Crystal Sword By Sagitta Gemini Nya-Aka (Virgo Nyah e Akane Kyo)
Crystal Sword - Prólogo
Writter/Roteiro: Akane Kyo
Beta/Roteiro: Virgo Nyah
N/Akane: Olá gente boa agarra! Essa é uma fanfiction feita em dupla, mas para não modificar drasticamente o estilo de escrita, achamos uma boa idéia que só uma das duas gêmeas digitasse, enquanto a outra betaria, ajudaria no roteiro e daria toques para a writter (ou seja mandaria nela T-T)! Se alguma coisa estiver horrível em termos de escrita reclamem SÓ comigo ta? (a personagem Fernanda pertence inteiramente a Dupla Sagitta Gemini Nya-Aka) Até...
N/Nyah: Oiee! Bem, vejamos, que nota eu teria aqui... Qualquer coisa ruim com o roteiro fale comigo, porque, como disse Akane lá em cima, o roteiro é nosso, mas eu mando nela. Qualquer dica também vale, e, ao contrário das minhas fics e das fics da Akane, essa vai ter postagem regular, uma vez ao mês, no primeiro domingo ao mês (N/Akane: pelo menos essa é a nossa pretensão). Até lá em baixo :D
Prólogo
"As vezes é preciso percorrer o mundo inteiro, para achar uma coisa que sempre esteve dentro de nós" (N/Akane: se não é minha eu li em algum lugar que eu não me recordo XD)
Em um reino além dos limites deste mundo, o céu era azul e as roseiras estavam sempre em flor. Neste reino existiam um rei e uma rainha benignos, perfeitos em sua essência. Neste mesmo mundo lugares fantásticos jaziam perdidos, porque tudo ainda era pouco desenvolvido, mas felizmente – em um mundo tão peculiar – as coisas não eram impossíveis, e criaturas mágicas, piratas insanos e princesas em perigo realmente existiam.
Retornando ao reino, chamado Athena e ao castelo apelidado carinhosamente de Sanctuary, que era dividido em doze casas zodiacais – onde os defensores mais poderosos de todo o reino viviam – nascia no ano de 1900 do nosso e 3500 daquele mundo, a primeira e única filha do rei Aiolia e da rainha Marin, uma princesa que amavelmente recebeu o nome de Fernanda.
Neste dia chovia muito, o bebê viera um mês antes do esperado e tanto o rei quanto os quatro guerreiros que residiam em quatro das doze casas zodiacais estavam assustados, Shaka, a Shishi, estava em sua forma original, a de um cão maior que o normal e havia algo no ar que ela temia. Meses atrás Shaka chegara ao reino depois de dar uma enorme volta ao mundo, ela era o prenuncio de que algo diferente estava por vir e trazia notícias de Rozan.
Rozan era o nome das cachoeiras e montanhas do reino dos sábios, Shishis, fantasmas e espíritos bondosos. Lá vivia o ancião Dohko que há 200 anos atrás lhe dissera: "Neste mundo está para nascer a dona de algo precioso e poderoso, ela virá num reino marcado por muitas batalhas, que foram seladas pela espada de ouro, você Shaka como um Shishi, por certo deve proteger essa preciosidade até que ela esteja pronta. Ela virá do peito, mas antes que seja visível deixará uma marca. Seu berço é forrado de ouro e bondade, viaje até encontrá-la.".
Sendo assim, Shaka iniciara a sua viajem pelo mundo, tomando a forma de uma jovem de longos cabelos louros e lisos, olhos azuis e pele levemente amorenada. A cada lugar que chegava via pessoas e coisas diferentes, nisso cem anos se passaram, depois de tanto ver, cansada fechou os olhos, decidindo-se por fim a concentrar todo o seu poder nos orbes azuis, que ela só abriria em caso de extrema necessidade. Shaka talvez tenha sido aquela que disseminou a lenda da espada de ouro e do cristal por todos os lugares, mas não era possível ter certeza disso, afinal era uma famosa profecia, cantada como poesia e dizia algo que para a Shishi era desconhecido "o poder do cristal dará a aquele a quem a jovem pertencer a capacidade de conquista". Para a felicidade da Shishi, poucos acreditavam nessa lenda, assim como poucos acreditavam nas histórias de amor do Mago do Gelo e do Rei dos Escorpiões, que viviam muito próximos em um lugar onde a Sibéria e o Saara se encontravam, porém havia aqueles que já tinham estado nesses locais e que tinham conhecido os protagonistas das histórias e para esses se uma lenda prosada era verdadeira então o todo o resto também haveria de ser.
