Fic em parceria luso-brasileira de Uchiha Dark Moon e Hatake Hitomi.

Yaoi, Yuri e Hentai, não gosta, não leia.

Japão, período Kamakura, ano de 1200.

Um jovem andava sozinho pela noite escura, noite amaldiçoada, noite dos mortos. Sabia que não podia estar ali, mas precisava, ou sua mãe morreria junto a seu pai. Algo aconteceu com eles, ainda não entendia muito bem o que, mas fora algo demoníaco, isso tinha certeza. A lua cheia ia alta no céu, mostrando ser quase meia noite, à hora maldita, hora que ninguém em sã consciência deveria estar na rua, mas ele estava, e uma criatura da noite, das trevas, sabia disso.

Algo saiu da escuridão, dando as caras na luz. Fazia tempos que via aquele humano por ali. E era uma beleza, tinha que admitir. Algo que ele, criatura da noite, nunca esperara.

- Posso saber o que faz por aqui, a estas horas tão tardias, um garoto de tenra idade como tu? - apontou o jovem.

- Quem és tu, senhor? - deu um passo para trás - Não falo com estranhos. Com licença. - voltou pelo caminho que andava anteriormente, tinha medo que aquele senhor fosse um deles.

- E aonde achas que vai, fedelho?

- Já disse que não falo com estranhos. - fez outro caminho.

- Sou Madara. - falou.

- Impossível. - andou pra trás, encostando-se à parede - Madara foi o fundador de meu clã. Morreu há dois séculos.

- Morri? - arqueou uma sobrancelha. - Acho que não...

- Morreu sim, tudo na história do clã conta isso. - estava com medo, primeiro por estar falando com um fantasma, e segundo, por não vê-lo ainda.

- Relaxa... - finalmente apareceu, sendo iluminado pela lua. E era belo. Cabelos compridos e negros. Tipicamente um Uchiha.

- Mas como? - olhava abismado para o homem.

- Nada de mais. - sorriu.

Andou em direção ao homem, ia tocar sua face. Ele era tão lindo, que o medo começou a passar.

- Itachi, não é assim?

- Hai... Uchiha Itachi... Posso te tocar?

- Sim... Por que não?

Avançou um pouco mais, tocando a face de Madara com a ponta dos dedos. Recuou a mão ao sentir a pele dele gelada, parecia morta. Tocou novamente, dessa vez com a mão inteira e pode confirmar, era muito gelada.

- Por quê?

- Por que... Eu sou frio. É mesmo assim. Há mais de dois séculos. - estendeu a mão para tocar a de Itachi. - Posso?

- Hai... - estava com medo, mas deixou.

Madara tocou um pouco e depois se afastou.

- Bem... O que fazes aqui a estas horas tardias, tinha eu perguntado?

- Meus pais... Eles... - começou a chorar - Eles estão morrendo. Ninguém sabe o que fazer, mas me disseram que tem uma erva que pode curar eles.

- Sério?

- Hai. - olhou nos olhos do maior, notando uma estranha coloração vermelha neles – Onegai, me ajude. Eu preciso salvá-los. Tem que haver um jeito.

- Hm... Eu posso ajudar...

- Sério? - sorriu como a muito não sorria - Vamos logo então. Temos que chegar a tempo. - pegou na mão de Madara.

O moreno foi atrás, caminhando lentamente. Com pose e postura, logicamente. Era alto e com uma estrutura forte. Itachi puxava o maior pela mão, não entendia como ele podia ser tão calmo. Quase quinze minutos depois chegaram a sua casa, que ficava num bairro que somente o seu clã vivia.

"Velhos tempos." - pensou, entrando na casa de Itachi.

- Eles estão no quarto principal. - foi na frente, guiando Madara pela casa.

Quando Madara chegou lá, Fugaku e Mikoto, que eram os pais de Itachi, já estavam mortos.

- Opa... Melhor enterrá-los.

