Por Leona-EBM
O Cruzeiro da Luxúria
Capítulo I
Os Sedutores: Trowa e Heero
O mar azul e límpido chamava a atenção dos passageiros que embarcavam no cruzeiro. Era uma tarde de verão; os ventos eram raros e o sol castigava a todos que saiam pelas ruas. Um grande navio estava parado no porto e muitos passageiros adentravam no local, todos com sorrisos entusiasmados, despedindo-se de seus amigos e parentes.
Uma pequena confusão com as malas estava ocorrendo com um dos empregados do navio, um garoto com uma longa trança que chegava na altura de seu quadril estava reclamando com o ajudante e o gerente do serviço.
- Ele deixou cair no chão duas vezes. Como eu vou confiar? – reclamou Duo Maxwell, exibindo um olhar irritado para as pessoas que ficavam lhe encarando. Afinal ser bem tratado era pedir demais?
- Perdão, senhor – pediu o gerente – eu mesmo irei carregá-la.
- Certo, eu não quero parecer chato ou arrumar confusão, mas tem coisas que quebram nessa mala – disse – obrigado.
Duo exibiu um lindo sorriso para os dois homens, o ajudante que já estava suando frio acalmou-se e sentiu-se melhor, afinal eram poucos os passageiros que se acalmavam desse jeito e depois exibiam um sorriso despreocupado.
- O que houve, Duo? – indagou Quatre, seu velho amigo de infância, vindo logo atrás dele segurando uma mala de mão.
- Nada. Vamos indo – disse.
- Mal chegamos e já está bagunçando o lugar, não é? – Quatre indagou, exibindo um olhar preocupado. Ele sempre havia sonhado com essas férias e depois de conseguirem fazer uma gorda poupança no banco, finalmente puderam guardar uma quantia suficiente para um passeio de cinco dias e quatro noites em alto mar.
- Eles derrubaram minha mala duas vezes e isso porque eu disse que levaria – resmungou, adentrando no navio.
Os dois arregalaram seus olhos ao ver o lugar, tudo era tão novo e luxuoso que seus pobres olhos pareciam que iam entrar em colapso. Eles não tinham dinheiro, mas não eram miseráveis. Entretanto, como existiam pessoas tão ricas nesse mundo? Eles se perguntavam enquanto observavam com atenção os quadros pendurados nas paredes dos corredores, as vitrines de algumas lojas, os restaurantes e o que mais os surpreenderam foi à ala central onde recepcionava todos os passageiros que era de deixar qualquer um com o queixo caído. Eles estavam num navio ou numa mini cidade? Não sabiam responder.
De repente eles olharam para suas roupas sentindo-se um verdadeiro lixo naquele lugar. Até mesmo um faxineiro parecia estar bem mais vestido que eles. Apesar de usarem suas melhores roupas, estas não chegavam aos pés das roupas de dormir de alguns passageiros.
- Vamos ao nosso quarto – Duo disse.
- Vamos. Mas vamos perguntar como chegar lá primeiro – comentou, olhando com atenção para os lados, procurando algum empregado que estivesse disponível, mas infelizmente todos estavam ocupados informando várias pessoas que também se encontravam perdidas.
Quatre viu um homem ao longe de costas para ele. Ele tinha ombros largos, era alto e usava uma camiseta preta de manga comprida como os demais funcionários. O loirinho correu até ele antes que alguém o visse livre e tentasse pegá-lo.
Com uma mão tímida tocou no ombro do rapaz, que se virou exibindo um olhar atencioso e bastante curioso. Ele tinha um par de esmeraldas verdes e sua pele era amorenada, alguns fios de cabelos caiam pelo seu rosto, cobrindo seu olho esquerdo quase por completo.
- Er... eu acho que me enganei – Quatre disse, envergonhado.
- Como? – não entendeu.
- Pensei que... trabalhasse aqui – disse timidamente.
- Hum. Poderia ajudá-lo? – indagou secamente, sem dar muita atenção para Quatre.
- Eu gostaria de saber onde ficam os quartos, mas eu pergunto para um atendente. Obrigado – disse, virando de costas e saindo rapidamente dali, com o rosto vermelho de vergonha.
Duo viu seu amigo se aproximando dele com a cabeça abaixada e um rosto rubro de vergonha. Duo olhou para o homem que Quatre havia perguntado e o encarou com certa aspereza pensando que ele havia feito algum comentário desagradável para seu amigo.
- O que houve? – indagou o americano.
- Ele... não trabalha aqui, que vergonha! – disse, apoiando sua cabeça no ombro de Duo.
- Ah, só por isso? – indagou, exibindo um leve sorriso – agradeça a ele pelo menos! – disse em seguida, acenando para o rapaz.
- Duo pára! – disse, agarrando o braço do americano.
- Ele foi embora – avisou, vendo ele se afastar com outro homem – e ele era bonitão! Você deu essa desculpinha de propósito, não é?
- Pára! Seu chato! Isso não é verdade – dizia, enquanto dava uns tapas no peito de Duo que apenas ria mais ainda, fazendo novos comentários que deixavam Quatre desconcertado.
Depois de finalmente conseguirem se informar, os dois amigos começaram a se dirigir para seus quartos, ficando de boca aberta com a diferença de ambiente. De repente desceram de nível, chegando num quarto simples, com um carpete vermelho, paredes brancas, uma janela redonda minúscula e duas camas pequenas de solteiro num canto. No outro cômodo havia um banheiro minúsculo, com o chuveiro quase em cima da privada.
- Que horror! Agora estou me sentindo um lixo – Duo comentou, olhando para o lugar – que diferença!
- Você não queria que fosse igual à primeira classe, não é? – indagou, colocando sua bagagem de mão em cima de uma mesinha de madeira, onde havia uma jarra de vidro vazia e dois copos. Quatre abriu o frigobar vendo que havia algumas bebidas alcoólicas e doces.
- Duo, não consuma nada daqui – disse Quatre – nem os chocolates!
- Tem chocolate? – indagou, caminhando até Quatre com passos saltitantes.
- Ai, meu deus! Não vem me dizer que você não trouxe chocolate para você comer! – resmungou.
- Eu trouxe. Mas vai que aí tem um chocolate suíço? Eu quero experimentar – disse, olhando com atenção tudo que tinha no local.
- Não tem. Agora tira as mãos daí. Olha os preços disso! – disse em seguida, pegando uma pequena tabela de preços que estava no fundo do frigobar.
- Como podem cobrar cinqüenta reais em uma barra de chocolate? – Duo indagou, histérico.
- Pára de gritar, você me deixa louco! – disse, fechando a porta da geladeira.
- Quatre! Eu quero ir na piscina – Duo disse, abrindo suas malas que já estavam no quarto esperando por ele.
- Já vamos. Apenas deixe-me deitar um pouco aqui, eu preciso recuperar o fôlego. Quase não chegamos a tempo! você e esse maldito carro que nunca vai para o conserto – reclamou.
- Ele andou, não andou? Não fala assim dele. E o mecânico quer me cobrar uma fortuna – disse, sentando-se na sua cama.
- Hum, mas promete que vai mandar arrumar – pediu.
- Sim, sim! Mas Quatre. Vamos ver se a gente consegue uns carinhas legais, vamos? – indagou, mostrando um entusiasmo no seu olhar.
- Não e não! – disse, sentindo-se envergonhado só de pensar.
- Mas Quatre...
- Mas nada... eu não gosto disso, Duo! – resmungou – você também não vai ficar se atirando por aí!
- Mas Quatre...
- Chega de "mas"... sossega – disse.
Duo pegou uma bermuda jeans preta toda desfiada em sua mala e depois colocou uma camiseta branca bem folgada para que não sentisse calor, ele calçou um par de chinelos vermelhos e sentou-se novamente na cama, olhando para Quatre que parecia que ia dormir.
- QUATRE! – gritou de repente.
O loirinho sentou-se na cama de repente, assustando-se com o grito do amigo, olhando para os dois lados vendo aonde era o incêndio, mas quando constatou que nada estava acontecendo, ele olhou para Duo que estava balançando suas pernas impacientemente.
- Pára de gritar – disse.
- QUATRE VOCÊ NÃO ESTÁ EXCITADO? – gritou, levantando-se num pulo – estamos num cruzeiro, no verão, de férias, com tudo pago! Com dinheiro de sobra para nos divertirmos! Eu quero muito sair desse quarto.
- Tem razão. Eu vou me trocar – disse, afinal ele não havia gastado uma fortuna para ficar trancado no quarto. O loirinho pegou uma bermuda de sarja bege, colocou uma camisa branca e um par de sandálias de couro.
Duo pegou um par de óculos escuros e os colocou. Logo saíram do quarto, vendo com atenção as pessoas do corredor onde estavam, notando como eram simples, até mais simples que eles. Sentiram-se bem ali, mas quando chegaram na região mais balada do lugar, voltaram a se sentir um lixo.
- Quatre, quer saber?
- O que? – indagou, sentindo medo da resposta.
- Eu estou pouco me lixando. Eu vou me divertir, pois eu mereço estar aqui – disse de repente, fazendo o loirinho sorrir em seguida. Duo tinha toda a razão.
- Só aquele que se sente inferior aos outros é realmente inferiorizado – disse Quatre.
- Exatamente meu amigo. Agora vamos ver a piscina desse lugar antes eu que me jogue no mar – disse, caminhando na frente de Quatre.
