N/A: Os personagens e suas características pertencem a J. .
A fic foi inspirada na musica "Te amo" da Rihanna. Serão poucos capítulos, três ou quatro no máximo.
Espero que gostem
A fic é pós-guerra, então considerem que Hogwarts reabriu depois da guerra, e o trio de ouro voltou para se formar.
Vou postar logo, pois já sei todo o desenrolar da fic. Mas é óbvio que quero meus reviews, ou nada de postagem. lalalaa Enfim,espero que gostem *u*
Boa leitura!
Te amo
Te Amo, Te Amo. She says to me. I hear the pain in her voice
Then we danced underneath the candelabra, she takes the lead.
That's when I saw it in her eyes, it's over.
Te amo, te amo. Ela disse pra mim, ouvi a dor em sua voz.
Então dançamos sob o candelabro, ela assume o controle.
Foi quando eu vi em seus olhos, acabou.
Rihanna
Castanhos prendiam-se aos negros, como se neles encontrasse a paz que tanto buscava.
Os alunos do sétimo ano ainda se dispersavam da classe e Snape conseguia ouvir como a respiração da grifinória era falha. Sôfrega. O que quer que ela tivesse á lhe dizer, estava a deixando muito nervosa.
Ele sentia que a pequena tinha mudado em relação á ele, desde o episódio na casa dos gritos, onde ela, tão bravamente, salvou sua vida. E era por gratidão, não por qualquer outra coisa, que o mestre obscuro era complacente para com ela.
Mas havia um brilho nos olhos castanhos que ele conhecia. É certo que á muito tempo não via um olhar assim dirigido á sua pessoa, mas ainda se lembrava de como era o calor de um olhar apaixonado.
O último aluno se retirou da sala e a porta se fechou com um tinir tranquilo, mas ainda que a porta não tenha feito nenhum barulho alarmante, a menina pulou no mesmo lugar.
– Vai me dizer o que quer, Srta. Granger? – sua voz rouca soou impaciente.
– Hermione, por favor, me chame de Hermione. – a voz dela, tão doce e suave, era quase exigente. Denotando o quanto ela desejava que ele a chamasse pelo nome de batismo. Mas ele não estava nenhum pouco inclinado á isso, nunca estaria.
– Srta. Granger, – disse firme e quase irritado. – Eu tenho mais o que fazer, então queira ir direto ao assunto. – os ombros de Hermione murcharam e ela deu passos vacilantes até a mesa do professor, uma vez que estava suficientemente perto, ela baixou os olhos para o chão.
– Eu só queria... Queria saber se o senhor... Tem o baile na sexta-feira... –
– Pretende concluir essa frase ainda hoje, Srta. Granger? – perguntou irritado, esquecendo-se que tinha uma divida de vida com essa jovem irritante.
– Eu queria convidá-lo para ser meu par no baile, senhor. – ela disse muito rapidamente, e mesmo com a cabeça baixa, Snape pode perceber o tom escarlate que lhe subia á face.
Não estava errado então. A menina estava apaixonada por ele. Só podia estar. Caso contrário, não estaria convidando o professor mais desagradável de Hogwarts para ser seu par num baile idiota.
Ah, mas ele não era desagradável com ela. Não. Ele era desprezível com todos os alunos, mas com ela, era um professor normal, sem piadas ou comentários afiados sobre a grifana. Tudo por que a irritante sabe-tudo tinha salvado a sua vida.
Maldita divida de gratidão. Mas quem poderia adivinhar que a menina se afeiçoaria á ele? Por mais agradável que fosse com ela, como ela poderia se apaixonar por alguém frio como ele, sem atrativos de beleza também, não fazia sentido.
"Isso é só uma paixonite adolescente". Sentenciou em pensamento. "Logo passará, e se não passar, bom, a volta do tratamento frio deve mantê-la com seus cachos revoltos bem longe!"
– Devo lembrá-la, Srta. Granger, de que sou seu professor? – sua voz assumindo o tom mais frio que conseguia. – A senhorita é apenas uma criança...