- Não. - gritou Itachi ao ver os pais mortos. Seu otouto, Sasuke, estava por sobre Mikoto, chorando - Porque não foi me avisar, Sasuke? Tinha que ter ido atrás de mim.

- M-Mas... Nii-san... Han... - chorava, babadinho.

Madara olhou o garoto e virou os olhos.

"Este rapaz é mesmo um Uchiha, ou foi adotado?" - pensou.

- Saia de cima dela... Temos que enterrá-los. - tirou o irmão de cima da mãe, e chorando, pegou a mulher nos braços - Madara, pode me ajudar?

- Claro. - pegou Fugaku como se nada fosse e colocou-o no ombro esquerdo. Pegou também Sasuke ao colo, pois o garoto estava bem desamparado.

- Aligatou... – falou parecido com um bebê.

Itachi foi para o cemitério do clã. Fizeram a cova e enterraram Mikoto e Fugaku. Sasuke não parava de chorar, enquanto Itachi já parara, mas era difícil ver sua mãe querida, morta.

- Não imagino o que vamos fazer agora, Sasuke. Não trabalhamos e o dinheiro de nossos pais vinha do trabalho deles. - abraçou o irmão.

- Podem ficar comigo. - disse Madara. - Afinal, somos do mesmo clã.

- Sério, jiji? - indagou Sasuke, limpando os olhos.

- Jiji é o caralho, fedelho!

- Ai... - encolheu-se.

- Sasuke, mais respeito. - brigou com o menor - Nós agradecemos, Madara. Não seremos um incomodo para ti?

- Claro que não. A minha casa é bem grande. Cabe lá um batalhão. - deu um riso másculo.

- Nós vamos então. Arigatou, Madara. - sorriu ao maior.

- De nada. - com Sasuke no colo, foi andando na frente. Usava uma roupa linda. A capa esvoaçante.

Itachi conforme andava, não conseguia tirar os olhos de Madara. Ele era lindo, aqueles cabelos compridos negros esvoaçavam conforme o vento batia, o corpo escultural chamava a atenção de qualquer um, e pelas roupas que usava, que pelo que podia ver era costuradas com linha de ouro, deveria ter muito dinheiro. Olhou para sua roupa e para a de Sasuke, não se comparavam em nada com as de Madara. As suas eram surradas, estavam rasgadas e sujas. Sua família era muito pobre, seu clã havia ficado pobre com o passar das gerações.

Quando chegaram à mansão de Madara, foram recebidos pelo mordomo.

- Edward, estás dispensado por hoje. Mas diz à Elwira que prepare um jantar delicioso para os meus convidados. - apontou os irmãos Uchiha. O mordomo fez uma vênia e retirou-se. - Venham, garoto.

Foi na frente e levou-os pelas escadas. Subiram dois andares e foram até a uma porta grande.

- Aqui é o meu quarto. - apontou outra porta, ao lado. - E este vai ser o vosso quarto. Entrem. Lá está tudo o que vão precisar.

- Arigatou, Madara. Não sei nem como agradecer. Se eu puder fazer alguma coisa, qualquer coisa, é só me falar. - sorriu e pegou seu irmão que ainda estava com Madara. Sasuke havia dormido.

- Podes vir ao meu quarto esta noite. - sussurrou no ouvido do menor, rindo e entrando nos seus aposentos.

- Hai... - ficou completamente corado. Não entendia as palavras de Madara, mas faria como fora mandado.

Entrou no quarto, vendo como este era lindo e grande. As paredes eram de cor clara, salmão. A cama ficava bem ao centro, esta de casal. Os lençóis eram brancos com desenhos de flores em dourado, os travesseiros também eram brancos com flores em dourado, mas tinham uma franja, esta também dourada. A mobilha era pouca, mas muito fina. Tinha uma cômoda grande branca, com puxadores dourados, ao lado um guarda-roupa também branco com os puxadores em dourado, igual à cômoda. Deitou Sasuke na cama e foi até uma porta, descobrindo ali como o banheiro. Este era completamente branco, todas as louças, parede, tudo. Voltou ao quarto e foi até o guarda-roupa e abriu este, vendo ali várias roupas de várias cores. Sorriu, tinha muito que agradecer a Madara. Acordou seu irmão e foram juntos para o banho, este que era de água quente, coisa que nunca havia visto. Depois do banho colocou uma roupa inteira negra, amava aquela cor. Sasuke colocou qualquer roupa e voltou a dormir. Itachi foi até o quarto de Madara, batendo na porta .

