NA: Fic escrita para o Chall de Traição do 6V. Muito Sexo, Intriga, Traição e Amor só para a gente bonita!

Atenção, ests fic tem uma visão muito diferente da Cissy, por favor, não olhem para ela como uma pega insaciável mas como uma MULHER.

Tudo de Bom para vocês ^^


The Lust and Sins of Narcissa Malfoy



10 de Agosto de 1979 - Tentação

Um dia normal, uma data como outra qualquer… Mas não para mim, recordo-me bem desta data, o seu som ainda me faz fervilhar numa torrente de tremores. Foi um dia quente, um dia fogoso, um dia impossível de esquecer. Envolto em luxúria e pecado. Mistério…

Acordei nessa manhã com um ar cansado e abatido, o mesmo ar que carreguei durante todos os meses de casamento com Lucius. Bom, não todos, lembro-me perfeitamente como costumavam ser os primeiros dias de casados, quentes, muito quentes. Mas o vigor de outros tempos tinha-se apagado, e a chama estava completamente extinta.

Levantei-me, arrastei-me para o quarto de banho a fim de tomar um relaxado banho, enquanto tomava conta de tudo o que tinha para fazer.

Era sexta-feira, o que, para além de significar o dia do tão entediante jantar com Bellatrix e seu marido, significava também noite de sexo. Sim, porque o amor tinha acabado, mas os prazeres mundanos de Lucius não. Ele continuava a insistir no ridículo ritual de me penetrar, semana após semana, sempre à sexta-feira, tentado usar-me como uma ferramenta humana para se masturbar, ou, então, como um escape para os seus infames gostos.

Perguntava-me porque é que ainda estava casada com Lucius, claro que seria um escândalo divorciar-me dele agora, no entanto eu não compreendia como é que conseguia ficar com um homem que não me amava. Ou pelo menos não da maneira fogosa que eu necessitava.

Após me lavar e de sair do cómodo deparei-me com uma caixa envolta numa fita de cetim preto e uma carta, Lucius teria-se levantado, e não me querendo incomodar escrevera:

"Narcissa,

Hoje é o dia do jantar com Bellatrix e Rodolphus, trouxe-te algo para vestires hoje à noite.

Espero que gostes, quero que fiques mais bela do que a tua irmã.

Lucius"

"Mais bela do que a minha irmã" Pensei, ora aí estava uma coisa na qual eu sempre havia superado Bellatrix. Na beleza.

Apressei-me a abrir a caixa e deparei-me com um elegante vestido sem alças, de cor preto. Aí estava algo que não se via todos os dias, o vestido vinha acompanhado com umas sandálias pretas e uma lingerie, também ela preta. Para contrastar, Lucius, tinha-me deixado uma elegante colar de pérolas e uns brincos a condizer.

Lembrei-me, subitamente, que era por isto que tinha casado com ele. O Lucius era rico, e isso bastava, o amor vinha por acréscimo. E veio, o amor veio, mas a paixão, aquela loucura de fazer corar, nunca chegou.

Passei o resto do dia a pedir a Merlin uma constipação ou algo que me fizesse ficar em casa, mas parece que não resultava por mais que eu tentasse.

Lucius chegou a casa depois de um longo dia no ministério, encontrou-se comigo na sala e beijou-me. Um pequeno beijo de casados, sem vida. Comentou comigo os presentes e tentei fingir-me entusiasmada com o jantar que se aproximava.

Acabei por voltar ao quarto para me vestir. Após apertar as sandálias, dirigi-me até ao meu tocador para me maquilhar. Lucius chegou, elogiou-me, tentou roubar-me um beijo, ou talvez mais do que isso.

"Pára, Lucius" – disse-lhe com algum desdém – "tenho de me arranjar…" Era isto constantemente, as tentativas fortuitas do meu marido para me tentar levar para a cama. Eu não digo que não aprecei o esforço que ele fez dia após dia, mas não tínhamos química. Ele não me excitava nem me atraia sexualmente. Apenas o amava. Quem diz que amar é fácil não sabe o que é viver numa relação em que não temos aquilo que qualquer mulher precisa. Que a façam sentir-se vivas, que as levem até ao limite.

Com um toque de varinha remodelei o meu cabelo e apressei-me a descer até à sala onde Lucius me esperava com o seu smoking.

"Shall we go now, milady?" Ri-me da expressão que ele usou, foi tão cómico na altura, mas tão querida, também. Éramos os dois tão jovens e tão acabados. Precipitamo-nos pela lareira e Lucius pronunciou o nome do restaurante.

Aparecemos num restaurante requintado, Bellatrix e o seu marido já se encontravam sentados, e uma terceira figura fazia-lhes companhia.

Bellatrix deu-me um beijo quando chegámos e Rodolphus beijou-me a mão, em seguida, apresentou-me a estranha personagem a seu lado, como Rabastan, o seu irmão mais novo.

Fiquei encantada com aquele jovem, alto, forte, vigoroso… Os olhos pretos fixavam-se em mim com tal violência que tive de desviar o olhar. Beijou-me a mão, seguindo o exemplo de Rodolphus, e retomou o seu lugar.

O jantar, como eu esperava, foi um evento social de baixíssima qualidade. Lucius conversava animadamente com Rodolphus enquanto Bellatrix mirava-os com grande interesse. Fixei-me na sua cara esquelética e tresloucada. Sempre a tinha como uma irmã louca com quem nunca poderíamos contar, a verdade é que não me tinha enganado.

