O Santuário mudou um pouco desde a última Batalha. Saori Kido achou por bem dar uma amenizada no visual árido, pedregoso e serpenteante que circundava o longo caminho ascendente pelas Doze Casas.
Ela mandou que se fizesse um trabalho de florestamento em torno, e apesar das condições adversas do solo grego, que não favoreciam os projetos ousados de transformar os arrabaldes em uma versão mediterrânea da mata atlântica, Saori bateu o punho em sua escrivaninha e berrou para os cientistas, engenheiros e demais técnicos da Instituição Galard:
- EU SOU UMA DEUSA OU NÃO SOU?
E por desaforo ressuscitou os Cavaleiros de Ouro de Touro, Gêmeos, Câncer, Capricórnio, Aquário e Peixes. O de Virgem, não era necessário ressuscitar, pois como Buda que ele era, controlava seu ciclo de nascimentos e mortes - já havia ganhado ascensão no dharmachakra.
Quanto ao Cavaleiro de Ouro de Sagitário, Saori era puxa-saco de Seiya de Pégaso, e sabia que o mesmo era o herdeiro da Nona Casa, por isso preferia deix�-la vaga, varrida e adornada esperando pelo momento em que o cosmo de Seiya fosse definitivamente promovido.
Ressuscitando seus Cavaleiros de Ouro mortos, Saori provava que era uma deusa na acepção absoluta do termo e que nada poderia servir de pretexto para o derrotismo dos homens enquanto tivessem fé no poder dela.
Shun de Andrômeda estava com Saori por ocasião da reunião e ficava apoiando o discurso exaltado da deusa soberana com palavras bajuladoras, até que ela se incomodou com Shun fazendo eco e falando junto, e lhe pediu delicadamente:
- Shun, pode deixar que eu cuido disso, está bem?
O Cavaleiro de Bronze ficou sentido:
- Você não gosta mais de mim?
- Não é isso, Shun...
- Ikki - e saiu correndo a chorar, pois seu irmão o consolaria como sempre.
- Shun! Volte aqui, eu quero que você me ajude nisto...
E Shun parou, olhando para ela com cara de cachorrinho sem dono. Athena, ainda contornando a situação, estendeu a mão para ele, dessa forma o chamando gestualmente de volta, e o Cavaleiro foi até a mesa dela, atrás da qual ela se achava em pé, com os homens de sua equipe técnica acomodados em várias poltronas pelo amplo e suntuoso gabinete.
Shun queria ser mais útil, queria que sua ajuda fosse mais decisiva, e estava se esforçando como podia mas os outros precisavam lhe dar esse espaço para provar que ele era um homem não mais um menino tímido, tinha ficado sentido que justamente Athena não parecesse compreender isso e repelisse suas tentativas. Mas ela era muito paciente com seus homens.
- Vocês não entendem, seus pusilânimes! Eu não quero ouvir de vocês que isso ou aquilo é impossível, e sim que farão milagres, porque vocês são empregados de uma deusa, vocês me entenderam?
- Hai - acenaram veementemente com as cabeças.
- E é essa nossa missão.
- Entenderam - Shun ergueu o dedo, tentando ser mais intimidante do que a chefa. O dedo de Shun molejava e se dobrava, não conseguia mantê-lo erguido.
- Nós vamos transformar os desertos em campos férteis - continuava ela - vamos transformar as montanhas desoladas em visões verdejantes de exuberância sem fim, vamos transformar as caatingas agrestes em vales festivos de repasto e fartura, as geleiras inóspitas em bosquedos aconchegantes...
- Vamos transformar feijão em ervilha- colaborou Shun com grande esforço.
Athena se calou de repente e os outros ficaram olhando para Shun, que acreditou ter conseguido contribuir com grande sabedoria no desenvolvimento do raciocínio da patroa.
Ela entortou a boca mas Shun não viu, ocupado que estava em nutrir pensamentos de vanglória enquanto contemplava satisfeito o grande quadro de Mitsumasa Kido na parede oposta às janelas e à escrivaninha.
- Right - disse um numa imitação de Doctor Evil.
Aliás, era o próprio Doctor Evil, que havia se infiltrado na organização como parte de seu próximo plano para dominar o mundo. Shun não estava com sua Armadura, não fosse assim a Corrente de Andrômeda haveria denunciado o infiltrante. Mas a manifestação do mesmo atraiu especialmente a atenção de Athena e ela o reconheceu ainda que sob disfarce, afinal de contas era uma deusa.