Madara tocava piano no seu quarto. Não tinha vizinhos, podia fazer barulho quando quisesse. O quarto tinha paredes amarelo-ouro. A cama era King Size, de colcha roxa com efeitos dourados. Os lençóis eram da mesma cor e as almofadas pretas. Tinha uma cómoda e um guarda-roupa iguais ao do quarto de Itachi e Sasuke. O piano era de cauda e negro.

- Entre... - disse, enquanto deslizava os dedos graciosamente pelo teclado.

Itachi entrou, e ficou boquiaberto com a beleza do quarto, mas essa foi esquecida, assim que viu Madara tocar piano. Amava o instrumento, achava o som lindo. Foi até o maior, ficando atrás dele.

- Tocas muito bem. - elogiou - Queria poder tocar também.

- Sério? Eu posso ensinar.

- Mesmo? - seus olhos brilharam - Eu quero sim, quero muito.

- Ena... Senta aqui. - deu-lhe espaço no banco.

- Hai. - sentou ao lado de Madara, tocando de leve a mão deste. Não se incomodou por ela ser gelada, Madara fizera tanta coisa por si em tão pouco tempo, que não tinha direito de falar ou fazer nada.

Pela noite dentro, o moreno mais velho - e bem mais velho - ensinou algumas coisas a Itachi, que era muito inteligente e aprendia depressa, o que fez Madara orgulhar-se. Um pouco antes de amanhecer Itachi parou de tocar.

- Estou cansado. Logo o sol nasce. - bocejou.

- Ok. Vai dormir, pequeno. - falou, dando um sorriso mínimo.

- Durma bem, Madara. - deu um beijo na bochecha do outro Uchiha, se retirando em seguida.

Madara espreguiçou-se também e levantou-se dali. Fechou as cortinas brancas e grandes e despiu-se todo, deixando a roupa no cadeirão dourado no canto do quarto. Nu, deitou-se na cama e fechou os olhos, adormecendo.

Itachi acordou em torno das duas da tarde, olhou pelo quarto e notou que Sasuke não estava ali. Colocou uma roupa, desta vez cinza, e foi procurar o irmão pela mansão. Andou pelos corredores, admirando tudo por onde passava. Havia vários quadros e várias estátuas, desse período e dos anteriores. Somente nesse momento que se perguntou de novo se Madara tinha mesmo mais de dois séculos como ele havia dito. Ao chegar ao grande salão, encontrou Sasuke parado admirando um quadro.

- Finalmente o achei, otouto. - pousou a mão no ombro do menor.

- Oi, nii-san. - abraçou o maior, beijocando-o.

- Acordou faz tempo? Quando acordei você não estava mais no quarto.

- Ya, acordei cedinho. E o Edward levou-me pelos jardins da mansão.

- Deve ser muito lindo os jardins. Vamos lá comigo? Assim você me mostra tudo.

- Hai... - o menor puxou Itachi pele mão e levou-o aos jardins. Logo na entrada, bem no meio, havia uma enorme fonte, que deitava água fresca e uma escultura muito linda, de uma mulher. Muitos canteiros de relva, decorados com rosas vermelhas, negras, azuis, brancas e amarelas. Mais à frente, amores-perfeitos de várias cores.

Havia ainda um enorme labirinto, na parte de trás. Enorme, mesmo. E, bem no meio, havia uma estátua do fundador dos Uchiha, Madara.

