
encima da mesa e começa a comer.
Enquanto isso...
-
Por favor, Pandora!
- Saori, não! Você sabe que eu
não levo jeito com isso! O meu dom é cantar! O seu é
que é ler a sorte! Se você quer saber seu futuro peça
para Hilda tirar as cartas pra você!
- Eu já fiz
isso e não deu certo!
- Como assim? As cartas de Hilda são
"mágicas", não falham nunca!
- Eu sei que esse
não é o seu dom, mas tirando eu, só você
sabe ver a sorte na palma da mão! Sei muito bem que cada uma
de nós tem um dom. – ela começa a contar nos dedos. –
O de Hilda, são as cartas, o seu é a voz, o de Shunrei
é a comida, eu tenho o dom de ler a sorte na palma da mão
das pessoas e June possui o dom da dança. Mas, você tem
que fazer isso! Por mim!!
- Me de a sua mão. Agora,
concentre ...
- Eu sei o que fazer, sei melhor do que você!
- Se sabe, porque não vê o seu próprio
futuro?
- Pandora! Sabes muito bem que não posso ler a
minha própria mão!
- Schiii! Estou vendo um grande
amor, ele não sabe mas também está a sua
procura. Os seus destinos vão se cruzar várias vezes. A
convivência entre vocês vai mudar não só as
suas vidas, como também a vida das pessoas que os cercam. –
Saori tira a mão bruscamente. Pandora não liga e
continua tirando as roupas do varal.
- Tudo isso é
besteira! Eu sou a única que sabe ler o futuro decentemente?
- Você é que sabe mais, o que eu sei é muito
pouco. Afinal, o dom é seu!
- Ai! Eu tenho coisas mais
importantes pra fazer!
- E uma delas é levar essas roupas
pra casa. – Pandora entrega um cesto cheio de roupas para a irmã.
- É, - Saori pega o cesto – este sim, é meu
destino! – Saori já está meio distante de Pandora.
-
Saori! – Pandora grita tentando chamar a irmã. Saori
continua andando mas, olhando para trás, totalmente distraída.
- Não se esqueça, o amor de sua vida está ao
seu lado! – Saori perde Pandora de vista e a procura com os olhos,
até que ela esbarra em alguém.
- Desculpe. –
Seiya se abaixa para juntar algumas roupas que caíram do
cesto.
- Ah! Não foi nada. – Saori nunca tinha visto
aquele rapaz no acampamento, tenta ver o rosto dele para ver se
reconhecia.
Seiya se levanta, Saori acompanha com os olhos o rosto dele, até que seja possível ver quem era ele. O jovem põe as roupas de volta no cesto.
-
A senhorita também deveria olhar por onde anda! – aquilo faz
a cigana abaixar a cabeça e desviar os olhos.
- Realmente,
- ela não esperava algo tão grosseiro sair da boca
daquele belo rapaz, mas logo improvisou uma boa desculpa. – me
desculpe. É que eu não costumo enxergar seres
insignificantes!
- Que pena! Nunca vai saber como você é
bonita. – Seiya sai correndo.
- Hã?! – Saori olha
surpresa para o jovem, que some em meio as pessoas do acampamento.
Seiya já estava longe do local onde esbarrara com aquela moça cigana.
- "Seres insignificantes"!.....Linda, mas não tanto quanto mal-educada! – ele observa a tudo fascinado com aquele lugar e com aquelas pessoas. – Como eu queria ser um cigano! Eles vão pra onde querem e quando querem! – Seiya continua sua caminhada com um olhar curioso.
Já no apartamento da empresária Marin Ogawara....
-
Nossa! Sou que me dou mal e ele é que fica irritado?!
-
Esquece o Seiya, Shiryu! Isso passa. Mas que história é
essa de "sou eu que me dou mal"? Por acaso você tá
falando do jantar de ontem???
- Como sempre o Shun me apresentou
um a "ex" do Seiya.
- A tal Miho já namorou o Seiya??
- Acho que sim, só falava dele! Se não era
ex-namorada era ex-fã!
- É, Shiryu, você vai
ficar pra Titio!!!
- Até o Seiya vai casar, e eu aqui,
sozinho.
- Ainda tem o Ikki e o Shun.- Hyoga tentava levantar a
bola do irmão.
- O Shun é muito novo, e o Ikki, já
é viúvo!
- É, desde que a Esmeralda morreu,
ele nunca se interessou por mais ninguém.
- Olha, que já
faz dois anos que ela morreu! – dizendo isso, Shiryu deixa a sala e
vai até a cozinha.
A campainha no apartamento dos Ogawara toca, Hyoga vai atender.
-
Você aqui, Hyoga? – uma mulher ruiva pergunta.
- Oi mãe!
Entre.
