Disclaimer, capa, e etc: Perfil.
N/A: Oioi!
Mais uma fanfic escrita para o Projeto Just James do Flor de Lis.
E Lih! (Lihhelsing) Eu consegui postar! *-* EM TEMPO!
Espero que gostem e comentem!
Ice
Fragilidades
Por Ice Blue Quill
Porque nenhuma garota sonha com um príncipe encantado que desmaie na sua frente. Affe. Lily Evans nunca mais vai querer olhar na minha cara.
- James? Você tá legal cara?
James Potter abriu os olhos para se deparar com um Peter Pettigrew se inclinando tanto na direção dele que quase parecia beijá-lo.
Em um dia normal, o marauder teria dado um pulo para trás e soltado um palavrão em alto e bom som.
Naquele dia, ele simplesmente respirou fundo e se remexeu na poltrona do salão comunal.
-Prongs, você tá meio verde...
A observação realmente crucial veio de Sirius, que parecia rir do desconforto do amigo.
Cachorro miserável.
-James? Tem alguma coisa que a gente possa fazer por você? – Remus Lupin perguntou solícito.
Com um meneio de cabeça, James estendeu a mão com a capa de invisibilidade para os três amigos.
-Só sono, caras, vocês podem ir. Eu acho que vou dormir...
Sirius e Peter imediatamente concordaram, não achando nem um pouco estranho que o amigo não quisesse mais participar de suas traquinagens.
Na opinião de Sirius, desde que Dumbledore nomeara James como headboy, o marauder estava quase insuportavelmente responsável.
-Você tem certeza James? – Remus estendeu a mão, tocando o amigo na testa. – Você tá meio febril.
-Nah, Moony, eu to ótimo; só preciso de umas horas de sono mesmo. Bah, se o Slughorn não tivesse nos feito de escravos essa semana eu provavelmente estaria indo com vocês.
Remus sorri, parecendo finalmente satisfeito.
-Ok então, Prongs. Boa noite.
-Boa noite Moony!
Com um aceno para James, Remus se apressou a alcançar Sirius e Peter que já estavam virando a curva em direção as escadas.
Dando um bocejo, James Potter se levantou e começou a caminhar em direção aos dormitórios quando tudo ficou preto.
-Potter? POTTER! Ai, droga, Potter, acorde! Você vai ter que me perdoar por isso, James, mas lá vai aguamenti!
-Ah? Que? Onde estão os sereianos?
-Sereianos, Potter? – Lily riu, revirando os olhos – Você deve estar delirando... – ela ergueu a mão para afastar as mechas encharcadas do rosto do rapaz e soltou um som surpreso. – Pensando bem, você deve estar delirando mesmo. Está queimando de febre!
-Eu estou bem, Evans. – James disse lentamente, odiando que Lily tivesse que vê-lo assim. – Eu só perdi o meu estômago há alguns minutos. Se você encontrá-lo por aí, já sabe para quem devolver.
Lily meneou a cabeça, lutando contra um sorriso.
-E onde estão os outros mosqueteiros? – perguntou gentilmente, olhando ao redor na sala comunal.
-Ah? O quê? Fazedores de moscas?- Quando viu Lily rir abertamente, o moreno se sentiu envergonhado.
-Não, Potter. Estou falando das suas sombras; você sabe. Pettigrew, Remus e Black.
-Ah. Não sei. – James respondeu com sinceridade.
Quanto tempo havia desde que os três amigos tinham saído?
-Bem, parece que somos eu e você, Potter. – a ruiva deu um suspiro cansado. - Você consegue se levantar?
James considerou a pergunta por alguns minutos.
De verdade? O marauder duvidava que fosse capaz de dar dois passos em direção ao dormitório, quando mais subir as escadas.
Mas então ele encarou Lily, o cansaço que transparecia através dos orbes esverdeados era óbvio.
Lily Evans estava exausta.
Não que ele não conseguisse entender a razão. Entre os NEWT's, o excesso de lições e as obrigações de headgirl, surpreso ele estaria se ela não estivesse cansada.
Mas o cansaço nos olhos de Lily não era por causa dos estudos.
Com o coração pesado ele se recordou de dois anos atrás, o ano em que a ruiva finalmente vira a verdadeira face do amigo dela.
Graças a ele.
Claro, ele tinha certeza de que era melhor que ela soubesse agora do quê que o amiguinho dela era capaz do que mais tarde.
Mas mesmo assim, tinha alguma coisa a mais nos olhos de Lily Evans.