- Isso aqui é enorme. Não reparei quando viemos ontem à noite. - olhava admirando tudo - Nossa, ficamos bastante tempo por aqui. - o sol já se punha - Viu Madara? Desde que acordei que não o vejo.

- Estou aqui. - apareceu. Tinha um quimono roxo, desenhos a ouro. - Estão bem?

- Já me perguntava se você tinha sumido. - disse Itachi - Eu acordei tarde, mas você Madara, inacreditável.

- Eu durmo muito, é verdade. - deu um beijo em cada um.

- Vamos comer, titio? Tou com muita fome... - disse Sasuke.

- Claro.

- Também estou com muita fome. - Itachi seguiu os dois para dentro da mansão, indo em seguida para a sala de jantar.

- Eu também. - mentiu o Uchiha mais velho. Todos se sentaram à mesa. E logo uma empregada veio servir o jantar.

- Itadakimasu! - exclamou Sasuke, começando a comer.

Madara pegou o cálice de vinho e bebeu.

- Itadakimasu. - Itachi também começou a comer, mas notou que Madara não tocara na comida - Achei que estava com fome, Madara.

- E estou. - sorriu minimamente e comeu alguma coisa.

- Isto está uma delicinha... - comentou Sasuke.

Itachi voltou a comer, mas não parava de olhar de canto para Madara. Achava muito estranho o maior dizer que estava com muita fome e agora não comer quase nada. Seu otouto por outro lado, comia muito, mas também pudera, aquela comida estava divina.

- Bom, desculpem-me, mas vou retirar-me. - Madara levantou-se e saiu dali

Nem Itachi nem Sasuke entenderam aquilo, mas como Madara era o dono da casa, nada podiam fazer. Terminaram de comer e Sasuke foi para os jardins, já Itachi foi ao quarto de Madara.

- Posso entrar? – disse ao bater na porta.

- Claro. - disse o homem lá dentro. Estava deitado na cama, lendo.

Itachi assim o fez, entrou no quarto e foi sentar ao lado de Madara.

- Sei que isso não é da minha conta, mas estou muito curioso. - não olhava para o maior - Tu não és normal, isso eu já notei, mas... O que és o senhor?

- O que é que achas que eu sou? - indagou, esboçando um sorriso. - Durmo de dia, não tenho apetite, sou pálido e frio...

- Me fale mais coisas que pode ser que eu adivinhe. - olhou nos olhos do maior, notando aquele brilho vermelho nestes.

- Hm... Velocidade e força anormais... Vivo há mais de dois séculos...

- Se alimenta de algo em especial? - começava a ter certeza do que o maior era, mas preferia não acreditar naquilo.

- Sangue.

- Não pode ser... - levantou da cama em um pulo - Tu és um vampiro. - seu sangue gelou devido ao terror.

- E daí?

- Vais matar eu e meu irmão... - seu coração acelerou.

- Não, não vou.

- Isso é normal de vampiros. Não adianta me dizer o contrário. - saiu correndo dali, indo para seu quarto. Infelizmente seu irmão já se encontrava lá, mas dormindo - Precisamos sair daqui, ou vamos morrer.

Madara apareceu ali.

- É o normal para os inexperientes e imaturos. E eu não sou desses. - segurou Itachi e mostrou-se sério.

Itachi não conseguia dizer nada, não tinha forças para falar. Seu corpo inteiro tremia, mas acreditava no maior.

- Eu quero vocês aqui. Eu amo-te... - suspirou, abraçando Itachi.

Nunca se subjugara a ninguém e nem mesmo proferira tais palavras. Mas aquele garoto era especial. Muito especial.

- Madara... - ficou chocado, mas era obrigado a admitir, desde que conheceu o maior sentiu algo muito forte por ele. Não sabia se era amor ou o que, mas era forte, e queria explorar esse sentimento ao máximo - Não vou dizer que também te amo, mas sei que sinto algo muito forte por ti. Gosto muito de você. - abraçou o Uchiha com carinho, sentia todos seus medos irem embora.

