Surviving in the Hell

O mundo mudou.

O planeta Terra já não é mais como antes. No ano de 2150 a NASA descobriu vida em Marte e com isso cresceu a esperança de habitar outro planeta. A descoberta trouxe soluções para vários problemas criados pelos humanos, mas também trouxe bastante revolta. A população dividiu-se entre os que queriam ir embora e ter a oportunidade de recomeçar e os que queriam ficar.

Passaram-se duzentos anos até que tudo estivesse organizado em Marte e a população enfim pudesse partir para viver suas novas vidas.

Mais de trezentas naves partiram rumo ao desconhecido e menos de 10% da população ficou para reestruturar o que ficou para trás.

FICHAS ABERTAS!


Planeta Terra – Ano 2850

Contavam-se histórias sobre este lugar. Histórias que faziam qualquer um ficar com os olhos brilhando. A Terra era revestida por uma camada verde de florestas e quando a chuva beijava-lhe as suas raízes, subia aquele cheiro maravilhoso de terra molhada. Falava-se também do mar, um lugar maravilhoso onde seus olhos se perdiam em uma vastidão de tonalidades azuis e verdes. Era possível admirar o sol se pondo por de trás do mar e o horizonte ficar alaranjado de tanta vergonha por estar escondendo aquele brilho intenso.

Infelizmente esses dias de glória acabaram.

O ser humano não soube aproveitar o que lhes foi dado e quando quiserem fazer alguma coisa, já era tarde demais.


O vento forte e quente que vinha do sul açoitava areia vermelha para todos os lados. Era difícil caminhar naquele lugar tão arenoso, mas para chegar na única fonte de água que ainda restava naquele lugar, você era obrigado a correr certos riscos.

- Vai demorar muito ainda?

- Umas meia hora. - respondeu ao mesmo tempo em que tirava uma mecha loira da frente dos olhos.

- Você podia ter chamado outra pessoa para vir com você.

- Por que você reclama tanto? - Perguntou. - Só quer ser meu irmão nas horas boas?

- Exatamente.

Aquele comentário foi ignorado pelo homem mais alto e os dois continuaram a caminhar em direção ao sul. Depois de uma longa caminhada, era possível começar a avistar um pequeno riacho perdido no meio de colinas de areia.

- É aquilo que estamos procurando?

- Aquilo é dinheiro. - Lembrou o irmão mais velho. - Aquilo irá te dar um braço novo.

- Então foi assim que você conseguiu a sua perna?

- Não. Eu a consegui de outro jeito.

- Entendo.

- Vamos parar de ficar falando e vamos fazer o que viemos fazer.

- Como queira.

Eles desceram a passos largos e apresados. Aquele local não era seguro. Assim como os dois, outras pessoas podiam estar de olho na água. Em um mundo onde a água vale muito mais do que dinheiro, qualquer gota encontrada naquele lugar devastado era preciosa.

- É melhor a gente ir logo com isso.

- Quantos galões você encheu?

- Quatro.

- Temos que levar mais.

- Como iremos carregar isso tudo?

- Eu tenho um plano.

- Não aguento com os seus planos, Saga. - disse irritado. - Você sempre nos coloca em perigo.

- Tem certeza de que está falando de mim? - Perguntou o loiro.

O irmão mais novo ficou olhando para as suas botas cheias de lama. Ele apenas deu de ombros e continuou a encher mais galões. Quando todos estavam cheios, oito no total, eles dividiram entre si o peso e voltaram a caminhar para o topo da colina arenosa. Não muito longe dali, Saga tinha deixado um carro escondido esperando por eles. É claro que o seu irmão não fazia ideia das cartas que ele tinha na manga.

- Você tinha um carro esse tempo inteiro?

- Eu peguei emprestado com uma amiga.

- E porque a gente não foi até aquela maldita poça de lama com ele?

- Você é tão dramático.

- Eu não sou dramático, sou prático!

- Se você ainda não percebeu, o terreno em que estávamos não era favorável para andar de carro.

