Quando vou ter uma vida normal e parar de escrever fics? kkkkk... Bom pessoal, espero que gostem desta minha nova fic! Um abraço à todos! Amo todos vocês!
Obs: Nesta história Thor e Loki não possuem nenhum poder mágico. Eles são tão humanos quanto você e eu... ^^
Atores convidados: (Cof, cof... rs)
Mila Kunis como: April Levigne.
Amanda Seyfried como: Jeniffer Benacci.
James Marsden como: David Yaacov.
*A inspiração para criar esta estória veio dos filmes "O cisne negro", e "Diário de uma paixão". Então qualquer semelhança, não é mera coincidência. rsrs...
-Como você está?
-Estou me virando... Thor disse após dar um gole na garrafa de cerveja. Contando com a que estava na sua mão, já era a terceira que ele havia bebido naquela noite. Desde que ele foi expulso de casa pelo seu pai, Odin, Thor começou a beber exageradamente. Ele se embebedava quase todos os dias para tentar esquecer a briga que os dois tiveram, para tentar apagar da lembrança as palavras duras que seu pai lhe disse:
"Pegue suas coisas e vá embora dessa casa! Você me envergonha! Vá embora!"
Não havia mais nada que ele pudesse fazer, nada mais o faria mudar de idéia. Thor apertou seus lábios e abaixou a cabeça envergonhado. Ele não tinha coragem de encarar sua mãe, Fridgga, que chorava em prantos enquanto seu irmão mais novo, Loki, a confortava olhando-o com pena. Thor sabia que as suas atitudes e seu temperamento explosivo não agradavam seus pais, principalmente Odin, que achava que seu filho era um rapaz muito irresponsável e teimoso. Odin, como todo pai, só queria dar o melhor para seus filhos, queria que seus filhos tivessem uma vida melhor do que ele teve. Mas ao contrário do seu irmão, Thor não queria ouvir os conselhos do seu pai. Thor, aos 23 anos, tinha no seu curriculum um histórico bem problemático: Além de ter várias suspensões por brigas dentro da escola, ele havia repetido de ano no ensino médio duas vezes. Quando ele reprovou pela segunda vez, sua auto-estima foi por água abaixo, suas notas declinaram ainda mais, então foi ai que Thor decidiu largar a escola e começar a trabalhar como mecânico. Ele sempre achou que tinha mais talento com um martelo na mão do que com uma caneta. E realmente Thor era um excelente mecânico, mas seu pai não acreditava que essa profissão lhe garantiria um futuro bom. Já seu irmão Loki, era totalmente diferente dele. Loki com 19 anos já estava na faculdade cursando direito, Odin sentia muito orgulho dele, e tudo o que mais desejava era que Thor fosse como seu irmão. Só que o rapaz queria seguir seu próprio caminho, e não o caminho que seu pai queria construir para ele. Não é que Thor não se interessava em estudar, ele até tinha planos para entrar na faculdade de educação física, pois no colegial era um ótimo nadador e ganhou em primeiro lugar em várias competições. Mas após ter desistido da escola, decidiu tomar outro rumo na vida, e o plano de entrar na faculdade ficou para trás.
Assim como qualquer outra pessoa, Thor era cheio de defeitos. E por causa desse defeito ele foi expulso de casa... Sua mãe, Fridgga, sabia que Thor tinha um grande coração, mas seu problema é que ele não levava desaforo pra casa, e resolvia as coisas na porrada. Ele já havia perdido as contas de quantos narizes ele já quebrou desde os 16 anos, na época em que a escola começou a ficar difícil e ele começou a ser perseguido pelos seus colegas. Eles costumavam o chamar de "burro", e Thor não conseguia resolver as coisas de outro jeito, para ele a única forma de faze-los calar a boca era quebrando seus dentes. Seu pai não aprovava em nada essa sua atitude, os dois viviam discutindo por causa disso, e Odin sempre dizia que Thor tinha que ser mais responsável e tomar um rumo para sua vida, que ele deveria seguir o exemplo do seu irmão, que vivia no seu quarto estudando.
Outro grande defeito que Thor tinha, era o seu imenso senso de justiça. Para ele, não existia "meio certo", ou "meio errado". Se ele achava que tinha razão, ele tinha razão e ponto final. Mesmo sendo expulso de casa por ter empurrado com força o filho do seu ex- chefe contra a parede, ter ficado dois dias preso na delegacia e ser solto após sua mãe ter usado toda a sua economia de um ano para pagar sua fiança, Thor achava que tinha feito a coisa certa com aquele filhinho de papai, que o chamou de incompetente na frente de alguns clientes. E se pudesse, faria tudo de novo.
E foi isso o que aconteceu. Thor não estava arrependido do que fez, nem um pouco. Só estava triste por ter que sair de casa, de agora em diante ele não poderia ver seu irmão e sua mãe com tanta frequência. Quanto ao seu pai, embora ele ter o expulsado de casa,Thor não tinha raiva dele. Thor na verdade se sentia triste por saber que seu pai estava decepcionado com ele, isso sim era muito doloroso. Mas não tinha escolha, tinha que erguer a cabeça e seguir em frente. Thor era muito confiante, e sabia que conseguiria dar conta de si mesmo. Após fazer sua mala, Thor deu um abraço forte em sua mãe e no seu irmão.
