O edifício estava silencioso, provavelmente já não havia ninguém no seu interior. A pressa que ela sentia era imensa mas queria terminar as suas tarefas pendentes. Já não faltava muito para se deslocar ao tão desejado destino. As incertezas pairavam na sua cabeça mas quem disse que ter consciência era sinal de concordância com a razão?

No escritório ele continuava aguardando a sua chegada. Ela viria e ele não tinha a menor dúvida. A ânsia que sentia no momento era enorme. Imaginar as sensações que por aí viriam era algo extremamente delicioso. Aquilo não poderia ser errado, era bom demais para que pudesse haver alguma punição.

A bebida que ele degustava foi pousada com cuidado na sua secretária de vidro. A cabeça caiu para trás da cadeira onde ele a esperava pacientemente. Ela estava perto, ele sentia. Os seus olhos fecharam e o calor o consumiu.

- Aqui estou eu, como pediu – falava junto à porta.

- Entre e feche – os seus olhos cobiçavam o corpo magnifico da mulher à sua frente.

- Eu não tenho tempo a perder – disse quando chegou ao seu lado.

- Isso é óptimo porque eu também não – o impulso dele foi maior que o dela e sem dificuldade a morena foi colocada ao seu colo.

O primeiro beijo que trocaram foi feroz, faminto de algo que nenhum dos dois sabia explicar o quê. O atrito dos seus corpos despertava o lado mais selvagem de cada um. Ele foi passando, descaradamente, a mão por todo o físico dela e a única coisa que recebia em troca eram os gemidos sôfregos que saiam sucessivamente da sua boca. Dizer que estavam ávidos um do outro era pouco. Os beijos continuavam a ser intensos e ambos se tocavam entusiasticamente.

- Eu quero ouvir você dizer o que quer de mim – sussurrou ao ouvido dela – Me diz, agora – mordia o lóbulo da sua orelha esquerda.

- Eu quero você – respondeu-lhe com dificuldade – Errr, por favor – a sua respiração descompassada era notória.

Ele sorriu torto, do jeito que ela amava, e sem mais delongas puxou-a para mais perto de si e retirou sem algum cuidado o vestido que ela usava. Os seus olhares não demoraram a encontrar-se novamente. O seu mostrava luxúria, desejo e admiração. O dela mostrava paixão, submissão e excitação. A sanidade mental dele foi pelos ares quando observou a nudez completa da mulher ao seu colo. Cada pedacinho do seu corpo estava ainda melhor do que ele se lembrava.

Sentou-a na mesa para retirar rapidamente as suas vestes. A atracção entre eles era mais do que evidente, a gravidade não os deixava estar separados e ambos sabiam disso. Ele chegou perto e se preparava para avançar. Os preliminares teriam que ficar para outra altura pois a situação estava fora do controle. As suas intimidades roçaram e os gemidos que se ouviram desta vez eram das duas partes.

Estava quase, era só um mais um segundo para que se completassem mais uma vez. Sorriram um para o outro sabendo o momento que se seguiria e assim que ele tentou fundir os seus corpos, as batidas na porta surgiram.

Os olhos abriram subitamente. Tudo não passara de uma ilusão que no entanto parecia ser bem real. Ela estava do outro lado da porta e se dependesse dele o pequeno sonho de anteriormente seria posto à prova.

- Entre – disse seguro.

Observou a porta abrir e a mulher que povoava a sua cabeça apareceu diante de si. Linda e extremamente sexy como sempre. O vestido que usava era praticamente igual ao da sua fantasia e concluiu que as suas preces teriam sido ouvidas.

- Edward – a voz finalmente saiu da boca dela.

- Bella, minha doce e excitante Bella.