Elefantes Cor-de-Rosa
Disclaimer: Nada meu, tudo da J.K.
Aviso: slash
Sinopse: Você não tá vendo o elefante cor-de-rosa? Então vire mais um copo!
Shipper: Sirius e Remus
Tema: Embriaguez
N/A: Missão 30 fics Fanfic Br... já ouviu falar em falta do que fazer? É ela dá nisso!
N/B: Achando que o Sirius nem precisou do firewhisky pra virar um poço de mel. E não Moony, Elvis não morreu! Yeah! Baby! Yeah!
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Numa linda tarde de outubro, Sirius Black desperta de seu sono de beleza. Desperta da forma mais sutil que um balde d'água gelada em sua cabeça pode oferecer.
-PUTA-QUE-PARIU! – foi sua primeira frase matinal, ou melhor, vespertina.
-Olha o palavreado... – sorriu um rapaz loiro que ainda mantinha a varinha erguida levitando o balde virado.
-REM... – antes de terminar o balde caiu sobre sua cabeça.
O loiro sorria de orelha a orelha. Esperou um tempo e então sentou ao lado do moreno, secando toda a cama antes disso.
-Feliz Halloween!
-Precisava jogar o balde na minha cabeça?
-Não teria graça se fosse diferente... – outro sorriso.
Dois braços circundaram sua cintura e uma cabeça apoiou-se em seu ombro. O outro ressonava baixinho recostado em suas costas.
-SIRIUS BLACK VOCÊ ESTÁ ME MOLHANDO TODO!
-Não mandei você arrumar essa maneira delicada de me acordar, podia ter sido mais... hm.. sabe...
O loiro corou furiosamente.
-Não... não sei – gaguejou suavemente.
-Sei que sabe. Agora vem aqui me esquentar, vem.
Remus se ergueu rapidamente e caminhou até a porta. Estava mais vermelho que as cortinas das camas.
-Vou descer. Venha também, depois de se trocar – e correu escada abaixo.
Quando finalmente apareceu, a refeição já estava quase no fim. Ele sentou ao lado do loiro e de um rapaz que parecia que tinha um porco-espinho no lugar de cabelo. Passou a mão pela cintura de Remus e apoiou a cabeça em seu ombro.
-Foi acordado de novo? – o com o cabelo de porco-espinho perguntou.
-Sim, com um balde d'água.
-Ui, Remus você é mal!
-Não! Ele que não acordava de jeito nenhum. Eu tive que agir!
-Você tentou a maneira romântica? – um Remus vermelho e um Sirius emburrado tomaram seus postos.
-NÃO! – falaram em uníssono.
-Tá explicado. Hey, caras. Hoje eu e a Lily vamos dar umas voltinhas por aí, então não me esperem para o jantar... – e sorriu triunfante.
-Conhecendo sua namorada, senhor Prongs, no máximo você vai tirar poeira dos livros da biblioteca!
-Olha quem fala... – resmungou.
-Eu não sou assim! – Remus se defendeu.
-Você acordou seu namorado com um balde de água fria, você não tem moral nenhuma nessa discussão.
-Por que não falam de quando o Sirius me acordou colocando uma lagosta na minha cama?
-Porque aquilo foi imensamente criativo! – Sirius defendeu-se.
-Foi cruel e sádico – resmungo.
-Foi legal! – sorriso.
-Suas noções de "legal" precisam de reparos... – biquinho.
Sirius o puxou para um beijo. Prongs murmurou um "Argh", e um gordinho loiro que estava com eles apenas enfiou mais empadão na boca.
-Eufh vfhou safhir com Vfhivfhi!
-Não fale de boca cheia, Peter! É mais nojento que os caninos aí se engolindo! – Prongs brigou.
-Defhcufhpe, Jamefhs – e engoliu. – Eu vou sair com a Vivi. Por isso o Sirius e o Remus podem se engolir a vontade no dormitório.
