Salvadora (também conhecida como Beta): Vickarasu (mil vezes obrigada!) – ela é uma escritora do Fanfiction.
Aviso: antes de começarem a ler essa história, eu gostaria de avisar que seu conteúdo é homossexual e indicado para maiores de dezoito anos. Ressalto que não me responsabilizo por qualquer dano (moral, psicológico...) que lê-la pode causar. Desfrutem de seu livre-arbítrio e, caso pretendam seguir adiante, sejam bem-vindos a um pequeno lapso com a realidade.
Aviso II: não sei se alguém por ventura virá dizer que estou contando sua vida em alguma parte, portanto quero destacar que qualquer semelhança é pura coincidência. Além disso, Saint Seiya e seus personagens não me pertencem.
Sobre as cores: como eu não tenho certeza das cores dos olhos e dos cabelos, deixarei assim: Camus ruivo e com olhos vermelhos e Milo loiro e com olhos azuis (dados tirados da internet sobre como os dois são no mangá); já os demais cavaleiros terão as cores definidas pelo anime.
Summary: Camus é detetive e espião, muito admirado e pouco conhecido. Mas receberá uma missão que destruirá sua vida. Ao menos o jeito como ela era. MiloxCamus. YAOI, LEMON!
Codinome: Esmeralda
Capítulo I
- A missão -
"Doce esmeralda, pétala de flor, pérola de chuva, pequena gota de amor."
By Ticiane Teles.
Trabalhava concentrado em mais um caso de homicídio quando fora chamado ao escritório de seu chefe. Não era raro ter conversas com pessoas em cargos superiores ao seu, mas ser convocado pessoalmente era... incomum. Ainda mais enquanto estava ocupado.
-Por favor, detetive Camus, sente-se. – pediu o chefe educadamente enquanto via o outro fechar a porta; sentou-se na poltrona e o detetive no sofá em frente a esta.
-Senhor Shion, posso saber de que se trata? – questionou. Estava irritado com a demora do caso e a falta de provas para solucioná-lo.
-Camus, acho que você já percebeu que o que tenho para lhe dizer refere-se ao seu outro trabalho.
-Sim, senhor. Percebi as medidas de segurança que o senhor tomou, em especial a de a sala ser a prova de som. – disse sério, com seu ar frio e impessoal. Shion sorriu.
-Ótimo. Eu sabia que você seria a pessoa mais indicada para essa missão, ruivo. – falou se levantando e indo de encontro ao detetive para lhe dar dois tapinhas no ombro. – Escute, o caso em que você está trabalhando é aquele em que o casal e os três filhos foram estuprados, desmembrados e por fim mortos?
-Sim.
-Você e sua equipe já têm algum suspeito? – indagou ao sentar-se ao lado de Camus no sofá.
-Alguns. O mais indicado é um homem em torno de 25 anos; ainda não conseguimos identificá-lo, pois estava usando uma máscara. Tudo o que sabemos é que ele é alto, cabelos curtos e escuros.
-E há grandes suspeitas de que ele estivesse drogado, certo?
-Sim, por causa de um comprimido de ecstasy encontrado pela metade na cena do crime.
-Então, Camus, você poderá resolver esse caso enquanto trabalha como espião. – o ruivo apenas franziu um pouco o cenho e Shion continuou. – A missão que eu tenho para você é acompanhar um homem que suspeitamos estar relacionado com "Os gêmeos", que vêm controlando o mercado negro e, como bem sabemos, marcando as mercadorias. Já que o comprimido apresentava parte de um emblema que combina com o utilizado por eles, quero que você descubra que tipo de ligação existe entre esse homem e "Os gêmeos" e o siga até eles, para que possamos capturá-los.
-Hum.
Shion levantou-se, pegou uma pasta que repousava em cima da mesa e entregou-a a Camus.
-Aí estão as características físicas dessa pessoa, mas não sabemos muito sobre seu comportamento. Ele chegará ao aeroporto amanhã, por volta do meio-dia. Seu nome é Milo e ele irá contratar uma mulher para ser sua "empregada particular".
