PESADELOS

AUTOR: LARYSAM

DATA: JUNHO DE 2009

NOTA1: Os personagens de Sobrenatural não me pertencem. Sou apenas uma fã que gosta de brincar com as inúmeras possibilidades que se apresentam na relação dos mesmos. Meus textos não têm fins lucrativos.

NOTA2: Essa fic é resultado de uma aposta que eu fiz com a Vickyloka e que teve como juíza a EmptySpaces11, pois é, onde eu fui me meter rsrsrs. Pois bem, como eu perdi a aposta aqui vai o que coube a mim, nas palavras da Empty (você sabe que te adoro, né, amiga?):

"Meninas, acho que vocês podem apostar uma fic. Se a Lary perder, terá que escrever uma fic de terror, totalmente Supernatural, sem wincest. Não pode ser muito longa, nem ter um único capítulo, na faixa de uns três. E deve conter a frase: VIVER OUTRA VEZ"

RESUMO: Sam e Dean estavam em mais uma caçada, aparentemente simples, sem maiores preocupações. Afinal, todo mundo tem pesadelos e não há nada com o que se preocupar com eles. Certo?

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CAPÍTULO 1

- SAMMMMMMM!!!!!

Dean corria o mais rápido que suas pernas lhe possibilitavam. Sua respiração estava descompassada, mas ele não saberia dizer se era do esforço ou do medo.

"Merda! Merda! Por que eu tinha que ter dado a idéia de nos separar! Mas esse caso parecia simples. Merda! Agüenta firma, irmãozinho, eu tou chegando! Por favor, Sammy"

Balançou a cabeça levemente, tentando se concentrar numa única coisa: chegar até Sam.

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Ele acordou suado e com a respiração descompassada, ficando um momento parado para controlar as batidas de seu coração e olhou para a cama ao lado, observando a silhueta do irmão, que continuava dormindo. Passou as mãos pelos cabelos molhados pelo suor e se levantou em direção ao banheiro.

Ao entrar no banheiro, fechou a porta sem ligar a luz e permaneceu parado um instante, antes de caminhar até a pia, onde abriu a torneira, molhando o rosto com a água fria. A luz do luar estava fraca, mas ele conseguia ver suas feições cansadas no espelho.

- O que está acontecendo com você agora? O que todos esses sonhos significam? – Sem conseguir uma resposta do próprio reflexo, suspirou, decidindo sair antes que o outro acordasse e o enchesse de perguntas sobre o porquê de estar no escuro.

Abriu a porta e sentiu um misto de alívio e decepção pelo outro continuar dormindo. Deu mais uma olhada para sua cama, mas caminhou até a mesinha onde se encontrava o notebook. Dormir era a última coisa que ele conseguiria agora, então, iria pesquisar sobre a nova caçada.

Entretido nas pesquisas, nem percebeu como as horas tinham passado e o dia amanhecido. Assim, não foi por acaso que se assustou ao escutar a voz rouca e sonolenta as suas costas.

- Sammy? – Dean olhava para o irmão, ainda deitado. Sam sempre era a primeira coisa que ele procurava ao acordar. – Deus, você já está acordado? – a pergunta era retórica e Sam não se deu o trabalho de responder. – Que horas, sunshine?

- São... são 8 horas, Dean. – Sam escutou um grunhido e se virou para ver Dean com um travesseiro sobre o rosto e não conseguiu evitar sorrir. Dean era um cara da noite e sempre odiou acordar cedo.

Sam se lembrou das vezes que o irmão teve que acordar cedo para lhe pôr o café da manhã, só para, logo em seguida, voltar para cama e dormir mais algumas horas. E pensando nisso, resolveu compensá-lo um pouco. Levantou-se, pegou sua jaqueta e foi em direção a porta.

- O que você está fazendo? Não vai sair agora, vai? – Dean perguntou, uma vez que o som dos movimentos do irmão tinha lhe chamado a atenção.

- Eu volto logo, não se preocupe e volte a dormir. – Sam, sorrindo, saiu.

Dean parou ainda, pensando no que faria, antes de se virar e voltar a dormir.

Parecia que tinha acabado de fechar os olhos quando escutou a porta se abrindo e, por instinto, sua mão foi até a faca sob o travesseiro. Já estava se preparando para encarar o intruso quando um forte cheiro de café lhe alcançou e, sem perceber, ele deixou sair um grunhido de satisfação, arrancando risadas a suas costas.

- Cara, você é inacreditável... o grande Dean Winchester desarmado por um copo de café. – Sam riu ainda mais com a cara fechada do irmão.

- Vai sonhando, irmãozinho, que seria preciso mais do que essa água rala que eles chamam de café para me pegar.

