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Tom Marvolo Riddle era considerado por muitos professores o melhor aluno de Hogwarts. O garoto era, sem dúvida, brilhante... Sempre tirava boas notas, não tinha uma manchinha em seu histórico escolar e era um exemplo de responsabilidade e educação. Por exemplo, agora que o Natal estava chegando, o jovem sonserino desejava boas festas para todo professor ou funcionário que ele via pelos corredores... O que essas pessoas não sabiam era como Tom Riddle queria se matar cada vez que falava um "Boas festas, senhor".
O rapaz nunca havia gostado dessa época do ano, pois, para ele, o Natal nunca teve um significado e o Ano Novo só significava um ano a menos de vida, um ano mais perto da morte. Ainda quando estava no orfanato, Tom relutava em ir às festas de Natal e virada de ano que a fazia e odiava quando as outras crianças lhe desejavam um feliz aniversário na véspera do ano novo (ele sabia que todas elas só queriam sair de perto dele o mais rápido possível).
Agora que estava em Hogwarts, o sonserino podia ficar quieto em seu canto durante as comemorações de fim de ano... Quer dizer, isso quando Slughorn não decidia arrastá-lo para alguma festinha, mas ele sempre dava um jeito de fugir.
E foi exatamente isso que Riddle fez ao ser convidado pelo Mestre das Poções para uma janta de Natal junto com os professores e os poucos alunos que sobraram em Hogwarts naquela véspera de Natal.
- Professor, me desculpe, mas eu acho que não poderei ir... Não estou me sentindo muito bem.
- Ora, Tom, meu garoto, então dê uma passada na Ala Hospitalar, Madame Heilen com certeza pode dar um jeito no seu mal estar – o simpático professor falou, dando uns tapinhas no ombro do aluno – Caso se sintamelhor, venha se juntar conosco...
- Claro, senhor.
Tom conseguira escapar de Slughorn, agora tudo o que ele precisava fazer era ir para o dormitório da Sonserina, que ele tinha só para ele, já que todos os seus colegas de quarto haviam voltado para casa durante o feriado. Apressando o passo, o adolescente chegou rapidamente ao retrato de Salazar Slytherin que guardava a entrada de seu dormitório.
- Perfeito – o rapaz resmungou, vendo que o bruxo do retrato estava ausente – Tenho que esperar o homem voltar...
Soltando um muxoxo, Riddle olhou em volta. Duas terceiranistas passaram por ele e, em meio à suspiros e risinhos, desejaram-lhe um feliz Natal. Mantendo a sua pose de menino educado, o sonserino sorriu para as duas, antes de se voltar para o retrato novamente.
- O que...!?
Na paisagem vazia onde Slytherin deveria estar, estava apenas o rosto de uma garota, flutuando no meio da pintura. A menina estava de olhos fechados e parecia estar dormindo...
- Myrt-?
- Essa não é a senha, rapaz.
Tom sacudiu a cabeça e viu que o bruxo havia voltado para o seu lugar no quadro. Ele agora o olhava com curiosidade e com um sorrido maroto nos lábios.
- Parseltongue - o garoto resmungou a senha.
Ignorando o que acabara de acontecer, o rapaz entrou no Salão Comunal e, vendo que não tinha mais ninguém na masmorra da Sonserina,jogou-se no sofá enquanto conjurava uma xícara de chá.
Estava tudo do jeito como ele gostava... O salão estava silencioso, quentinho e o garoto estava feliz da vida, bebericando chá preto enquanto observava o fogo crepitar na lareira. Dando um leve sorriso, Riddle olhou em volta, apreciando a calmaria do local.
Um barulhinho irritante chamou-lhe a atenção. Era um sininho de uma guirlanda que algum primeiranista alegre devia ter pendurado sobre a lareira... O pequeno objeto estava chacoalhando rapidamente e produzindo um barulho terrível aos ouvidos do garoto.
- Mas o que...? Fantasmas idiotas, será que vocês podem parar!?
O sino parou... Mas só para começar de novo, dessa vez acompanhado por outro sino que havia preso junto dele. Irritando-se, Tom pegou sua varinha e apontou para a guirlanda.
- Accio guirlanda – o objeto veio voando em sua direção e, assim que pegou-a na mão, jogou-a no chão – Droga...
Respirou fundo antes de voltar a levar a xícara de chá à boca, mas quase se engasgou com a bebida quando ouviu um forte barulho de alguma coisa batendo na parede.
- Pelo amor de Merlin! Me deixem em paz! – o rapaz gritou e virou-se para o lugar de onde o barulho havia vindo, esperando ver Peeves ou algum outro fantasma ali. Não havia ninguém.
Resmungando baixinho, o garoto voltou a se ajeitar no sofá, mas assim que se virou para olhar para a lareira...