- Doctor Evil, o senhor deveria saber que não tem chance em querer dominar o mundo, não enquanto os Cavaleiros do Zodíaco existirem. Portanto, me atrevo a dizer isto: o mal nunca vencerá.
Doctor Evil ergueu uma sobrancelha e fez uma expressão de mordacidade:
- Really- e começou a rir. Junto com ele, os demais cientistas, engenheiros e técnicos puseram-se a rir, e foi então que Saori reconheceu Number Two, Frau Farbissina, Scott Evil, Mustafa, Fat Bastard, Mini Me, Goldmember, entre outros de sua própria equipe que pareciam se ter vendido para a organização criminosa de Doctor Evil. Este se levantou, apontou para os dois atrás da escrivaninha e ordenou:
- Prendam-nos!
Imediatamente seus homens sacaram revólveres e algemas para cumprirem as determinações do chefe. Shun não perdeu tempo e gritou seu golpe mais eficaz:
- IKKI!
Athena, ereta e orgulhosa como sempre, sem perder a pose mesmo enquanto as asquerosas mãos de Fat Bastard a algemavam, avisou:
- Você vai ser arrepender por isso, Evil.
- Isso é o que nós veremos - disse ele tirando seu disfarce que o tornava assemelhado a Groucho Marx. - Minha mente brilhante concebeu um plano à prova de falhas, através do qual nada, nem mesmo Austin Powers, poderá me deter.
Um clarão chamejante ganhou a atenção de todos. Uma ave esplendorosa de fogo havia pousado na sacada.
- IKKI- ouviu-se o gritinho excitado de Shun.
- GOLPE FANTASMA DE FÊNIX!
As visões de cada membro da equipe de Doctor Evil foram, respectivamente...
Doctor Evil
Austin Powers não era apenas o irmão de Evil, no pesadelo vivido por ele - ambos eram irmãos gêmeos. Pior ainda, gêmeos siameses.
Evil vê imagens macabras, como uma cena em que a parte do corpo dominada por Powers trucida a outra. Uma das cabeças tomba virando defunto, e Powers é obrigado a viver com o ser em decomposição ao seu lado.
Em outra cena, Doctor Evil olha-se no espelho e vê Powers segurando a cabeça do gêmeo siamês falecido, exibindo-a como um troféu de vitória sobre o vilão.
Desesperado, os pesadelos de Evil pioram ainda mais, pois em outro momento é surpreendido ao saber que ele próprio não existe, mas é apenas Austin Powers fantasiado de vilão...
Com a alma dilacerada por não existir, Doctor Evil deixa de existir.
Frau Farbissina
Doctor Evil encarrega Scott de uma missão de espionagem no Triângulo das Bermudas:
- Você irá se passar por Mister Escoto, o enviado de Austin Powers para a região; dessa forma, irá descobrir os planos do inimigo, com o que o esfolaremos vivo.
- Está bem, Doctor Evil - disse Scott Evil.
Dr. Evil aparece com uma serra elétrica na mão.
- Para quê essa serra elétrica, Doctor Evil- pergunta Frau Farbissina.
- Vamos amputar as duas pernas e um dos braços de Scott.
- O quêeeee- apavora-se Farbissina, embora Scott mantivesse a calma.
- Sim, ele deverá assemelhar-se a Mr. Escoto, que não possui ambas as pernas e um dos braços - explica Evil.
- Ohhhh - desmaia Frau.
Enquanto tinha suas pernas serradas, Scott cortava as unhas da mão do braço que seria serrado depois, procurando manter a higiene. Quando Farbissina acorda, o filho já tinha uma das pernas amputadas.
- Nãaaao. Pare com isso, Doctor Evil, deixe o meu filho intacto!
- Agora já não dá mais. Veja só o que faremos com a outra perna...
Frau ataca Dr. Evil e é segura por dois seguranças.
- Me soltem, quero meu filho vivo!
A próxima perna de Scott é serrada bem lentamente, para desespero de Frau Farbissina, que de tanto desespero consegue se desvencilhar dos seguranças e tenta colar uma das pernas do rapaz com durepox.
A outra perna ela utiliza para bater nos dois seguranças, que ficam jazendo no chão sem quem dê a mínima, e também em Doctor Evil.
Mas os conhecimentos anatômicos de Frau eram um tanto parcos, de modo que a perna é colada ao contrário e Scott fica parecendo um misto de curupira com saci.
No entanto, ainda faltava decepar o braço, o que é realizado com golpes de perna decepada de Scott. Dr. Evil ficou contente com o resultado final, e desejou bom trabalho para Scott na região.
