Título: One word love, curiosity
Shipper: Jasper e Bella
Classificação: M
Disclaimer: As personagens pertencem exclusivamente à escritora Stephenie Meyer. Se pertencessem a mim, Jasper seria meu Major exclusivo.
One word love, curiosity
Parte I
Jasper
Isabella Swan. A humana apaixonada pelo meu irmão. A humana com o cheiro do sangue mais delicioso, apaixonada pelo meu irmão. Isabella Swan era algo intrigante para qualquer vampiro. A humana mais desorientada que eu havia conhecido. Era apaixonada e apaixonante. Tinha uma capacidade fora do comum para atrair o perigo, a começar pela família em que estava entrando. Como alguém consegue ficar calma quando tem sete vampiros à sua volta que não experimentam sangue humano há anos? Isabella Swan ficava, e esse foi seu erro.
Não que ela tivesse que ter medo de Edward. O meu irmão era muito puro e casto para tentar atacar seu amor verdadeiro. Já eu não fazia muita questão de me controlar quando ela estava por perto. Alice sabia da minha fraqueza, mas confiava plenamente em mim. E sua confiança, eu nunca poderia machucar. Era esse o motivo principal que me refreava. Até chegar o dia do aniversário desastroso de Isabella.
Ao ver a pequena gota de sangue sair do dedo fino e delicado, quando o cheiro chegou ao meu poderoso nariz, eu não pude me controlar, o animal adormecido dentro de mim por tantos anos acordou, fazendo o Jasper que ninguém conhecia aparecer instantaneamente.
Edward me jogou em cima do piano. Do seu querido piano. A única coisa que eu queria, era o sangue dela descendo pela minha garganta. Mas quando Alice chegou perto de mim, e eu senti o seu cheiro e suas mãos delicadas pegarem o meu rosto, um pedaço do Jasper Hale voltou à tona, e eu vi o que estava fazendo. Antes que o impulso animalesco me fizesse avançar na humana novamente, eu fechei meus sentidos para o Jasper Whitlock e deixei Emmett me conduzir para fora da casa.
Dois anos e muito sofrimento depois. Isabella estava no cômodo acima do que eu estava, há exatamente dez metros. Seu cheiro inebriava a sala. Mas depois de deixar Alice enfrentar os Volturi, lutar contra vampiros recém criados e aguentar Edward emanando culpa, eu acho que seu aroma era um fato que eu podia driblar tranquilamente.
Não que eu não gostasse dela. Mas eu acho que Isabella era um imã para problemas. E isso envolvia minha família, consequentemente Alice.
O que mais me irritava agora, não era seu cheiro, que tirava minha atenção. E sim as emoções que Isabella estava emanando. Indecisão, insegurança, medo e principalmente ansiedade. Coloquei minhas mãos nos cabelos e abaixei a cabeça quando uma nova onda de ansiedade me arrematou por inteiro. De longe escutei Alice e Esme discutindo a cor dos guardanapos e revirei os olhos. Quem ia se importar com a cor dos guardanapos se a mesa estivesse cheia de comida? Humanos eram assim. Já nós vampiros, ironicamente, íamos ficar rodeados de comida, mas não íamos poder comer nada.
O casamento de Edward e Isabella estava chegando, e a família Cullen focava a atenção inteira para o evento. Esme e Alice estavam preocupadas demais com a decoração. Rosalie, mesmo relutante, ficava com os olhos brilhando ao ver o vestido de noiva. Eu sabia o motivo. Seu passado inteiro era o culpado disso. Edward estava preocupado demais com a lua-de-mel. Sorri com isso, meu irmão era muito casto para um vampiro. Carlisle não mudou muito a rotina, trabalhava o dia quase todo no hospital. Emmett revezava em caçar e desorientar Rosalie quando falava que Isabella estaria linda no casamento.
Disso eu não duvidava. Eu sabia que ela tinha potencial para ficar bonita a hora que quisesse, bastava ela querer. Alice ainda tentava algo, mas Isabella tinha uma capacidade enorme de querer ser a humana deslocada no meio dos vampiros perfeitos. Ela não tinha vaidade, não gostava de roupas femininas e estava sempre de calça jeans. A calça jeans apertada, que acentuava as formas do seu corpo, que não eram vistas por outros olhos, mas que existiam e não passavam despercebidas ao meu olhar. Meu olhar masculino.