Este era o caso de um homem que viajou os últimos anos com a Shishi, um homem anormalmente forte que tinha lindos cabelos longos, porém ele fora a única pessoas de quem Shaka desconfiara, claro, o interesse dele não era viajar com ela e conhecer o mundo e sim obter o cristal e a espada, por isso, assim que ela descobrira a localização do suposto reino, abandonara-o em uma ilha cheia de riquezas, porém completamente deserta.
E era isto que preocupava Shaka, pois o homem não se contentara em ficar naquela ilha e pelo que ela sabia estava a caminho daquele reino escoltado pelo pirata mais temido da época, Ares.
Por isso, os quatro guerreiros em suas devidas casas e mais um exército repleto de homens ferozes estavam de prontidão em frente ao castelo, todos esperando a aparição daquele – que até onde a Shishi sabia – não possuía poder o suficiente para enfrentá-la e nem a uma multidão, mas ainda assim a perspectiva de ter uma batalha naquele dia a enchia de medo.
Na sala de parto a situação era bem diferente, a Rainha Marin tinha os cabelos vermelhos espalhados pelo travesseiro enquanto o rosto suado se convertia em feições diferentes conforme ela fazia força, o seu marido Aiolia estava o seu lado enquanto o irmão mais velho deste, Aiolos – que para que o irmão não tivesse um destino clerical virara padre – ficava ao lado, a frente de Marin e comandando todas as mulheres estava Shina, a médica que achava que aquele parto estava demorando demais, se continuasse assim a criança teria sérios problemas.
- Marin, você pode! – disse Aiolia mirando o rosto cansado da esposa. – conto com você! – disse lançando-lhe um olhar doce. A mulher sorriu e fez mais força. E sim, enfim um choro foi ouvido e ecoou pelas doze casas, ainda em seu posto Shaka festejou, nascera a princesa do reino de Atena.
A parteira terminou o trabalho e entregou a pequena para que uma criada a lavasse, a moça saiu porta a fora e foi seguida por um "tio Aiolos" felicíssimo, o homem viu a moça colocar o bebê ainda em pranto ao lado de uma bacia de prata e depois de verificar a água começar a banhá-la, era uma menininha e parecia incomodada com o sangue que transbordava pelo seu corpo. Aiolos a mirou, era tão bonitinha, cabelos pretos e mãozinhas pequenas, um típico bebê, a diferença era que ela era sua sobrinha. Sorriu feliz e continuou olhando o primeiro banho da pequena até que algo chamou a sua atenção, na base das costas da garota havia uma marca, era idêntica a uma escrita antiga que ele não sabia como ler, uma escrita árabe! Então era ela! Era ela a garota de quem a Shishi falara.
Sorriu alegre, tinha que contar isso ao irmão, todavia assim que saiu do quarto deu de cara com algo estranho, seu irmão Aiolia já segurava um bebê, parecido com o que ele pegara, mas ao mesmo tempo diferente.
- Aiolia... Que bebê é esse? – perguntou sem compreender.
- Oras Aiolos é o meu bebê, que você acabou de me trazer, não se lembra? – ele tinha um brilho estranho nos olhos, mirou atrás do irmão e ali estavam o pirata mais procurado do mundo e aquele de quem Shaka tanto lhes falara.
- Aiolia... Saia daí! É Perigoso, e-eles vão te atacar! – advertiu.
- O que é perigoso meu irmão? Neste corredor só estamos eu você e o meu bebê. – respondeu e virou-se indo ao quarto onde todos os outros se encontravam, Aiolos não poderia permitir aquilo, aquela criança não era a verdadeira, olhou para a porta de onde saíra e percebeu que lá dentro só havia Ares, e ele segurava o bebê.