O loirinho observava Duo caminhando na sua frente, vendo que a maioria dos olhares eram dirigidos a ele. Afinal Duo era um rapaz muito bonito, charmoso e tinha aquela longa trança que chicoteava seu corpo. Tinha orgulho de ser seu amigo. No entanto, quando saíam para paquerar juntos era sempre uma tortura. Qualquer homem que Quatre se interessava automaticamente olhava para Duo.
Quando chegaram na piscina, Quatre teve que segurar Duo pela ponta da trança para que ele não se jogasse nela com a roupa do corpo. Ninguém estava utilizando a piscina ainda, ela só ia abrir daqui duas horas, mas muitas pessoas já estavam observando o local.
- Eu quero, eu quero! – dizia, dando uns pulinhos de ansiedade.
- Nós vamos – disse – calma.
Quatre encostou-se na grade se segurança do navio, olhando para o imenso e infinito azul a sua frente. O mar estava brilhando e o sol estava iluminando aquela água tão límpida. Ele suspirou e deixou seu corpo mole, sem querer esbarrou na pessoa ao lado.
- Desculpe-me – pediu imediatamente, erguendo seu olhar.
- Tudo bem – disse o rapaz. Ele tinha um par de olhos azuis cobalto e um semblante sério e seco.
Quatre voltou a olhar para frente ao sentir uma forte atração por aquele homem. Ele era lindo e estava apreciando o mar ao seu lado, talvez fosse um romântico como ele, no seu íntimo já começava a imaginar como a pessoa ao seu lado seria. Entretanto ele não ficou ali muito tempo, pois alguém o chamou, Quatre resolveu olhar para o lado, mas congelou ao ver que era o mesmo homem que havia falado anteriormente.
Os dois ficaram se olhando por um segundo até que Quatre voltou a olhar para frente, sentindo-se observado pelas costas.
- Quatre – Duo o chamou, caminhando até ele, passando no meio dos dois homens que estavam deixando o loirinho nervoso.
A trança de Duo balançava de um lado para o outro, não controlando sua direção, fazendo-a bater nos dois homens que deram um passo para o lado observando aquela criatura tão exótica.
- Quatre, olha para mim – pediu, tocando no ombro do amigo – vamos paquerar alguns carinhas – disse.
- Cala a boca – disse baixinho, desejando morrer.
- Ah, não fique com vergonha. Veja, vamos ali embaixo tem um pessoal simpático – disse, não entendendo a reação de seu amigo – você está enjoado?
- Sim, é isso, agora fica quieto do meu lado – disse.
- Vou buscar um pouco de água para você – Duo disse, virando-se novamente, batendo sua trança nos dois homens que o olhavam com certa curiosidade e em outras pessoas.
Quatre deu uma olhada de leve para trás e viu os dois homens conversando num tom baixo, ambos tinham um semblante sério, mas talvez fosse de suas naturezas, pois em momento algum eles mudavam suas feições. Às vezes davam um leve sorriso, mas não passava disso.
Duo voltou rapidamente com uma garrafa de água na mão, ele tinha um sorriso maroto no rosto. Antes de aproximar-se de Quatre, acabou retirando seus óculos escuros, pendurando-o na gola de sua camiseta.
- Aqui está – disse, dando um toque no ombro de Quatre.
- Obrigado – disse, pegando a garrafa e voltando a olhar para frente.
- Ele não se sente bem? – uma voz indagou, fazendo Duo olhar para trás vendo os dois homens que deixavam Quatre tão inquieto.
Um sorriso desenhou-se nos lábios de Duo, ele adorava interagir com outras pessoas. Ele virou-se e então disse:
- Sim, ele é sensível.
- Não seria melhor ele sentar? – indagou o homem que possuía os olhos esverdeados.
- Tem razão – disse, parecendo pensativo. Duo olhou ao redor e viu que havia um banco de madeira vazio num corredor mais afastado. Ele tocou nos ombros de Quatre e apontou para o banco, o loirinho sentiu um alívio ao saber que Duo ia retirá-lo dali.
Duo sorriu para os dois homens e balançou sua cabeça num agradecimento mudo, passando a mão pela cintura de Quatre e o ajudando andar até o banco de madeira. Quando Quatre sentou, ele olhou na direção dos dois homens que ainda estavam parados no mesmo lugar.
- Ah, que vergonha – disse, colocando as mãos no rosto.
- Do que? – indagou de repente, não havia entendido nada.
- Eu esbarrei no amigo daquele cara, e era o mesmo cara que eu confundi hoje de manhã – disse, como se fosse a coisa mais terrível do mundo - E eles ficaram me olhando.
- Ah! Por isso você estava assim – disse, olhando na direção dos dois homens.
- Sim, e pára de olhar para ele – pediu, puxando a trança de Duo.
- Mas Quatre, por que você está assim? Tem outra coisa, né? – indagou com um olhar malicioso.
- Não, não tem! Você não vai fazer nada – disse, desesperado. Quatre lembrou da última vez que disse que achou alguém interessante, e Duo fez questão de chegar na pessoa e empurrá-la com sua insistência para cima do loirinho que acabou travando e saindo correndo do lugar, ficando morto de vergonha.
Duo colocou seus óculos escuros em Quatre, fazendo o loirinho olhá-lo sem entender.
- Agora você pode olhar para eles sem ser notado – disse baixinho – qual você gostou mais?
- Duo, eles estão olhando para cá – disse, voltando a ficar vermelho.
- Deixe-os olharem. Agora você prefere o mais alto de olhos verdes ou o mais baixo com cara de invocado?
- Nenhum!
- Vamos Quatre, escolhe – disse, dando um tapinha nas costas do seu amigo.
- Dos dois... – revelou – mas promete que não vai fazer nada?
- Nossa! Ta certo, os dois! Hum... bom gosto Quatre. Então vamos ver se até o final do cruzeiro você consegue ficar com os dois – disse, com um sorriso maldoso nos lábios.
- Está louco. Os dois?
- Sim, por que não? Eu fico com várias pessoas de uma vez numa viagem, você também pode ficar – comentou – isso não é ruim Quatre, você tem que explorar mais sua sexualidade, você é muito reprimido.
- Eu não ligo de ser reprimido. E eu não sou! – disse, corrigindo-se em seguida.
Um longo suspirou deixou o corpo do americano, ele percebeu que ainda estavam sendo observados, mas isso estava deixando seu amigo cada vez pior e Duo não queria estragar as férias de Quatre. Essa situação era diferente, quando estavam num barzinho com pessoas desconhecidas, era só envergonhar Quatre por um momento e depois iam embora para nunca mais voltar. Entretanto dessa vez era diferente, eles ficariam uma semana naquele cruzeiro e não podia deixar Quatre trancado no quarto.
Uma mão fechou-se no braço de Quatre e ele puxou o loirinho pelo corredor, dando uma última olhada para os dois homens que ainda os observavam discretamente. Quatre agradeceu a gentileza de Duo, finalmente o americano estava entendendo seus sentimentos.
- Obrigado – agradeceu, sentindo um grande alívio correr por sua alma. Ele abriu um lindo sorriso que encantou Duo. Se Quatre estava feliz, Duo estava feliz.
Os dois pararam de falar dos dois rapazes, pois Quatre sempre ficava vermelho quando se lembrava deles. O tempo foi passando e os seus estômagos começaram a reclamar de fome, os dois pararam no centro de todo o comércio olhando com atenção os restaurantes.
- O que vai querer? – Duo indagou.
- Como vamos gastar todo nosso dinheiro mesmo, não vamos passar vontade. Então eu quero comer frutos do mar – disse, apontando para um restaurante todo decorado com frutos do mar gigantes, feitos de porcelana na entrada do estabelecimento.
- Esse é o espírito – Duo disse, seguindo o loirinho que já estava no restaurante.
Eles foram bem atendidos pela recepcionista, que os levou há uma mesa de dois lugares que ficava próxima a uma janela de vidro. Ambos sentaram-se e olharam o cardápio tentando ignorar o preço.
- Duo, isso é tão... caro – Quatre comentou.
- Sim, mas temos o dinheiro da poupança – disse – juntamos para isso, Quatre. É a viagem dos nossos sonhos. Não podemos ficar economizando para outras coisas, pois nós prometemos que íamos torrar tudo aqui.
- Eu sei, mas dói meu coração – disse.
- Eu nunca comi camarões tão grandes como aquele – comentou, apontando para a mesa ao lado discretamente – eu acho que vou pedir isso e mais umas bebidas.
Os dois se divertiram olhando o cardápio e depois fizeram seus pedidos que foram anotados por uma gentil garçonete. Eles ficaram conversando sobre os mais diversos assuntos, quando Duo e Quatre param de conversar de repente, olhando que aqueles dois rapazes que estavam entrando no restaurante. Quatre começou a ficar vermelho e ficou olhando para o seu prato vazio, enquanto Duo resolveu fingir que não viu nada.
Os dois rapazes olharam com certa surpresa para Duo e Quatre que estavam no restaurante. Eles sentaram-se numa mesa atrás dele, onde Duo ficava de frente para o rapaz de olhos azuis, e Quatre ficava de costas para o rapaz de olhos esverdeados.
- Não... – Quatre sussurrou.
- Calma, você está de costas – disse – não se preocupe, eles não vão te agarrar – riu alto em seguida, chamando a atenção de algumas pessoas, não porque era escandaloso, mas sim porque era animado, bonito e exótico. Não precisava de muito para todos o olhar.
