Fascínio
Ikki havia acabado de entrar numa floricultura. Tinha que comprar flores para sua namorada, afinal estavam completando um ano de namoro. Era um dia importante.
- Bom dia. Meu nome é Minu. Posso ajudá-lo em alguma coisa? – Perguntou a jovem atendente que parou a seu lado.
- Pode sim. Quero um buquê com as rosas vermelhas mais lindas que você tiver. – Minu anotou o que ele pediu.
- Mais alguma coisa, senhor? – Minu esperou alguns segundos pela resposta e com não recebeu uma, insistiu. – Senhor? – Quando ela ergueu a cabeça e encarou Ikki, percebeu que ele olhava para algum ponto além da vitrine. Sendo assim, ela olhou na mesma direção, para ver o que estava despertando esse interesse. O homem encarava um casal que estava aos beijos do outro lado da rua. A mulher era loira e o homem tinha cabelos castanhos. Os dois pareciam apaixonados.
Quando Ikki percebeu que a jovem parada ao seu lado não sabia o que fazer, ele pareceu despertar de seu devaneio.
-Me desculpe, mas mudei de ideia. Não quero nenhuma flor. – Disse ele antes de sair da loja. Minu achou que a expressão no rosto dele estava muito estranha. Parecia a de um homem que não tinha nada a perder.
- Espere! – Pediu a jovem saindo atrás dele. Ikki parou e a encarou.
- O que foi?
- Aonde o senhor vai? – Ikki agora ostentava uma expressão de dúvida.
- Não creio que isso seja da sua conta. – Minu corou.
- Eu sei que não é, mas você não parece estar muito bem. Não posso deixá-lo sair desse jeito sozinho.
- Não pode? Acho que isso está um pouco fora da sua alçada. Além do mais, o que você pode fazer para me impedir? – Perguntou cético. Minu estreitou os olhos. Como aquele homem era estúpido. Ela só queria ajudar... E não iria desistir. A jovem guardou seu bloco de pedidos no avental e começou a retirar o mesmo.
- Pra começar posso te seguir aonde você for. – O traço de um sorriso passou pelo rosto de Ikki.
- E você vai largar seu trabalho e ficar desempregada para seguir um estranho?
- Para sua informação, hoje é meu dia de folga. Eu só passei aqui para ajudar um pouco e já fiz isso. – Minu entrou na loja e deixou o avental em cima de um balcão, enquanto avisava que já ia embora. Por incrível que pareça, Ikki estava do lado de fora quando ela voltou. – Você perdeu sua única chance de fugir. – Falou ela sorrindo. – Podia ter entrado num táxi, enquanto eu estava lá dentro e eu nunca poderia encontrá-lo. – O homem também sorriu surpreendendo-a.
- Talvez eu não esteja achando a ideia de você me seguir tão ruim. – Talvez fosse bom ter uma companhia depois do que vira. – Quer dizer que você vai me seguir pela cidade toda?
- Se for preciso. – Minu pensava se não estava indo longe demais. Afinal, não conhecia aquele homem.
- Tudo bem, então. Já que é assim, vamos pegar o meu carro. – Minu teve um momento de apreensão. E se ele fosse um assassino?
- Pra onde vamos? – Perguntou começando a segui-lo. Uma pessoa que olhava para outra de forma tão desolada como ele ao ver o casal, não podia ser um assassino.
- Vamos para a Torre de Tóquio. – Respondeu tranquilo.
- O quê? Mas é do outro lado da cidade! Vai demorar umas três horas pra ir e mais três pra voltar. – Ikki deu um sorriso sarcástico.
- Pensei que fosse seu dia de folga. – Minu estreitou os olhos. – Vai desistir de me seguir?
- Não. – Eles chegaram ao carro, que era um conversível preto. Ikki abriu a porta do passageiro para ela. – Mas você vai pagar a entrada da torre e o meu almoço. – Falou antes de entrar. Ikki começou a rir, depois que fechou a porta.
