Erros

Descrição: Ao longo de nossa vida cometemos erros. Alguns, mais graves que outros. Nem sempre, conseguimos nos perdoar. HitsuHina

Disclaimer: Blach, infelizmente, não me pertence... mas o Shiro-chan, ainda vai ser propriedade só minha. Vocês vão ver.

Legenda: "fala dos personagens" - "pensamentos"

Nota da autora: Vamos fingir que toda a confusão com os vilões, etc, etc, foram resolvida e está tudo na paz na Soul Society.

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Capítulo 1 - Consciência

Bem acima dos céus, uma sociedade feita somente de partículas espirituais, aparentando ser o Japão antigo, mas com paisagens mais belas e vivas. No centro de tudo, grandes muralhas brancas protegendo várias casas, também brancas. Apesar de toda aquela 'formalidade', ainda sim, haviam belos jardins por todo o canto do lugar.

Um jovem vestindo um kimono negro, com um casaco sem mangas branco, contendo o número 10 em suas costas, estava sentado embaixo de uma grande árvore. Olhava para cima, seus penetrantes olhos verdes se perdendo por algum lugar que nem ele mesmo saberia dizer ao certo. Em uma das mãos, segurava uma kanata, com um certo desinteresse.

Pensava em todos os acontecimentos, em especial um de um longo tempo passado. As grossas lágrimas derramadas por uma certa shinigami nunca sairam de sua mente. Se culpava por tudo. Era o culpado por tudo. Se sentia um fraco pelo acontecido, tendo simplesmente entregado de mão beijada a pessoa que mais queria para a morte. Era apenas uma questão de tempo para que ela viesse buscá-la.

Treinara tanto, jurara que jamais iria deixar que aquilo acontecesse... e aconteceu. Fitou sua espada, com a bainha manchada de sangue, e suas mãos cheias de ataduras. Depois do fatídico dia, treinava a espada até sangrar. Fortalecia sua energia espiritual até cair semi-morto no chão. Todos os dias. Se tornara um dos mais fortes taichous, mas ainda não achava o suficiente. Não conseguia se satisfazer. A sensação de inutilidade era muito grande.

Decidiu, por fim, se levantar, se dirigindo para o prédio da equipe 10. Passando pelos corredores do local, muitos lhe faziam reverências, ou o cumprimentavam, por pura cortesia. Ou seria temor? De uns meses até atualmente andava mais sério que um cubo de gelo. Até mesmo sua tenente fazia de tudo para não ficar muito tempo em sua companhia.

Parou em frente a uma porta, com selos espirituais nos quatros cantos. Com um pouco de força, abriu-a. Ficou, com pesar, a garota de cabelos negros, deitada em um futom, respirando com a ajuda de um tubo espiritual. O aparelho parecia não fazer diferença, uma expressão de agonia não abandonava aquele rosto angelical. Como sempre dizia, repetiu:

"Gomen, Hinamori..." - Hitsugaya, daquela vez, se atrevera a um pouco mais, acariciando o rosto de sua amiga de infância.

A admirava, mais do que tudo. Já haviam eliminado todos os inconvenientes que trataram de deixa-la naquele estado, mas os danos psicológicos eram tão graves que a impediam de recobrar a consciência. Temia que, todas as noites, enquanto todos se embalavam em sonos tranqüilos, Hinamori sonhasse com seu ex-capitão.

Sabia dos fortes sentimentos que ela guardava por ele, mas ainda sim, não sentia rancor por aquilo. Admitia sim, que tinha um grande ciúme por não ser o dono do pequeno e frágil coração da moça - que já poderia ser considerada uma devido aos poucos anos que se passaram. Suspirou, se retirando do local, não antes de murmurar:

"Durma bem..."

o.o.o

Era madrugada, e revirava de um lado para o outro do futom, até que abriu os olhos. Uma lágrima solitária rolou pela sua face. Se sentia tão imunda. Tão indigna de ser a dona do coração de um certo rapaz. Não sabia quanto tempo havia ficado ali, imóvel, apenas sonhando com aquele momento... cruel. Antes de desmaiar definitivamente, se lembrava de ver o seu amigo também caído no chão, com os olhos sem expressão, como se tivesse morrido.