Os seus pedidos demoraram a chegar e quando chegaram, os olhos de Duo e Quatre brilharam de alegria. A comida era cara, porém era bem servida e tinha uma cara ótima além de possuir um aroma divino. Eles começaram a comer, comentando como tudo ali era maravilhoso.
Duo percebeu que estava sendo observado a todo instante, ele olhou para frente, atrás dos ombros de Quatre encontrando aquele homem lhe olhando discretamente enquanto bebia um pouco de vinho branco. Um sorriso divertindo desenhou-se nos lábios de Duo, ele sabia quando estava sendo observado, mas não ia fazer nada, afinal não queria constranger Quatre.
- Esses caras são estranhos – Quatre comentou baixinho.
- Eu já sei os seus nomes – Duo comentou baixinho.
- Sabe? Como?
- Quatre, dá para ouvir eles conversando daqui – disse – o de olhos verdes chama-se Trowa e o outro com cara de invocadinho chama-se Heero.
- Hum, ta, não fale os nomes deles ou eles vão perceber – disse.
Duo riu alto, fazendo Quatre assustar-se, ele tinha medo que Duo abrisse aquela boca e dissesse alguma coisa, mas o americano voltou a comer, com um sorriso animado no rosto. As férias mal começaram e já estava se divertindo.
Quando terminaram a refeição, Duo ergueu sua mão e chamou o atendente encerrando a refeição. Eles pagaram a conta e saíram sentindo-se satisfeitos com o atendimento e com a comida.
- Vamos para a piscina – disse, enquanto esticava seus braços, espreguiçando-se.
- Calma! Vamos esperar um pouco a comida descer e depois nos trocamos e vamos.
Duo não disse nada, Quatre tinha toda a razão. Eles ficaram perambulando pelo navio, sentindo suas pernas começarem a doer, pois o lugar era imenso. Os dois dirigiram-se aos seus quartos, perdendo-se algumas vezes, mas acabaram encontrando.
Eles correram até suas malas, ambos estavam ansiosos de jogaram-se na piscina e matar o calor que invadia seus corpos. Duo abriu sua mala pegando uma bermuda preta e lisa sem nenhum detalhe que ficava um palmo do seu joelho, calçou suas Havaianas vermelhas e colocou uma camisa xadrez azul e branco por cima, deixando-a aberta, mostrando seu tórax e abdômen definido.
Os olhos atentos de Quatre buscavam uma roupa perfeita, no fundo ele queria ver novamente Heero e Trowa. Ele pensava em ficar com os dois no seu íntimo como Duo sugeriu, mas não ia dizer seus sonhos para o americano, pois ele seria capaz de ir correndo até eles.
- Vamos, Quatre – Duo o apressou, colocando seu par de óculos escuros.
- Já vou! – disse.
O loirinho pegou uma bermuda azul marinho que tinha três riscas brancas ao lado, da Adidas. Colocou uma camiseta branca e calçou um par de Havaianas brancas. O loirinho pegou uma bolsa de plástico de alça e colocou protetor solar, toalhas, um espelho, pente e uma garrafinha de água.
Eles saíram apressados do quarto e logo chegaram na piscina. A visão era magnífica. Eram quatro piscinas diferenciadas para adultos e duas para crianças. Cada uma tinha uma profundidade e extensões diferenciadas, inclusive a infantil que era mais rasa.
Quatre e Duo concordaram em ficar na piscina oval. Eles foram até um par de cadeiras brancas de plásticos que estavam vazias, eles colocaram suas coisas embaixo da mesa e sentaram-se, olhando para a piscina que parecia estar muito fria.
- Ah, eles estão me seguindo – Quatre reclamou, olhando para diagonal, vendo que Trowa e Heero dentro da piscina.
- Nós que estamos – Duo disse – afinal chegamos agora.
- Vamos mudar?
- Não, eu quero essa aqui – disse, apontando para a água.
Duo começou a retirar sua camisa, observando alguns olhares nada discretos para seu corpo, ele a jogou na sacola e depois retirou seu par de Havaianas, juntamente com seus óculos escuros. Quatre retirou sua camiseta timidamente e sentou-se na cadeira, deitando-a para encostar-se melhor.
- Não vai entrar? – indagou.
- Agora não, eu estou adorando esse sol – disse, sentindo o sono bater na sua porta.
Com passos lentos o americano ficou olhando para a piscina, ele sentou-se na beirada, deixando seus pés entrarem, vendo que a água estava fria, mas isso não o impediu de se atirar naquela banheira de água, mergulhando, sentindo a água gelada arrepiar todo seu corpo. Ele emergiu, sentindo o sol quente na sua cabeça, felizmente havia passado protetor antes de sair do quarto, ou ficaria acabado ali.
Duo nadou para todos os lados da piscina e quando cansou, deixou seu corpo boiar, ficando com os olhos fechados. De repente sua cabeça bate na beirada da piscina, fazendo-o afundar de repente. Ele assustou-se e emergiu rapidamente, segurando-se na borda, buscando ar.
- Ai... droga – reclamou, passando a mão em sua cabeça – resmungou. Então ele olhou para os lados e quase morreu quando viu que estava do lado dos rapazes que deixavam Quatre tão perturbado. Entretanto Duo era diferente de Quatre que sairia correndo, ou nesse caso nadando desesperadamente para longe deles.
- Melhor tomar cuidado – Trowa disse, com um tom seco.
- Ah, cara, eu estava distraído – comentou, fazendo uma careta para Trowa, afinal sua cabeça ainda doía.
Duo ia preparar-se para partir, quando o rapaz torna a falar com ele.
- Seu amigo está melhor?
- Hum, por que? Está interessado? – indagou, com um sorriso divertido – "Quatre deve estar tentando me fuzilar daqui..." – pensou.
Os olhos esverdeados de Trowa pareceram se arregalar por um instante, mas logo voltaram ao normal. Na verdade ele não estava interessado no amigo de Duo, mas para não encerrar a conversa, ele continuou no assunto.
- Apenas curioso – disse.
- E o seu amigo, também está interessado nele? – indagou, olhando para o cara que ele apelidou de "invocadinho".
- Ah, bem, apenas estávamos preocupados. Ele não parecia bem – disse.
Duo fez uma cara de quem acreditou e olhou na direção de Quatre que não estava mais no seu lugar, os olhos de Duo rodaram pelo lugar a procura do seu amigo.
- Algum problema? – Trowa indagou.
Duo coloca as duas mãos na borda da piscina e num impulso ergue seu corpo, saindo de dentro da água. Heero e Trowa olharam para o corpo perfeito de Duo, notando como sua trança estava grudada nas suas costas, juntamente com sua franja que cobria seus olhos violetas.
- Vocês o viram? – Duo indagou.
- Não – quem respondeu agora foi Heero, chamando a atenção de Duo que o olhou de canto.
Duo resolveu ir procurar seu amigo, afinal tinha que dizer que havia sido um acidente esbarrar naqueles dois rapazes misteriosos. Trowa e Heero viram o garoto trançado se afastar e depois se olharam.
- Você fica com o loiro – Heero disse.
- Não, eu fico com esse aí e você com o loiro – Trowa retrucou.
Os dois sorriram maliciosamente e mergulharam na piscina, indo até a outra borda onde estavam as cadeiras de Duo e Quatre, eles ficaram conversando próximo dali, caso eles voltasse, poderiam conversar.
Duo subiu um pequeno lance de escada que dava para uma pequena lanchonete, vendo que Quatre estava comprando um refresco de frutas para ele. O americano aproximou-se do loirinho.
- Pensei que tivesse fugido – Duo disse.
- POR QUE VOCÊ FOI ATÉ ELES? – gritou, fazendo todos que estavam em volta se assustarem, inclusive Duo que se encolheu.
- Foi... foi sem querer... sério, eu juro. Eu estava boiando... e você viu... eu bati a cabeça – disse, suando frio.
- Eu chamei você duas vezes e você não me ouviu! E foi boiando até eles!
- Sim, eu não ouvi, pois meu ouvido estava dentro da água – murmurou baixinho.
Quatre olhou dentro dos olhos de Duo vendo que ele estava falando a verdade, ele suspirou e deu um gole no seu refresco. Afinal a piscina oval não era muito grande e Duo havia boiado por toda ela e no final ele ia acabar esbarrando neles.
Os dois começaram a caminhar de volta para a piscina e quando Quatre viu os dois perto das cadeiras, seu coração começou a disparar. Ele olhou para Duo que falava alguma coisa sem prestar atenção.
- "Ah, Quatre. Relaxa, eles são humanos normais. Mas que corpos... meu deus, eu estou virando um pervertido" – pensou, aproximando-se do local onde estavam, desviando de um grupo de crianças que estavam correndo na direção deles.
Quatre continuou andando e percebeu que estava sozinho, pois Duo havia parado a alguns metros, quando uma menininha com um cabelo black power negro começou a puxar sua trança. Quatre viu que Duo começou a brincar com a menina e sabia que ele ia demorar, pois Duo adorava crianças e para piorar a situação, mais duas menininhas aproximaram-se dele, começando a brincar com ele também.