- Ela é uma graça não acha? A filha dele também o é... Era ela quem estava nos braços do rei, fico feliz por isso, pelo menos ela será uma princesa, não é? – perguntou com um sorriso perturbador e então gritou apontando para o padre. – GENROU MAOU-KEN!(ilusão do príncipe das trevas).
E assim Aiolos retornou ao quarto e saudou alegremente aos pais como se nada tivesse acontecido, Shaka não percebera nada porque estava atenta a um ataque que fora feito na primeira casa. A psicocinese de Mu, o Clérigo tentava deter a espada de ouro que insistentemente tentava voar para as mãos daquele louco, ele era o homem escolhido para comandá-la, por sua força e mente perversos, o único que poderia e Shaka sentia isso, assim como Mu. A Shishi não podia abandonar seu posto, então nada fez para impedir aquela batalha.
Aquela espada de ouro era a mesma da lenda, a que havia sido tirada de uma pedra e gerara milhares de lutas sangrentas até não restarem "mãos" capazes de empunhá-la e fora selada no reino de Atena, ela dava poderes ilimitados a seu portador e em contrapartida o consumia. A mente da pessoa que a tinha ficava perturbada. O poder cegava seu detentor.
Ainda havia o agravante que era a existência do cristal, segundo a lenda quando unido a espada ou ao dono da espada mostraria um poder infinito que "conquistaria o mundo em um segundo", por mais de 500 anos esse cristal esteve desaparecido, uns diziam que tinha se partido em mil ou estava perdido naquele imenso mundo, outros ainda tinham uma hipótese que revelara-se quase que verdadeira, a de que um monstro o comera e morrera levando-o consigo para o mundo dos mortos. Infelizmente por ser muito inocente e estar ainda no início de sua viajem a Shishi revelara para algumas pessoas que ele viria pelo corpo de um bebê, em especial uma princesa, e exatamente como o fogo em palha num dia de verão a notícia se alastrou, em decorrência disso muitas e muitas princesas foram roubadas, dando origem aos contos de fadas, distorcidos para que as pequenas princesas e outras crianças tivessem medo de sair sozinhas a noite ou andar pela casa sozinhas e com a luz apagada e quando a Shishi pensava nisso ela sentia-se dividida, não sabendo se fizera algo bom ou ruim.
Mu, não estava agüentando mais, ela podia sentir que a mente dele estava fraca. Aquele artefato estava causando muitos problemas, eles deveriam tê-lo destruído como recomendara Shaka, mas quem dá ouvidos a uma Shishi de apenas 300 anos?
Manteve-se quieta na sua forma original, se algo acontecesse a princesa, jamais se perdoaria, era sua missão cuidar dela, iria até o fim do mundo apenas para morrer pelo seu motivo de existir. Ela não se preocupava com o cristal somente, rezava pelo bem da garota. Provavelmente ela não pedira para vir ao mundo com um cristal no peito e milhares de possibilidades de ser usada como uma arma, ela tinha alma. Respirou fundo não era hora de pensar naquilo, talvez devesse descer e inspecionar tudo, porém nesse mesmo momento viu Shura, o espadachim de cabelos verde petróleo e olhos escuros, descendo as escadas, ele parecia dividido entre alegria e desespero.
- Una niña, una hermosa niña! – gritou para a Shishi e continuou descendo, porém parou no meio das escadas como se pressentisse algo estranho ou estivesse paralisado, um clarão tomou o lugar cegando os guerreiros e foi possível ouvir uma explosão, como se o ar se rompesse segundos antes de Shura e a Shishi serem jogados contra a construção e o teto da mesma desabar. Shaka pulou sobre o homem e o protegeu dos escombros, com o próprio corpo, foi doloroso e a fez soltar um urro, sobre as costas de Shaka havia uma parte do teto e uma pilastra tudo feito de concreto, telha e madeira.
