Título:
"O Jardim Secreto"
Autora: Lijah ^__^
E-mail da autora: lijah_tyler@hotmail.com
Rating: PG-13 (inventei)
Spoilers: Ah, quem liga pra Spoilers? Eu não ligo.
Quem: Snape/Harry
Gênero: SLASH XD
Disclaimer: Eu não sou dona desses personagens! Eles são de alguém, não
meus! Blá, blá, blá... :P
Obs.: Ei pessoal Brasuca, vamo começa a aparecer nesse FanFiction.Net pq
leitor é o que não falta! Essa história de ter que pôr no 'Spanish' é uma
bosta!!! . Ah, leiam e 'Review'! ihihihih :D
O J a r d i m S e c r e t o
C a p í t u l o U m
É de manhã e os alunos do sexto ano da Grifinória lutam contra o inevitável sono que uma aula de Poções causa sendo a primeira aula do dia. Hermione que não tem o costume de perder o interesse nas aulas, está rabiscando anotações em um pergaminho mas sem conseguir esconder da cara o cansaço. Ron, pelo contrário, apoiou indiscretamente na sua pilha de livros e oscila entre olhos fechados e abertos. Já Harry está em acordado, seus grandes olhos verdes acompanham os movimentos lentos que o professor Snape faz enquanto explica ingredientes complicados para a classe.
O mestre de Poções observa sem expressão cada aluno e eventualmente espreme seus olhos escuros em algum que não esteja prestando atenção, o que NÃO era o caso de Harry, mas para Snape, provocar o pequeno Potter nunca era perda de tempo.
- Sr. Potter... Seria bom se o senhor começasse a anotar as aulas para que nada de... Ruim... Aconteça no dia do teste...
Harry sacudiu a cabeça devagar e pensou em inúmeras respostas, mas como conhecia muito bem seu professor, achou melhor pegar a pena e fingir que a bronca fazia algum sentindo.
"Porque ele nunca responde? Que menino mais estúpido... Será que ele realmente pensa que eu gosto de provocar ele a toa?"
A sineta tocou e enquanto Snape lutava por atenção ("Eu vou recolher os deveres amanhã, para nota!") em meio ao barulho de pessoas se levantando e arrumando as malas, Harry acabava de derrubar todo o seu material no chão, devido a alguma brincadeira de algum aluno da Sonserina com a sua mochila. Pediu para que Ron e Hermione fossem na frente, que ele logo os alcançaria.
O silêncio desagradável tomou conta daquela masmorra. Harry recolhia o mais rápido que podia o seu material pois a presença do professor, rodeando sua escrivaninha, olhando-o como um predador estava começando a deixar ele maluco. Quando conseguiu se levantar com o material na mão, deu de cara com Snape, que o encarou com seu olhar superior de sempre, intragável, o professor Snape.
- Potter.
Harry engoliu seco, mas não perdeu a coragem, muito pelo contrário, sentiu-se corajoso e até irritado com aquele "Potter" que o professor acabara de falar. "Potter" repetia ele na cabeça.
- Snape. - retrucou o garoto, encarando-o com o mesmo olhar sério.
Os dois continuaram assim por mais alguns segundos, olhavam-se como se queriam provar qual dos dois iria desviar o olhar primeiro. Harry achava insuportável olhar aquelas duas bolas pretas e sem brilho no meio da cara do professor e, Snape, não podia agüentar a profundidade e a beleza daquelas duas jóias verdes que enfeitavam o rosto jovem de seu aluno.
- Posso ir pra minha aula de Herbologia agora? - disse Harry num tom grave.
"Não, de jeito nenhum. Você vai continuar ai onde está... Aquela tampinha da Sprout que se dane..."
- O que diabos você está esperando, Potter? - respondeu o professor, fingindo-se irritado.
O sextanista da Grifinória virou o rosto irritado, rangendo os dentes e saiu da sala em passos pesados.
Mais tarde, no mesmo dia, Hermione assistia Ron jogar xadrez com Simas Finnigan. Já tinha passado da hora do jantar, todos já estavam bem alimentados e sentindo-se agradavelmente aquecidos dentro do salão comunal da Grifinória. Os deveres ainda não lhes entupiam as agendas então tinham tempo pra desfrutar seu tempo livre com coisas menos cansativas. Harry por sua vez folheava as suas anotações da aula de Poções e relembrava irritado do professor.
- Ei, Harry. - disse Hermione se afastando dos dois jogadores e sentando-se ao lado de Harry - Porque você está tão preocupado com esse dever de Poções? Francamente, nem eu consigo pensar em deveres na noite de sexta-feira!
- Não estou pensando no dever! - respondeu abaixando as anotações para ver melhor sua amiga - Estou pensando no Snape...
Ron que estava ouvindo a conversa, comentou em voz alta.
- Pior ainda! - e deu uma risadinha.
Harry também riu, mas continuou explicando para Hermione.