- Sério? - sorriu abertamente e pegou o queixo do menor, tocando-lhe os lábios com o polegar. - Posso?

- H-Hai... - nunca havia beijado alguém. Estava completamente envergonhado.

Lentamente, os lábios de Madara aproximaram-se dos de Itachi e, finalmente, colaram-se, dando início a um beijo lento e molhado. Itachi a principio não sabia o que fazer, mas conforme foi sentindo os movimentos de Madara, imitava-o. Mexeu sua língua com certa inexperiência, mas nada que o tempo não desse jeito.

O mais velho apertou-o com os braços fortes e juntou mais os corpos, enquanto dava continuidade ao beijo. Sugou a língua do rapaz, mordeu-lhe o lábio de baixo, explorou cada canto daquela boquinha virgem. Itachi gemia entre o beijo, aquilo era novo para si, nunca havia sentido nada igual, e aquelas sensações... Todo seu corpo fervia, não entendia muito bem, e mesmo o contato com a pele gelada de Madara não era suficiente para fazer seu corpo esfriar. Estava amando tudo aquilo.

- Hm... - afastou os lábios dos do menor, para que este respirasse. - Daijoubu?

- H-Hai... - tinha os olhos semi-serrados e a boca entre aberta.

- Bem... O teu irmão já dorme e tu devias fazer o mesmo. - apontou a cama.

- Aham... - não raciocinava direito, por isso deitou na cama, adormecendo no mesmo momento, enrolado nos lençóis.

Madara voltou para o seu quarto e foi tocar piano, bem baixinho, para não incomodar os convidados. Quando amanheceu e se sentiu com forças para dormir, deitou-se na cama e ficou lá o dia inteiro.

Dois meses haviam se passado, e a vida de Itachi e Sasuke estava as mil maravilhas, mas as coisas iriam mudar, e muito em breve...

- Madara. - disse Itachi entrando no quarto do amante, assim que caiu a noite - Não vai levantar?

- Hai... - este abriu os olhos avermelhados e sorriu. - Vem cá, meu tesouro...

Itachi sorriu e foi até o moreno, como era normal desde que soube o que Madara realmente era.

- Só tem uma coisa que não gosto nesta sua condição. Você passa o dia inteiro dormindo. - deu um selinho nos lábios do amante.

- E daí? Podias fazer o mesmo. - sorriu.

- E meu otouto deixa? Já tentei pra poder passar a noite toda com você, mas não consegui. Se não é o Sasuke, é algum dos empregados. - sorriu - Madara, tenho me perguntado uma coisa... Desde que chegamos nunca te vi se alimentar.

- Tenho reservas de sangue na cave.

- A ta... Como se vira um? - olhou constrangido para Madara.

- Tem que ser mordido e beber o sangue dele. - contou, acariciando os cabelos do outro Uchiha.

- Só isso? - ficou pensando no que o maior falara.

- Sim. - deu-lhe um beijo no pescoço. - Olha... Nunca transaste?

- Nunca... Você nunca me quis. - olhou pra baixo, triste.

- Eu só estava esperando o momento certo, bebé... Eu ia fazer o quê? Pegar-te e transar logo contigo? Não.

- Mas eu queria desde o primeiro beijo que me deu. - acariciou a face dele - E ainda quero. - falou de um modo sedutor.

- Então podemos transar esta noite... - mostrou as presas e lambeu-lhe a bochecha. - Mas eu vou ter que ser contido...

- Hai... Onegai, Mada. - beijou o pescoço do maior - Mas se preferir... Podes me transformar. Quero ficar com você pela eternidade.

- Não!

- Porque não? Não quer ficar comigo? Não me ama?

- Eu não quero transformar-te. É horrível. Não quero isso para ti.

- Mas como vou poder ficar com você? Não quero morrer e não poder mais tê-lo.

- Shh... Aproveitemos, então.