Desviei os olhos de Bellatrix para poder vislumbrar os homens a falar, Rabastan olhou para mim e um arrepio subiu-me pelas costas. Era tão belo, e despertava em mim um sentimento muito nefasto, quase carnal.

À mesa continuavam as conversas fúteis e desinteressantes. O jovem levantou-se, sussurrou algo a Rodolphus e desapareceu, desculpando-se.

Fiquei intrigada com tamanha criatura. Tão altiva e sublime.

"Narcissa, acompanhas-me à casa de banho" pediu Bellatrix. Anui e levantamo-nos. Passámos pela varanda do restaurante, onde me pareceu ver um vulto preto. Pedi à minha escrupulosa irmã para continuar enquanto eu me retirava para apanhar um pouco de ar fresco. Atravessei o arco da janela e vi um homem de smoking preto a soltar várias nuvens pretas de fumo. Reconheci Rabastan. O cigarro numa mão e o copo de vinho tinto na outra. O rapaz pousou o copo de vinho no parapeito da varanda quase adivinhando quem estava atrás de si. Murmurou algumas palavras e as cortinas fecharam-se atrás de mim.

Avancei, temerosa, até ele. Mantive o silêncio que se impunha entre nós. Rabastan virou-se, encontrando os meus olhos com os seus. Fumou uma última vez o cigarro e precipitou-o pela varanda. Dirigiu-se a mim com os olhos sobrenaturais postos em mim. Os sentimentos devassos voltavam a aflorar-me a pele.

Num acto súbito e limpo, agarrou-me e encostou-me à pedra fria da varanda. Cheirou-me o pescoço suavemente, enquanto as suas mãos me envolviam. Sabia o perigo que corria, queria parar… Mas queria mais, precisava de mais. Beijou-me de modo selvagem e eu cruzei as minhas pernas à volta da cintura dele. Rabastan sentou-me na pedra fria enquanto me despia a parte de cima do vestido brincando comigo e passando as mãos pelas minhas costas húmidas e quentes.

Comecei a arfar à medida que ele me beijava o peito, descendo, suavemente para o baixo-ventre.

Levantou-me, suavemente a saia do vestido e despiu-me a lingerie preta e satisfez-me com movimentos vigorosos e fugazes. Gemi lentamente à medida que ele ia e vinha de um modo louco e insano. Atingi o clímax num ápice, enquanto a sua língua continuava a vasculhar os meus cantos mais íntimos. Voltou a subir lentamente enquanto despia as calças. Cruzei de novo as minhas pernas à volta dele, fazendo-o penetrar-me profundamente. Beijei-o e agarrei-me à volta das suas costas. Sentia o seu sexo, duro, dentro de mim. Soltando em mim uma sensação única de prazer carnal. Algo que nunca tinha conseguido nos meus anos de casada com Lucius. Voltei a ter um orgasmo longo e gemia cada vez mais alto. Rabastan tapou-me a boca enquanto finalizava o acto. Algo que me estimulou ainda mais.

Largou-me, vestiu as calças e desapareceu por entre as cortinas. Fiquei desesperada, pensando em como explicaria a Lucius o que tinha feito. Mas não tinha de explicar… Soltei uma risada sinistra e voltei a vestir a lingerie e a apertar o vestido. Penteei o cabelo com as mãos, esperei alguns segundos até voltar ao meu estado normal, e voltei para a mesa.

"Estás bem? Demoras-te muito tempo." Questionou Lucius. "Não pareces muito bem" Disse notando a minha tez mais vermelha que o normal e as gotas de suor na minha testa.

Vi que Rabastan não tinha voltado à mesa, suspirei calmamente e disse:

"Acho que estou com febre, meu amor"

Escusado será dizer que nessa noite, nem mesmo Lucius, conseguira obrigar-me a abrir as pernas.

Chegámos a casa sem dizer nada um ao outro. Aos poucos, a noção da realidade de tudo o que se tinha passado nessa noite toldou-me os pensamentos. Subi, alegando que estava cansada, mas Lucius não se convenceu. Subiu comigo e atirou-me para cima da cama, deslizou por cima de mim, e começou a beijar-me os lábios e o pescoço. Rolou-me na cama e tentou abrir-me o vestido preto.

"Pára Lucius!" Consegui proferir desesperada. Rapidamente me questionou sobre o motivo da minha indisposição.

"Sempre gostaste do nosso tempo juntos." alegou. Gostar? Como poderia gostar quando o meu próprio marido me tenta introduzir os seus atributos como se eu fosse uma cortesã, pronta a satisfazer sua majestade sempre que esta tinha fome?

Contive uma gargalhada e disse muito séria:

"Estou com imensas dores de cabeça, Lucius. Talvez para a semana. Boa noite." Despi-me e deslizei para a cama rapidamente, a fim de evitar alguma investida fracassada do meu triste marido. Sim, porque depois daquela noite, daquela varanda, e em particular, daquele homem… qualquer outro ser humano me parece triste e desabonado.

Os calafrios ainda me percorriam bem como a respiração ofegante de Rabastan nos meus ouvidos. Sentia-me realmente suja, completamente conspurcada. No fundo tinha apreciado aquele momento mais do que ninguém, no entanto, o facto de trair Lucius deixava-me angustiada.

Narcissa Malfoy.


Primeira Página do Diário da tia Cissy. Mais a caminho ;D