Um suspiro longo e tedioso saiu do corpo de Quatre, ele resolveu voltar para seu lugar, pois estava cansado de ficar em pé segurando seu refresco. Ele caminhou até as cadeiras, sem olhar para os dois homens que conversavam aparentemente distraídos na piscina; ele sentou-se e voltou a olhar para Duo que estava levantando uma menina no colo, fazendo ela voar como se fosse um aviãozinho, exibindo os músculos de seu braço que ficaram mais a mostra.
Algumas mães aproximaram-se de Duo e começaram a conversar animadamente com ele, não deixando de notar como ele era simpático e agradável. Ele até foi convidado para almoçar por um casal que tinha duas filhinhas lindas, mas Duo recusou-se, afinal tinha que voltar para acompanhar Quatre.
Duo começou a se afastar, acenando alegremente para as meninas que reclamaram, mas suas mães logo as puxaram para não importuná-lo mais. Ele sorriu para Quatre e continuou a andar em sua direção, recebendo os olhares de Heero e Trowa.
- Ah, que meninas mais fofas – comentou, jogando-se na sua cadeira.
- Elas gostam de você – comentou – quer? – indagou em seguida, apontando para o refresco que estava tomando.
- Hum, deixe-me experimentar – disse, aproximando-se de Quatre lentamente, ficando com sua boca bem próxima com a boca de Quatre, fazendo o loirinho começar a ficar vermelho, pois ele sabia as intenções de Duo, ele o conhecia muito bem.
Os lábios de Duo quase relaram nos de Quatre, o loirinho encostou-se no encosto da cadeira tentando fugir da falsa investida de Duo. O americano abriu a boca e alcançou o canudinho, sugando o líquido rapidamente para depois se afastar.
- Gostei – disse finalmente.
- Vou te matar- Quatre disse baixinho.
Duo estava começando a ficar incomodado com os olhares, mas sabia que se falasse com eles Quatre ia lhe matar. O que fazer? Fingir que não sabia que eles estavam dando em cima deles descaradamente?
- Vocês são de onde?
Quatre e Duo olham para a piscina, ou melhor para a beirada da piscina, pois os dois rapazes estavam sentados ali, olhando diretamente para eles. O loirinho viu que ambos vestiam bermudas pretas, sem nenhum detalhe, mas seu olhar não conseguiu desgrudar dos cabelos que grudavam em seus rostos e de seus corpos definidos. No meio de todos, Quatre era o mais magro e branco, sentia-se feio perto deles.
- Somos da colônia L1 e L4 e vocês – Duo respondeu, vendo que Quatre simplesmente havia travado – e vocês?
- Somos das colônias também – Trowa respondeu, parecendo surpreso – é a primeira vez que vêm nesse cruzeiro?
- Ah, sim. Nós resolvemos tirar umas férias – disse, olhando para Quatre, tentando empurrá-lo na conversa – Quatre adora o litoral brasileiro, então queria visitar.
- Mesmo? É a primeira vez então? – quem indagou agora foi Heero, olhando para Quatre.
O loirinho respirou fundo e achou melhor parar de bancar a criança envergonhada.
- Sim, e eu já havia assistido há muitos documentários sobre esse lugar. Sempre quis conhecer – respondeu, fazendo Duo sorrir animadamente.
- Essa é a terceira vez que visitamos – Trowa disse, surpreendendo os dois garotos. Duo sentiu seu sorriso morrer por um instante, afinal estava conversando com pessoas de um poder aquisitivo superior e isso o incomodou por ter tido experiências negativas anteriormente.
- Gostam de viajar? – Quatre indagou, começando a sentir-se à vontade na conversa.
- Sim, sempre. Semana passada estávamos em Moscou – Trowa comentou – e estamos pensando em ir visitar o Egito no mês que vem. E vocês?
- Ah, viajamos apenas para o interior, gostamos de águas termais. Mas adoraria conhecer outros lugares também – Quatre disse, sorrindo gentilmente.
- Não temos dinheiro para viajar – Duo disse de repente – é a primeira vez que viemos num lugar assim.
- E estão gostando? – Heero indagou.
- Ah, sim. Muito bonito – disse baixinho, olhando para cima, deixando-se hipnotizar pelo azul límpido do céu.
Heero ficou paralisado por um instante juntamente com Trowa, olhando atenciosamente para Duo, não prestando atenção no que Quatre estava falando.
- (...) Não acham? – Quatre indagou de repente, fazendo os dois o olharem sem entender.
- Ah, como? – Trowa indagou.
- Er... não entenderam? – indagou, sentindo-se tímido.
- Repete a última frase, por favor – Trowa pediu.
- Se vocês não acham que seria legal parar logo em terra, para ver a cidade – repetiu, pausadamente.
- Hum, mas iremos parar uma vez – Heero disse – numa cidade perto da costa, não sei o nome agora.
- Vamos parar no Brasil? – Duo indagou, exibindo um olhar entusiasmado – ah, que maravilha – disse em seguida, levantando-se e correndo na direção da água, mergulhando sem dizer nada, deixando a água espirrar para todos os lados.
Os três ficaram olhando para a piscina até que Duo apareceu, nadando de volta até eles, ficando apoiado na borda, olhando para os demais.
- Ele é louco, não liguem – Quatre comentou.
- Ah, está muito quente mesmo. Por que você não entra também? – Trowa indagou.
Quatre olhou com um certo ânimo para a água e depois olhou para cima, franzindo a testa, vendo os fortes raios de sol. Logo o sol ia embora e tinha que aproveitar um pouco. O loirinho levantou-se e sentou-se na borda da piscina, ao lado de Duo, deixando seus pés dentro da água fria.
- Ah, está frio, desisto – Quatre disse – vou ficar aqui.
- Ah, não vai não! – Duo disse, puxando seus braços e o jogando dentro da piscina. Quando Quatre emergiu, ele sentiu vontade de esganar o americano, mas antes que fizesse alguma coisa, Duo colocou seus dois braços na borda da piscina, fazendo-os ficar lado-a-lado com a cabeça de Quatre, prendendo nos seus braços.
- Duo... – sussurrou o nome dele.
- Vocês são... namorados? – Trowa indagou de repente, com certo receio.
- Não – Quatre disse rapidamente.
- Quatre não sabe nadar muito bem – Duo explicou – assim ele pode se segurar em mim – disse em seguida, dando uma piscada rápida para Trowa e Heero.
Os quatro ficaram conversando por um tempo dentro da piscina até que o sol começou a sumir. Suas mãos e o resto das suas extremidades começaram a ficarem enrugados por ficarem tanto tempo dentro da água, eles resolveram sair, enxugando-se em suas toalhas.
Após secar-se, Duo colocou sua camisa, deixando-a aberta e Quatre vestiu sua camiseta. Trowa e Heero secaram-se rapidamente para poderem acompanhar os dois, pois haviam percebido que Quatre era um pouco desesperado e que ele com certeza ia arrastar Duo para saírem logo.
- Vão fazer o que agora? – Heero indagou, olhando diretamente para Duo.
- Não sei – Duo disse – vamos ver o que tem nesse lugar. Eu li que tinha uma danceteria aqui.
- E tem. Querem ir hoje? – Trowa indagou.
- Pode ser, eu adoro – Duo disse, sorrindo em seguida.
- Não sei... – Quatre disse, parecendo pensativo, ele não gostava de danceterias e preferia ir num lugar mais calmo para conhecer Trowa e Heero melhor. Realmente estava se interessando – tem um salão de jogos aqui, não tem?
- Sim, também – Heero disse, sem muito entusiasmo.
- Ah, salão de jogos Quatre? Que chato – Duo murmurou.
- Hum, você sabe que eu não gosto de dançar – disse olhando diretamente para Duo.
- Ok, eu vou à danceteria e você nesse salão – Duo disse, sem muito entusiasmo.
- Concordo – disse – e vocês preferem onde? – indagou o loirinho.
Trowa e Heero ficando se olhando por um tempo pensando no que iam responder.
- Não sabemos ainda – Heero disse de repente – na hora veremos.
- Tudo bem, até mais, então – Duo disse, acenando e dando um sorriso gentil, virando as costas junto com Quatre que também se despediu.
Heero e Trowa ficaram olhando eles desapareceram para dois começarem a rir baixinho.
- Aquele Quatre é uma graça, mas eu não estou interessado nele – Trowa disse – e ele não pára de olhar para mim.
- Percebi. Então como ele te escolheu, eu vou preferir o outro – disse secamente, com um semblante sério. Nem parecia que estava falando algo tão informal.
- Não brinca, Heero. Não quero aquele garotinho envergonhado para mim – resmungou, começando a andar – vamos nós dois na danceteria. E depois vemos o que acontece.
Heero concordou com a cabeça, acompanhando Trowa no caminhar, quando eles chegaram no final da escada de metal, um empregado veio pegar suas coisas lhes entregando toalhas limpas. Afinal eram milionários e tinham todo o luxo possível.
OoO
No quarto, Quatre e Duo estavam conversando sobre os rapazes. Quatre estava retirando suas roupas e entrando no banheiro, enquanto Duo estava sentado no chão do quarto, próximo a porta do banheiro que estava entreaberta para conversar com Quatre.
- Vai querer ficar com algum? – Duo indagou.
- Não sei, eles são meio estranhos – disse – mas eles são bonitos.
- Bonitos? Quatre eles são maravilhosos – disse – mas não se iluda, pois são ricos e eu sempre me ferro com eles.
- Ah, só por que você teve uma ou duas experiências ruins! – Quatre comentou, lembrando-se dos episódios passados.