– Tenho dezenove anos! – ela o interrompeu, a coragem Grifinória impondo-se pela primeira vez. Mas tão rápido quanto apareceu, ela se foi, deixando-a parecida com uma lufa-lufa do primeiro ano. – Eu pensei que...
– Pensou? Não, a senhorita não pensou. Se tivesse pensado não convidaria um professor que tem o dobro da sua idade para ser seu par! – os olhos castanhos pestanejaram e Snape se levantou. Tinha que acabar com qualquer sentimento bom que a garota tivesse por ele, não podia, não queria e, acima de tudo, não merecia tal devoção. Não de uma mulher tão jovem, de uma aluna, muito menos de Hermione Granger.
– E-eu... –
– Não sei o que anda se passando nessa sua cabecinha oca, Granger, mas eu sou seu professor. E, embora você tenha salvo a droga da minha vida, nada te dá o direito de achar que pode ter algo comigo. Ponha-se daqui pra fora e não volte a falar comigo sobre assuntos que não sejam sobre as aulas de poções. – Hermione estava próxima à mesa, próxima demais, e ele, em seu ataque de raiva, tinha se inclinado sobre o mogno, o que deixou seu rosto perigosamente perto do rosto da jovem.
– Não pode me tratar assim. – ela disse num fio de voz. Ele gargalhou.
– Eu posso o que eu quiser. – disse entredentes. – O que você esperava? Que eu me arrastasse aos teus pés como forma de gratidão por ter me poupado do destino que o lord das trevas me tinha imposto? – o cinismo em sua voz era tangível.
– Eu não esperava nada de você! Salvei sua vida por te amar! – ela disse aos berros.
E Snape não conseguiu responder á isso, ele apenas manteve, com muito esforço, a máscara de frieza que sempre carregava. Viu como a menina enrubesceu em sua frente, e levou á mão a boca, como se com ela pudesse fazer as palavras voltarem aos lábios.
Ela não pretendia declarar-se, não pretendia confessar, mas era tarde. E ela sabia disso. .
– Te amo, Severus. – ela disse tremula, um resquício de dor em sua voz e Snape só conseguiu admirar a forma como seu nome soava nos lábios rosados.
Ele podia dizer á ela tantas coisas, podia dizer que ela merecia alguém melhor, podia dizer que era muito velho para ela, ou até mesmo usar a desculpa de que não seria ético namorar uma aluna.
Mas ele era Severus Snape, e a palavra delicadeza não fazia parte de se vocabulário. Então, mesmo com os olhos castanhos brilhando com lágrimas reprimidas, mesmo com os lábios rosados e convidativos tão perto dos seus , ele se viu dizendo:
– Você está louca, criança. – sua voz era um sussurro rouco. – Você não sabe nada sobre o amor. Nada.
– Eu penso em você o tempo todo. – ela admitiu, sentindo-se obrigada a provar á ele que realmente o amava. – Já faz tanto tempo, antes da guerra, antes mesmo de saber á quem a sua lealdade pertencia. Eu o amo, professor, eu... –
– Já chega! – esbravejou o mestre, antes de violentamente, descer o punho sobre a mesa. O movimento aproximou seu rosto ainda mais ao da garota.
Foi uma chorosa Hermione que disse em um folego só.
– Não! Agora eu vou dizer tudo! – uma lágrima rolou na face pálida, e Snape acompanhou o caminho que ela fez pela bochecha, até que morreu no canto dos lábios carnudos. – Eu te amo, não sei como isso começou ou por que, só sei que não posso mais lutar contra isso! Você não entende como dói amar alguém que você sabe que nunca será seu, não sabe como é desejar tocar seus lábios, te abraçar... Seu cheiro... Quando você se move pela sala e a maldita capa tremula ás suas costas, como se me convidasse a te seguir, e eu... Não sabe como é desejar, professor, não sabe quantas vezes que me toquei pensando em você, gemendo seu nome, desejando que fossem as tuas mãos que estivessem em mim, imaginando seu corpo sobre o meu... Oh, Merlin, eu o amo tanto! – a confissão foi finalizada com um beijo roubado dos lábios finos.