- É óbvio que eu entro! A casa é
minha. – Marin vai entrando na casa e sobe alguns degraus da
escada.
- Dona Marin ou Dona Eire? Qual será que me irrita
mais???
- E os seus irmãos? – pergunta a mãe
deles parada na escada.
- Deixa eu ver.... – Hyoga olha os
bolsos. – é, aqui eles não estão! – Marin
faz uma cara ameaçadora para ele. – O Shun, deve estar na
escola. O Seiya estava de TPM – Hyoga quase ri ao falar isso. – e
resolveu dar uma volta. O Shiryu deve estar assaltando a geladeira
neste exato momento. Eu estou aqui fugindo da fúria da dona
Eire e o Ikki, se a senhora não se lembra, não mora
aqui e eu não vejo ele a quase um mês! Fim do relatório.
- Oi mãe! – Shiryu trazia um sanduíche enorme (na
verdade eram cinco sanduíches juntos!!')
- Oi filho!
Eu estou atrasada para um compromisso importantíssimo agora,
depois a gente se fala tá? – Ela sobe as escadas correndo.
- Que estranho, ela não pediu o relatório hoje?
-
Não Shiryu, eu já fiz o relatório pra ela.
Após largar o cesto em casa, Saori foi falar com Shaka, um grande amigo e conselheiro que estava de aniversário hoje.
-
Shaka? – ela vê um homem sentado na beira de um lago,
provavelmente seu amigo aniversariante.
- Saori? Algum problema?
– Ele permanece de costas, olhando pra o rio.
- Nada. – Saori
senta ao lado de Shaka. – Eu só queria conversar...
-
Sobre? – a indiferença de Shaka não incomodava Saori,
ela o conhecia desde que era um bebê, e sabe que ele é
assim desde que a mãe dela morreu.
- Sorte....futuro,–
um grande silêncio se faz, até que a jovem completa. –
amor!
- Você quer dizer, a SUA sorte, o SEU futuro, e o SEU
amor?
- Hilda tirou as cartas pra mim, veio a carta do amor. Mas
não é o que eu sinto...
- As vezes as cartas erram.
- Então eu pedi para Pandora ler a minha mão.
-
Pensei que só você tivesse esse dom.
- Não,
Pandora também tem, mas que eu sou melhor sou! – os dois
riem, Shaka não entende por que se sente tão bem perto
de Saori, ela parecia muito com a mãe dela, a única
mulher que ele amou. O que sentia por aquela "ciganinha", como
ele a chamava, não era um amor como o que sentia pela mãe
de Saori, era diferente.
- Pandora não é tão
ruim, ela já acertou muita coisa.
- É, mas ela
também falou que eu encontrarei um amor em breve. Mas eu sei
que esse não é o meu futuro. Aqui – ela põe a
mão no peito. – eu sinto que ainda falta muito pra mim achar
um amor... sinto algo estranho, mas não pode ser amor. Eu não
sinto essa coisa estranha por ninguém, eu apenas.......sinto,
apenas sinto isso as vezes. Não pode ser amor! Por que, se
fosse, por que eu sentiria isso mais forte perto de um estranho que
eu não sei nem o nome???
- Ciganinha, você amou
alguém? Você já se apaixonou por alguém?
- Não, nunca.
- Então como pode ter tanta
certeza de que "isso", como você mesma chama, não é
um aviso de que o amor da sua vida está próximo? Que
esse estranho, por quem seu coração bateu mais forte
não é o seu grande amor? – Shaka abaixa a cabeça.
– Eu só percebi como amava a sua mãe quando ela já
havia se casado com seu pai. – o cigano se levanta e vai embora sem
olhar para trás, pois sabia que se olhasse, Saori perceberia
suas lágrimas. Saori continua ali, sentada, olhando o lago,
pensando naquilo que Shaka lhe dissera.
Depois de dar umas voltas pelo acampamento cigano, Seiya resolve conversar um pouco com sua noiva. Ele pega seu carro e vai até o apartamento de Shina. Ao chegar lá, ele se depara com uma cena nada agradável. Shina e um outro cara estavam abraçados, na frente do apartamento dela.
-
Você tem que ir embora, daqui a pouco eu vou para mais um
jantar na casa do meu querido Seiya.- Shina falava num tom de
deboche.
- Pobre coitado! Até quando você vai
enganá-lo?
- Até que eu engravide, case, me separe
e ganhe uma boa pensão, Shura! – os dois se beijam. Shina
não sabia porque continuava a enganar Shura, se ela realmente
estava gostando de Seiya, talvez por que ela e Shura estavam juntos a
tanto tempo que seria difícil dar um fora nele, ou então
porque sabia que, se terminasse com ele, o amante contaria tudo para
Seiya.
