O assassino da máscara

Cena de abertura:

- É isso mesmo. Aguardo-te! – saboreou mais um donuts.

- Ahn... já são quase 19 horas! Vem rápido... – colocou o fone no gancho e coloca mais um donuts na boca.

Foi para o quarto, onde começou a se preparar para tomar um banho. Ligou o chuveiro e retornou à frente do guarda roupa, tentando escolher uma roupa para se vestir. O telefone começa a tocar e, permanece insistentemente por um tempo.

- Droga... – pensa – Ah, quer saber, deixa tocar! – fala continuando a fazer suas tarefas.

- Por que será que somente nestas horas o telefone toca? – perguntou demonstrando irritação com aquele barulhinho infernal vindo lá de baixo.

Pensou mais uma vez e, resolveu ir lá atender. Desceu as escadas, acendeu as luzes da sala e, simplesmente o telefone parou de tocar assim que ela colocou a mão nele para atendê-lo.

- Isso só pode ser brincadeira! – bufou de raiva e voltou-se para as escadas, retornando ao seu quarto.

Só se ouvia o barulho da água caindo na banheira e a voz dela reclamando.

- Já estou atrasada e nem sei que roupa usar... será que dá para piorar? – está última parte falou baixo; não queria que nada desse errado.

A tensão foi embora quando finalmente entrou na banheira, permanecendo por alguns minutos, quando novamente o telefone começa a tocar.

- Mas que diabos... vai ficar tocando... eu é que não vou sair daqui para chegar lá embaixo e parar de tocar! – falou decidida continuando a saborear o banho.

Mas aquele barulho começou a incomodá-la de forma que já não conseguia mais ouvir os seus pensamentos. Saiu apressada, enrolou-se na toalha e desceu as escadas e, ainda no escuro atendeu ao telefone:

- Alô... quem fala? – argumentou.

Mas do outro lado da linha estava mudo, mostrando que quem quer que fosse já tinha desligado.

Olhou para o relógio. Já havia passado das 19h.

- Estou atrasada! – falou enquanto subiu rapidamente as escadas.

Ainda não sabia que roupa usaria. Vestiu uma camisola e pegou dois vestidos de dentro do guarda roupa e começara a escolher qual dos dois usar, quando o telefone novamente toca. Sem reclamar, correu até a sala e atendeu ao telefone:

- Alô... quem fala? – perguntou eufórica.

- Olá... – responde uma voz desconhecida.

- Você quer falar com quem? – continuou.

- Com você! – fala acertadamente.

- Desculpe... estou um pouco atrasada! Não posso falar agora... – mal termina e desliga o telefone.

Porém, mal começa a subir as escadas, o telefone toca novamente.

- Droga... o que será que ele quer? – estava curiosa.

- Alô... – pergunta.

- Prometo que vai ser rápido! – responde a mesma voz.

- É você de novo! Se estiver se sentindo carente... tem outros números que você pode ligar... – falou irritada.

- Qual o seu filme de terror favorito? – abafa um risinho.

- O que? É um trote não é? – ri.

- Me responde a pergunta: Qual o seu filme de terror favorito? – pergunta novamente, só que desta vez com a voz diferente.

- Mudou a voz? Já sei... é você não é, Bruce? – tenta argumentar.

- Não conheço nenhum Bruce! – responde.

- Eu tenho mais o que fazer... já estou atrasada e você está me atrasando ainda mais! Tchau... – porém é interrompida quando ia desligar o telefone.

- Se desligar vai morrer... – grita – Você quer morrer? – pergunta.

O susto toma conta dela.

- Você quer morrer Melissa? – pergunta novamente.

- Quem é você? – suas mãos trêmulas.

- O que você acha disso? – brinca.

- Como descobriu meu telefone? E como sabe meu nome? – andava pela casa.

- Você é bem mais bonita pessoalmente! Acho que deveria ir com o vestido vermelho... vai ficar lindo em você! – fala.

Ela vai até a cozinha e pega uma faca para tentar se defender de algum tipo de ataque.

- Meu namorado está para chegar a qualquer minuto! – argumenta.

- Você não tem namorado! – já havia passado mais ou menos uns quinze minutos.

- Tenho sim... e ele ta chegando! – estava bastante assustada.

- Acho que está blefando! – diz com toda a certeza.

- O que você quer? – pergunta, enquanto tenta ligar pra alguém pelo celular.

- Ninguém pode te ajudar... você está sozinha, Mel! – a situação se complica ainda mais.

- Do que está falando? Onde você está seu cretino? – a raiva começa a tomar conta dela.

- Bem aqui... – responde.

Nesta hora, ele aparece e começa a atacá-la, que por sua vez, tenta fugir ou se defender como pode. Os gritos são ouvidos de longe, porém não havia ninguém por perto para ajudá-la.

Melissa tentou sair pela porta, porém não conseguiu abri-la, tendo que correr pela escada entrando em seu quarto e trancando a porta em seguida.

Estava ferida e assustada e tentava de todo jeito chamar por ajuda. A maçaneta da porta começou a mexer, mostrando que alguém tentava abri-la de qualquer jeito, sem sucesso. Melissa foi até a janela e começou a gritar por socorro, quando o Ghostface aparece do nada e a ataca novamente, dando-lhe duas facadas e jogando-a da janela onde estava no 2º andar, até o chão, onde seu corpo permaneceu já sem vida.

Nunca uma noticia pudera chocar uma pequena cidade no norte dos EUA, a estudante de medicina Melissa Hart foi encontrada morta às 20 horas na entrada de sua casa, com vários ferimentos pelo corpo. Segundo sua amiga Stacy, que foi a 1ª a encontrar e avisou a policia, tinham conversado às 19 horas e marcaram um encontro, no qual Stacy iria buscá-la. Não se sabe ainda o motivo do crime e não há nenhum suspeito em vista.

Todas as emissoras de rádio e televisão pronunciavam a morte brutal e cruel da jovem que sonhava em ser médica e acabou tendo um final trágico.

Mas isso seria o final ou somente o começo? Se seu telefone tocar... tente não entrar em "PÂNICO".