Uma língua atrevida tentava a todo custo entrar na boca do mestre, mas ele manteve os lábios firmemente fechados, segurando-se ao fio de consciência que lhe restava. A cada segundo, ficava mais difícil não reagir, mais difícil não ceder ao beijo da garota. Sua mente foi tomada por imagens de uma Hermione nua, gemendo seu nome loucamente enquanto se tocava.
Foi impossível não desejar estar dentro do corpo de Hermione.
Sentiu as calças ficarem apertadas, uma ereção firme e incomoda se formando nele. Ele tinha que parar. Tinha que... Oh! Deuses! Tão doce, tão quente, tão perto... Ele estava quase desistindo, quase se entregando, quando ela se afastou.
Hermione deu um passo para trás, os olhos arregalados em choque com a própria coragem, não acreditava no que tinha feito.
– D-desculpe! – ela murmurou, então se foi.
Snape caiu pesadamente sobre a cadeira, acariciando os lábios finos com o indicador.
Ele sabia que não devia e odiou-se por desejar que ela voltasse. Ela era sua aluna! Uma grifinória, amiga do Potter, a irritante sabe-tudo. Não podia querê-la. E não queria!
Infernos! Seu corpo reagiu ao toque feminino, apenas isso, era absolutamente normal. Reagiria da mesma forma com qualquer outra mulher.
Ela não podia ama-lo, certamente era uma paixão adolescente. Não era amor.
Era mesmo uma tolice que Snape fosse obrigado á comparecer ao tal baile. Porque Minerva exigia a presença de todo o corpo docente mesmo? Ah, sim, ela queria irrita-lo. Já que Nagini não o matou, a tortura de um baile certamente o faria.
Em suas habituais vestes negras, ele rumou para o salão principal. O baile já tinha se iniciado, e ele serpenteou entre os casais felizes, que dançavam na pista de dança, até que chegou á mesa onde Minerva estava.
Sem uma palavra, ele sentou-se ao lado da velha bruxa, que o cumprimentou entusiasmada e continuou sua conversa com madame Pomfrey.
Ele sentiu a sensação incomoda de que estava sendo observado e esquadrinhou o salão esperando encontrar alguém o encarando. E encontrou.
Ela. Hermione Granger. A menina, não, a mulher estava parada perto de um dos pilares com uma taça nas mãos, que ele duvidava muito que fosse suco de uva.
Ela entornou todo o liquido de uma só vez, e andou com passos largos e firmes em direção á ele.
– Essa não... – ele murmurou para si mesmo. À medida que a menina se aproximava, os contornos e detalhes de sua aparência se tornavam mais claros. Ela estava usando vermelho, um vestido longo e decotado, com uma fenda que começava na coxa direita. Ela estava um pouco mais alta, por causa do salto alto dourado, o cabelo foi preso em um coque elegante e frouxo, e a maquiagem era forte, pesada, dando-lhe um ar sensual. Sensual demais para seu próprio bem.
Pela primeira vez na vida, o mestre admitiu para si mesmo como as cores da Grifinória eram bonitas.
– Diretora Minerva. – a jovem cumprimentou com um menear de cabeça. – Permita-me roubar o professor Snape por alguns minutos. – disse com um ar inocente, e Snape pigarreou.
– Acredito que não seja á Minerva que a senhorita tenha que pedir algo desse tipo. – Hermione o encarou nos olhos, e sua expressão era firme, corajosa, um fogo nos olhos castanhos que até então Snape desconhecia.
– Tudo bem então, professor. – ela lhe estendeu a mão e completou. – Gostaria de dançar? –
– Absolutamente, não. – disse frio.
– Severus, por favor, dance com a menina. – insistiu Minerva ao seu lado, totalmente inconsciente das segundas intensões que a menina tinha com a dança.
Bufando e contrariado, ele se levantou. Mas ignorou a mão que Hermione lhe oferecia, segurando-a fortemente pelo braço, e a arrastando para o meio da pista de dança. Ela gemeu com o aperto, mas não parecia ser de dor, contudo o que preocupou o mestre foi o modo como aquele som lhe afetou entre as pernas.