-Não chore mãe... Thor disse secando as lágrimas dela com seu polegar. -Vou ficar bem... Ele deu um abraço no seu irmão também. Loki estava sentindo vontade de chorar, com aquela sensação de nó na garganta, mas ele permaneceu firme. Não queria que eles o achassem fraco.
-Se cuida garoto... Thor disse apertando o ombro direito dele. Quando Thor olhou para seu pai, ele desviou os olhos para o outro lado. Thor preferia ter levado um soco na cara do que ter visto aquele gesto de desprezo do seu próprio pai. Ele saiu de casa se sentindo desprezado, como se fosse a vergonha da família. Naquele dia, ele passou a noite na casa de um amigo. No dia seguinte, com o dinheiro que lhe restava, alugou por duas semanas um quarto de hotel bem barato. Por duas semanas ele teve que aprender a se acostumar com o mal cheiro e as goteiras que pingavam em cima da sua cama à noite. A sua sorte foi que nesse tempo ele conseguiu arranjar um emprego que lhe pagava muito bem. Não tinha nada a ver com mecânica, mas era um trabalho que Thor também sabia fazer muito bem, e o salário era mais do que suficiente para ele sair daquele buraco. Ele então não perdeu tempo e se mudou para seu novo lar. Era um apartamento de cerca de 40 metros quadrado, um quarto, um banheiro, uma cozinha e uma sala. Tudo muito pequeno, mas era melhor do que estar morando naquele albergue detonado...
Só que com o passar do tempo, Thor começou a perceber o quanto sentia falta de sua família. De vez em quando Loki e Fridgga ligavam para saber como ele estava, mas não era a mesma coisa, faltava calor humano... Thor começou a ter o hábito de passar no bar antes de voltar pra casa. Ele não bebia ao ponto de ficar bêbado, seu metabolismo e genes nórdicos eram muito fortes para conseguir derrubá-lo, mas ele bebia ao ponto de deixá-lo um pouco mais relaxado. Certo dia ele conheceu uma garota no bar. Thor não era o tipo de cara que saia com qualquer uma, mas naquele dia ele estava deprimido e carente, e ela só queria se divertir um pouco. Logo ele pensou: Porque não? Ele a levou para seu apartamento e ao chegar lá a garota o empurrou na cama e começou a se despir com ansiedade, ela mais parecia uma gata no cio, arrancando suas roupas e a dele com suas unhas ferozes. Após alguns minutos de prazer e loucura, cada um se deitou lado a lado um de costas para o outro. Se Thor falasse que não teve nenhum prazer com aquela garota, estava mentindo. Mas embora a transa ter sido divertida, ainda sim faltava algo especial. Aquilo foi muito superficial e frio, não lhe preencheu o vazio que havia no seu coração. Thor se arrependeu de ter passado a noite com aquela estranha, e prometeu pra si mesmo que nunca, nunca mais faria aquilo denovo! Sair com uma garota só para transar com ela lhe deixava com uma grande sensação de culpa, lhe deixava péssimo e ainda mais deprimido.
Thor não estava procurando uma garota apenas pelo sexo, ele queria ter ao seu lado uma pessoa especial. E ele sabia que ela estava lá fora em algum lugar...
-Você não está gorda!
Jeniffer Benacci disse rolando seus olhos azuis para cima. Já era a terceira vez que ela repetia essa frase para sua amiga Jane Foster. Jane estava de pé na frente do espelho analisando seu corpo. O motivo de tanta preocupação era que Jane era uma bailarina clássica profissional. Ela não era do tipo neurótica, mas sua alimentação era muito balanceada. Jane evitava o máximo comer frituras e doces. Também não comia carne. Com 19 anos, seu corpo estava em perfeita forma: 1,62 de altura, 49Kg. Mas ela ficava se olhando no espelho, procurando uma gordurinha aqui e ali... Esse hábito dela irritava Jeniffer, que também era bailarina e estudava na mesma companhia de dança, uma das mais prestigiadas do país, e uma das mais caras também. Jane tinha muita sorte de ter pais que podiam bancar seus estudos. Seu pai, Thomas Shalev Foster, era neurocirurgião, sua Mãe, Judith, era dona de uma rede de lojas de cosméticos. Seus pais eram de orgiem Judaica, e se conheceram dentro de uma comunidade Israelita da região. Eles tinham muito orgulho de serem judeus e queriam que Jane continuasse a seguir suas tradições. O maior sonho de seus pais é que ela se casasse com um judeu. E eles até tinham encontrado um pretendente para ela. Seu nome era David Yaacov. Um rapaz de 23 anos muito bonito e elegante, que estava se formando em direito. Jane só saiu duas vezes com ele, uma para ir ao cinema e outra para passear no parque. Embora David ter dado suas investidas, o máximo que ela o deixou fazer foi segurar sua mão. Para seus pais, isso já significava o começo de um namoro. Mas a verdade é que Jane só saia com David para agradar a vontade deles, ela não sentia nada de especial por ele. E afinal das contas, Jane ultimamente estava mais preocupada em treinar para sua próxima peça de balé do que em David...