Não sabia se Edward via como sua futura esposa era deliciosa no sentido da carne, e não no sentido do aroma. Mas eu sabia disso. E precisei de alguns dias de treinamento para bloquear meus pensamentos em relação a ela, e Edward não me escutar. Ele nunca me escutava. Eu estava livre para pensar sobre tudo.
Sobre como eu achava tola essa ideia de casamento para a transformação. Sobre como eu achava ridículo Edward querer Isabella em forma humana. Sobre como eu achava patética toda aquela expectativa para o evento. Não percebiam que poderiam fazer um casamento quando quisessem?
Levantei-me do sofá que estava há horas e passei as mãos nos cabelos, caminhando em direção à cozinha, onde Esme estava pendurada no telefone e Alice rodava igual uma bailarina, depositando flores em um jarro azul. Revirei os olhos quando minha esposa saltitou até mim, beijando a ponta do meu nariz.
- Anime-se, Jazz! Teremos um casamento daqui a três dias!
Eu sorri para ela, sua felicidade era contagiante. Era algo que eu poderia ver todos os dias da minha eternidade e nunca me cansaria. Esme colocou o telefone no gancho e suspirou, olhando para Alice.
- O contrato está feito. O bolo chegará no momento certo. Onde estão Rosalie e Emmett?
- Estão cuidando do vestido. Aliás, Rose está tentando, Emmett está a importunando.
Minha esposa falou e eu reprimi uma risada, se o casamento de Isabella fosse marcado para dali a uma semana, Emmett seria desmembrado pela esposa. Voltei minha atenção para a janela e vi o sol se pondo, ou o projeto de sol. Incrível como Forks nunca era iluminada diretamente pelos raios solares. Conveniente demais pra qualquer vampiro, mas ao mesmo tempo, entediante. Eu gostava da sensação do calor penetrando na minha pele fria.
Caminhei em direção à varanda, pensando seriamente em tirar umas férias de três dias e fugir por um tempo até o casamento passar. Alice me mataria por isso. Concluí mentalmente que eu não conseguiria fugir do constrangimento que era uma multidão de Forks em nossa casa, admirada com tudo o que Alice tinha preparado. Suspirei e olhei para a floresta. Há quanto tempo estava sem caçar? Eu teria que caçar se quisesse aguentar os aromas diversificados dos humanos que iriam me rodear.
Peguei impulso para pular para a floresta, decidindo correr um pouco para arejar minha cabeça, quando escutei uma conversa um tanto quanto particular de Edward e Isabella. Eu não queria ouvir, mas a curiosidade era mais forte quando se tratava da vida íntima do casal. Apurei meus ouvidos, Edward falava baixo, sabia que qualquer membro da família poderia escutar se falasse mais alto, só não sabia que um vampiro estava inconvenientemente na varanda.
- Por favor, Edward...
- Bella, meu amor, sabe que não posso...
- Eu confio em você.
- Eu poderia te matar.
- Sei que não me mataria.
A voz dela saía estrangulada e Edward parecia um pouco nervoso devido ao seu autocontrole. Eu escutava tudo com atenção quando uma onda de desejo me atingiu e eu cambaleei na varanda. Era forte, e viva. Eu tinha certeza de sua origem. Edward nunca teria um desejo tão intenso quanto Isabella. Ela parecia decidida em tentar consumar seu amor de todos os modos com o vampiro. E parecia desesperada por seu noivo ser puro demais. Eu sorri com isso. Edward não fazia jus a nós, vampiros, seres impregnados de luxúria.
Escutei um barulho de passos no cômodo acima e julguei ser necessário sair da varanda. Edward saberia que eu escutei a conversa do casal se me visse ali. Uma onda de decepção pairou no ambiente e eu pulei para fora da casa no momento que ele aparecia na escada. Corri em direção à floresta, determinado a não me deixar ser influenciado pelas emoções intensas de um humano. Eu aguentava tristeza, decepção, ansiedade e até raiva. Mas desejo era algo com que meu eu vampiro não estava acostumado. Eu não conseguia reprimir o meu, quem dirá de uma humana.