Após alguns minutos, Seiya já não agüentava ver aquela traição, ele gostava muito de Shina, aquilo lhe doía profundamente. Sem saber o que fazer, ele resolve ir embora, mas se atrapalha, derruba um vaso de flores que estava no corredor e é notado por Shura e Shina, que sai correndo atrás do noivo. Seiya vai para casa, sabia que lá ela não iria segui-lo, Shina não gostava de escândalos, e sabia que se eles começassem uma discussão na casa dele, iria ser pior. Seiya finalmente chega em sua casa, encontra Shiryu com um balde de pipoca (sim um balde de lavar roupa cheio de pipoca!).
-
Oi Seiya! – Shiryu falava de boca cheia.
- Não posso
conversar agora, Shiryu!
- Você já vai sair de novo?
- Vou, por que?
- Então já busca o Shun na
escola, eu prometi pra mãe que ia fazer isso, mas esse filme
tá tão bom....
- Eu busco. Tchau! – Seiya bate a
porta.
- Como ele tá estranho hoje! – sem dar muita
importância para o nervosismo de Seiya, Shiryu enche a boca de
pipoca.
Enquanto isso, Marin está tendo alguns problemas no trabalho.
-
Sra. Marin, temos alguns problemas...
- Quais Shion?
-
Esquecemos de avisá-la sobre uma reunião.
- Quando
é?
- É agora!
- O que?
- Aquela reunião
com o dono da empresa que a senhora quer comprar, esquecemos de
avisar que ela foi remarcada pra hoje as sete da noite.
- Mas
então eu já estou encima da hora! – Marin arruma
alguns papéis e coloca outros dentro de uma pasta. – A sede
da empresa não é muito longe, eu vou de táxi,
até eu chamar o motorista eu perco a reunião. – Ao
chegar na saída do edifício onde ficava seu escritório,
Marin faz sinal para o primeiro táxi que passa.
Marin entra no carro, fecha a porta e se acomoda no banco de trás.
-
Av. São Pedro, esquina com a rua Amazonas, por favor! –
fazia tempo, mas Aioria ainda lembrava daquela doce voz.
- Marin?
– ele não acredita que finalmente a reencontrou. Marin olha
para o retrovisor, nunca esqueceu aqueles belos olhos, ele vira para
trás. Agora ela pode ver o rosto inteiro, os dois estão
totalmente sem reação, foi um reencontro inusitado.
- Aioria. – a voz de Marin tem um tom rancoroso.
- Av. São
Pedro não é mesmo? – o taxista tenta mudar de assunto
e amenizar o clima dentro daquele veículo. O resto do caminho
é feito no mais completo desconforto e silêncio.
Hyoga chega em casa e depois de uma longa discussão com
Eire, ele resolve dar um passeio de carro para esfriar a cabeça,
passa na frente do acampamento cigano, vê que estão
dando uma festa e resolve assistir a festa dos ciganos. A festa está
bastante animada, mas falta o principal, o aniversariante, que está
falando com alguém no telefone.
-
Então você volta para o Brasil amanhã? A Saori
está muito bem, muito bonita, você tem sorte, Julian! –
ele percebe que Saori está na porta de sua cabana. – Até
amanhã, tchau! – Shaka desliga o telefone.
- Era o
Julian, não era?
- Sim, era seu noivo, ciganinha.
- O
que ele disse? – a jovem parecia não querer saber a
resposta.
- Que ele está voltando, e chega amanhã
no Brasil. – uma lágrima escorre do rosto de Saori.
- Eu
não quero me casar com ele!
- Eu sei mas... – ela sai
correndo. – Saori! Espera! – Aioros entra no local.
- O que
você disse a ela, Shaka?
- Nada. Não precisei, ela
sabe que essa história de ser prometido a alguém quando
ainda se é um bebê é besteira! Você também
sabe disso, Aioros! Agora com licença, eu vou voltar para a
minha festa. Ah! A propósito, Julian chega amanhã. –
Shaka vai em direção a festa, Aioros fica um tempo
pensando nas palavras que ouvira do amigo, será que tudo o que
ele disse era verdade?
Uma roda se forma, Mú começa a tocar o seu violino, Saori para de chorar ao ver que a música mais tradicional e também sua preferida está sendo tocada.
- É Kaldarash! – a moça sai correndo e entra no meio da roda, junto com suas irmãs Shunrei e Pandora.