-Esse é o meu Worm, prezando o meu namoro. – e deu um tapa estalado na nuca do garoto.
-Só não abuse, Sirius, eu não quero minha cama cheia de... você sabe o quê.
-Não, não sei não. Me diz, o quê? – perguntou com sua melhor cara de inocente.
-Só não faça aquelas coisas na cama do Remus que fica do lado da minha.
-Aquelas coisas? Que coisas? – não apenas James estava vermelho, mas Remus também. Ambos foram salvos pela chegada de uma ruiva à mesa.
-Ainda aqui rapazes? Vão perder o passeio a Hogsmeade.
-Lily! Meu anjo! Vamos, vamos! – e saiu correndo com ela.
Pouco depois Peter o acompanhou e Sirius se aproximou mais do namorado, apertando o enlace em sua cintura. Remus estava corado, porque, apesar de todo falatório de James, ele e Sirius nunca tinham avançado o sinal. Não que ele não quisesse, mas tinha medo, não de Sirius machucá-lo, mas dele não gostar do seu corpo, coisa e tal, o que de acordo com o próprio era um temor infundado, já que ele já vira o loiro nu diversas vezes, e em todas passara um tempinho a mais no chuveiro.
Terminaram o almoço e Sirius arrastou o namorado porta afora do salão, já que todos estariam em Hogsmeade. Aproveitando a situação, ele passou na cozinha e pegou "emprestadas" algumas garrafas de firewhisky da adega particular dos professores. Mais precisamente da de Slughorn. Então guiou o namorado até o quarto.
-Padfoot, acho que nós...
-Você não acha nada. Vai beber até cair para compensar o fiasco de me acordar com um balde de água congelada.
-Não exagera! Eu verifiquei a temperatura antes... – e corou.
-Hm... meu lindinho se preocupa comigo... Ah que meigo! – disse num falsete.
-Não começa... – resmungou.
-Mas é muito cuti-cuti! Dá vontade de apertar suas bochechas – fazia um biquinho engraçado. Remus deu um selinho nele e o empurrou escada acima. – Mas você é muito fofinho. Dá vontade de te apertar todinho, meu bebezinho fofo!
-Eu vou te ignorar se continuar assim.
-E fica uma gracinha nervosinho! – recebeu um tapa com moderada (leia-se muita) força. – Ai, Moony, não exagera, é só uma brincadeira, brincadeira... – e sentou irritado na cama.
Abriram uma das garrafas e conjuraram copos. Tomaram o primeiro de um gole, Remus tossiu pouco depois de engolir o que rendeu mais brincadeiras naquela vozinha de retardado que só Sirius sabia fazer.
-Então? – Remus perguntou.
-Então que você tá sentado há quilômetros de mim, e eu tô aqui sozinho e carente... – então pulou para a cama em que ele estava, que infelizmente era a de James, mas ninguém contaria isso a ele. – Agora me beija.
-Acho que eu ainda estou sóbrio demais... – suspirou.
-Você é tãããããão lindo assim timidozinho...
-Não comece! – rosnou.
-Vá lá, Rem, você não é nenhuma criancinha pura e inocente, eu lembro muito bem do que suas mãozinhas divinas já fizeram no meu corpinho.
-SIRIUS!
-Quê?
-Eu estava bêbado naquele dia.
-Mas e no seguinte?
-Poção para ressaca... me deixa meio estranho, lembra?
-E no seguinte?
-Eu bebi minha própria poção na aula do Slughorn.
-E no seguinte?
-Você ganhou uma Felix Felicis.
-E no seguinte?
-Ah... Er... Hm... Sonambulismo? – riso sem graça.
Gargalhando Sirius o beijou, o empurrando contra a cama.
-NÃO!
-O que foi agora?
-Não tão rápido.
-Remus! Pára de agir como uma virgem. A gente faz isso sempre.
-Mas... é que... essa é a cama do James e ele pediu...