-Shion, eu sei que, pelo acidente que sofri quando criança, eu realmente posso me disfarçar de mulher, mas o Mú não seria melhor? Afinal, ele sabe se socializar com mais facilidade. E também é mais delicado.
-Camus, lembra-se de que Mú quebrou a perna? Ele está na reabilitação. – o ruivo suspirou. – Então escute: você é um dos poucos agentes que nós temos e que tem a capacidade para fazer algo assim. Já mandamos cinco espiões até então e todos reapareceram mortos. Eu também preferia que o Mú fosse, mas ele não pode ir. E, além da capacidade, você tem tanto rosto quanto corpo andrógenos. Você foi escolhido, Camus.
O ruivo apenas suspirou novamente.
-Olhe, não queremos mais um morto, entendeu? Então tome muito cuidado. Não se empolgue demais enquanto procura como resolver esse caso de homicídio. Primeiro temos de ter certeza de que Milo está conectado com esses traficantes. Provavelmente ele nos levará até eles.
-Hum.
-Ótimo. Então mais alguns detalhes: não queremos que te reconheçam em hipótese alguma, portanto você usará lentes de contato verdes e seus cabelos serão tingidos para que você fique loiro.
-Não vou pintar meu cabelo! – disse olhando ameaçadoramente para Shion.
-Calma, calma. Usaremos aquela tinta que sai após algumas lavagens. Deve durar em torno de uma semana, portanto você levará essa tinta escondida. Afinal, não temos certeza de quanto tempo será necessário.
-Certo.
-Você já pode ir ao salão de beleza, detetive. – sorriu e viu o rosto do ruivo de contorcer de desgosto levemente.
-Quem seguirá com o caso?
-Hyoga.
-Você acha que ele conseguirá? – perguntou com uma sobrancelha erguida.
-Bem, ele trabalha na sua equipe e é esforçado. Dê uma chance ao garoto, Camus. Além do mais, quem estará realmente avançando com o caso será você. Direi a todos que foi visitar um amigo seu na Sibéria.
-Ok. – disse antes de se levantar, receber uma segunda pasta e sair rumo ao salão. Odiava essa parte de seu trabalho: se dissessem para se vestir de bailarina e dançar tango com um ornitorrinco no meio da rua, não tinha como negar ou mudar; a única solução era fazer o que mandavam.
Ao parar no sinal vermelho com seu carro, mudou de idéia. Salão? Pra quê? Depilar? Nunca! Tentara uma vez e aquilo doía horrores! Já que seus pêlos não eram grossos, mesmo, decidiu ir para casa e usar uma gilete. Era mais rápido e não doeria nada.
Respirou fundo. Mais uma vez teria que deixar de lado a vontade de ter um corpo musculoso. Já estava se acostumando a ser daquele jeito, sem músculos bem definidos ou trabalhados. Realmente deveria parecer uma menina.
-Maldição de acidente! – tudo porque seus pais estavam bêbados. Desde aquele dia prometera que nunca iria beber.
Balançou a cabeça e voltou a se focar no trabalho. Agora deveria se concentrar para falar sempre com a voz uma pouco mais fina e SER uma garota. O mais importante é que deveria ser uma candidata muito melhor do que as outras.
Ainda dirigindo, abriu a segunda pasta que falava de seus novos dados e checou seu nome. Era português ou espanhol, não se importava. Em letras itálicas estava, bem na sua frente, o nome que faria parte do primeiro passo para destruir sua vida. O nome que nunca seria apagado de sua memória. Dividindo sua atenção com o trânsito e com as letras, conseguiu compreender o que estava escrito.
"Nome:Esmeralda de Assunção"
Até que achara um nome fora do comum, curto demais, com uma sonoridade demasiadamente estranha. De certa forma patético. Mas aquele não era seu nome, afinal. Era apenas um codinome. E como não gostara da parte "de Assunção", pensou consigo uma pequena frase marcada para sempre em sua história.
"Codinome: Esmeralda" – pensou e entrou com o carro na garagem de seu prédio. A partir do momento em que aceitara aquela missão, seu destino havia mudado drasticamente.
- Fim do capítulo 1 -
Continua...