- Hai... - ficou triste, mas como o maior mesmo disse, aproveitariam enquanto pudessem.

- Então... Vamos ao que importa... - tirou o lençol do corpo, expondo a nudez. Logo foi tirando também os trajes do amado.

Itachi nunca havia visto Madara nu, por isso ficou espantado com a perfeição do corpo dele. Não havia uma marca, uma cicatriz se quer. Passou as mãos pelo abdômen dele, sentindo como era firme. Não resistindo e já estando nu, deitou por cima de Madara, beijando -lhe os lábios com fervor.

- Hmm... - os braços fortes do Uchiha mais velho abraçaram Itachi, excitando ambos com a junção dos corpos. Beijou-o com igual desejo.

- Mada... - gemia entre o beijo, e ter seus membros se roçando era demais pro jovem, que gemia loucamente cada vez mais alto - Aahhh... Hnmm...

Madara sorria com os gemidos do menor. Logo, acariciou o buraquinho do seu amante.

- Aqui é bom?

- Hmm... Hai... - se ajeitou para poder receber melhor o dedo de Madara.

Beijou o peito do menor e enfiou ali dentro o indicador, socando com força.

- Hm... Parece que vai ser uma boa transa...

- Ah. Cuidado, amor. Dói um pouco. - sentia seu ânus doer, mas nada que não fosse suportável.

- Relaxa, bebé... Tudo tem um preço, né? - tapou-lhe a boca com a sua, num beijo quente. Enquanto isso, adicionou um dedo.

- Hmmm... - doía mais ainda, não que fosse reclamar, pedira por aquilo. Mexeu um pouco o corpo, sentindo seu membro roçar no de Madara. Ficou muito excitado e fez novamente, gemendo entre o beijo.

- Seu safado... - Madara pegou no seu membro e roçou-o propositadamente no de Itachi, fazendo com rapidez. Pegou ambos e masturbou.

- Aahhh... Madaaaaa... - gemeu alto, aquilo estava delicioso, tanto que nem sentia mais a dor em seu ânus.

Vendo o seu rapaz deleitado com aquilo, o vampiro tirou os dedos e substituiu-os pelo seu pau, que não era pequeno e tampouco mole.

- Hmm... - contorceu o rosto de prazer, metendo no rapaz.

- Hunmmm... - doía um pouco, mas o prazer era muito grande - Está muito... Aahhh... Gostoso...

- Está? - roçou as presas no pescoço do menor, começando a respirar descompassado.

- Mada... Não me provoca... Hmmm... - começou a se mover junto com o maior, descendo o quadril devagar, sentindo o membro do outro lhe preencher completamente.

- E estou a provocar? - sussurrou na orelha, passando a mão no membro rijinho do namorado. - Ahn...

- Hai... Aahh... E muito... - aumentou um pouco a velocidade, sentindo o membro do maior entrar e sair com mais facilidade - Tão bom...

- É mesmo uma delícia... - beijou-lhe todo o rosto. - Hm... Quero sangue...

- Então tome do meu... - abaixou mais, deixando o pescoço a mercê de Madara.

- Não... - olhou a parede do quarto.

- Onegai... Não precisa me transformar, só tome um pouco. - esfregou a garganta nas presas de Madara, enquanto cavalgava mais rapidamente, rebolando ora ou outra.

- Hai... - mordeu um pouco e sugou daquele licor vermelho, que deslizou pela sua boca. - Hm...

- Hmmm... - não entendia o porquê, mas se excitou mais quando foi mordido - Mada... Você me excita desse jeito... - seus movimentos ficaram mais selvagens, cavalgando mais rapidamente no membro do maior.

- Que bom... - continuou a beber o sangue do mais novo, metendo mais ferozmente, sentindo um frenesi muito gostoso tomar conta do seu corpo. - Hmmm... Ah... Vai vir...

- Hmmm... - rebolou mais ainda, estava louco pra saber como seria sentir o maior se despejar dentro de si, e senti-lo sugar seu sangue era delicioso, mas começava a ter as forças drenadas.