- Eu tive seis experiências ruins, Quatre! Seis! Isso quer dizer algo – disse, com um tom de voz elevado.
Os dois ficaram conversando enquanto Quatre tomava banho e quando este terminou, Duo entrou no seu lugar, começando a tomar seu banho. Quando terminou o banho, Duo foi até sua mala, pegando uma calça jeans preta super apertada e sexy, que modelava todo seu corpo, deixando seu bumbum mais volumoso. Calçou um par de tênis de cano alto preto com cadarço branco que chegava um pouco acima de seu tornozelo. Vestiu uma camiseta preta que chegava até o seu quadril, se Duo levantasse os braços ele mostrava seu umbigo.
- Nossa! – Quatre exclamou, vendo a produção do americano que começava a pentear seus cabelos, fazendo uma nova trança – está querendo aprontar hoje, né?
- Sim – disse animado, terminando de fazer sua trança para depois passar um pouco de perfume no pescoço e nos pulso. Depois passou desodorante e olhou para Quatre.
O loirinho vestia uma bermuda de pano bege que chegava até seus joelhos, um cinto marrom que combinava com suas sandálias de couro e uma camisa xadrez branco e vermelho.
- Quatre, coloca uma roupa mais jovem – Duo opinou.
- Eu não gosto de como você se veste e você não gosta de como eu me visto. Já conversamos – disse, não querendo entrar na velha discussão de sempre – agora vamos, pois eu vi que vai ter um torneio de xadrez.
Duo achou melhor não falar nada. Eles ficaram conversando enquanto comiam alguns chocolates de Duo, até que viram que estava na hora do torneio de xadrez. Duo e Quatre separaram-se desde então, Quatre foi até o salão de jogos onde tinha um pessoal mais adulto, entretanto ele sabia conversar com qualquer um ali e Duo estava procurando a danceteria.
Quando Duo encontrou o lugar, seus olhos brilharam de antecipação, ele começou a caminhar até a pequena fila e que andava rapidamente rumo a entrada do lugar, felizmente Duo percebeu que o lugar não estava lotado, pois havia cota de pessoas e já estava acabando, pois atrás dele só conseguiram mais entrar cinco pessoas, as demais foram informadas que o local estava cheio.
- "Que sorte" – pensou, olhando para a atendente que anotava seu nome e o número de seu quarto. Duo foi revistado por um segurança e depois foi liberado.
O americano começou a andar movendo seu corpo para um lado e para o outro, curtindo o som alto e forte que invadia seus ouvidos. Ele começou a dançar indo para o meio da pista, vendo que algumas pessoas vieram dançar com ele depois de um tempo, mas não se interessou por nenhuma delas. Ele começou a mover-se mais para o canto, um lugar mais escuro, observando com atenção que havia algumas pessoas se amassando por ali.
O lugar estava mais calmo e poderia dançar tranqüilamente ali. Duo fechou os olhos e deixou seu corpo mover levemente, acompanhando o ritmo da música, deixando seus pensamentos voarem longe, até que ele sentiu uma pessoa atrás dele. O americano olhou para atrás e arregalou os olhos, surpreso.
- Heero – murmurou o nome do rapaz e antes que Duo falasse outra coisa, sentiu as mãos dele na sua cintura, ajudando-o a mover seu corpo. O americano pensou em se afastar, mas não conseguiu, pois Heero o seduzia e ele era muito bonito também.
- Sabia que te encontraria aqui – Heero disse baixinho em seu ouvido, fazendo Duo sentir um arrepio correr por seu corpo – quer ficar comigo? – indagou em seguida, dando uma mordida de leve na orelha do americano.
- Quero – disse, dando um sorriso em seguida – mas depois não venha ficar me encarando pelo navio.
- Por que eu faria algo tão infantil? – Heero indagou, escorregando sua mão para frente, abraçando o corpo de Duo, colando seu peito ao dele.
- Não sei, só estou avisando – disse, movendo seu corpo e o de Heero junto.
- E gostaria de... você toparia ficar com meu amigo também? – indagou, deixando Duo paralisado por um segundo.
- Ele está aqui? – indagou, olhando para trás.
- Sim, ali na frente, no bar – disse.
Duo o procurou com o olhar, vendo Trowa, que estava sentado no bar bebendo alguma coisa, enquanto olhava para os dois. Ele usava jeans claro e rasgado e uma camisa preta que estava com os dois primeiros botões abertos. Ele ergueu sua bebida, oferecendo-a para Duo, que não sabia o que dizer. Afinal, ele pensou que Trowa estava interessado em Quatre.
- O que me diz? – Heero tornou a indagar.
- Acho melhor não – disse.
- Por que?
- Quatre – respondeu – ele não gostou do Quatre?
Heero ficou um tempo em silêncio, afundando sua cabeça na curva do pescoço de Duo, beijando aquela região, dando alguns leves chupões em sua pele. Duo estava derretendo-se naquele abraço, adorando sentir aqueles músculos abraçarem seu corpo, ele jogou a cabeça para trás, entregando-se as carícias de Heero.
Do outro lado, Trowa sentia sua ereção despertar aos poucos só de imaginar possuir aquele corpo tão sedutor junto com Heero. O moreno olhou para o barman e pediu mais um drink e voltou a olhar para os dois.
Heero virou Duo de repente, fazendo o americano rodar e parar de frente para ele. Agora poderia olhá-lo melhor. Heero usava um jeans escuro e desfiado nos joelhos, tênis baixo e preto e uma camiseta verde escuro que passava de seu quadril.
- Você me viu entrando? – Duo indagou, olhando nos seus olhos.
- Eu te vi na fila – disse.
- E... como entrou? Digo... estava cheio.
- Não para mim – disse, voltando a puxar o corpo de Duo na sua direção, abraçando sua cintura e voltando a mover seu corpo. Afinal, Heero e Trowa tinham muito dinheiro e nada que um "empurrãozinho" para entrarem.
- Ah, você... bom, esquece – achou melhor não comentar. Talvez devesse seguir o conselho de Quatre e não ser tão preconceituoso.
Heero inclinou-se para baixou e capturou os lábios de Duo, iniciando um beijo rápido e molhado. Uma mão subiu pelas costas de Duo, indo parar na sua nuca, pressionando a cabeça do americano contra a sua, dando mais força ao beijo. Duo estava enlouquecendo, ele estava completamente seduzido por aqueles gestos, adorando sentir-se dominado.
O beijo estava pendurando por um tempo, e nenhum dos dois tinha interesse em terminar. Entretanto Duo assustou-se, quando sentiu outro corpo encostado ao seu.
- Posso te beijar? – Trowa sussurrou, dando um beijo molhado no pescoço do americano.
Duo não conseguiu falar nada, pois Heero o segurava. Quando sentiu o toque de Trowa em suas coxas, um arrepio incontrolável subiu por seu corpo, fazendo-o ficar cada vez mais excitado com tudo aquilo. Trowa e Heero perceberam as reações do corpo menor e resolveram apimentar mais as coisas.
A mão de Heero que estava na cintura de Duo começou a deslizar pelo abdômen de Duo, acariciando a região. E Trowa começou a lamber e chupar sua nuca, enquanto passava uma mão pelo peito de Duo do lado de dentro da blusa, tocando seus mamilos que estavam durinhos de excitação.
- "Eu vou... morrer" – pensou num instante, ao sentir a mão de Trowa esbarrar propositalmente em seu pênis.
Heero e Duo separaram suas bocas ou iam morrer de falta de ar, o americano exibiu um olhar febril para Heero, que sorriu, adorando ver aquela face tão entregue a ele. Ele inclinou-se para beijá-lo novamente, para Duo colocou seus dedo indicador na frente de seus lábios. Trowa parou de repente com o que fazia, quando sentiu algo vibrando no bolso do americano. Duo levou sua mão ate o bolso de trás de sua calça pegando um pequeno aparelho celular que vibrava em sua mão.
Heero e Trowa quiseram morrer quando Duo parou de lhes dar atenção, para olhar a mensagem que havia recebido no aparelho. O americano viu que a mensagem era uma propaganda da operadora do celular, mas achou melhor ver do mesmo jeito, afinal poderia ser Quatre precisando de alguma coisa. Duo colocou o celular no bolso de trás e virou-se de lado, encostando-se na parede, olhando para os dois rapazes que pareciam lhe devorar com os olhos.
- "O que eu faço?" – pensou, sentindo-se confuso e antes que pudesse raciocinar, Heero puxou seu braço, fazendo-o se desencostar abruptamente da parede, para logo estar nos seus braços novamente, mas desta vez estava de costas para Heero e de frente para Trowa, que se inclinou para baixo e capturou seus lábios, iniciando um beijo devorador que estava carregado de desejo e luxúria.
As mãos de Heero eram mais atrevidas, ele começou a acariciar a virilha de Duo, subindo até seu membro e descendo, até que resolveu abrir um botão da calça de Duo, enfiando sua mão ali dentro sem cerimônia, pegando no pênis de Duo e começou a provocá-lo. O americano tentou se afastar por um momento e Trowa parou de beijá-lo, vendo que ele estava ficando sem ar, e quando Duo aspirou um pouco de ar, Trowa voltou a beijá-lo, não dando aberturas para ele pensar em nada.
- Vamos para outro lugar – Heero sussurrou nos ouvidos de Duo, colocando o membro do americano para dentro de sua calça e a fechando apressadamente.