Se levantou, reparando que estava mais alta e com o corpo mais definido. No pequeno espelho do canto do aposento, percebia como o seu rosto havia ficado mais maduro e belo. Chorou. Ainda tinha a cabeça doendo, não sabia por quanto tempo tivera aquele sonho ruim, que aparentava não acabar nunca. Mas, se o que havia visto fosse verdade, teria certeza de que estava realmente sozinha naquele mundo. Se sentou no chão, abraçando seus próprios joelhos.

"Eu... matei o Shiro-chan..."

Imaginando, viu uma moça tão infeliz quanto ela. Vestia um vestido negro, assim como os sapatos, e dançava. O que mais chamava a atenção, era que possuía o rosto igual ao seu. Assim como lha olhava fixamente, parecia chamá-la.

Hinamori por fim, se levantou, se juntando a dança, não sabendo como. Via no reflexo do espelho, a moça, ela, dançando e acabava por imitar os movimentos. Colocava as mãos em seu coração, passava-as por seus braços, rodava na ponta dos pés, girando com estes ainda abertos. Parava, olhava para o reflexo novamente e dava várias piruetas seguidas, com mais velocidade e precisão. Por fim, parou, assustada, sentindo a presença de alguém na porta. Se virou, não acreditando em quem via.

o.o.o

Era inacreditável. Acordara, cheio de relatórios para terminar, e resolvera parar novamente naquele quarto apenas para ver se estava tudo bem. Tinha um pressentimento. Não sabia se era algo ruim ou não, mas tinha que verificar se Hinamori estava bem.

Ao abrir a porta, silenciosamente, quase teve um infarto. Ela estava acordada, dançando, em frente ao espelho. Percebera as bochechas inchadas, com certeza estava chorando. Via seus cabelos voando a medida que girava e que o deixava hipnotizado. Ela parou e se virou para ele. Os olhos de ambos se arregalaram ainda mais, sem ninguém saber ao certo o que fazer.

"Shiro-chan..." - Hitsugaya viu que aquilo era realmente real. Céus! Como sentia saudades de ser chamado assim! - "Você... está vivo!"

Hinamori, sem ao menos medir as consequências de seus atos, se jogou nos braços do jovem, segurando sua veste com força, certificando-se de que ele jamais sairia dali. Já Hitsugaya, a abraçando com força, ainda não entendia o porque do susto em ele estar vivo. Veio em sua mente a possibilidade da idéia de que ela o tivesse visto caído no chão, atingido por Aizen. Se separou do abraço, fechando a porta atrás de si.

"Quando você acordou?" - Perguntou, a encarando.

"Não sei se faz muito tempo..." - Hinamori olhou em volta do aposento. - "Quanto tempo... eu fiquei aqui?"

"Alguns anos... que me pareceram uma eternidade."

Hinamori arregalou os olhos. Pelo visto havia se lembrado de alguma coisa. Olhou para Hitsugaya, que estava um pouco mais alto do que ela.

"Eu..."

Mas a frase não pode ser terminada. Seus olhos haviam se fechado e ela caiu inconsciente nos braços do Taichou à sua frente.

"Hinamori!"

Continua...

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Como sou viciada nesse casal... Me veio essa idéia. A fic não vai ter tantos capítulos, a não ser que me vanha mais alguma idéia além da reconciliação dos dois. Eu sei que o primeiro capítulo ficou minúsculo, mas foi apenas uma pequena introdução.

Dicionário:

Taichou: Capitão(a)

Gomen: desculpa

O dicionário foi bem pequeno, mas eu geralmente abuso até demais deles xD.

Essa fic vai retratar o sentimento de culpa que ambos tiveram, que pelo menos eu imagino que tenham.Não vai ser aquele drama exagerado, não se preocupem, prometo botar um pouco de humor pra vocês.

Ah sim, sem reviews, no atualização ;D

Espero que me deêm a opinião de vocês!

Abraços...

Hyuuga Thá