As árvores passavam como um borrão verde ao meu lado, eu corria com velocidade. Sentia os animais se afastarem do predador, mas não sentia sede. A onda de desejo ainda impregnava meu corpo e eu parei desnecessariamente para pegar fôlego e pensar sobre o assunto. Por que Edward não queria passar a noite com Isabella? Será que seu controle era tão fraco a ponto de ele a quebrar ao meio quando estivesse em cima dela? Eu sabia que ela era frágil, mas se um vampiro consegue controlar sua força para pegar um copo de vidro sem quebrar, ele consegue transar com um humano. Eu achava, nunca passei por tal experiência.
Deitei na grama da floresta e olhei para o céu, que já estava coberto de estrelas, e refleti sobre tudo o que a família Cullen tinha passado desde que Isabella entrou em nossas vidas. Alice ficava feliz só pelo fato de vesti-la. Rosalie a odiava. Edward a idolatrava. Emmett a adorava. Carlisle e Esme tinham um carinho enorme. E eu? Bom, eu, Jasper, sempre a via como um pedaço de carne. Mas com o passar do tempo, ela não era um copo de sangue igual eu pensava, ela era uma mulher. Uma mulher com formas, boca bonita, cabelos longos e seios redondos. Minha calça se apertou e eu me assustei com a reação. Isabella não poderia me excitar. Levantei-me de um pulo e passei as mãos pelo cabelo. Isabella poderia me excitar. Ela era uma mulher bonita, e desejável. Apenas Edward não via isso. E Emmett, e Carlisle. Merda. Pelo menos Jacob sentia o mesmo que eu, se tratando de atração. Ela era intrigante, e um pouco nova, mas... Deus, ela era virgem.
Minha boca salivou com a palavra e eu dei um soco em uma árvore, abrindo um buraco no tronco de madeira e fazendo um barulho ensurdecedor. Comecei a andar de um lado para o outro. O que estava pensando? Isabella era humana, e futura esposa do meu irmão postiço. E amiga de Alice. E Isabella era... Isabella.
Balancei a cabeça negativamente e fechei os olhos com força tentando não pensar em seu corpo dentro da calça jeans e das blusas de malha justa. Respirei fundo.
"Por favor, Jasper".
A voz carregada de desejo penetrou a minha mente e eu me assustei. Sabia que isso era uma alucinação. Mas a voz cantando o meu nome, me pedindo um favor delicioso, fez com que minha calça se apertasse mais ainda. Eu não tive escolha. Desabotoei o jeans e desci a calça alguns centímetros. Centímetros suficientes para conseguir me envolver com minhas mãos e fazer os movimentos que eu pretendia, saciando momentaneamente a minha luxúria excessiva.
Andava em velocidade humana pela floresta com a cabeça baixa, fitando o chão. Horas atrás eu tinha me tocado pensando na garota que eu veria daqui a alguns minutos. O que havia me dado? Eu sempre fui um vampiro com um desejo e excitação fora do comum, mas nunca poderia achar que chegaria a ponto de fazer o que eu tinha feito. Lavei as mãos no rio, tirando o cheiro que estava as impregnando, apagando as provas. Respirei fundo quando vi a casa branca surgir diante de mim, fazendo um buraco entre as árvores, e andei em direção à porta.
Quando entrei na casa, ela estava vazia. De momento parecia vazia, por assim dizer, mas quando dei passos longos e ironicamente cansados para a cozinha eu vi Esme com Alice, ambas de roupas de viagem e com duas malas pequenas na porta.
- O que é isso?
Perguntei surpreso e Alice caminhou em minha direção com seu sorriso de fada e seu corpo pequeno. Meus braços envolveram minha esposa e ela depositou um beijo rápido na minha boca.
- Estamos indo para Seattle fazer algumas compras necessárias para o casamento, Jasper.
A informação me pegou de surpresa. Mas que merda, não era o suficiente ficar horas no celular e no telefone encomendando coisas para a cerimônia? Alice pareceu ler a expressão no meu rosto.
- Algumas coisas não são achadas facilmente, Jazz.
Levantei as sobrancelhas para as duas vampiras em um gesto incrédulo e Esme pegou as malas, caminhando até a porta.
- Vamos, Alice. Carlisle irá nos levar para o aeroporto antes de voltar para o hospital.
Alice sorriu para a mãe adotiva e saltitou até mim, me beijando e apertando meu queixo.