- Vamos? – quem indagou agora foi Trowa que olhava para a cara atordoada de Duo.
- Acho... melhor parar por aqui – disse, fazendo Trowa e Heero se olharem com certa irritação.
- Por que? – Trowa indagou – não gostou da gente?
- Ah, você são ótimos. Mas eu... bom... não dá – disse, meio confuso.
- Não vamos te machucar – Heero disse baixinho.
- Outra hora – disse, tirando os braços de Heero de sua cintura, sentindo uma certa resistência por parte dele e conseguindo se afastar de Trowa. Ele deu um passo para o lado e sorriu meio sem graça.
O americano não ficou parado por muito tempo, pois sentiu um braço lhe puxando atrás dele e viu que era um homem que o estava observando há um tempo. Duo o observou, vendo que ele tinha um olhar faminto e era muito bonito também.
- Quer dançar comigo? – indagou o homem, próximo ao rosto de Duo, quase beijando, como se não conseguisse se manter longe de seus lábios.
Uma fúria invadiu o peito de Heero, ele caminhou até os dois, pensando em separá-los, mas Trowa o segurou pelo braço. Duo notou o movimento e se assustou, pois não queria arranjar briga, ele afastou-se educadamente do rapaz e foi andando até o bar, sentando-se em uma das dos banquinhos de madeira, pedindo uma caipirinha bem forte em seguida para o barman.
- Que cara intrometido – Heero murmurou, sentindo-se contrariado. Depois olhou para Duo que estava no balcão bebendo alguma coisa, enquanto conversava com o barman.
- Calma, Heero. Acho que ele deve estar pensando naquele Quatre – Trowa comentou.
- Trowa, eu nunca me senti assim antes – revelou – esse rapaz... ele... – não sabia explicar.
Trowa sorriu de canto, ele sentia o mesmo sentimento de Heero e de outras pessoas que não conseguiam parar de olhar para o americano. Parecia que ele tinha um feitiço sobre aqueles que o olhavam.
- Vamos nos aproximar com cautela. Ele está bebendo, isso é bom – Trowa disse.
Heero cruzou os braços, parecendo contrariado. Ele não estava acostumado a receber um "não" em sua vida, tudo o que ele queria conseguia. Trowa foi criado da mesma maneira também.
- "Cara... eu quase fui com eles. Eu estaria perdido agora. Quatre ia me matar" – pensou, olhando para as horas em seu celular – "acho melhor sair daqui" – concluiu, virando o copo de caipirinha.
- Outro? – indagou o barman.
- Não, obrigado.
- Temos de morango, é muito bom. Minha especialidade – disse o homem, com um certo orgulho em suas palavras.
- Opa, morango? Hum... então vê uma caprichada então, meu caro! – pediu, exibindo um lindo sorriso.
O homem entregou um copo maior para Duo, pois havia se simpatizado com ele. Colocou bastante morango e saquê na sua caipirinha. Duo começou a beber, adorando aquela mistura de sabores, ele olhou para a pista, observando as pessoas dançando, e quando percebeu, havia bebido tudo.
- O que achou? – indagou o barman.
- Muito bom – disse.
- Quer outra?
- Olha, eu acho que você está querendo me embebedar! – disse, dando uma risada divertida em seguida, fazendo o barman rir junto.
- Não, desculpe-me. Estou apenas trabalhando e tenho que oferecer os nossos produtos.
- Eu sei, cara. Estou brincando – disse, dando um tapa amigável no braço do barman.
- Gostei de você – disse o rapaz em volta alta – vou te servir outro drink por minha conta! – sorriu, dando uma piscada para o americano que sorriu e agradeceu.
- "Só porque eu queria ir embora logo" – pensou, olhando para o barman preparar a bebida.
Momentos mais tarde Duo já havia bebido a famosa "água divina" do lugar, que foi responsável por deixar sua cabeça rondando por alguns minutos até Duo perceber que estava de volta a pista de dança, dançando sensualmente com algumas garotas que haviam feito uma roda em volta dele.
Entretanto Duo não ficou ali por muito tempo, ele foi puxado por uma mão impaciente que aplicava uma força em demasia em seu braço. Duo foi puxado por Heero, recebendo algumas críticas das garotas que estavam divertindo-se com Duo.
- Hei... – Duo o chamou, mas Heero não o ouviu, continuando a puxá-lo para um canto da danceteria – eu não quero sair.
- Vamos para um lugar mais calmo – Heero disse, olhando para trás, vendo um olhar assustado por parte do outro, mas não se importou, continuando a puxá-lo para o canto.
Eles passaram por um pequeno corredor onde havia uma porta atrás de uma cortina vermelha de veludo. Quando passaram pela porta encontram uma sala onde havia algumas almofadas jogadas no chão, e nela havia muitos casais se abraçando e beijando.
Trowa estava sentado num canto escuro onde havia algumas almofadas a sua volta. Quando se aproximaram Heero sentou-se no chão, puxando o americano para baixo, que acabou sentando-se também. Agora os três olhavam-se em silêncio, apenas ouviam a música alta que parecia que ia estourar seus ouvidos.
- "Que situação" – pensou – "eu não sou inocente também. Sabia que um deles ia vim aqui hoje, e sabia que eles não estavam apenas tentando fazer amigos no navio. Afinal, eles são parecidos comigo".
Duo viu o corpo de Heero se ajoelhar aproximar-se do seu corpo, abraçando-o com intensidade e o puxou para ficar de joelhos também, para depois fechar sua boca faminta na de Duo, tomando todo seu ar como havia feito antes. Trowa não ficou parado, ele abriu o botão da calça jeans de Duo e abaixou suas calças até seus joelhos junto com sua cueca, fazendo o corpo de Duo arrepiar-se.
A situação estava indo rápida demais e Duo não conseguia controlar as ações de seu próprio corpo e quem diria controlar as ações de Heero e Trowa que não paravam de beijá-lo e apalpá-lo, como se estivesse procurando alguma coisa preciosa por seu corpo.
A mão de Trowa fechou-se no membro de Duo e começou a movimentar o pedaço de carne para frente e para trás, apertando a glande para depois deslizar novamente pela sua base, acariciando seu saco. A cabeça de Duo estava na curva do pescoço de Heero e aos poucos passava sua língua por sua extensão, sentindo o gosto de seu perfume.
A boca de Heero deslizava pelo tórax de Duo, mordendo seus mamilos enquanto sua mão beliscava e acariciava o outro. Sua língua descia por seu corpo, deixando um rastro de luxúria.
- Quem primeiro? – indagou Trowa, olhando para Heero.
- Eu – Heero disse, parando de beijar Duo por um instante, olhando para Trowa.
- Como assim? – Duo indagou, não entendendo o que eles estavam conversando.
- Por que você? – Trowa indagou, parecendo irritado.
- Porque eu o vi primeiro, desde que ele arranjou confusão com o gerente – Heero respondeu, fazendo Duo arregalar seus olhos por um instante, surpreendendo-se com a revelação. Então ele estava sendo observado desde que chegou?
Trowa ficou em silêncio parecendo concordar com que Heero dizia. Afinal Heero já havia comentado que queria pegar Duo desde o momento que eles o viram entrando no cruzeiro. O moreno desfez o abraço no corpo do americano e o virou rapidamente, fazendo Duo ficar de frente para ele.
Os olhos de Duo arregalaram-se ao sentir a mão de Heero arrancar suas calças e apalpar suas nádegas com força, apertando-o como se pudesse arrancá-las, desejando tê-las para si. O americano gemeu baixinho com a dor, dando um passinho para frente com seus joelhos, mas não foi muito longe, pois Trowa o abraçou, interrompendo sua linha de fuga.
- Vai ser gostoso, gracinha. Calma – Trowa sussurrou no ouvido do americano, fazendo se arrepiar com suas palavras.
Enquanto isso Heero estava analisando o corpo que possuiria daqui a pouco, adorando ver a pele bronzeada de Duo. Como havia desejado aquele hóspede desde o momento que o viu. Heero puxou a perna direta de Duo para o lado e Trowa tratou colocar seu joelho com o joelho de Duo, impedindo-o de fechar as pernas caso ele quisesse.
O membro de Heero deslizou pelas coxas de Duo, como se marcasse território e depois caminhou até o meio de suas nádegas, abrindo passagem até o seu pequeno buraquinho, pressionando a cabeça de seu membro naquela região. Heero empurrou-se para frente lentamente, sentindo a resistência do anel contra ele.
Um choque invadiu o corpo de Duo e por instinto tentou fechar suas pernas, que foram seguradas por Trowa e Heero. Heero resolveu acelerar, pois Trowa estava com um olhar bastante irritado, ele não era uma pessoa muito paciente.
Duo abriu a boca a fim de gritar pelos pulmões quando sentiu metade do membro de Heero entrar de uma vez, mas sua boca foi calada com o um beijo desejoso de Trowa. E vendo a dor que causou no corpo menor, Heero saiu lentamente e voltou a entrar devagar, iniciando um lento vai-e-vem, permitindo que seu membro passasse por toda a resistência a adentrasse por inteiro no corpo de Duo.
Trowa abraçou o corpo a frente que tremia levemente; Duo estava tenso e gemia baixinho de dor. Quando ele pareceu se acalmar Heero voltou a mover-se, segurando a cintura de Duo, fazendo-o ficar de quatro no meio das almofadas. Agora movia seu corpo com fúria na direção de Duo, entrando em saindo daquele buraco que envolvia seu membro de uma forma alucinante.