- Tenha um bom trabalho na região, Scott- disse Dr. Evil, desejando bom trabalho na região para Scott.
- Oh, meu filho, o que fizeram com você!
- Não se preocupe, mãe, o sol brilhará de novo ao alvorecer.
Frau chorava e gemia de horror depressivo. Quando chega no local da missão, Scott afunda no Oceano, e sem os braços para nadar, morre afogado pelas ondas, enquanto a alma de Frau vai minguando de tanta desolação.
Number Two
A Virtucom passa a sofrer a concorrência da Viciocom, uma empresa do ramo de cotonetes. Eles lançam uma propaganda na televisão, protagonizada por um garotinho gordo que dizia:
- Oi gente. Tudo bem? Vocês sabiam que a Virtucom é comandada por um bando de salafrários vigaristas otários e sacripantas? Pois é, eles são asquerosos e covardes - dizia o garoto com fofura e simpatia - além disso eu os odeio pois eles estupraram minha linda vovó. Eles são facínoras calhordas, muito pulhas e matreiros, são tão odientos que sua vilania não pode nem ser descrita, de tão nefastos que são. Ééééé, eles são horríveis mesmo, gente, eles são uma verdadeira ignomia sic para a sociedade.
O garotinho continua perfilando uma série de impropérios contra os da Virtucom, e no final do comercial tira então um cotonete do bolso:
- Por isso é que eu digo, gente, usem os cotonetes da Viciocom- ele dá um sorriso e tira um pouco de cera do ouvido de um javali.
A Virtucom entra com um processo contra a Viciocom, mas era tarde demais. A febre dos cotonetes já invadira todo o planeta e a imagem da Virtucom havia sido totalmente arruinada. Os magistrados que julgaram o caso na Justiça já tinham também horror da Virtucom e usavam os cotonetes da Viciocom para colocarem cera de javali no ouvido e não ouvirem os protestos canalhas da Virtucom.
O mundo todo odiava a Virtucom e glorificava o garotinho gordo, que inclusive morreria dias depois de fazer o comercial, atacado pelo javali, o único que não aderiu à moda. Mas a Virtucom se torna sinônimo de podridão e vai à falência. O desespero de Number Two é completo. Ele ainda tenta, como último recurso, localizar o javali para que este mostre a verdade para o mundo, mas o javali, arrependido de ter matado o menino gordo, assina um contrato gordo com a Viciocom.
- Seu mercenário- protesta Number Two, que vai até a sede da última empresa da Virtucom, a qual seria demolida, e fica abraçado a uma pilastra até o momento derradeiro. Quando a empresa desmorona, com Number Two dentro, os tijolos em queda vão esmagando a alma do empresário, que vê a menina de seus olhos explodir literalmente (é a última coisa que elas vêem, pois com elas explodidas ele fica cego).
- Adeus mundo vicioso- são suas últimas palavras, cego de tortura, antes de ser soterrado pelos destroços.
Mustafá
Mustafá é capturado por uma família de focas e submetido a um torturante interrogatório.
- Quem é você- pergunta Fox, uma foca com focinho de raposa.
- Mustaf�- responde Mustafá.
- Sim, mas, quem é você- insiste Fox.
- Para cada resposta correta levarás um soco inglês na fuça, e para cada resposta errada oito socos.
- Parece justo - comentou.
- Qual é você- interroga Phok, uma foca coadjuvante que leva quatro socos ingleses de Fox por não ter sido chamada a participar.
- Quem é você- indaga Foquiú, o líder das focas.
- Mustaf�- responde Mustafá.
- Resposta errada. Oito socos, Focó- ordena Fox.
- Mas minha resposta estava correta - responde Mustaf�, de cara inchada.
- Por que não disse antes? Resposta correta, um soco, Focó!
- Aaai.
- Próxima questão: quem é você?
- O que devo responder?
- Nossa paciência já está se esgotando. Vamos dobrar o número de socos.
- Sou o Mustaf�, faço parte da quadrilha de Doctor Evil.
- Não interessa de que quadrilha você é, queremos saber quem é você. Responda rápido.
- Hummm. Eu sou alguém especial.
- Resposta errada. Dezesseis socos, Focó.
- Ohhh, por favor, me digam, quem sou eu- pergunta Mustaf�, cansado de apanhar.
- Você é Mustaf�- respondeu Fox, duvidosamente.