- Vejo você amanhã.
Dei um sorriso desanimado para ela antes de vê-la sair pela porta junto com Esme e Carlisle. Aeroporto? Para Seattle? Não era mais fácil correr? Bom, eu não tinha nada com isso. Não queria me envolver com esse casamento. Aguentar as emoções de Isabella já estava sendo tarefa difícil demais, ajudar nas compras para decorações era pedir demais. O nome da garota me fez lembrar o ocorrido da tarde. Isabella ainda estava no quarto de Edward, com ele. O que estariam fazendo? Brigando? Ela estaria com raiva? Eu estava longe demais para captar qualquer sensação vinda do cômodo. Meus pensamentos foram cortados por passos apressados e empolgados descendo as escadas. Emmett tinha Rosalie no colo e um sorriso no rosto.
- Vamos sair, voltamos depois.
Eu revirei os olhos. Se tivesse um casal no mundo que gostava de sumir por horas a fio, esse casal era Emmett e Rosalie. Não sabia como meu irmão aguentava a loura. Nunca tinha conhecido uma vampira tão mesquinha como Rose. Passei as mãos nos cabelos e subi as escadas, com o objetivo de andar até o quarto e tomar um banho.
Estava andando pelo corredor quando escutei a voz de Isabella sair do cômodo da esquerda. Parei rapidamente, tempo suficiente para escutar Edward.
- Não quero deixar você sozinha.
Vinquei a testa para a frase que havia escutado e dei de ombros, caminhando em direção ao meu quarto. Comecei a tirar as roupas do corpo, jogando-as no chão e aproveitando que Alice não estaria em casa para brigar com esse feito. Tirei minha boxer e a joguei em cima do monte de roupa. Caminhei nu para o banheiro e abri o chuveiro, fazendo a água quente cair por cima do meu corpo, relaxando-o. O box já estava embaçado e eu pensava em tudo o que eu havia pensado sobre Isabella naquela tarde, quando senti o cheiro característico de Edward penetrar meu nariz. Fechei meus pensamentos rapidamente e agradeci mentalmente o treinamento feito por dias. Desliguei o chuveiro e peguei a toalha para me enxugar.
Passei a toalha pelo meu corpo e pelo cabelo, amarrando-a na cintura, e respirei fundo para encarar meu irmão, que eu já sabia estar atrás da porta, sentado do lado esquerdo da cama. Abri a porta e tive a minha confirmação. Sorri internamente. Meus sentidos eram aguçados demais.
- Preciso conversar com você.
A voz de Edward saiu calma e eu assenti com a cabeça indo em direção ao armário para pegar a minha roupa.
- Sim.
Ele olhou para a porta do meu quarto, me dando uma privacidade desnecessária. Eu vesti minha boxer, um jeans escuro e uma blusa preta de malha. Coloquei um tênis da mesma cor que a blusa. Edward não questionava mais o fato de não conseguir ler meus pensamentos. Para falar a verdade, acho que ele agradecia o fato. Em uma véspera de casamento e morando com três mulheres e convivendo com outra, humana ainda por cima, ler pensamentos devia estar enlouquecendo meu irmão.
- Preciso que fique com Isabella por um tempo.
Eu quase engasguei com o ar que eu respirava quando ele fez o pedido. Mas mantive meu corpo parado e ouvi com atenção. Assenti para ele e ele caminhou até a porta. Eu sabia que ele não estava no meu quarto apenas para pedir isso.
- Jasper, confio em você. Sei que não vai fazer nenhum mal a Bella, mas poderia ficar no primeiro andar?
Eu fui pego de surpresa com o pedido. É claro que eu ficaria longe. O cheiro dela era ótimo, mas as emoções dela estavam me deixando louco. E depois do incidente na floresta, creio que eu não gostaria de vê-la tão cedo. Assenti para ele, um pouco chateado pela falta de confiança total.
- Vou falar com ela que irei caçar.