- Olá, !
- MAS O QUE...!?
Parado na frente dele estava a mesma garota cujo o rosto ele havia visto na pintura de Salazar, mas dessa vez ela estava de olhos abertos e com um sorriso divertido nos lábios. Ele a conhecia, ah sim... Claro que a conhecia.
- Myrtle?
- Que bom que você lembra de mim – ela sorriu e endireitou-se, olhando para ele de forma divertida.
- O que você quer?
- Vim lhe alertar de uma coisa, Riddle – a fastasma falou, estufando o peito, orgulhosa com a própria tarefa – Sabe... Eu sei, mais ou menos, o que vai acontecer com você no futuro... E não é nada bonito! Acredite, seu destino vai ser pior do que o meu – ela suspirou pesadamente – Nem vagando pelo mundo, na forma de um fantasma, você ficara, caso continue do jeito que é.
- Do jeito que eu sou? Ora, eu escolho o jeito que eu sou. Uma visita sua não vai mudar nada! Agora saia daqui!
- Ow, pobre Tom Riddle – Myrtle choramingou – Não sabe como vai ser no futuro... Esse seu jeito vai apenas levá-lo para o caminho ruim das coisas, acredite em mim. E, aliás, não é a minha visita que vai mudá-lo...
- O que você quer dizer?
- Quero dizer que você vai ter mais uma chance... Caso você melhore depois dessa chance, tudo o que você fez até hoje... – a menina começou a falar – Tudo, isso inclui maltratar os seus colegas do orfanato e me matar, vai ser perdoado.
- E quem disse que eu quero ser perdoado? E, quem diabos, teria que me perdoar? Deus? Faça-me rir, Myrtle.
- Cale a boca e ouça! - o espírito quase gritou, esticando o braço a ponto de sua mão atravessas o peito do rapaz – Você, , será visitado por três espíritos! Eles virão atrás de você e... Espero que você possa aprender alguma coisa com eles.
Tom ficou olhando para a menina, que ainda tinha o braço atravessando o seu peito e dando-lhe uma estranha sensação de arrepio. Vendo a expressão de susto no rosto do outro, Myrtle deu um sorrisinho e se afastou.
- Como eu disse... Quem disse que eu quero recebê-los?
- Como eu já disse, cale a boca!
- Desde quando você ficou tão mal educada?!
- Desde que eu morri! Desde que você me matou, seu idiota! - Myrtle começou a chorar... se é que fantasmas poderiam chorar – Eu tenho todo o direito de ser mal educada com você! Agora, preste atenção que eu já estou sem paciência para falar com o senhor! O primeiro espírito virá à uma hora da manhã, esteja avisado!
E, dizendo isso, a fantasma começou a soluçar quase que desesperadamente e saiu voando, atravessando Riddle, para desaparecer na parede atrás do sofá.
Tom ficou encarando o nada, tentando entender o que fora tudo aquilo... Sacudindo a cabeça e dizendo para si mesmo que não era nada, apenas o espírito de uma garota histérica, o garoto se levantou do sofá e foi para o seu quarto, preparando-se para dormir.
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N/A: Lindos e maravilhosos leitores, o Natal está chegando, então eu decidi fazer uma fic especial para essa linda época do ano :D
Bom, eu sempre gostei de A Christmas Carol, sabe? Desde que eu vi o filme dos Muppets a primeira vez na TV, depois vi uma versão do Tio Patinhas e, alguns dias atrás, a versão super ninja como Jim Carrey [quem ainda não viu, vá ver! É MARA! Não sei se tem IMAX em alguma outra cidade do Brasil, mas caso você tenha a oportunidade de ver em IMAX é a coisa mais linda que existe! *----*] ... Infelizmente ainda não li o livro, minha irmã já :D
Bom, então, eu vi A Christmas Carol com o Jim Carrey e "entrei no espirito natalino", uhul! E daí eu achei uma fic parecida com essa [com o Voldemort como Scrooge e panz], ok... Eu vi um monte dessas fics D:
E fiquei com a idéia na cabeça x__x' E quando eu fico com a idéia na cabeça eu não descanço até escrever.
Meu Tom tem uma paixão por chá D: [chá preto, please] como vocês puderam ver .__.
Essa fic se passa em 1942, ou seja, o Tom tem 15 anos e está no sexto ano [vai fazer 16 dia 31 de Dezembro]... Isso se minhas contas estão certas.
Por que se passa em 1942? Vocês verão, lindos ;D
Espero que vocês estejam gostando :DD
E espero vocês dizerem o que estão achando por reviews, oka? *---*
Beijos, amores ;**
Até o próximo cap. o/
[fic ainda não betada, sorry : ]