E ele não tinha certeza se queria saber o que era.
-Potter? – Ela o encarava como que em expectativa.
-Hm. Sim, é claro. Eu vou para o dormitório, dormir um pouco, Evans. Deve ser mais confortável do que o chão certo? – deu um riso fraco, os olhos procurando um lugar para se apoiar.
Estendeu a mão e se apoiou na parede que estava ao seu lado, se forçando de pé. A sala comunal girou e girou.
-POTTER!
E então, tudo estava escuro de novo.
Quando James acordou dessa vez, ele não acordou. Não de verdade pelo menos.
-Potter?
Abriu um olho, depois o outro. A sala estava embaçada, girando.
Dois pontos de luz verde chamaram atenção.
Os olhos de Evans.
Ele estava no colo de Lily?
-Potter? – Lily chamou gentilmente –Hey, Potter. Vamos lá, dê um sinal de vida…
-Hm. Evans?
Lily deu um suspiro de alívio, prontamente acenando alguma coisa com a varinha.
Tudo o que James conseguia pensar era o quão mal ele estava se sentindo. Irônico.
Desde os treze anos James Potter desejava estar exatamente naquela posição: no colo da ruivinha, ela passando a mão nos cabelos dele e dizendo que ela estava ali e tudo ia ficar bem.
Agora que ele estava finalmente ali, nem aproveitar direito ele podia.
-Potter, se eu te apoiar, você acha que consegue ir andando até a Ala Hospitalar?
James começou a dizer que achava que não, mas quando seus olhos encontraram os de Lily, percebeu que ela não ia desistir.
E percebeu que ela estava mais cansada do que estava parecendo.
-Ah, Evans, eu só preciso de umas horas de sono; pode ir dormir. Eu não preciso ir para a Ala Hospitalar.
-Potter! Será que dá para parar de ser arrogante pelo menos enquanto você obviamente está doente?
- Eu não estou doente Evans. É você que parece que vai cair se não dormir um pouco. Vai em frente, pode ir para cama. Eu vou ficar bem.
James se perguntou internamente o que raios ele estava fazendo.
Tudo bem que vomitar na frente da garota que ele gosta fosse humilhante, mas ele já tinha desmaiado mesmo.
Depois de hoje, Lily Evans nunca mais vai olhar para minha cara.
James tinha certeza absoluta disso. Afinal de contas, que tipo de garota queria como príncipe encantado um cara que desmaiava e vomitava em cima dela?
Tudo bem que ele ainda não tinha vomitado, mas se Evans não desaparecesse nos próximos vinte minutos, e ele tinha impressão de que ela não iria, isso ia acontecer.
Lily ainda parecia congelada e James respirou fundo.
-Pode ir, Evans. – ele disse, em um tom de voz que ele esperava profundamente que não soasse como se ele estivesse perto de morrer.
Evans fungou delicadamente e esfregou as duas mãos no rosto, como se estivesse chorando.
James se xingou mentalmente. Ah, inferno. Ele tinha feito Lily chorar?
Agora é que ela nunca mais ia sair com ele.
Muito bem, James. De verdade.
-Olha, Evans, - ele tentou se sentar e pegou as mãos dela. O estômago dele protestou contra os movimentos, mas ele o ignorou. – escuta. Se eu disse alguma coisa que te ofendeu, eu sinto muito. É só que você esta aparecendo tão cansada e eu realmente estou me sentindo melhor, - para provar isso James se levantou. Imediatamente, a sala comunal começou a girar e ele se sentou antes que desmaiasse de novo. Plantando um sorriso no rosto que ele esperava que fosse convincente, James concluiu. – vê? Você pode ir dormir agora que eu prometo que vou para a Ala Hospitalar. – se ele não desmaiar no meio do caminho.
-Cala a boca Potter, - reclamou, mas quase afetivamente. – e se levanta de novo. Eu vou ver você na Ala Hospitalar e, aí sim, volto para dormir.
-Duvidando da minha palavra, Evans?
Lily apenas sorriu, um sorriso que James achou que nunca iria entender.
-Hm. E aí, Potter? Tá melhor?
Horas mais tarde, Lily ainda estava sentada ao lado dele, Madame Pomfrey finalmente deixando os dois sozinhos enquanto ia avisar a Minerva McGonagall que dois alunos dela tinham motivos para estar fora da cama.
-Aham. To ótimo.
Um longo silêncio se esticou, consistindo em dois adolescentes se encarando entre tímidos e confusos.