Ele saiu do meu quarto e eu o segui. Vi-o entrar no quarto e segui diretamente para a sala, ligando a TV e pegando o controle remoto. Passei os canais tediosamente procurando algo que eu nunca tinha visto nos meus quase cento e cinquenta anos. Pensando melhor, agora eu entendia a fala que tinha escutado vindo do quarto. Isabella devia ter insistido para Edward ir caçar. A insistência do meu irmão em ficar com ela era irritante. Quem deixaria de se alimentar por tanto tempo? Edward Cullen. Claro. Era perigoso ele ficar dessa forma perto de uma pessoa que tinha sangue correndo pelas veias. E ela deve ter visto suas olheiras fundas.
O barulho dos passos dele chegou aos meus ouvidos e eu me virei.
- Não vou demorar, duas horas no máximo.
- Não tenha pressa. Você precisa caçar, Edward, sua fome é muita.
Ele assentiu para mim, olhando para o chão.
- Então volto daqui a três horas. Quatro no máximo.
Eu sorri, o encorajando. Ele saiu pela janela, correndo em direção a floresta. Eu sabia que ele iria longe. Sua preferência por leões da montanha faria com que ele demorasse um pouco. Bufei, jogando meu corpo no sofá e olhando para o teto. Eu estava só. Aliás, eu estava com Isabella... sozinhos.
Uma sensação de curiosidade tomou meu corpo e eu caminhei em direção ao quarto de Edward em passos silenciosos demais para humanos ouvirem. A porta estava encostada. Eu escutei a respiração pesada dela e seu coração acelerado. Vinquei a testa, era uma combinação incomum. Abri a porta um pouco, o suficiente para meus olhos captarem a imagem da garota deitada na cama, com os braços abraçando as pernas, e chorando.
Grossas lágrimas corriam pelo rosto dela e ela tremia ligeiramente. Os soluços preenchiam o quarto e eu tive que fazer um esforço enorme para não entrar no cômodo e confortá-la quando uma onda de tristeza, decepção e rejeição me arrematou. O que o merda do Edward tinha feito agora?
Puxei a porta novamente e a encostei, deixando Isabella sozinha para pensar e desabafar. Desci as escadas e voltei para o sofá, me sentando e olhando para a TV, que agora passava um filme de vampiros. Irônico. Irônico e ridículo. Deitei minha cabeça no encosto do sofá e fechei os olhos. Seria uma noite longa. As emoções da garota agora estavam fracas, e eu agradeci por isso. O cheiro do seu sangue ainda me incomodava, mas não a ponto de me preocupar.
Alguns longos e intermináveis minutos se passaram quando eu escutei um movimento no cômodo acima. Ela parecia se mexer na cama, inquieta. Abri minha audição tentando descobrir o que ela estava querendo quando uma onda de desejo mais forte do que a anterior passou pelo meu corpo. Inferno. Essa humana não sabia o que estava fazendo? Mordi meu lábio quando a onda foi se intensificando e minha calça ficou apertada novamente.
Não. De novo não. Coloquei uma almofada em cima da saliência que era óbvia e a apertei, tentando em vão causar alguma dor e fazer com que minha excitação diminuísse. Se ela não parasse com isso, eu ficaria louco.
Os passos dela agora eram audíveis e eu a escutei descendo as escadas. Fiquei imóvel. O abajur estava aceso e a sala estava clara o suficiente para ela me ver. Ela caminhou em direção à porta de vidro e olhou para fora da casa, para a floresta. A onda de desejo ficou mais forte com sua presença e ela começou a andar de um lado para o outro, quando se virou para o sofá, percebendo pela primeira vez que a TV estava ligada. Seus olhos passaram pelo aparelho e procurou em vão o controle em cima da mesa. Ela não acharia. O controle estava na minha mão.
Ela não me viu. Isabella passou as mãos pelos cabelos e eu achei melhor não falar nada, ou poderia assustá-la. Suas mãos delicadas agora passavam pela cintura e eu vi Isabella relutante em acariciar seu próprio seio. Merda. Ela ia se tocar na minha frente? Eu tinha que impedi-la de alguma forma.
Aumentei a TV e mudei o canal. Seus olhos olharam assustados para o aparelho e pousaram pela primeira vez no sofá. Ela me viu. E se assustou. O coração se acelerou, bombeando o sangue tentador para todo seu corpo. Ela não sabia que eu estava na casa? Ao julgar pela sua expressão assustada e a confusão emanando do seu corpo junto com o desejo, ela achava que estava sozinha na casa dos Cullen.
- Jasper?
Sim, minha linda. Jasper.