- Você e suas lógicas.

- As vezes você tem que parar para pensar um pouco, Kanon.

Saga abriu a mala do carro e depositou com cuidado os galões de água. Cobriu tudo com uma lona e colocou pedaços de ferro e quinquilharia por cima, para quando chegassem na cidadela ninguém suspeitasse do que eles carregavam. Sentou no banco do motorista e ficou olhando para o seu irmão que ainda estava do lado de fora.

- Não vai entrar?

- Eu nunca andei em um treco desses.

- Sempre tem a primeira vez, Kanon.

- Eu sei, mas isso é seguro?

- Não era você a uns segundos atrás que estava reclamando por não termos usado o carro?

- Sim, mas eu só reclamei porque eu gosto de reclamar.

Saga revirou os olhos e colocou a chave na ignição.

- Você vem ou não?

Kanon ficou olhando para o carro desconfiado. Ele já tinha ouvido falar desse tipo de automóvel, mas nunca tinha visto ou andado em um. Na cidadela, eles só andavam a cavalo e não restavam muitos depois da devastação da Terra. Só os mais influentes tinham um. Ele olhou para o que restou de seu braço esquerdo, o havia perdido em uma luta há duas semanas. Ele precisava colocar uma prótese o mais rápido possível, a não ser que ele quisesse ficar sem um braço para sempre.

- Eu só vou entrar nisso aí porque eu realmente preciso de um braço.

- Você precisa mesmo. - Saga olhou para o membro amputado e fez cara de nojo. - Isso ai está péssimo.

- Não vou nem falar nada a respeito de como ficou a sua perna há três anos.

- Não diga mesmo, ainda tenho pesadelos.

Saga dirigiu até chegar próximo a cidadela. Ele escondeu o carro em um local seguro, onde sabia que dali a alguns minutos o mesmo já teria sumido, ou melhor dizendo, já teria voltado para a sua dona. Deixou no carro quatro galões de água e retirou o resto onde escondeu em outro local, onde somente ele e o irmão sabiam onde achar.

- É isso? - Perguntou Kanon. - Só deixar o carro lá com aquele lamaçal?

- Aquela "lama" vai te dar um braço novo.

- É, eu já sei disso.

- Então pare de me encher a paciência e vamos para a cidadela.


O barulho de metal batendo contra metal era algo comum naquele lugar. As faíscas também eram rotineiras, assim como o calor e o suor. Helena tirava o suor da testa quando sente uma mão tocar o seu joelho.

- Tá muito ocupada?

- Você não percebeu que eu gosto de ficar deitada embaixo de coisas grandes e fortes? - Ela perguntou com um sorriso irônico nos lábios. - E se me fizer suar então, aí mesmo que eu fico louca.

Saga ignorou as palavras da mulher.

- Preciso daquele favor seu.

- Não vai sair de graça. - Disse enquanto saía debaixo da máquina na qual trabalhava. Puxou um lenço sujo do bolso da calça e o passou pelo rosto suado, aproximando-se de Saga.

- Eu já te paguei! - Ele falou alterado.

- Não é esse pagamento que eu quero, garanhão.- Helena passou as mãos pelos músculos torneados dele. - Alguém já te disse o quanto você é gostoso?

- Você, o tempo inteiro.

- Verdade. - Ela passou o olhar sobre o corpo dele enquanto chupava os lábios inferiores com vontade. - Você é um desejo perigoso.

- Para de me comer com os olhos e me ajuda!

Helena suspirou e deu de ombros. Estava de saco cheio de ficar presa naquela oficina o dia todo e quando aquele pedaço de mal caminho aparecia para lhe pedir alguma coisa, ela sempre dava em cima dele na esperança de acontecer alguma coisa.

- Cadê ele?

- Está lá fora. - Disse encaminhando-se para a saída.

- Ele é igual a você? - Ela perguntou, seguindo os seus passos.

- Em que sentido?

- Ué, em todos.