- Duo... vem aqui – Trowa o chamou, passando sua mão pela cabeça do garoto trançado, puxando-o na direção de seu membro. O americano pensou que morreria ali mesmo, pois nem conseguir gemer ele ia, já que o membro de Trowa pedia alívio atrás de sua boca.
Impaciente com a demora, Trowa o puxou para baixo, e aproximou a boca de Duo. O americano abriu a boca lentamente e deixou o grande volume entrar, sentindo o pênis de Trowa crescer até sua garganta, dando-lhe um pouco de ânsia, mas Duo não se afastou e não poderia, pois a mão de Trowa segurava sua cabeça. E aos poucos Duo começou a chupá-lo de um jeito que somente ele sabia fazer. Sua língua enroscava-se com o membro de Trowa de um jeito que estava deixando o moreno louco.
A expressão de prazer era visível nas faces daqueles dois homens que se perguntavam como alguém poderia fazê-los sentir tanto prazer em gestos tão simples? Heero estava hipnotizado com o cheiro, calor e a cor dos cabelos de Duo. Suas mãos deixaram a cintura de Duo, aproximando-se de seus cabelos, pegando a ponta de sua trança e começando desmanchá-la rapidamente.
- Ah... que boca... você tem – Trowa comentou entre seus gemidos. A mão que empurrava Duo contra seu próprio membro parou de forçá-lo para começar a acariciar seu cabelos que já estavam soltos, caindo por uma cascata por suas costas, cobrindo algumas almofadas com seu manto de cobre.
- "Eu... sou louco..." – Duo pensou, ao ver que estava sentindo muito prazer com tudo aquilo. Aqueles dois homens estavam seduzidos por ele e isso o deixava vaidoso e orgulho de si mesmo.
O corpo de Heero tremia em fortes espasmos de prazer, mas ele não queria parar, não queria largar aquele corpo tão cedo. Entretanto seu corpo estava chegando ao limite e com uma investida mais funda dentro do corpo de Duo acabou jorrando seu sêmen no seu interior. O americano largou o membro de Trowa por um instante, gemendo baixinho ao sentir o sêmen de Heero escorrer por suas coxas.
- Minha vez, agora – Trowa disse, olhando para Heero, que ainda movia-se dentro do corpo de Duo – Heero, saí daí.
- Hum... – Heero não disse nada, ele olhou para Trowa com um cara contrariada. Ele não queria sair dali. Não queria deixar de abraçar aquele corpo nem por um segundo.
- Vamos Heero... – Trowa o apressou, mostrando como sua voz estava impaciente.
Os olhos de Heero fecharam-se para tentar acalmar sua respiração, e antes que pudesse se conformar que teria que ceder aquele corpo para Trowa, Duo foi puxado para frente, fazendo seu pênis sair de dentro dele rapidamente, isso lhe causou uma grande frustração.
Trowa puxou Duo na sua direção e o fez se sentar no seu colo, o que fez Heero sentir inveja. Afinal Trowa poderia penetrá-lo, abraçá-lo e olhar para aquele lindo rosto. Isso era injusto!
Um sorriso desenhou-se nos lábios de Trowa ao ver a expressão de inveja no rosto de Heero. Ele mordeu a orelha de Duo e passou sua língua por seu pescoço, como se estivesse provocando Heero que estava apoiado com os dois braços para trás, apenas observando-os.
- Duo... senta em mim – Trowa pediu, com uma voz doce.
- Hum... espera – Duo pediu. Ele estava tentando se recuperar das investidas de Heero.
- Vamos... comigo vai ser mais gostoso. Eu vou te comer como nunca ninguém te comeu antes – falou mais alto, para que Heero ouvisse.
Duo abriu um sorriso sacana e olhou para Trowa com um olhar faminto. O americano passou sua língua por todo o pescoço de Trowa e depois começou a chupar sua pele, fazendo o moreno sentir incalculáveis arrepios correrem por seu corpo. Duo ajoelhou-se e aos poucos foi descendo, sentindo o membro de Trowa pronto para penetrá-lo, e desta vez ele entrou de uma vez, pois Heero já havia molhado e relaxado àquela região.
O corpo de Duo movia-se para cima e para baixo, fazendo seus cabelos moverem-se para todos os lados. Trowa abraçou seu corpo com força, sentindo vontade de fundir-se a Duo enquanto seu pênis era esmagado pelo seu corpo. Como ele podia ser tão apertado depois de passar por Heero? Trowa se perguntava, enquanto sentia sua sanidade esvair-se de seu corpo.
- Trowa... – Duo o chamou, fazendo o moreno e inclusive Heero o olharem.
- Diga...
- Me acaricia – pediu, fazendo Heero entrar em choque por um momento. Como ele pôde ter se esquecido de dar prazer a Duo enquanto o penetrava? E por quê ele não pediu?
A mão de Trowa parou no membro do americano, voltando a masturbá-lo com intensidade. Os dois gemiam alto, mas seus gemidos não iam longe, pois a música os abafava.
Os seus corpos tremiam levemente, Duo estava louco com tudo aquilo. Movia-se para cima e para baixo rapidamente, adorando sentir o membro de Trowa invadi-lo por completo e nesse ritmo acabou gozando na mão do moreno que logo gozou no interior do corpo de Duo, deixando seu sêmen escorrer pelas nádegas de Duo, deslizando pelo seu próprio membro.
O americano ergueu-se um pouco e saiu de dentro de Trowa, sentindo seu coração bater cada vez mais forte. Duo olhou para os lados procurando sua calça. E ele mesmo não se lembrava quem a havia retirado, mas não demorou a achá-las, começando a se vestir.
Trowa estava jogado no meio das almofadas, sentindo o prazer do orgasmo, mas logo ele sentiu falta do cheiro e do gosto de Duo, sentando-se no chão e olhando para o americano que se vestia. Heero estava com seu pênis acesso novamente e olhava para Duo como se ele fosse seu próximo jantar.
- Duo... – Heero o chamou, fechando sua mão em seu calcanhar – vem aqui.
Duo arregalou os olhos ao ver a expressão faminta no olhar do outro e depois olhou para seu membro que estava completamente duro e ereto. Antes que Duo abrisse a boca para falar alguma coisa, ele sentiu suas calças serem puxadas novamente.
- Heero... Dá um tempo – pediu.
- Não – disse, aproximando-se de Duo, arrancando aquela calça que cismava em ocultar aquele corpo tão magnífico.
Trowa olhava abobado para a situação à frente. Ele nunca havia visto Heero tão desejoso por alguém, aquilo estava sendo uma surpresa para ele, mas não podia negar que Duo tinha um charme e beleza rara.
As costas de Duo bateram contra o chão, ele tentou protestar, mas sua boca abriu-se para soltar um grito e depois um longo gemido ao sentir o membro de Heero entrar inteiro dentro de seu corpo. Trowa aproximou-se dos dois, sentando-se ao lado de Duo, puxando a camiseta de Duo para cima, para acariciar seu peito, deslizando sua mão até o seu membro, começando a masturbá-lo novamente.
Os gemidos de Duo eram intoxicantes. Heero queria provocá-los a qualquer custo, nem que para isso tivesse que machucar seu corpo. Suas mãos trataram de colocar as pernas de Duo em cima de seus ombros para ter uma vista melhor de seu membro entrando e saindo daquele corpo.
Duo levou suas duas mãos ao seu rosto, tampando-os, como se pudesse impedir que sua sanidade saísse e isso acabou incomodando Heero e Trowa, que queriam continuar olhando-o. Heero olhou para Trowa como se pedisse para retirar as mãos de Duo de seu próprio rosto.
- Duo – Trowa o chamou, mas o americano não respondeu.
O moreno parou de masturbá-lo e caminhou até ele, ficando atrás de Duo, encostando a cabeça do americano no seu corpo e retirando as duas mãos que estavam no seu rosto, encontrando um par de olhos violetas que brilhavam de prazer.
Trowa segurou o corpo de Duo que se movia para frente para trás, fazendo as investidas de Heero ficarem mais fortes dentro do corpo do americano que não agüentou toda aquela pressão, voltando a gozar solitariamente, fazendo alguns dos respingos voarem nos braços de Heero. Trowa sentiu o corpo de Duo ficar mole em seus braços e depois olhou para Heero que estava próximo do seu prazer máximo.
Os olhos azul-cobalto de Heero sumiram quando jogou a cabeça para trás, deixando um longo gemido de prazer sair de sua garganta. Havia gozado novamente. Ele saiu lentamente do corpo de Duo e engatinhou até seu corpo, deitando em cima dele, para depois devorar a boca que estava lhe seduzindo todo esse tempo.
O ar de Duo estava acabando naquela posição, ele empurrou o peito de Heero para trás e o olhou sem fôlego. Heero sentou-se no chão e depois olhou para Trowa, que ainda exibia um olhar excitado, querendo uma segunda rodada também.
Duo rolou para um lado e pegou suas calças que Heero havia jogado longe, começando a vesti-la rapidamente, antes que alguém o atacasse novamente. Quando ele olhou para os dois homens sua frente acabou lhes presenteando com um lindo sorriso que foi seguido de uma piscada safada. Como ele ainda tinha pique para provocar? Isso era um grande mistério.
