Unmei no apiiru

Apelo do destino

"Ainda sinto falta do seu sorriso".
Ali, sentado em meio à escuridão, estava.
"Pode vir me visitar esta noite?".
Dirigi-me até a escrivaninha. Você sempre me trazia um copo de chocolate-quente, lembra-se?
Larguei a caneta sobre o papel. Tornou-se algo agradável te enviar as "palavras". Sob tudo, quando me dá uma resposta em sonhos.
Sonhos. Passam tão rápido, como balas, atravessando meu peito. Balas, uma dor em poder a ver tão repentinamente.
Saí de casa; papel, lápis, acompanhados de uma borracha, as que podem apagar os meus tropeços.
Minha face tão plácida, ocultando, atrás do olhar, a verdadeira mágoa.
Andei, até chegar ao lugar.
Repousei meu corpo ajoelhado, como um cavalheiro, sobre sua cama. Sei que não está aí, mas onde mais te encontraria? O espaço que nos separa...
Sem pensar, tomei a rosa das minhas mãos e a lhe entreguei como um presente.
"Meus sentimentos podem te alcançar, Sakura, e ainda sinto suas lágrimas me banhando".
O cilindro de madeira, que acabara de materializar minhas palavras na folha, depositava no chão.
"Sasuke, sei que seus sentimentos são verdadeiramente reais" – Lembrava-me daquele momento, em que pude sentir, pela primeira vez, o doce encanto que seus lábios transmitiam.
No tempo que há de vir, encontrar-nos-emos novamente. Aí, sentirei sua mão delicada acariciando meus cabelos negros. Sentirei, no futuro; somente no futuro, que tanto demora a chegar.
Naquele dia, nas sombras do tempo, eu a perdi. Já sabia que te amava, como hoje. E você, que hesitava em sempre repetir a frase "Eu te amo".

Percebi lágrimas cortantes descendo sobre meu rosto. Eu não deveria chorar, já que este não era seu desejo.
Levantei-me e me dirigi para a saída. Não lhe entreguei a carta do destino e da distância neste momento, pois o farei pessoalmente, quando minhas súplicas finalmente estiverem cessadas.
Esta coisa que nos separa tem me deixado aborrecido.
"Mesmo não ouvindo seus sussurros, ainda posso a sentir. E prometo que permanecerá em minha mente. Por Sasuke" – Terminei de escrever.

– Jikuu o koete,
watashi wa anata ni aimasu.

Cruzando o espaço-tempo,
eu posso te encontrar.


WOW, essa é a fic mais emo.cionante que já escrevi. Mas é sério, eu adorei (e viva a humildade). A inspiração chagou quando assisti "Pokémon 10 - Dialga VS. Palkia VS. Darkrai" (hoho, já foi lançado o décimo), e o filme diz respeito a uns "breguenatis" de espaço-tempo, ocasionando o nascimento dessa historia.

:O

Aliás, "jikuu" passou a ser minha palavra favorita. É uma mistura do kanji "ji", que significa tempo e "sora", no caso pronunciado como "kuu", que é traduzido para céu, no caso, espaço. Viciei, escrevo toda a hora; fato.

E na música de abertura do filme, há um trecho que é "jikuu o koete, bokura wa aeru mabushii minna no kao", traduzido como "cruzando o espaço-tempo, nós podemos encontrar o rosto radiante de todos", dando origem à frase final da história. :D

HA.

Obrigado por lerem e deixarem reviews.

Espero que tenham apreciado.

\o