Shura a mirou assustado, nunca esperara uma atitude daquelas da parte daquela criatura, era incomum, e percebeu que podia ajudar, ela não agüentaria todo aquele peso por muito tempo. Com dificuldade devido aos ombros machucados e a posição ruim, Shura puxou uma espada que carregava presa as calças e pôs ao lado da cabeça da Shishi, transformando as pedras acima em pó e libertando os dois. Shaka não se moveu apenas deitou-se sobre o corpo do homem em sua forma original e ficou respirando fortemente.
- O que eu faço Shaka? – perguntou o espadachim sem mover o corpo da youkai, quando o som de passos foi ouvido.
- SHAKA, SHURA? O que houve? – perguntou o sumo sacerdote, padre e irmão do rei Aiolia, movendo a Shishi e colocando-a no chão.
- No lo sé, escutamos uma explosão e depois... O teto desabou e Shaka, me protegeu. – olhou para o bicho.
- Você também está ferido, não se levante... – sugeriu.
- Mas... E a princesa?
- Está tudo bem com ela, agora está sendo levada em segurança junto com a rainha para uma cidade longe daqui!
- Entendo. – respondeu o espadachim levantando-se, contudo uma dor na perna o fez cair novamente. – Intentare curar esse Shishi. – falou convicto.
- Deite-se Shura, está ferido! – uma voz diferente ecoou pela casa destruída, era o clérigo Mu que se aproximava, ele parecia bem, não tinha nem um fio de cabelo fora do lugar, porém sustinha uma carranca do tamanho de um iceberg. – eu já perdi a batalha, ele fugiu.
- Shi-shion está com a espada? – perguntou a Shishi fracamente.
- Infelizmente não pude impedi-lo de levar aquele artefato, meu mestre ainda é mais poderoso do que eu. – o clérigo suspirou. – as sete primeiras casas do castelo foram completamente destruídas, mas a princesa parece estar em segurança, Máscara da Morte também está bem.
- Per-perfeito... – sussurrou a Shishi, sabia que tinha cumprido até certo ponto com o seu dever, deveria estar com uma sensação de dever cumprido, mas por quê? Por que tinha aquela estranha sensação, como se algo ali estivesse fora de lugar?
Fim do Prólogo
N/Akane:
1: Nessa história Shaka na verdade é um Shishi, um youkai da mitologia japonesa com forma de cachorro com fogo na cabeça que vê fantasmas, tem poderes mágicos e ajuda/protege humanos. Estatuetas de Shishi, normalmente são encontradas nas entradas dos templos japoneses, com a boca aberta para repelir/expulsar o mal, com a boca fechada para guardar os bons espíritos, as vezes dependendo de como aparecem podem representar a vida e a morte.
2: Oh, sim o Shaka tomou a forma de uma mulher...
3: O Mu e o Aiolos são clérigos, mas na hierarquia o Aiolos está em outro nível, e ele por ser o filho mais velho é que deveria herdar o trono, porém como o irmão já estava muito apaixonado por Marin e o destino do segundo filho era ser clérigo ele aceitou trocar com o irmão, tornando-se assim um padre! XD
4: GENROU MAOU-KEN, é o nome do ataque que o Saga usava para manipular as pessoas no episódio G, como eu não me lembro dele no anime dublado e não tive acesso ao mangá de SS normal, fica esse nome mesmo (a minha gêmea também não se lembra XD).
5: Ares aqui não é o Saguinha, certo? Vão descobrir em breve... ou não o porque da escolha desse nome para esse personagem.
N/Nyah:
É impressão minha ou minhas notas não servem de nada? Ah, sim, a idéia de transformar Shaka em mulher foi minha, é um longa história, então, se quiserem saber o porque, me perguntem. Não esfolem a Akane por isso n-n.
N/Akane:
Eu não me importaria de ser esfolada por uma história que criamos juntas, mas tudo bem maninha linda! - Oh, sim ela é minha gêmea... ah mais uma coisa, finalmente descobri o nome do golpe em português, é o Satã demoníaco, mas eu ainda prefiro Genrou Maou-ken... XD!