Virando-a bruscamente nos braços, Snape se colocou em posição de dança, uma mão foi parar nas costas desnudas de Hermione, e a outra segurou a dela na altura dos ombros. Ele manteve-se afastado, seus corpos não se tocavam além do necessário e ela parecia não gostar disso. Ela dançava com os olhos presos aos dele, hipnotizando. Ele se sentiu incomodado com tanto calor que emanava da pequena mulher em seus braços.
Os olhos castanhos eram tão intensos, que por um breve momento, ele pensou que poderia se afogar neles. Ela lhe implorava com o olhar, mas o que ela queria de fato, ele não sabia. Mesmo sabendo que Hermione era uma boa ligilimens, ele tentou ler seus pensamentos.
E facilmente conseguiu.
Ele podia ler a mente dela, oh sim, ela estava totalmente aberta para ele. Faria qualquer coisa que ele pedisse, do jeito que pedisse, na hora em que quisesse.
Snape resfolegou quando ela começou a pensar nos momento em que se tocava. Então ele viu que era verdade, ela se tocava pensando nele, chamando por seu nome, desejando... Desejando que ele estivesse lá, com ela.
"Tripas de sapo, ovos de dragão, raiz de mandrágoras..." Ele repassava mentalmente ingredientes aleatórios, tentando reprimir a excitação que logo se tornaria evidente.
Saiu da mente dela, era um lugar perigoso.
Para desespero do mestre, a musica lenta que tocava acabou, para então começar a tocar algo mais sensual.
Hermione sorriu e ele não gostou disso, por que no instante seguinte, a jovem moldava-se á ele.
– Mova-se, professor. – ela disse rouca.
As mãos pequenas passeando pelas costas largas, a perna insinuando-se na virilha do homem. Snape nada pode fazer, ou talvez não tivesse forças para fazer algo, quando ela agarrou-se á sua cintura e colou seus corpos deliberadamente.
– Você está louca. – ele repetiu a sentença de outrora.
Hermione sorriu com isso. Sem se importar com os olhares que se voltavam á eles, ela começou a dançar para ele, de forma languida e lenta, roçando o corpo ao dele, tentando seduzi-lo e Merlin sabe que ele estava á ponto de ceder. Ele a segurou pelos ombros.
– Pare! Isso não vai acontecer! – ela olhou no fundo dos olhos negros, toda alegria que o álcool tinha trazido havia ido embora.
– Eu sei. Eu sei. – ela disse num sussurro, então finalmente desistiu. Snape agradeceu por isso, mas, estranhamente, ele sentiu que perdia algo quando a moça saiu de perto dele.
Ele só assistiu enquanto ela sumia no meio dos casais, e de repente, ele desejou que ela estivesse ali.
Mas se repreendeu rapidamente e voltou ao seu lugar na mesa. Ficaria mais alguns minutos e depois voltaria para suas masmorras.
Mais algumas musicas tocaram e Snape parecia estar prestes a morrer de tédio.
Olhava os cabeças-ocas dançando e comendo, mas só conseguia pensar em Hermione, mais precisamente, nas cenas que ele viu em sua mente. Com certeza não poderia mais trata-la como uma aluna qualquer novamente. Não depois de ouvir os gemidos roucos de luxúria que a grifana mostrara em sua mente.
Infernos, essa era uma imagem que o perturbaria o resto da vida.
Os olhos ônix procuraram por ela entre os estudantes e quando o vermelho do vestido reluziu em seu campo de visão, o homem quase urrou raivosamente.
O que ela pensava que estava fazendo nos braços do Weasley? Por que dançava tão colada ao corpo dele? Merlin poderoso, ele passou a mão na coxa dela? Ninguém está vendo isso? Ninguém vai pará-los? Sua mente rodava e ele estava á ponto de pedir para Minerva separar o casal, alegando que aquilo não era uma dança apropriada, mas então percebeu que pareceria um ataque de ciúmes. E claro que ele não estava com ciúmes de Hermione Granger.
Ela era uma bruxa adulta e vacinada, podia dançar com quem quisesse. Ele não se importava, claro que não.
– Minerva, eu vou me recolher. – disse rapidamente.