O quarto dela era o tipo de quarto que toda garota sonha. A cama box era coberta com um acolchoado com estampa em xadrez lilás, branco e rosa bem claro. Havia uma prateleira suspensa na parede onde ela guardava uma coleção de bonecas e ursinhos de pelúcia. Ao invés da parede ser coberta com posters de "boybands", havia posters dos mais consagrados bailarinos do mundo: Mikhail Baryshnikov, Svetlana Zakharova, Ivan Vasiliev, entre outros... Eles eram sua maior inspiração, e sua ambição era ser tão consagrada quanto eles um dia... Jeniffer suspirou, sentou na beirada da cama e começou a massagear seu pé direito.
-Já faz um tempinho que não saímos juntas né? O que você acha de irmos no cinema? Convida o David também... Ela disse com um sorrisinho travesso nos lábios, sabendo que Jane não gostava quando ela tocava nesse assunto.
-Não posso. Jane disse secamente. -Você se esqueceu que a próxima peça será daqui à duas semanas? Jane falava enquanto penteava seus cabelos na frente do espelho. -Eu preciso praticar mais!
-Jane... Jeniffer suspirou e colocou as duas mãos sobre o ombro dela, enquanto a olhava pelo reflexo do espelho. -Você já praticou o suficiente nesta semana! Vamos sair um pouco!
-Sinto muito, mas agora não posso. Jane prendeu seu cabelo num coque, pegou sua mochila e foi colocando suas coisas dentro dela com pressa. -Eu prometo que assim que nossa peça terminar eu saio com você tá? Jeniffer lançou-lhe um olhar desanimado, sabendo que a probabilidade disso acontecer era praticamente zero.
-Tá... tudo bem...
Jane deu um beijo no rosto da sua parceira de palco, e melhor amiga, e foi embora.
A companhia de dança na qual Jane fazia balé ficava aberta de portas abertas até tarde para qualquer aluno que quisesse ir e treinar. Só que naquele sábado à noite, ninguém além dela estava treinando. As vezes Jane se achava uma pessoa estranha. Enquanto todos estavam se divertindo por ai, ela estava dançando sozinha no meio de um salão vazio e silencioso. Mas ela sabia que isso tudo fazia parte do sacrifício, que tudo isso valeria a pena um dia.
Então ela tirou seu Ipod da mochila e pôs os fones em cada orelha. Ela sempre ouvia música de olhos fechados enquanto se alongava. Após alguns minutos de aquecimento, mesmo com o som no último volume, Jane arregalou os olhos e levou um susto com o barulho de algo se chocando contra a parede. Quando ela abriu seus olhos, viu um rapaz de costas quebrando uma parede com um martelo logo a sua frente. Imediatamente, Jane se levantou e foi falar com ele.
-Ei! O que você pensa que está fazendo?
O rapaz se virou e olhou para ela. Ele não tinha percebido que ela estava lá quando ele entrou.
-Me desculpe, eu não vi você... O rapaz disse num tom de "me desculpe". Jane abriu sua boca para xingá-lo, mas foi imediatamente hipnotizada pelos seus belos olhos azuis. Ele possuía um tipo de beleza que Jane nunca tinha visto igual. Embora fosse raro ver um homem com seu cabelo preso numa forma de "coque bagunçado", aquele rapaz ficava incrivelmente sexy com aquele look. Os dois ficaram se olhando em silêncio por alguns segundos, Jane sacudiu sua cabeça voltando para si, e limpou a garganta antes de falar.
-Porque você está quebrando essa parede? Não percebeu que eu estou ensaiando aqui?
O modo como ela falou com ele lhe causou um certo incomodo. Ele tentou ser cordial na primeira vez, mas ao perceber que ela estava levantando sua voz, o rapaz se defendeu:
-Só estou fazendo o que me pediram pra fazer. Agora se me der licença... Ele virou as costas para ela e continuou a quebrar a parede, ignorando-a. Jane abriu sua boca perplexa. Nunca conheceu um homem tão grosso. Ela queria continuar a ensaiar por mais tempo, mas como poderia com aquele idiota, insolente e arrogante por ali fazendo barulho? Jane deu um risinho nervoso e disse pegando sua mochila do chão.
-Babaca...
O rapaz parou de martelar a parede e olhou por cima do seu ombro enquanto Jane ia embora a passos largos. Com a intenção de deixá-la ainda mais "p" da vida, ele gritou bem alto:
-Prazer em conhece-la, meu nome é Thor!
Sem olhar para trás, Jane levantou seu braço esquerdo e mostrou seu dedo "médio" pra ele.
Ahhhh.. aposto que por essa Fic vocês não esperavam né? Por favor não deixem de comentar valeu?! Um abraço!