- Resposta errada - advertiu Focó, dando dezesseis socos em Fox.
- Quem é ele- perguntou Focó.
- Ele quem, o Fox?
- Não, o Foquiú.
- Você é o Mustaf�- perguntou Foquiú para Phok.
- Eu levei um soco- perguntou Focó para si mesmo.
- Eu sou uma foca- perguntou Mustafá para Doctor Evil, que havia acabado de aparecer na visão, para lhe dar vários socos ingleses até sua alma começar a se dilacerar.
Fat Bastard
Fat Bastard vai ao Cafe Lindbergh, em Tóquio, e pede peru assado, lazanha, batata-frita, suflê de ervilha, ensopado de bacalhau e sanduíche de mortadela.
O garçom, Shinya Ichinose, traz tudo e quando Fat prepara-se para atacar o primeiro prato, Shinya o retira de sua frente.
- O cheiro estava bom, monsieur?
- Hã?
- Experimente agora o suflê...
Bastard iria beber o prato, de tão cheiroso que estava.
Ótimo - disse Shinya, tirando o prato da frente do comilão. E assim foi feito com todos os pratos, inclusive o ensopado de bacalhau, que estava bem fedorento, e inclusive estragado, tendo sido até bom que Fat não o tivesse provado.
- São 16.720 ienes, monsieur - disse Shinya, gentilmente, a fim de angariar também uma gorjeta gorda.
- Hã? Mas eu nem comi, seu merdinha- Bastard se enfeza. Tenta virar a mesa, atac�-lo e o resto daquele staff guei do restaurante, mas estava enfraquecido pela fome.
Fat, com a barriga roncando, arrasta-se para um outro restaurante ao lado. Mais animado, pediu risoles com bacon, moqueca ao molho de beterrabas, polenta frita com figo em caldas, e musse de abacaxi com pêras recheadas de noz-moscada. Uma hora se passou, duas, três, cinco, sete, onze, treze, dezessete... Fat resolveu chamar um garçom para reclamar.
- Ei, garçom, meu pedido está demorando muito.
- Não se preocupe, meu senhor, já plantamos a beterraba e o abacaxi. As pêras ainda não estão maduras, mas se quiser podemos fritar os figos...
- Cancele meu pedido - levanta-se Bastard, furioso mas sem forças para desferir sequer um simples tabefe na cara daquele garçom imbecil.
Fat Bastard estava desfalecendo de tanta fome, contudo resolveu tentar mais um restaurante. Pediu uma sopa bem quentinha, caviar, enroladinho de cenoura, nabos grelhados com lagosta, gergelim com creme de farofa, trigo puro e um bom vinho.
- Ok, cavalheiro, seu pedido é uma ordem- e logo o garçom trouxe dois quindins com suco de uva. Bastard, porém, estava com tanta fome que não queria nem reclamar e achou melhor comer os quindins. Mas quando foi colocar os docinhos na boca, o restaurante começou a sofrer um terremoto e Bastard foi tragado pelo prato onde estavam os quindins. Um turbilhão de certezas famintas assolava a mente de Fat: não havia comida em sua casa; não havia comida na casa de ninguém; as árvores das ruas não davam frutos; a comida havia desaparecido do planeta; bananas e pratos de feijoada voavam para o céu, e ele não conseguia alcanç�-los; sua boca estava ao mesmo tempo seca de sede e molhada de fome. Queria comer e não conseguia. Seu estômago começou a definhar e sua alma também, por falta de alimento material. Era o fim de Fat Bastard.
Mini Me
Reunião de Evil com Mini Me e Scott.
- Oh, Scott como eu te amo - diz Doctor Evil beijando Scott apaixonadamente.
- Obrigado, senhor.
- Seu desempenho em sua última missão foi fenomenal. Como prêmio irá comandar nosso negócio no Oceano Índico, Mini Me será o seu auxiliar.
- Mas esse mané, querido Doctor Evil...- eles voltam a se beijar.
- Sim, eu estava pensando em colocar Mini Me como limpa-fossas em nossa agência na Cordilheira dos Andes, mas ainda tenho esperança de que na sua companhia magistral ele possa aprender um pouco e quem sabe fazer alguma coisa que preste.
- Sábia decisão, Doctor Evil.
- Ora, ora. Mê dê um abraço, Scott.
- Também quero um abraço - diz Mini Me, inconformado, perdendo a consciência dos atos e com a alma dilacerando por ser preterido no afeto do doutor, em favor de Scott.
- Não. Prepare nosso jantar e fique em silêncio. Sua voz nos perturba, não é Scott?
