Antes de mais nada, um feliz ano novo pra todas vocês.
Cá estou eu, novamente, tentando ser fluente nas postagens, mas infelizmente isso é meio difícil. Mas voltar a postar aqui é uma resolução de ano novo que eu vou tentar cumprir até o final.
Enfim.
Eu tinha alguns outros planos pra essa fic e ia tirá-la do ar, mas ela é um dos meus xodós e bom... devo dizer que eu nunca consegui parar de pensar no andamento dela, de forma que, eu procurei o tempo todo fazer as coisas com lógica, sincronismo e um pouco mais de realidade.
Reli os capitulos e descobri muitos erros de português, provenientes com certeza da digitação (ou não), informações que não se cruzaram, uma cronologia um pouco confusa, e uma forma de escrita que não me agradava muito. Então decidi, mais uma vez, reescrever a historia.
Recriei algumas cenas, mudei outras, criei novas e acredito que a fanfic esteja num rumo muito melhor. Espero que vocês gostem.
E aos poucos vou tentando melhorar algumas outras fics, e dar continuidade em outras. Só peço que tenham paciência. Escrever é um hobby pra mim, mas não é o tempo todo que eu consigo fazer isso.
Boa leitura e espero que gostem... ^^
Prólogo: Hunting and Haunting
Royal Docks, leste de Londres, 11:57 P.M.
A lua brilhava soberana no céu, o que era perfeito para um sábado. A maioria das pessoas estava no agito da West End, o distrito do ócio e das jovens agitavam o Soho, lotando pubs e casas noturnas,mas nas docas a agitação era outra.
As Royal Docks compreendem três docas no leste de Londres – o Royal Albert Docks, a Royal Victoria Dock e a King Georg V Dock. A grande dimensão das docas e os numerosos cais deram-lhes espaço coletivo de mais de 19,3km de ancoradouro servindo centenas de navios de carga e de passageiros de cada vez.
Aquela região era em partes tomada por galpões das grandes empresas que tinham sua sede no centro da Grande Londres. Todos os dias chegavam centenas de contêineres abarrotados de mercadorias e saiam em caminhões enormes.
Alguns daqueles galpões abrigavam, não somente as enormes caixas de metal, mas também, alguns pequenos escritórios dessas empresas. Escritórios estes que estavam tolamente recheados de dinheiros e coisas de valor dentro de seus cofres. Um dos principais alvos eram o sub-escritórios da Haüsler & Co.
O dono da empresa havia conseguido sair da bancarrota graças à ajuda de um grande traficante e chefe do crime que tomava conta daquela região. Aquela "ajuda" transformou-se numa grande dívida que já estava sendo cobrada havia muito tempo. Algo que beirava a barreira do perigo.
Contratados para seguir um violento plano para reaver todo aquele dinheiro e dar uma lição no devedor e em qualquer outro engraçadinho que ousasse fazer o mesmo, dois homens haviam rendido os seguranças, atirado no palhaço da empresa, que havia caído no golpe, aparecido no sub-escritório e que não morreu sem antes passar a senha do cofre, e trataram de esvaziá-lo.
Mas eles não tinham conhecimento do grande perigo que caminhava pelas noites. Ou melhor, apenas um deles.
- Ela vai aparecer... Ela vai nos matar... Não deveríamos ter aceitado esse trabalho. Não deveríamos estar aqui. Ela vai nos matar. Ela vai nos matar. Ela vai nos matar! – dizia desesperado um homem baixo, atarracado, de cabelos castanhos, olhos escuros, trajando preto total.
- Quer calar essa boca? Assim você me desconcentra! Esqueceu que temos que levar exatamente o que o chefe nos pediu?
- Mas ela vai aparecer! Eu tenho certeza! Deveríamos deixar tudo aqui e ir embora o quanto antes. Vamos! Vamos embora! Não deveríamos ter vindo hoje a noite.
- Para com isso! Só vamos sair daqui quando tivermos a encomenda em mãos! Vão nos pagar muito bem pelo serviço de hoje. – respondeu o outro, mais alto, mais forte, de cabelos raspados, olhos escuros e também trajando roupas negras.
- Mas... Mas... ela vai nos matar!
- Ela quem, seu medroso idiota?
- A Bloody Rose!
- Quem diabos é essa?
- Você... não a conhece? – perguntou o outro mais assustado ainda.
- É claro que não! Quem é essa vadia? E por que diabos ela vai me matar?
- Ela... Ela é... É como um anjo da morte! Uma caçadora! Mercenária! Não sabe o que é certo e nem o que é errado. Ela apenas faz! Mata ladrões e assassinos somente. E é isso que nós dois somos!
- Quanta tolice! Até que essa matadora de aluguel chegue aqui nós dois já estaremos longe e com a grana. Além do mais, se ela aparecer aqui eu vou mostrar pra ela como se mata alguém cravando uma bala no meio da cabeça dela.
