Verônica Moris era uma mulher muito atraente; com seus longos cabelos negros que mantinham volume charmoso, olhos também negros, pele branca, lábios avermelhados, e um corpo bem definido. Aparentava ser mais velha, e não há ter 18 anos como tinha.
Uma mulher muito admirada pelos homens. Desde criança fora assim. Os meninos até faziam filas, enquanto as outras garotas olhavam feio. Sempre fora difícil encontrar uma amizade verdadeira, embora tenha encontrado mais tarde, Lucy Bordson.
Verônica foi abandonada pelos pais ao nascer, e viveu num orfanato de trouxas durante 12 anos, até ser adotada por uma família de bruxos, os Moris. Não chegou a freqüentar uma escola de bruxaria, mas foi ensinada pelos pais adotivos.
Mas ela tinha um segredo, uma paixão. Desde menina seu coração pertencia a um garoto, aquele que ela tentava extrair um único olhar, embora nem isso conseguisse. Seu nome era Tom Riddle.
Verônica caminhava pelas ruas de Londres ao anoitecer, era um costume seu. Apreciava a noite.
Já era tarde, não pretendia demorar. As ruas se tornavam mais perigosas durante a noite, o que não era muito confortável.
- Ora, que belezinha! – exclamou um velho que saía do bar – Não quer ir para a minha casa não, benzinho? Tenho algo muito bom para mostrar.
- Sai dessa! O meu presente é muito melhor! – dizia o outro, enquanto cercavam a moça.
- Estupefaça! – ordenou ela com a varinha, deixando os dois homens inconscientes.
Correu para longe dali. Não queria ser descoberta pelos trouxas.
Sentiu-se menos confortável ao novo lugar. Era deserto, escuro, estreito e fedia à carniça.
Antes de recuar, algo lhe chamou a atenção. Um homem saía de um cômodo, guardando algo nas vestes. Escondeu-se atrás de um muro, e avistou melhor o homem. Ele era jovem, um lindo jovem, a sua opinião. Mas aqueles olhos... ela conhecia aqueles olhos.
- Tom...? – chamou ela insegura, saindo do esconderijo – Tom Riddle...
Ele pareceu surpreso.
- Quem é você?!
- Verônica. Você não deve lembrar o meu nome. – sua voz começava a falhar devido à emoção – É você? É você mesmo?
- Hunf. – ele continuou andando, ignorando a moça.
- NÂO! – berrou, indo até a frente do garoto, como se tentasse impedir algo.
- Eu agradeceria se não fizesse escândalos. Não pretendo chamar a atenção.
- Eu esperei durante oito anos! Oito anos! Você não vai me deixar, não mais uma vez! – as lágrimas começavam a escorrer – Você foi embora com aquele velho, e nunca mais voltou! Pensei... pensei que não o veria mais... mas você está aqui! Não posso acreditar! Como ansiei esse momento...
- É uma pena. Porque nem me lembro de você.
- Obviamente que não. – ela secou as lágrimas, permitindo um sorriso, um belo sorriso – Os garotos faziam de tudo para agradar-me, formavam até filas. Eu poderia ter qualquer garoto, qualquer um... Mas o único que eu queria nunca me deu atenção. Nunca sorriu, nem olhou para mim. Eu mantinha uma paixão silenciosa, uma dor que só eu sentia. Eu queria pelo menos ser notada por esse garoto, mas para ele, para ele eu era alguém insignificante. O único garoto que eu queria... o único... Era você.
O garoto a olhou, intrigado. Era estranho ouvir aquilo, uma vez que ninguém nunca falara coisas assim. Obviamente fora elogiado, e como fora. Mas aquilo seria a primeira declaração que ouvia, a primeira de sua vida.
O coração da garota batia forte, será que finalmente conseguira? Finalmente recebera o olhar de seu amado, receberia um beijo? Seria correspondida?
Mas sua decepção veio ao ver a expressão de nojo que ele fez.
- Você é... trouxa. – afirmou ele.
- Fui adotada por uma família bruxa. – respondeu desapontada – Que importância isso tem? Você age como se... como se nada importasse...
- Mas não importa.
As lágrimas, antes de emoção, agora voltavam, carregando a sua dor anterior.
- Não... importa?! Tudo o que eu disse, tudo o que eu sinto, tudo o que fiz, tudo o que eu sofri... nada disso... importa?!
- E por que importaria?
- EU AMEI VOCÊ DURANTE A MINHA VIDA INTEIRA! – berrou desesperada, como se o tom de sua voz dependesse da idéia dele entender.
Ele desviou o olhar. Agora se lembrava dela. Lembrava dos tantos olhares que recebera, e também de como ela gritou e chorou quando ele finalmente abandonou aquele orfanato, local que desprezava, que odiava.
- Você me ama? – perguntou, voltando a observá-la.
- Mais do que pode imaginar.
- Por que me ama?
- Porque o meu coração escolheu você.
[ Continua
Oie :)
O que acharam? Ah sim, a Fic tem continuação.
Por favor, comentem :x
BeijO.
