In another life, maybe.
por Louie B.
Ela se movia graciosamente pelo salão, todos os olhos ali, focados em seus movimentos. Era uma explosão de cores – o castanho de seu cabelo, o azul de seus olhos, o vermelho e dourado de seu vestido –, era, de fato, a alma da festa. Sempre o fora. Todas as cores do arco-íris refletiam em sua pele alva conforme as pequenas fadas lhe acompanhavam a dança.
A música ao fundo contornava-a, tornando-se tão suave quanto os passos que a jovem dava. Suave, mas firme. Uma melodia leve, e cheia de vida, que representaria para quem a ouvisse tudo aquilo que a imagem de Minerva constantemente passava.
Sempre tão alegre e viva. Naquele momento, exibindo um sorriso feliz, e deixando com que vários fios ondulados lhe escapassem o coque. Estes, por sua vez, emolduravam perfeitamente o rosto levemente umedecido da jovem.
De um canto do salão, Tom a estava observando, encantado, embora o cenho franzido e os braços cruzados mostrassem que estava fazendo exatamente o contrário. Ela representava tudo aquilo que ele não era. Cores, melodias e beleza – não a beleza física, a qual ele também tinha, mas a beleza verdadeira, real. O tipo de beleza que vinha da alma e brilhava no exterior, como o Sol depois de uma manhã de chuva.
Talvez eles se completassem. Talvez, se ele não fosse quem era e se eles houvessem se conhecido em outro momento, e em outro lugar. Talvez ele fosse a lua – sempre dividindo o mesmo céu, mas raramente se encontrando. Talvez, em outra vida, ela pudesse ser dele.