- Depois que algum otário da Sonserina desfiou minha mochila e fez meu material cair, o Snape ficou me rodeando. Depois impediu minha passagem... Ficou me encarando como se quisesse arrancar alguma coisa de mim... "Potter" disse ele uma hora... Sem motivo algum, só "Potter", ele falou!
Ron, Hermione e até Simas pararam de fazer o que estavam fazendo e olharam confusos para Harry.
- Tá... - disse Ron - Isso foi estranho, Harry! Quero dizer... Desencana! O Snape SEMPRE faz coisas sem sentindo!
- Mas... - tentou explicar o garoto - Dessa vez fez sentindo... Ou não...
- Harry... - disse Hermione colocando suas mãos sobre o braço estendido de seu amigo - Você tá estressado, é isso... Vá dormir, eu aconselho!
Mas Harry não foi dormir. O salão foi ficando vazio até restar só ele sentando em frente à lareira. Não agüentava mais ficar lá, queria sair, tomar um ar fresco. Subiu no dormitório masculino, apanhou sua capa da invisibilidade no malão e desceu rapidamente.
Logo estava andando pelos corredores do castelo, tomando cuidado para não chamar a atenção de nada, nem ninguém. De repente achou uma porta entreaberta no terceiro andar... Nunca tinha visto aquela porta antes, mas sabia que isso era muito comum em Hogwarts. Espiou com medo que visse alguém e viu um lugar muito interessante.
Na verdade não era uma sala e sim um terraço, uma espécie de varanda grande que dava para ver o campo de Quadribol lá longe sob a noite clara e estrelada que estava fazendo, porém Harry não viu a lua. No terraço havia um gramado que estava praticamente negro com a noite e nas bordas, donde Harry se aproximava cautelosamente, havia flores brancas, que estavam azuladas.
Harry tinha certeza que estava sozinho naquele terraço, então arriscou tirar a capa para respirar o ar fresco e frio da noite, curtir a vista por um tempo e depois voltar.
Já haviam passado mais de cinco minutos de pura reflexão quando alguma coisa, ou alguém, agarrou Harry por trás e o arrastou até o canto escuro ao lado da porta, para longe da proteção da sua capa. O garoto não enxergava nada, estava assustadíssimo mas não se arriscava a gritar por socorro até que aquela 'coisa' no mínimo o mordesse.
Mas ao invés de uma mordida ou de garras peludas e assustadoras, Harry percebeu que se tratava de uma pessoa, alguém maior e mais forte que ele mas sem nome ainda.
- Quem é?... - arriscou Harry, sussurrando e ofegando.
Não teve resposta com palavras mas sentiu que a pessoa misteriosa estava cada vez mais próxima, estava agora espremendo o seu corpo contra a parede do canto escuríssimo. Sentia a respiração do estranho e isso estava começando a apavorá-lo. Até que sentiu um toque na testa perto da cicatriz, de algum jeito aquele 'alguém' havia deslizado seu braço para cima e encostado o dedo (ou pelo menos pensava que era um dedo) na sua testa.
Sentiu que o toque começou a escorregar para o nariz, contornando-o. Era como se o estranho o visse mas ele não. Depois que chegou até a ponta do seu pequeno e redondo nariz, deslizou suavemente até os lábios fazendo Harry soltar um gemido baixo que já não consegui distinguir se era de prazer ou de medo. Por instinto, o garoto tentou afastá-lo de si mas em vão. Foi mais uma vez prensado contra a parede.
Seu dedo agora contornava os lábios trêmulos de Harry, e cada vez mais o garoto sentia o resto da mão tocar gentilmente em seu rosto, acareciando-o com muito prazer e cuidado. Sentia os dedos alcançarem sua orelha esquerda, sempre brincando com seus contornos faciais.
Harry sentia seu corpo todo pulsar, suas mãos se mexiam impacientes para retribuir o carinho nos seus braços imobilizados contra os frios tijolos do castelo.
- Quem... É...? - tentou o garoto abrindo e fechando os olhos e os lábios muito lentamente.
Agora não tinha dúvidas, eram definitivamente lábios que acabaram de tocá-lo na face. Harry estremeceu e sentiu que os braços fortes que o prendiam contra a parede se afrouxaram, ele pode levantar os seus braços e tocar a cintura, ou pelo menos pensava que era a cintura, desse seu... admirador. Sentia um tecido macio, parecia veludo e o corpo era grande, mas os braços não deixavam que o garoto o tocasse mais do que a cintura.
Um cheiro doce tomou conta do ar, Harry começou a sentir seu corpo pesado, seus pensamentos agora estavam desfocados e a escuridão se tornou mais confusa do que nunca. Seus olhos lutavam inutilmente para se manter abertos, o sono tomou conta de tudo e antes que pudesse desmaiar nos braços do estranho, murmurou pela ultima vez na noite.
- Quem... É... Você...?
more to come ;]