Saori dança animadamente, precisava dançar para esquecer sua tristeza. Neste momento Seiya e Shun chegam. Seiya não consegue tirar os olhos de Saori, puxa o irmão para o mais perto possível da roda. Estava escuro, ele mal conseguia ver exatamente quem era, mas se sentiu enfeitiçado pela dança da jovem cigana. Shaka entrou no meio da roda e colocou uma flor no cabelo de Saori, de tão animada ela nem percebe, depois dançou um pouco e pediu para Mu o violino emprestado. Shun já não agüentava ficar ali parado, já fazia quase uma hora que os dois estavam parados ali, olhando as ciganas dançarem. Pandora sai da roda, e June entra, animada como Saori. Agora é a vez de Shun ser pego pelo feitiço cigano das jovens. June estava tão distraída que nem percebera que empurrou Saori, que caiu encima de Seiya, em meio aquela bela dança, tanta felicidade, ninguém notou quando o mundo parou diante dos dois apaixonados, que estavam com os rostos bem próximos, o olhar dos dois se cruzara, os dois continuaram olhando fundo, um no olho do outro, os rostos foram se aproximando mais ainda, até que seus lábios se tocassem, quanta coisas eles sentiram naquele meio minuto, era difícil explicar. Saori parecia perdida nos braços daquele desconhecido, aquilo era tão bom. Mas a cigana lembrou do pai e de todos que poderiam estar presenciando aquele beijo, assustada, Saori saiu correndo, deixando Seiya paralisado, ele tenta ver para onde ela foi, mas não consegue avistá-la, ele sente algo em sua mão, uma flor.
Ao ver que Pandora saiu da roda, Mu também sai e vai atrás da jovem. Pandora vê que Mu a segue e muda de caminho, indo parar em uma casa abandonada, próxima ao acampamento. Ela para e espera Mu, que chega por trás dela e põe as mãos nos olhos da moça. Ela vira e os dois se beijam.
-
O que foi Pandora? Parece que você está triste?
- É
que hoje é a nossa despedida...
- Como?
- Você e
Hilda foram prometidos quando ainda eram crianças, ela é
minha irmã, não quero mais fazer isso com ela. –
Pandora luta contra suas lágrimas. Mu a abraça.
-
Eu te amo, e se pudesse casava contigo! Mas tenho que obedecer a
tradição, saiba que mesmo que me case, eu sempre vou te
amar!
Aioros ainda está na cabana de Shaka quando o celular dele toca, aquele celular não era só de Shaka, e sim, de todo o acampamento. Aioros atende.
-
Alô?
- Senhor Aioros? – diz uma voz masculina do outro
lado da linha.
- Sou eu mesmo, quem fala? – a ligação
não estava muito boa.
- Julian Solo,
seu futuro genro!
- Julian! – um grande sorriso toma
conta do rosto do Sr. Kido.
- Saori está aí? Eu
liguei antes mas Shaka disse ela não estava.
- Ah, foi
Shaka quem disse? Eu vou chama-la, espere um momento Julian. – Ele
sai e vai até a roda, olha um pouco e depois chama Hilda.
-
O que foi Pai?
- Onde está Saori?
- Eu não sei,
mas ela estava aqui até agora...
- Então vá
atrás dela, é muito importante, o noivo dela está
no telefone.
- Claro, pai. – Hilda sai correndo, pensando em
onde a irmã poderia estar, logo ela lembra da casa abandonada
onde Saori se escondia quando queria ficar sozinha. – É lá
que ela deve estar, com certeza está se escondendo pra não
ter que falar com Julian, poucas moças tem a sorte que eu
tenho. Meu noivo me ama e eu o amo também!
Seiya resolve procurar a jovem pelo acampamento, afinal, aquele lugar não era tão grande e ele precisava muito encontrá-la, ver aqueles olhos novamente e descobrir a que rosto pertenciam.
-
Shun, me ajude a procurá-la!
- Eu não! Prefiro
ficar aqui. – disse o garoto sem tirar os olhos da roda dos
ciganos.
- Ah! Claro que você não vai querer sair
daqui.- diz Seiya ao olhar na mesma direção que o irmão
e constatar que ele trocava olhares com uma bela garota loira. – Eu
volto já, não saia daqui, ouviu?
- ...
-
Vou considerar isso como um sim. – diz Seiya que sai apressado. –
Eu preciso encontrá-la!
Estou bastante inspirada pra essa estória!!! Afinal, eu pesquisei muito sobre a cultura cigana e tudo que diz respeito a cultura, costumes e crenças são e serão relatadas com extrema veracidade. A song-fic só começa no segundo capítulo e será uma música por capítulo. Talvez eu demore pra escrever o resto, coloquem a culpa nos professores!!! Eu não pedi pra estudar tanto. E pessoal, não esqueçam de me escrever dizendo o q vocês acharam!!! Eu tenho em mente uma continuação muito bonita pra essa estória, mas se vocês não me incentivarem mandando e-mails eu transformo isso numa porcaria pior do que já está!!!
Bjus e
Feliz Carnaval atrasado!!!
.::.Sarah-chan.::.