- Sim, venerado doutor. Esse ser mínimo cansa minha beleza.
- Sim, ele é um estúpido, não? Hahaha.
- E como! Hahahaha!
- Agora vamos para o meu gabinete. Tenho um presente para você...
- E eu não vou ganhar pre... - a porta do gabinete fechava-se, batendo com força na cara de Mini Me.
Mini Me resolve presentear Dr. Evil, para melhorar o seu conceito. Como ainda estivesse um tanto revoltado pelo sucesso que os tubarões de Scott tinham feito com Doctor Evil, resolve dar-lhe um presente ainda melhor, e compra um pacote de oito ursos vestidos com traje de gala, cujas gravatas borboletas emitiam raios ultra-violeta e gases flatulentos. Scott procurou demonstrar despeito:
- Não vejo nada de mais nesses ursos boiolas.
- Uarhhshg- não gostou um dos ursos.
- Isso é o que verás- protestou Mini Me - Veja, adorado doutor, eles serão de intensa ajuda para o senhor. Basta acionar este controle-remoto e os raios serão emitidos com sucesso.
- Vamos testar - disse o doutor, acionando o botão do controle-remoto (que era um ursinho de pelúcia com botões eletrônicos). A gravata do urso acionado estava dando mau contato e ele começou a levar choques doloridos; encolerizado, atacou Doctor Evil para que ele desligasse o controle.
- Uarhghtheksh heohtlsht abn laa blaaargh blaaargh- gritou o Urso, totalmente fora de controle, socando Doctor Evil contra a parede e lhe dando cabeçadas de morte.
- Você quer matar Doctor Evil, seu assassino- falou Scott.
- Não, algo está dando errado, desligue o controle, doutor- pedia Mini Me, atordoado. O doutor, no desespero, apertou várias vezes o mesmo botão, não o de "desligue", mas o de "ligue", acionando todos os outros ursos, que também estavam com mau contato nas gravatas. Dr. Evil é atacado por todos eles e começa a ser pisoteado impiedosamente. Scott, heróico, se transforma na Mulher-Maravilha e enfrenta todos os ursos, dando cabo de um a um e salvando Doctor Evil da morte. Depois ele volta ao normal.
- Oh Scott querido, você me salvou- diz ele beijando Scott com paixão incontida. - Já esse estúpido, tentou me matar- Dr. Evil atiça um dos tubarões, que lança raios-laser em Mini Me.
Dessa maneira, Mini Me, amargurado, se arrasta pelo chão sem que ninguém se importe e assim vai definhando lentamente até que sua alma se estiole por completo.
Goldmember
Goldmember entra em uma academia de musculação e alguns jovens riem dele.
- E aí, velho, veio se preparar para fazer bonito no baile da terceira idade, hahahahah?
Goldmember desafia o jovem para uma luta de boxe, e fica exibindo o seu peitoral definido, já um tanto indefinido.
Ô, velho, você vai se dar mal nesta, hein?
Mas Goldmember queria impressionar as garotas que também malhavam na academia e já foi fazendo posição de luta. O jovem o atacou com golpes de jiu-jitsu (apesar que a luta era de boxe) e Goldmember caiu sangrando no chão, sendo que as garotas não vieram acudi-lo e cuidar com doçura dos ferimentos, mas também morreram de rir, o culpando por seu metidismo.
Quando se dá conta, Goldmember percebe que havia perdido uma das pernas no golpe. Não aceitando isso, ele ainda tenta atacar o jovem, que lhe dá mais um golpe, o qual lhe amputa a outra perna.
Não querendo acreditar que estivesse inválido, Goldmember resolve mostrar que era capaz de fazer exercícios de barra (vinte mil repetições), mas logo na terceira ele desloca o pescoço e um dos seus braços atrofia. Com metidismo inesgotável, ainda tenta fazer com um braço só, mas tem uma fratura exposta no cotovelo. Todo o corpo de Goldmember degenera e necroseia, e tem de ser amputado, menos a cabeça.
A cabeça ainda vive mais oitocentos anos, e ele vai sofrendo o envelhecimento sem fim, com sua alma enferrujando de tão idosa. Nem Uchiha Itachi teria concebido e implementado melhor golpe, com os poderes de seu Mangekyou Sharigan.
E foi assim que Ikki de Fênix exterminou para sempre a sombra que pairava sobre a Terra, representada por Doctor Evil e seus malignos comparsas.
Enquanto isso, no Santuário...