-Quem liga pro Jimmie? Ele não vai saber mesmo, a gente usa um feitiço de limpeza depois.
-Mas... – e de repente havia um copo em sua frente.
-Vai virando, você tem razão quando disse que está sóbrio demais.
Depois do quarto ou quinto copo, Moony aceitou ser empurrado contra a cama e nem ligava muito para a mão atrevida entre suas pernas. Mas quando o namorado tentou tirar sua calça ele se ergueu subitamente.
-Vira mais. – outro copo foi empurrado em sua frente.
-Você vai ser canalha a ponto de transar comigo quando eu estiver bêbado?
-Ah, não! Eu nunca faria isso... – sorriso malicioso. – Eu também vou estar bêbado, é como dizem... cu de bêbado não tem dono!
-SIRIUS!!! – gritou ao terminar a bebida.
-Quê? Toma mais um copo.
A garrafa havia chegado ao fim quando fora empurrado novamente contra a cama. Sirius dessa vez tentou ir devagar arrancando sua camisa primeiro para então tentar a calça, mas novamente ele levantou assustado. Quando a segunda garrafa estava pela metade, aí sim Remus estava meio que "não me importo". Sirius sorriu brevemente e se pôs ao trabalho de tirar a calça do namorado arredio. Mas as constantes gargalhadas de Remus o impediam.
-Quê? – murmurou irritado.
Ele não parava de rir para poder responder.
-QUÊ?
-Você nãotá vendo o elefante cor-de-rosa?
-Não! – e ergueu uma sobrancelha. Remus tomou mais um copo.
-Tem certeza? Ele tem uma peruca que parece o cabelo do Snape e usa um tutu pretinho. Acho que ele até deve se chamar Snivellus! – e voltou a rir.
Sirius irritado empurrou o namorado de novo para a cama, que voltou a gargalhar.
-Quer parar de rir? Isso tira o tesão todo!
-Ok, eu paro – silêncio. Gargalhada. – Não consigo! Ele tá rebolando! – lágrimas caiam do canto dos seus olhos.
-Tem algo errado com essa bebida... – analisou, analisou. Nada. – Não é possível, tem que ter algum alucinógeno!
-Ele tá imitando o Elvis! – gargalhada. – O ELVIS NÃO MORREU! – e começou a correr pelado pelo quarto gritando.
-REMUS JOHN LUPIN!
-O ELVIS NÃO MORREU! YEAH!
Sirius correu atrás do namorado. Até finalmente alcançá-lo e o colocar deitado na cama. Sentou ao seu lado e começou a ler o rótulo da bebida.
-YEAH, BABY, YEAH! – Remus gritava para o tal elefante.
De repente ele ficou calado. Sentou na cama e ficou olhando algum ponto acima da cabeça de Sirius. De início ele ignorou, mas logo a curiosidade superou.
-Quê?
-Ele tá fazendo o juramento honorável do clã Elvis Forever! Hey, hey, hey, ELVIS NOSSO REI! – e voltou a correr por todo o quarto. Pela segunda vez foi colocado no colchão praticamente arrastado por Sirius. –VIVA A ANARQUIA! EEEEEEEEEEEEEEH!
-Anarquia? Essa é nova, tudo bem que você escutar o Elvis eu sabia... Mas anarquia?
-Anarquia não é uma bebida? – Remus perguntou confuso. Sirius revirou os olhos.
-NÃO!
-Mas o Phanphan...
-Phanphan?
-É, o elefante, ele disse que anarquia era bom com gelo e limão...
-ISSO É COCA-COLA!
-Não, coca-cola é uma forma de poder...
-Isso é anarquia.
-Você está me confundindo... PHANPHAN ME AJUDAAAAAAAAA! – e desmaiou na cama.
Sentado ao seu lado Sirius caiu cansado sobre o namorado nu. Ele não reparou que no fundo da garrafa tinha um pequeno adesivo que dizia: "Cuidado com os elefantes cor-de-rosa".
FIM