- Ela não é matadora de aluguel. Mata por contra própria, como se fosse por diversão. E ela não morre! Além disso, é cruel. Te faz sangrar até morrer. Ela bebe seu sangue! Não é qualquer mulher, Mark! Vamos embora daqui. Ela vai nos matar!
- Bebendo sangue? – Mark explodia em risos – Ela é o que? Um vampiro? – outra explosão de risos – Esse vinho subiu mesmo à sua cabeça. Isso não existe seu imbecil! É tudo história velha e barata. Não é real! Está assistindo TV demais. – disse ele de costas viradas para o companheiro.
-Não é história. E nem TV! É verdade! Você não leu os jornais?
- Eu não tenho tempo e nem interesse em ler jornais. Agora vê se cala essa boca e faz silêncio.
- Ela vai vir. Vai aparecer e vais nos matar. – resmungava o outro.
- Olha só isso cara! Será que o chefe notaria se ficássemos com uma dessas belezinhas? – disse o mais forte com uma jóia pendurada nas mãos.
- Eu não quero nada disso. Não quero. Quero ir embora!
- Você só sai daqui quando eu sair. Agora segura uma dessas e fica quieto.
- Já disse que não quero. Quero sair daqui!
- Por que não deixa logo ele ir embora? Não vê que ele só vai te atrapalhar? – disse a figura feminina encostada no batente da porta.
- Quem diabos é você?
- É ELA! É ELA! SÓ PODE SER ELA! – o baixinho pulou de onde estava, indo acuar-se na parede.
- Deveria ter ouvido o seu amigo.
- O que vai fazer conosco?
- Não seja burro! É claro que ela vai nos matar! Eu disse isso pra você o tempo todo!
- O George tem razão. Ele te avisou o tempo todo.
- C-como sabe que ele se chama George?
- Sabendo. – respondeu ela.
- Não está vendo que ela leu a mente de um de nós dois?
- Leu a mente? Ora seu mentiroso desgraçado! Você estava armando pra mim o tempo todo! Quer ficar com todos os lucros do roubo! – ele tentou avançar no companheiro,mas não conseguiu porque ela interferiu rapidamente, agarrando-lhe pelo pescoço e arremessando-lhe para o outro lado da sala. George encolheu-se no chão, tremendo de medo.
- E-então... É verdade? Ela... Ela...
- Claro que é seu estúpido! Eu disse pra você!
- B-Bloody Rose?
- Ora, sem esse apelido absurdo, por favor. Isso é ridículo.
Ambos estavam completamente amedrontados diante da bela ruiva de cabelos longos e levemente ondulados, soltos, olhos cor de mel totalmente inquisidores, trajando couro negro em tudo que usava.
- Não se aproxime de mim! Vampiro! – afastou-se para trás fazendo uma cruz com os dedos.
- Patético. São todos previsíveis. Todos a mesma merda. Eu não tenho medo disso. Eles nada me fazem. Vê? – abriu o casaco, deixando à mostra por cima do decote, o pingente com o símbolo religioso pendurado por uma corrente de prata.
- Mas... Mas...
- Você ai no chão, fora daqui.
- Sim senhora. – o baixinho saiu correndo
- Não me mate, por favor! Eu imploro!
- Tarde demais pra implorar pela sua vida.
- Não beba meu sangue, por favor!
- Beber seu sangue? É claro que não! Eu não fui com a sua cara. Seu sangue e você fedem demais!
- Então vai me deixar ir também?
- É claro. Vou deixá-lo ir direto para o inferno. – dito isso ela rapidamente sacou a arma a disparou, acertando o tiro entre os olhos do outro.
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O baixinho correra até o lado de fora do galpão e tratou de disfarçar o nervosismo quando encontrou as pessoas na rua. Pegou seu rumo a pé mesmo. Não usaria a caminhonete que dirigira para chegar até ali.
Pobre Mark, pensou ele, não deve ter tido tempo nem de fazer uma última oração. Gostaria de ter podido ajudá-lo.
- Arrependido por ter deixado seu amigo sozinho? – George ouviu lhe dizerem ao pé do ouvido quando foi puxado para um beco escuro.
- V-você?
- Não achou mesmo que eu deixaria você ir embora, achou?
- Mas...
- Você queria sair de lá, não queria? Além do mais, seu tremilique estava me incomodando e seu medo me desconcentrando, mas agora ele me atrai. Só me faça um favor, sim? – deixou brotarem as presas e se não houvesse tanta escuridão assim por ali, seus olhos cor de mel poderiam ser vistos mudando para um vermelho vivo. – Diga ao seu amigo que eu não preciso que me ensinem como estourar a cabeça de ninguém.
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A rosa sangrenta.
Ao ver aquele lado frio e cruel daquela bela mulher nenhuma pessoa acreditaria que um dia ela foi uma pacifica e respeitada dama, casada com um homem de títulos e mãe de uma linda garotinha.
