Introdução (Último parágrafo HP e as RM, antes do epilogo)
- A Varinha das Varinhas não vale a confusão que provoca – respondeu Harry. – Sinceramente – deu as costas aos retratos, pensando na cama dossel à sua espera na Torre da Grifinória, e imaginando se Monstro lhe levaria um sanduíche lá em cima -, já tive problemas suficientes para a vida inteira.
Capítulo 1 – O Fim da Batalha
Pov. Harry
Quando eu, Rony e Hermione saímos da sala do diretor, que agora, provavelmente seria McGonagall, voltamos lentamente para o Salão Principal, observando o caos que a batalha havia feito na escola que amávamos. Ao entrarmos no Salão, vimos que todas as pessoas ainda vivas, tentavam arruma-lo.
Era difícil descrever a sensação de fim de guerra. Ao mesmo tempo em que sentíamos uma grande alegria e alivio, uma sombra gerada pela perda de amigos fazia a sensação boa parecer borrada, como se estivesse dentro de uma redoma de vidro fosco. Era como se de repente você tivesse vontade de pular de felicidade e então se deparasse com a visão de alguém querido morto aos seus pés. Você queria sorrir, mas era como se estivesse cometendo um crime ao fazê-lo.
Os corpos que jaziam por todo o castelo, estavam com as varinhas nas mãos, e sempre com algum ferimento causado. Os que sobreviveram à batalha recolherem todos os corpos e colocaram-os na Ala Hospitalar reconstruída improvisadamente, e, em seguida foram arrumar as salas comunais e dormitórios para que pudessem dormir. Ninguém queria jantar, então McGonagall pediu que os elfos domésticos apenas preparassem apenas a refeição matinal do dia seguinte.
Depois do inesperado beijo, Rony e Hermione não se falavam muito, mas não paravam de trocar olhares o tempo todo. Cada família iria dormir na Casa que seu parente estudante pertencia, e de uma hora para a outra, as salas comunais estavam apresentáveis e cheias de colchões para todo lado. Avistei Gina, e discretamente chamei-a para dar uma volta nos jardins, que ela aceitou sem relutância. Ao passarmos pelo retrato da Mulher Gorda, ouvi Rony chamar Hermione para uma conversa a sós na biblioteca. Abri um leve sorriso e continuei andando.
Quando chegamos ao jardim, Gina estava muito quieta, então comecei a falar:
- Eu pensei em você.
- O que? – ela perguntou, sem entender.
- No meu aniversário de dezessete anos, você disse que queria me dar algo que pudesse me fazer pensar em você. – respondi, dando um passo em sua direção.
- Ah! – ela exclamou enquanto eu dei mais um passo.
- Sinto muito por tê-la deixado. – admiti, dando mais um passo, ficando a apenas meio metro dela – Você não sabe o quanto eu não queria ter feito aquilo. – dei mais um pequeno passo de modo que nossas bocas ficassem a apenas dez centímetros de distancia uma da outra.
- Tudo bem, você tinha que salvar o mundo.
Ela ameaçou se afastar, porém eu fui mais rápido, puxei-a pela mão e a beijei intensamente, tentando demonstrar todo o amor que sentia. Nos primeiros dois segundos ela se assustou um pouco, mas depois, acabou se entregando. Uma de suas mãos foi automaticamente para o meu pescoço, a outra agarrou meus cabelos. Coloquei minha mão direita em sua nuca, e a esquerda em sua cintura, puxando-a mais perto, nossas bocas se conectavam como uma só. Mesmo depois de toda a guerra, eu ainda sentia o frescor de seus cabelos, o cheiro de flores que eu tanto queria sentir de novo.
Paramos em busca de ar, nossas testas estavam encostadas uma na outra, seus lábios exibiam aquele sorriso maravilhoso.
- Você não faz ideia de quanto eu senti saudade! – ela disse.
- Faço sim, afinal, eu senti também – respondi – Eu amo você!
- Eu também amo você!
Deitamos no meio do gramado, sob o céu estrelado, mas para mim, a única estrela que brilhava era Gina, que estava com a cabeça sobre o meu peito, nossas mãos entrelaçadas.
- Como serão as nossas vidas agora? – ela perguntou
- Não sei, só sei que quero passar todo o momento que eu tiver com você!
- Eu também quero passar todo o momento com você!
Levantamos, andamos de mãos dadas até chegarmos ao corredor do Sétimo Andar. Encostei-me e na parede e puxei-a comigo, seu corpo junto ao meu era o que eu mais queria. Segurei sua cintura e ela, o meu pescoço, nos beijamos calma e apaixonadamente.
Interrompemos o beijo, em seguida ela começou vários beijos doces e rápidos, salpicando-os por todo o meu rosto.
- Acho melhor entrarmos. – disse.
- Tudo bem, meu amor! – logo depois de dizer isso, colou seus lábios nos meus, e ficamos assim por um longo tempo. Quando nos separamos, entrelaçamos nossas mãos uma na outra novamente.
Caminhamos vagarosamente pelo corredor, paramos em frente à Mulher Gorda, nos abraçamos e demos um beijo rápido, porém, não menos doce. Ela entrou e eu entrei logo atrás. A Sala estava totalmente abarrotada, principalmente pela família Weasley, que se negou a aparatar para casa e deixar Rony, Gina, eu e Hermione para trás. Havia ainda algumas pessoas acordadas, e graças a Merlin, os Weasley não eram elas, eu não queria enfrentar a fúria da família caso descobrissem que eu e Gina reatamos o namoro, principalmente depois de te-la feito sofrer. Pelo menos, a fúria de Rony eu não queria enfrentar.
Gina e eu fomos pulando os colchões até a entrada do dormitório de feminino. Dei um beijo em sua bochecha e fui para o meu antigo dormitório, onde encontrei varias pessoas largadas nas camas, Rony era uma delas. Fui até a cama vazia que eu havia reservado, na verdade, fui até a vazia em que as pessoas me obrigaram a usar. Deitei na cama, olhando para o seu dossel, pensando na garota ruiva que eu tanto amava, e adormeci.