Sam levantou as mãos em sinal de rendição, ao tom do irmão, e, apesar de não querer brigar com Dean, não havia retirado o sorriso do rosto. Assim como Dean fazia com ele, Sam sabia tirar o mais velho do sério.

- Certo. – E vendo Dean abrir a boca para responder, continuou. – E se eu fosse você, tomaria logo esse café enquanto está quente.

- Hum... – Dean observava o pacote que Sam repousava na mesa. – Comprou torta, miss simpatia?

- Sim, Dean. – Sam rolou os olhos, mas sorria. – Como se eu fosse esquecer essa maldita torta e agüentar você reclamar o resto do dia.

Dean partiu como uma criança contente para o café da manhã e já tinha dado uma mordida na torta quando voltou para o irmão com a boca cheia.

- Você não vai comer?

- Não estou com fome e já tom...

- Porra! Que café é esse?

- Tão ruim assim? – Sam tinha um olhar ansioso.

- Ruim? Eu não lembro a última vez que tomei um café tão bom. – Dean dava outro gole como se quisesse aproveitar todo o gosto do café forte e quente.

- Ótimo, porque eu rodei essa cidade atrás de um café decente.

- Rodou a cidade? Você acabou de sair. – Dean tinha um olhar confuso. – E por que disso tudo?

- Dean, faz 2 horas que eu saí. – Dean ergueu as duas sobrancelhas e parecia ainda mais confuso quando olhou para o relógio para ver este marcar 10h15. – E tudo isso é por nada. – Sam deu nos ombros e sorriu para o irmão. – Só me deu vontade de tomar um café decente ao invés daquelas porcarias que encontramos na estrada.

Dean encarou o irmão, tentando ver alguma coisa que o irmão estivesse escondendo ou aprontando, mas não encontrou nada. - Com certeza, irmãozinho. – E voltou sua atenção para seu desjejum.

Foi quando já havia comido toda sua torta e terminava seu café que, olhando para Sam, percebeu como este parecia cansado.

- Ei, Sammy. – Sam que estava deitado na cama, mexendo no notebook, voltou sua atenção para Dean. – Você parece cansado, está tudo bem?

- Tudo, Dean. – Sam suspirou e procurou aliviar o peso dos ombros. – Só um pouco cansado.

- Você está acordado desde que horas? – Dean observava cada detalhe de Sam.

- Dá para parar? – Sam falou um pouco irritado.

- Parar o quê? – Dean arqueou as sobrancelhas.

- De me olhar como se eu fosse quebrar a qualquer momento. Eu estou bem.

- Sam, desde que horas você está acordado? – Dean repetiu a pergunta determinado.

- Eu não sei, tá certo. – Sam voltava sua atenção para o notebook, evitando olhar para o irmão e com uma voz baixa continuou, dando de ombros. – Umas 3 horas?

- 3 horas da manhã?!

- Sim, gênio, da manhã. – Sam ainda não olhava para Dean.

- Qual é o problema, Sammy? – Dean havia se levantado e se aproximava da sua cama. – São pesadelos? Visões? Outra coisa? – Dean pensava o que estava incomodando o irmão e que ele tinha deixado passar.

Sam suspirou e olhou para Dean. Ele sabia que mais cedo ou mais tarde teria que contar ao irmão.

- Eu não acho que sejam visões, só pesadelos. Cada noite é um diferente. – Sam parou para observar Dean prestando atenção. - Mas, todos são sobre nós dois em alguma caçada, até que tudo muda de repente. E eu acordo.

- Sam? Como é que todos esses sonhos terminam? – Silêncio. – Sammy?

- Eu não lembro, Dean. – Sam havia desviado o olhar. – Olha, eu fiz algumas descobertas sobre o caso e acho que descobri com o que estamos lidando.

- Sam! – Dean havia se levantado e sentado ao lado do irmão. – Como os sonhos terminam?

- Porra, Dean! – Sam havia se levantado numa tentativa de fugir de Dean. – São só pesadelos e já falei que não lembro como eles terminam, eles nunca são os mesmos. Agora, dá para você escutar o que eu descobri?

Não era de todo mentira, Sam realmente não lembrava como os sonhos terminavam, mas ele se lembrava que todos terminavam com Dean gritando seu nome e aquela sensação estranha percorrendo o seu corpo. Entretanto, ele próprio estava com medo do que isso poderia significar, para contar a Dean.

- Certo, Sam. – Dean falou, achando melhor não pressionar o irmão, mas com certeza aquela conversa não estava acabada. – O que você descobriu?

SPN~SPN~SPN~SPN~SPN

Nota¹: Ok, esse foi o primeiro capitulo. Me digam se gostaram, pois se não fosse essa aposta, acho que eu não teria escrito uma fic nesse estilo nem tão cedo. Aguardem que o terror vai chegar. Eu acho kkkk.