Seu nome real era Jillian e quando viva tivera uma vida de rainha. Casou-se nova, com quinze anos, com um noivo forçadamente arranjado por seu pai Pouco tempo depois virou mãe de uma linda menina chamada Marianne. Porém, junto com os dias que se passavam, veio a pneumonia, que levou a pequena Anne consigo. A partir de então ela viu seu mundo ruir completamente. Isolou-se por um tempo, viu seu casamento acabar e transformar-se em puras aparências. Mas sua vida acabou mesmo quando injustamente foi acusada de infidelidade por seu próprio esposo. Isso s deu quando aquele, que mais tarde viria a ser o responsável por sua imortalidade, apareceu e conseguiu um espaço em sua casa.
Sua vida, ou melhor, sua existência, foi maravilhosa no inicio. Aprendeu as mais torpes formas de enganar alguém, tornou-se uma assassina fria e cruel, fazia tudo da melhor forma que um vampiro poderia fazer. Mas uma noite acordou e surpreendeu-se com um bilhete deixado por aquele que sempre a acompanhava. Estava só. Teria de se virar sozinha a partir daquele momento. Direcionou sua raiva para suas caçadas e seus feitos. Foi assim, ma verdadeira assassina cruel até salvar uma moça que estava sendo atacada por ladrões normais, mas que trabalhavam para vampiros.
Atualmente seu maior inimigo era um velho vampiro, mais antigo que ela, chamado William. O tal vivia escondido em seu refugio em Londres e ninguém sabia onde era. De lá ele comandava toda a criminalidade das regiões que estavam sob seu poder. Era tão ou mais frio que Jillian e com certeza muito mais cruel que ela. O crime era seu sangue. Há muito tempo.
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No leste de Londres não havia somente os galpões, já que ali também era uma região residencial. Uma parte do submundo também se encontrava por ali. Traficantes, ladrões, prostitutas, cafetões. Muitos desses eram vampiros escondidos. Alvos fáceis e secundários para Jillian.
Pocilgas e motéis baratos com letreiros em neon, que piscavam, chamando atenção de quem passava por ali eram fáceis de ser achados e freqüentados por todo tipo de criatura do submundo.
Em alguns trechos a penumbra se arrastava pelas paredes. A sujeira e a obscenidade tornaram-se viva se quase palpáveis, mas ela nem se importava. Pelos becos imundos ela passava calmamente, com a negritude total de seus trajes, contrastando com sua pele pálida e seus cabelos ruivos, e seu jeito totalmente imponente. Sua postura séria e altiva despertava medo e dúvida naqueles que a observavam passar. Por suas cabeças se formavam diversas perguntas, mas certamente eles se arrependeriam se tivessem as respostas que queriam.
Era certo que iriam querer fica longe dela para sempre. Afinal de contas, mesmo seu comportamento tendo mudado um pouco com o passar dos anos, ela no fundo ainda guardava um pouco da violenta e cruel assassina do passado, mesmo tendo seus desejos mais escuros em algum ponto perdidos. Desejos estes que algumas vezes de desencontravam de seu destino incerto, mas eterno.
Jillian não queria tomar conhecimento do que era certo ou errado. Não tinha medo. Era consciente disso. Um anjo negro, cujas asas eram cortinas da noite. Um anjo que não se importava com nada e nem com ninguém. Apenas fazia.
Por onde ela passava deixava um grande rastro de sangue. Era esse seu mundo. Era essa a sua forma de dizer que ela fazia o que bem quisesse. E era esse o motivo da alcunha de "Bloody Rose". Certa vez o mar de sangue foi tanto que ao pisar na enorme poça rubra, as solas de suas botas transformaram-se em carimbos delicados denunciando seu gênero. "Bloody" pelo excesso de sangue e "Rose" pela sutileza e delicadeza do rastro.
Por acabar com alguns planos alheios ela sempre tinha caçadores ao seu encalço, mas sempre se livrava deles facilmente. Algumas vezes não dava nem tempo de se divertir. Caçadores só no nome. Quando se davam conta do que eles estavam caçando realmente tratavam logo de pedir perdão pelos seus pecados.
Mas apesar de tudo ela tinha um segredo e com exceção de uma só pessoa que o conhecia, aqueles que conseguissem olhar direto em seus olhos por um segundo que fosse conseguiam descobrir. Mesmo imortal no fundo ela era uma simples mulher. Sofria com o tédio da solidão. Não a simples solidão, mas a real falta de alguém para preencher o espaço vazio dentro de si. E infelizmente havia de ser alguém como ela. Mas mesmo com tudo isso, ela jurou a si mesma jamais condenar alguém àquela vida. Sofrer como ela sofreu. Sentir tudo o que ela sentiu e sente quando pensa nessa vida eterna. Mesmo que fosse alguém a quem ela realmente amasse. Ninguém merecia aquela dor e nem aquele vazio.
Continua...
Eis aqui o prólogo.
Reescrito e finalmente no meu gosto.
Antes a Jillian no prologo parecia amarga com as coisas, agora ela simplesmente nao liga. DO jeito que eu queria q fosse.
No proximo capitulo, sim, nós teremos o Saga. \o/
Espero que gostem.
Reviews novas, sim?