A diretora resmungou alguma coisa sobre ser cedo demais, mas ele apenas meneou a cabeça, despediu-se dos colegas que estavam próximos e andou com passos firmes pelo salão.
Pela visão periférica, ele viu Hermione entortar o pescoço para observá-lo passar, o que fez com que ele apressasse mais o passo.
Fez uma aposta mental consigo mesmo de que ela o seguiria. E ganhou.
Mal tinha saído do salão principal, ouviu os passos apressados da grifana atrás de si. Fingiu não ouvi-la e continuou á andar. Quando estava próximo á porta dos seus aposentos, ele virou-se abruptamente, quase chocando-se á jovem mulher que o seguia.
– Chega de joguinhos, Granger. – ele disse rispidamente. – Volte para a festa.
– Por favor. – implorou a pequena.
Antes que ele respirasse uma outra vez, Hermione já tinha lançado os braços em sua volta. Ela afundou o nariz em seu pescoço e inalou profundamente. Ouviu-a gemer quando colocou as mãos grandes em sua cintura, o que fez com que ele á apertasse de encontro a si, Hermione tomou isso por convite e embrenhou os dedos em seu cabelo negro.
– Você está louca, criança. – ele sussurrou roucamente outra vez.
– Está ficando repetitivo, Severus. – um sorriso malicioso brincou nos lábios escarlates.
Hermione roubou outro beijo do mestre, beijo esse que ele não correspondeu, mas ao menos entreabriu um pouco os lábios, permitindo que a língua dela entrasse. Ele registrou o hálito dela por um momento, o gosto do vinho que ela bebera ainda estava ali, preso á língua, para lembrar-lhe que a menina em seus braços estava bêbada.
Num movimento rápido e brusco, ele empurrou-a contra a parede, prendendo os pulsos dela á altura da cabeça.
– Nunca mais torne a me beijar. Entendeu? – Hermione não respondeu.
Snape percebeu que a grifana não prestava atenção no que ele falava, ela tinha a respiração ofegante, pupilas dilatadas e mordia os lábios quase ao sangue. Ela estava gostando do toque, gostando de estar prensada no corpo dele. Afastou um pouco o corpo e a grifana arqueou o quadril em sua direção.
– Uma noite. Passe uma noite comigo, Severus, para que ao menos que possa ter a memoria do seu corpo sobre o meu. – ela implorou.
Snape arqueou a sobrancelha, surpreso com a ousadia do pedido, ainda mais vindo dela. A irritante sabe-tudo. Sentiu um "sim" na ponta da língua. Tão fácil, podia levar a jovem para sua cama, passar a madrugada inteira entre suas coxas e depois manda-la embora para a torre da Grifinória. Uma noite, só uma noite. Uma noite com Hermione Granger. Era, surpreendentemente, tentador.
Mas ele não podia, não devia e sabia disso.
– Siga por esse corredor, – ele começou, largando os pulsos dela e indicando o caminho por onde eles tinham andado. – Há um lance de escadas á direita, subindo por ela você sairá das masmorras. Não pare de andar até chegar ao sétimo andar, onde deve procurar pelo retrato de uma mulher gorda, se não me engano, a senha dessa semana é 'hipogrifo saltitante', depois que entrar, vá direto para o seu quarto e tome um banho frio. – Snape quase passou o dedo no canto dos lábios para secar a gota de sarcasmo que lhe escapara, mas se conteve.
A grifana murchou os ombros e uma sombra pesou no olhar amendoado.
Ele lhe deu as costas e tornou á encaminhar-se á porta de seus aposentos, mas não tinha dado nem cinco passos quando ela falou em tom de despedida:
– Te amo. – duas palavras cheias de dor e verdade, que ecoaram pelas paredes de pedra.
Severus olhou por cima do ombro e disse friamente:
– Engula o seu amor, Granger, que não preciso dele.
Hermione ainda ficou parada contra a parede fria, observando a capa negra ondular para longe dela.
Por mais que amasse aquele bruxo, faria tudo que fosse possível para esquecê-lo. Morreria antes de dizer que o amava outra vez.
Me digam o que acharam! Continuo ou não?
Beso
