Chego novamente ao Departamento e encontro Cara, com o rosto ferido e olhar de compaixão. Pergunto o que houve, e de repente, penso em Tris.

-Onde ela está? – Pergunto a Cara.

- Ela entrou no laboratório, no lugar de Caleb. Ela sobreviveu ao soro da morte, mas quando entrou, David atirou nela. – Diz Cara.

Ela me guia até uma sala com pouca iluminação. Em uma mesa de ferro, vejo seu pequeno corpo. Tenho a impressão de que ela está apenas dormindo, e que se eu tocá-la, ela acordará com um sorriso, me dará bom dia e um beijo, mais apaixonado do que qualquer outro que já me deu. Mas quando a toco, não é isso que acontece. Ela está fria, com o corpo imóvel, rígido.

Perco o chão. Isso não pode ser real. Isso não pode ser real. Espere... Isso não é real!

Acordo na sala de simulações, assustado, suando frio. Olho ao meu redor, procurando desesperadamente por ela. E ao olhar para o lado, a vejo. Ela vem em minha direção, com um sorriso tranquilizador. Ela entrelaça seus dedos nos meus, me abraça, deslizando suas delicadas mãos por minhas costas, exatamente onde estão minhas tatuagens, pressiona seus lábios nos meus e me diz que nada daquilo foi real. Sinto-me aliviado, por finalmente poder ir pra casa. A nossa casa.

Ao sair, vamos para nosso apartamento, próximo ao Merciless Mart. Ainda é estranho ver Chicago sendo repovoada. Os cientistas chamaram-na de a quarta cidade, pois está sendo repovoada pela quarta vez. Mas no momento, nada disso me importa, pois tenho comigo a única pessoa que preciso. E sei que nada mais poderá tirá-la de mim.