O americano começou a fazer uma trança rápida e sem muita precisão nos seus cabelos rapidamente, enquanto não tirava seu olhar dos rapazes que estavam arrumando suas roupas. Duo fez sua trança, deixando muitos fios soltos caírem por seu rosto, lhe dando um ar mais selvagem.
Os grandes violetas de Duo deram algumas piscadas e começaram a observar aquela sala, percebendo que havia muitas pessoas fazendo um sexo animal perto deles. Agora que havia dado conta de como ali estava cheio. Mas felizmente estavam num canto bem afastado, onde havia várias almofadas para os cobrirem dos olhares dos curiosos.
Duo levantou-se, fazendo Heero e Trowa levantarem-se também. Ele começou a caminhar para fora daquela sala rapidamente, sem olhar para trás, mas sabia que eles estavam lhe seguindo. E quando passou pela porta daquele "inferninho", acabou voltando à danceteria, percebendo que a música era duas vezes mais alta ali.
Um toque na cintura de Duo faz ele olhar para trás, encontrando dois pares de olhares irritados. Mas Duo não entendeu o motivo da irritação. Afinal, todos deveriam estar satisfeitos.
- Vamos para outro lugar? – Heero indagou, abraçando-o por trás, sentindo vontade de possuir aquele corpo novamente.
- Não, eu vou indo – disse rapidamente, sentindo os braços de Heero o apertarem com mais força – "esse cara... quer me sufocar" – pensou ao sentir seu ar lhe faltar.
Trowa deu dois passos à frente e ficou na frente Duo, inclinando-se para baixo, dando um selo em seus lábios.
- Vamos para nosso quarto, Duo – disse.
- Não, eu tenho que ver o Quatre – respondeu rapidamente.
- Se quiser... pode levá-lo também – disse.
Nesse instante Duo não agüentou e começou a rir abertamente, adorando ouvir aquela proposta. Até parece que seu querido amigo Quatre ia aceitar ir para um quarto transar com dois desconhecidos.
- O que foi? – Heero indagou, próximo ao seu ouvido.
- O Quatre? Não me faça rir. Aliás, não comentem nada com ele disso. Fariam-me um grande favor – comentou, lembrando-se de como Quatre o fuzilaria se soubesse dessa "festinha".
- Ele não gostou da gente? – Trowa indagou – pelo olhar dele, ele pareceu interessado.
- Pode até ser, mas o Quatre não aceitaria. E eu preciso ir vê-lo. Agora por favor, me solte – disse, olhando para trás, vendo que Heero não estava com um olhar muito amigável.
- Heero, deixe-o ir – Trowa pediu gentilmente, vendo que seu amigo não estava concordando com tudo aquilo. E como conhecia o temperamento difícil de Heero, Trowa achou melhor falar mansamente com ele – outro dia a gente continua, não é Duo?
- Ah, claro – disse, num tom que dava a entender que eles nunca mais iriam encostar em um fio sequer de cabelo do americano. E agora não era apenas Heero que estava com um olhar irritado, pois Trowa também queria ter aquele corpo novamente. E notando a mudança de feição dos dois, Duo achou melhor contornar a situação – afinal são cinco dias, não? Nos vemos por ai.
De repente Trowa e Heero pareceram se lembrar que eles estavam em um cruzeiro em alto mar e que seria impossível perder Duo de vista se eles quisessem. Heero acabou soltando Duo, sentindo que seu corpo já reagia negativamente à falta de contato. Trowa puxou o queixo de Duo e lhe deu outro beijo para depois se afastar, deixando-o partir.
O americano afastou-se com passos rápidos antes que eles mudassem de idéia e o agarrassem novamente. Duo foi até o caixa, pagou a conta e saiu do lugar, vendo a luz forte do pátio central invadir seus olhos, ele olhou para o um relógio de madeira vendo que eram cinco horas da manhã.
Duo abraçou seu corpo ao sentir o vento frio que vinha do mar e foi andando de cabeça baixa, sentindo seu corpo doer um pouco. O americano perdeu-se duas vezes, mas conseguiu voltar para o quarto, abrindo a porta devagar e caminhando até a cama, jogando-se nela sem sequer retirar seu tênis. E como ele deitou, ele dormiu.
Mais tarde no dia seguinte. Eram oito horas da manhã e Quatre estava bocejando na sua cama, sentindo os raios de sol baterem contra a janela de vidro, iluminando o quarto. O loirinho sentiu um forte cheiro de bebida e cigarro ao seu lado e olhou para Duo, que estava ressonando.
Ele levantou-se e foi até o banheiro, tomando uma ducha rápida e fazendo sua higiene. Quatre vestiu uma bermuda verde musgo de sarja e uma camisa branca que deixou os dois primeiros botões abertos, ele calçou suas sandálias de couro sintético e caminhou até Duo, tocando no seu braço.
- Duo – o chamou num grito, fazendo o americano abrir os olhos lentamente.
- Que horas são? – perguntou num resmungo preguiçoso.
- Quase nove horas, vamos tomar café da manhã e ir para a piscina – disse com um sorriso animado.
- Vai você – disse, voltando a fechar os olhos.
- DUO! NÃO VIEMOS AQUI PARA DORMIR! – gritou, fazendo o americano sentar-se na cama e olhar para a face irada de Quatre – VOCÊ TEM QUINZE MINUTOS PARA TOMAR BANHO, SE TROCAR E SAIR DESSE QUARTO! CO-MI-GO!
- Sim, senhor – disse, saindo correndo e fechando a porta do banheiro. Quando começou a retirar suas roupas, sentiu um friozinho no corpo, fazendo-o se arrepiar. Duo correu para debaixo da ducha deixando a água morna, começando a lavar seus cabelos.
Algum tempo se passou e Quatre deu duas batidas na porta avisando que já havia se passado quinze minutos. Ao ouvir isso, Duo esfregou o sabonete no seu corpo e tirou o condicionador de seus cabelos rapidamente. E em poucos segundos estava fora da ducha, secando-se numa toalha amarela de algodão. Duo saiu do banheiro, vendo que Quatre estava em pé, com os braços cruzados enquanto batia seu pé no chão, mostrando sua impaciência.
O americano secou seus cabelos com um pouco de dificuldade e depois os penteou para fazer uma trança mais detalhada que da noite anterior. Ele vestiu uma bermuda jeans escura, toda rasgada e uma camiseta branca com alguns detalhes em vermelho na manga. Ele calçou seu par de Havaianas vermelhas e olhou para Quatre. Quatre pegou a bolsa de plástico, onde havia as roupas de piscina e as toalhas.
- Nove e meia! – Quatre disse – vamos logo. Passe protetor solar! Eu já passei.
- Sim... – disse sem muito entusiasmo, começando a passar protetor no seu corpo.
Os dois saíram do quarto. Quatre estava falando dos jogos que ele havia assistido com certo entusiasmo, e enquanto ele falava, Duo bocejava. Quando chegaram no restaurante, eles foram muito bem recebido e sentaram numa mesa redonda, começando a tomar um reforçado café da manhã, e quando terminaram, não demoraram muito, saindo rapidamente dali e indo direto para a piscina.
Eles caminharam até o banheiro masculino e vestiram suas roupas. Duo colocou um par de óculos escuros e usava apenas sua bermuda e chinelos. Quatre estava com a bermuda de banho e uma camiseta branca, pois não queria se queimar tão rápido.
Quando ambos chegaram à piscina, resolveram escolher um novo lugar para ficar. Ele ficara na piscina quadrada que estava mais vazia, sentando-se numa das confortáveis cadeiras reclináveis e deixando suas coisas embaixo da mesa. Duo deixou seu corpo cair para trás e voltou a cochilar.
- Você não tem jeito – Quatre disse, resolvendo deixar seu amigo descansar. Ele retirou a camiseta e deitou-se, deixando o sol bronzear seu corpo.
O tempo foi passando e Quatre arrumou o guarda-sol que ficava junto com a mesa, para dar mais sombra para Duo que estava dormindo profundamente. E depois que cuidou de seu amigo, o loirinho retirou sua camiseta e entrou na piscina, sentindo um forte choque térmico.
Quando Quatre voltou para o seu lugar acabou encontrando com Trowa e Heero que estavam arrumando suas coisas numa mesa ao lado da deles. O loirinho sentiu seu coração bater mais forte ao olhar para Heero e Trowa.
Continua...
Leona-EBM voltando a escrever! Oba! Para quem gosta do meu trabalho com fanfictions de Gundam Wing, eu estou de volta. Acho que esse é o meu segundo AU desse anime.
Comentários são sempre bem vindos para o incentivo da escritora. Se vocês gostarem da história, comentem. Sem comentários, sem incentivo.
Espero que estejam gostando desse AU. Ah, obviamente está um pouco OOC, principalmente o Trowa, mas não é possível manter as personalidades originais sendo que eles não são pilotos gundans e sim empresários e hóspedes de um navio.
Avisando que a história está quase finalizada, apenas publiquei em capítulos, pois as pessoas reclamam para mim que a história está muito grande. Bom, eu penso que um leitor gosta de história grande. Não é verdade? Ou estou mentindo? Se for interessante, a gente nunca quer parar de ler.
Os lemons estão interessantes? Preciso saber da opinião de vocês. Pode deixar que terão muitos lemons ao decorrer da história. Afinal é o Cruzeiro da Luxúria.
Obrigada a todos que me incentivam a escrever cada vez mais. Quem sabe um dia eu chego a cem fanfictions. Preciso do apoio de vocês.