-Senhorita Evans? – Madame Pomfrey voltou. – A professora McGonagall está aqui para te levar ao dormitório.
-Ok. – a ruiva concordou. – Melhoras, Potter!
Lily se levantou e começou a sair sem nem mesmo olhar para James.
Há. Ele sabia que ela nunca mais ia olhar para cara dele depois de tudo aquilo.
A ruiva parou na porta da Ala Hospitalar por alguns minutos, antes de voltar correndo e estalar um beijo na bochecha do marauder.
-Eu venho te visitar depois, Potter. – sorriu. Aquele sorriso. O sorriso da Lily.
Antes que James pudesse falar ou fazer alguma coisa, Lily já tinha saído e estava cumprimentando a professora McGonagall.
-Agora o senhor deveria dormir, senhor Potter. Se o senhor tiver dificuldades, é só gritar e eu vou trazer a poção para o senhor.
E com um murmúrio distraído, James concordou e desejou boa noite à Madame Pomfrey. Não que ele soubesse o que estava fazendo. Muito pelo contrário.
Em sua cabeça, James continuava reprisando o momento do beijo de Lily. Os lábios da ruiva encontrando gentilmente com sua bochecha. Aquele gesto geralmente significava pelo menos afeição de uma das partes.
Lily Evans sentia afeição por James Potter?
James sentiu seu estômago revirar; mas pela primeira vez naquele dia, isso não tinha nada a ver com o fato dele estar doente. Não.
De alguma forma, naquele momento, a culpa era toda de Lily.
Ele respirou fundo, inalando o perfume que a ruivinha tinha deixado para trás. Fechando os olhos, ele conseguia ver com perfeição cada detalhe, cada sarda, cada marca.
Por que é que ele sentia mais prazer de um simples beijo no rosto do que de todos os beijos que ele já havia trocado com sua ex-namorada, Alicia Jones?
-Prongs? Você tá legal?
A voz vinha do nada, mas para James era claro que vinha de Remus Lupin. Que pelo visto ainda estava com a capa de invisibilidade.
-O que você está fazendo aqui, cara?
-Sirius e Peter estão no dormitório, bêbados. Eu vi que você não estava lá e olhei no mapa. – a cabeça de Remus subitamente apareceu, flutuando calmamente no meio do nada. – Você tá bem, cara?
-Mhm. To novo em folha, Moony. – James sorriu, tentando absorver o resto do perfume de Lily que ainda estava no ar, antes que desaparecesse. – Melhor que nunca.
-E isso teria alguma coisa a ver com o fato de que certa ruiva e a Professora McGonagall acabaram de sair daqui?
James sentiu o rosto queimar. Exatamente há quanto tempo Remus Lupin estava ali?
E por que raios ele estava corando? James nunca corava. Nem mesmo quando Sirius e Remus o pegaram com Alicia na Biblioteca.
Não que os dois estivessem fazendo nada além de se beijar, mas eles certamente estavam fazendo muito mais do que Lily tinha feito com ele.
Exceto que não era qualquer pessoa que tinha lhe dado um beijo na bochecha. Era Lily.
E por algum motivo que ele ainda não conseguia entender, isso parecia fazer toda diferença do mundo.
-Hm. – Remus sorriu, compreensivo. – Finalmente, huh?
-Eu não sei do que você está falando, cara. – James atestou firmemente, antes de menear a cabeça e suspirar fundo. – Eu sou um idiota, huh?
-Não mais que o normal.
-Mas será que é sério?
-O que você acha?
James fechou os olhos e sem muito esforço a cena de alguns minutos atrás se reprisou em sua mente. Inconscientemente, ele levou a mão até a sua bochecha, como se quisesse proteger o beijo do vento.
-Eu nunca mais vou lavar essa bochecha.
-Tão sério assim? – Remus riu – Eu acho que vamos ter que pensar em outra tática, antes que você fique com mais pulgas que o Padfoot.
James riu com o amigo, ainda vendo o rosto da ruivinha em sua mente.
E James Potter se apaixona, finalmente. Mamãe vai querer por um anúncio no Profeta Diário.
-Um dia eu vou me casar com ela, Rem.
N/A(2): Mm. Eu adorei escrever essa fic! Se vocês quiserem, eu tenho uma ideia de continuação... para transformar em uma short. Mas vocês mandem reviews e me digam o que acham. Dependendo de como for, eu posso esticar ela um pouquinho...