Sentindo o rapaz mais mole, parou de sugar o sangue e deu-lhe um beijo caloroso, enquanto se vinha dentro dele. O gemido ficou preso na boca do menor, pois Sasuke andava por ali e não era suposto ouvir.

- Mada, eu vou... Ahh... - gemeu deliciado ao ejacular, melando seu peito e o de Madara. Devido a ter quase todo o sangue sugado e ao gozo, estava fraco, por isso deixou-se deitar no maior, com a respiração descompassada.

- Hm... Como foi bom... - gemeu Madara, realizado. Levantou-se e foi ao banheiro lavar a boca e dar um jeito no peito melado, voltando em seguida para a cama.

- Estou exausto. - tentou levantar, mas não tinha forças para tal - Você que me deixou assim. - tinha um sorriso completamente alegre em seu rosto.

- Hai, hai... Mas agora dorme, meu bebé. - beijou-o e tapou ambos com o lençol. Aquela seria a primeira e última noite de amor do casal.

Naquela mesma noite Itachi acordou um pouco melhor, reparou que estava na cama de Madara, com este abraçado a si. Corou completamente ao lembrar do que tiveram. Não sabia se o moreno dormia ou não, mas ao que parecia, dormia tranquilamente. Levantou e foi tomar um banho, seu corpo ainda estava completamente melado com seu próprio gozo. Após o banho ficou olhando um pouco Madara, mas não iria para a cama naquele instante, primeiro iria passear pelos jardins, já que a lua brilhava linda no céu e a noite estava clara.

Enquanto andava pelos jardins, lembrou-se do labirinto, e como ainda não havia ido nele desde que Sasuke o levara, decidiu ir, mesmo que sozinho e de madrugada. Foi virando cada hora para um lado do labirinto, mas não lembrava mais o caminho, e nesse instante o desespero bateu. Sabia que Madara o acharia, mas faltava menos de uma hora para clarear, então o moreno só daria falta de si quando anoitecesse. Andou mais um pouco e viu a estátua de Madara, estava finalmente no meio do labirinto. Respirou um pouco mais aliviado, sabia um caminho fácil para sair dali, mas isso não lhe foi possível. Um ser das trevas, provavelmente igual à Madara, apareceu em sua frente. Não conseguia ver seu rosto, mas este usava uma capa preta com nuvens vermelhas.

O ser olhou com ódio para si, podia ver o brilho avermelhado em seus olhos, e nesse momento se desesperou, era seu fim, sabia que iria morrer. Tentou correr, mas foi em vão, o vampiro pegou Itachi e jogou-o contra as paredes de arbustos. Itachi caiu no chão, sentindo algo melado em sua cabeça, era sangue. Nesse instante o vampiro ficou demoníaco, seus olhos que tinham apenas uma luz avermelhada, ficou completamente vermelho. Avançou pra cima de Itachi, avançando na jugular dele. Mordeu, e sugou todo o sangue do menor, não deixando nada. Sorriu com o feito, agora Madara teria o que merecia. Pegou o corpo de Itachi e levou até a porta da mansão, fez mais algo e foi embora em seguida, o sol nascia. A última coisa que Itachi viu, foi o nascer do sol, nascer este que sabia ser o último. Uma fina lágrima escorreu por seu rosto, nunca mais veria Sasuke, nunca mais veria seu amor, Madara...

Horas depois, foi Sasuke quem deu com o irmão morto.

- Nii-san! - gritou, chorando. Correu para dentro da mansão e avisou Madara, que ficou pior que morto.

- Masaka... - saiu do quarto e pulou até às escadas. Viu o seu amado no chão, pálido, morto, gelado, sem vida alguma. Um fio vermelho escorreu dos olhos do vampiro, mas este logo limpou.

Nessa mesma noite, enterrou o seu garoto ali, no meio do labirinto, perto da sua estátua.

Continua...