- Você é mesmo tarada.

- Eu estou querendo sobreviver e fazer sexo é preciso. - Ela disse irritada. - Temos que aumentar a população.

- Você sabe que ninguém aqui é fértil.

- Tudo bem, mas você não quer tentar pelo menos ter um filho?

- Você é doida!

- Só porque eu quero fazer sexo não significa que sou doida.

- Sério isso? - Ele perguntou incrédulo. - Vamos começar com esse papo de novo?

- Quero falar de sexo com você todos os dias, quero fazer sexo com você todos os dias!

- Mulher! - Saga parou de andar e lhe encarou. - Foco!

- Chato!


Os dois saíram da oficina levemente estressados. Saga estava com os braços cruzados contra o corpo na esperança de se proteger do olhar feroz da mulher. Kanon estava sentado em um pedaço de tronco velho.

- Esse é o meu irmão. - Ele indicou Kanon com um aceno de cabeça. - Preciso que você dê um braço novo a ele.

- Você só precisa de uma braço, jovenzinho? - Helena caminhou até ele avaliando todo o corpo escultural do irmão mais novo de Saga. - Ele é seu irmão gêmeo?

- Sim. - Limitou-se a dizer.

- Por que eu sinto o clima meio estranho entre vocês dois? - Perguntou Kanon.

- Porque seu irmão não quer fazer...

- Porque ela é maluca, Kanon! - Saga a cortou. - Pelo amor de Deus, Helena! Vamos logo com isso!

- Tudo bem! - Exclamou irritada, resmungando baixinho em seguida - Chato...

Ela revirou os olhos para o loiro e voltou-se para Kanon. Ele era idêntico ao irmão, bonito, loiro, forte, só não tinha um braço e era ligeiramente mais baixo. Pelo que ela pode ver o braço foi arrancado com uma espécie de arma branca, talvez uma foice. O ferimento ainda não estava cicatrizado, o que era uma sorte, já que ela iria ter que implantar um braço de metal ali.

- Bom, vamos até a minha sala.

Fim do Prólogo


Olá meu povo!
Poucas vezes me arrisquei a postar algo aqui e depois de tantos anos parada resolvi voltar e propor algo novo, ao menos pra mim.
Fic de fichas!

Eu não vou deixar um resumo aqui sobre os pares disponíveis e o que vão ser ou fazer ao longo da fic, exceto por Saga e Kanon que com o prólogo já dá pra ter uma pequena ideia sobre eles. Vocês vão ter que contar com a sorte, então sejam criativas e contribuam para que eu tenha ideias. 3

Os pares disponíveis são:

- Mu
- Shion
- Aldebaran
- Saga
- Kanon
- Máscara da Morte
- Aiolia
- Shaka
- Dohko
- Milo
- Aiolos
- Shura
- Kamus
- Aphrodite
- Manigold
- Kagaho

- FICHA -

Nome e sobrenome:
Idade:
Aparência física:
Personalidade:
Hobby:
Par:
Breve história do personagem: (O que faz? Como vive? Por que quis continuar na Terra?)
O que gostaria de ver na história?: (Pode ser em relação ao enredo geral, algum pedido especial pra sua personagem, algo entre ela e o par...)

Algumas considerações finais:

"Ah, posso pedir algum outro personagem?"
Pode. Não quer dizer que eu vá aceitar. Então se quiser algum personagem que não esteja listado, coloque outro personagem da lista como segunda opção

ACEITO FICHA YAOI. Sem problemas, manda brasa.

"Meu/minha personagem pode ter rolo com algum outro personagem antes de ficar com o par?"
Posso pensar nisso. Diga com quem e eu vejo o que dá pra fazer.

NÃO façam personagens que estejam em Marte ou venham de Marte, nem mesmo voltando para a Terra. Vou trabalhar apenas com personagens que ficaram na Terra.

Vou receber as fichas nas reviews, no inbox e no facebook (facebook thamipsyduck)

Vejo vocês em breve!