Ela Grita e chora, perguntando-se o porquê de tudo isso. A resposta vem apenas em forma de um sorriso. "Você é tão frágil e inofensiva... e isso torna o cenário ainda mais perfeito." Ele sabe como ela se sente naquele momento. É como se ele estivesse transpassando apenas com o olhar. "Sei como você está se sentindo agora, criança: Seu coração dói. Seu rosto está corado. Você está com medo."

Ela o fitou de volta, tentando controlar-se; os sussurros dele, porém, eram doces demais. Sedutores demais.
"Hoje iremos para o nosso lugar especial, mas antes preciso que você deixe um aviso aos nossos queridos...colegas de recinto."

Enquanto ele falava, ela podia sentir acontecendo novamente. Sentia como se sua consciência se afastasse, fazendo sua visão ficar turva e desconexa. Seus membros se mexiam idependente à sua vontade. Novamente, ele havia tomado o controle de seu corpo.

"Eu entendo que haja medo. Na verdade, criança, o medo é o sentimento mais humano que existe. O medo é seu mecanismo de proteção, é o que te impede de ir além do que se deve. Esse é um defeito seu criança. Você foi além da onde deveria ter ido. E agora, eu sou seu presente e seu futuro. E agora você arcará com a consequência: Eu serei o seu fim, assim como fui o seu começo.

A experiência de ser controlada era deliciosamente prazerosa, mas igualmente perturbadora e desesperadora. Ela via suas pernas e seus braços funcionando sozinhos sem qualquer comando. Ela viu cada letra sendo desenhada por sua própria mão, percebendo, no final, a consequência de se abrir e se entregar à alguém que nunca de fato conhecera, à alguém que mentiu e manipulou. Ela percebeu que acabara de escrever sua sentença de morte.

"O esqueleto dela jazerá na câmara para sempre"