É Tempo de Mudanças

Capítulo 1: O Encontro

- É isso! – gritou a kunoichi.

Sakura arrumou sua mochila e saiu sem avisar nada a ninguém. Não posso colocá-los em perigo se isso for um erro. Mas antes de sair, é claro, queimou alguns papéis e planos que havia traçado alguns dias antes.

Saiu à noite. Esperava que ninguém a visse. Alguns minutos se passaram até cruzar os portões e seguir rumo ao norte de sua vila.

Dois dias se passaram durante a empreitada. Sakura havia planejado seu trajeto através de uma pesquisa feita com possíveis relatos – os quais pegou "emprestado" da mesa de sua sensei - de quem havia visto Sasuke ou algumas suspeitas de seu novo-velho comparsa. Analisou possibilidades, mapeando lugares, entendendo se havia veracidade ou poderia ser engano. Por conseqüência de sua exaustiva pesquisa, ela já tinha quase certeza do local em que poderia ainda estar instalado seu ex-colega de time, ou pelo menos as redondezas do local.

Seguindo ao norte, a floresta estava cada vez mais densa. Deparou-se com algumas vilas, aldeias, que por "acaso" estavam inseridas nos relatos emitidos a Godaime por seus ninjas ou civis.

Estava exausta, mas provavelmente o local já estava muito próximo. Na manhã seguinte começaria a busca pelo possível esconderijo – visto que se de dia a floresta já era densa o suficiente para muito pouco enxergar, a noite seria ainda mais problemático. Instalou-se em um local que era mais ou menos protegido, era uma enorme pedra lascada horizontalmente, na verdade, a rachadura era tão profunda que poderia ser suficiente para ela poder dormir ali, e ficar um pouco menos exposta a algum eventual encontro prematuro com algum tipo de ninja, ou "O" ninja. Após deitar-se custou a dormir deparando-se mais uma vez com o medo, ansiedade e felicidade pela possível descoberta. Mas, ao pensar nos momentos bons que havia tido com aqueles seres que tanto amava, e o quanto valeria a pena estar ali se tudo desse certo, tranqüilizou-se fluindo uma boa energia dentro de seu corpo e ela pode enfim descansar.

Era manhã, deveria ser próximo às 10h00min, quando acordou e preparou suas coisas para seguir adiante. Ainda bem que, por sorte, descansou e nada demais aconteceu. Estou sozinha, mas eu consigo. Era necessário dormir, sabe-se lá o que poderia acontecer dentro de sua busca. Comeu uma maçã em seu café e levantou acampamento.

Fez um contorno na área tracejada mentalmente. Procurando qualquer coisa que pudesse evidenciar certa anormalidade, como alguma residência abandonada, templo, ou sabe-se lá o que, mas por fim, voltou ao lugar que estava antes, já estava quase escurecendo novamente. Entretida em seus pensamentos, sobre o que exatamente procurar não se deu conta do vulto há uns vinte metros a espreitando. Porém, a sombra fez uma tosse como para chamar atenção. Sakura gelou, temeu só de olhar. Não sabia se devia levantar seu rosto, se queria realmente levantar seu rosto. Foi retomando a coragem, que a empalideceu de vez.

Sakura não conseguia acreditar, não podia vê-lo totalmente, mas a forma como a sombra se tracejava era reconhecível, o cabelo parecia pontiagudo em várias mechas. Era ele. E ele, aparentemente não queria atacá-la. Ela sorriu ao mesmo tempo em que se petrificou. O vulto se aproximava. Foi então que ele disse:

- Já disse a vocês para não me perseguirem mais. – protestou ele, com um tom meio sarcástico.

A voz de Sasuke não era de raiva, era calma. Á primeira vista Sakura não entendeu. Ele vinha ao seu encontro. Como que para um abraço e ela mal podia falar. Foi então que, quando a imagem se tornou completa, ela disse:

-Sasuke-kun não conseguiria jamais abandoná-lo ainda que pudesse. – e foi até ele.

Em um sorriso receptivo, Sasuke consentiu seu abraço.

Sakura sentiu-se plena ao tocá-lo, e ele, de repente, a beijou. A kunoichi ficou perplexa pela situação, e emocionalmente realizada, posto que, há muito já havia desenhado mentalmente a ocasião. Porém sempre pensou que os lábios dele seriam mais quentes, aconchegantes e que não teria um gosto tão áspero, embora seu coração com batimentos muito acelerados denunciasse a vontade de realizar este primeiro beijo. De repente, tudo nublou e Sakura sentiu seu corpo pesado. O que está acontecendo comigo?- se perguntou ão, simplesmente seu corpo desmoronou.