P.U. O (Pós Último Olimpiano)
Primeiro Capitulo: Lembranças.
A maior parte do ano eu não vi as meninas. Eu estava muito feliz porque no dia seguinte iria para o acampamento. Sabia que, como meio-sangue, as minhas expectativas nem sempre eram atendidas.
A minha escola não era uma das melhores para se manter protegido de monstros, mas, acredito que qualquer um ficaria zangado quando se solta um ou dois comentários sobre você. Principalmente quando o assunto não são elogios.
Minha mãe não havia largado a mania da comida azul mesmo Paul achando meio esquisito. Uma coisa que eu acho de Paul. Ele é completamente o contrario do Gabe. Quando ficamos perto dele até esquecemos aquele asqueroso padastro. Não que eu realmente precisasse de um. Para mim eu e minha mãe poderíamos viver sozinhos sem nenhum problema, mas todos os dias via um grande sorriso em seu rosto e não podia negar que, por mais que seja um professor que pega muito no meu pé, ele deixa minha mãe feliz e isso é maior que qualquer presente do mundo (até mesmo a imortalidade).
Quando eu acordei me arrumei rápido para não me atrasar. Não queria me atrasar no melhor dia do ano. Quando fui para a cozinha tomar meu café da manhã, Paul e minha mãe estavam sentados na mesa com uma cara séria. Não estavam conversando, mas o clima estava tenso.
Não estava muito animado para saber o que tinha acontecido, porque provavelmente era ruim, mas mesmo assim eu perguntei. "O que aconteceu?"
"Uma coisa muito, muito ruim querido. É sobre... humm... Annabeth." Disse minha mãe cautelosamente.
Quase tive um surto. Eu sei que às vezes eu exagero, mas eu e Annabeth nos tornamos íntimos demais e não suportaria qualquer arranhão nela. "O QUE ACONTECEU COM ELA?" Gritei.
"Querido talvez você devesse se acalmar..."
"Me acalmar? Ela quase se matou ano passado! Tentando me salvar! Você acha que eu irei me acalmar?" Interrompi-a.
Tá legal pode me chamar de escandaloso, mas não posso negar que tenho uma forte ligação com Annabeth e depois que começamos a namorar nós estávamos mais juntos do que nunca.
Eu me sentei e respirei fundo. Minha mãe passava a mão em meus cabelos. O relógio tocou. Já estava na hora de eu ir para a escola e o Paul também. Ele sempre me dava carona então não poderia faltar. Antes de sair de lá, voltei ao meu quarto e peguei a Contracorrente. De algum modo senti que não voltaria mais.