- Você é muita abusada, não? – Disse Ikki quando entrou no carro. – Eu não pedi pra você me seguir.
- E eu não pedi pra você nos levar à Torre de Tóquio. – Minu cruzou os braços. Ikki teve que segurar o riso ao vê-la emburrada. Parecia uma criança.
- Tudo bem. Eu pago a entrada da torre, mas não almoço. – Claro que Ikki não se negaria a pagar o almoço dela, mas não daria o braço a torcer desse jeito.
- Certo. Eu concordo. Afinal, eu insisti em te seguir. Não fui convidada. – O homem ficou surpreso pela mudança de atitude dela.
- Ainda bem que notou isso.
- Podemos ir? Quero voltar ainda hoje. – Ela falou sarcástica. Será que a companhia dele, já estava afetando-a.
- Assim que você colocar o cinto, podemos ir. Não quero ser multado ou matá-la sem querer e ser assombrado pelo resto da vida. – Respondeu com um pequeno sorriso. Ele fazia aquilo para perturbá-la.
- Pronto. Já coloquei o cinto. Podemos ir. – Ikki tirou o carro da vaga do estacionamento e sorriu ao sentir o vento batendo no rosto, ao acelerar o mesmo.
Alguns minutos depois de a viagem ter começado, um carro passou perto do carro e que estavam e um grupo de jovens começou a mexer com Minu.
- Ei, gatinha. – Chamava um deles. – Larga esse cara e vem com a gente. Ele nem parece estar tão a fim de você. Olha como está sério. – Ikki fechou a cara mais ainda. Quem esses idiotas pensavam que eram? Ele não tinha nada com Minu, mas a falta de respeito que eles demonstravam era tremenda. A jovem podia notar uma veia começando a saltar no pescoço de Ikki.
- Eu posso ligar o rádio,...? Eu nem sei seu nome ainda. – Ikki olhou para ela surpreso. Era verdade. Ele sabia o nome dela, mas ele não tinha se apresentado.
- Tem certeza? Não quer ficar ouvindo seus fãs?
- Meus fãs? – Ela fitou-o incrédula. – Você acha que eu tenho dezesseis anos pra ficar empolgada com um grupo de idiotas me assediando? – Ikki sorriu.
- Hoje em dia, tudo é possível.
- Bom, eu não sou assim. – Ela estava prestes a encostar a cabeça no banco e fechar os olhos, quando ele se pronunciou novamente.
- Meu nome é Ikki e pode ligar o rádio. – Minu sorriu.
- Obrigada, Ikki. – Ela ligou o rádio e uma música de rock começou a tocar.
- Pode mudar de estação se quiser. – Uma música de rock estava começando. – Nem todo mundo gosta das mesmas músicas que eu.
- Não. Eu gosto dessa estação. – Respondeu Minu se recostando no banco e aproveitando a música.
- Sério? Minha ex-namorada odiava. – Ele se referia à loira que estava se agarrando com outro na rua, Esmeralda.
- Ela deve ser louca. Rock é o melhor estilo de música já feito. – Ikki concordava plenamente.
Nightmare!
(Pesadelo!)
(Now your nightmare comes to life)
(Agora seu pesadelo ganha vida)
Dragged ya down below down to the devil's show,
(Arrastado para baixo até o show do diabo,)
To be his guest forever,
(Para ser seu convidado para sempre,)
Peace of mind is less than never
(A paz de espírito é menor do que nunca)
Hate to twist your mind, but God ain't on your side
(Odeio distorcer sua mente, mas Deus não está ao seu lado)
An old acquaintance severed,
(Uma velha crença dilacerada,)
Burn the world your last endeavor
(Grave no mundo seu último esforço)
- Essa é minha música favorita do Avenged. – Disse Minu empolgada. Essa música sempre a deixava elétrica.
- A minha também. Embora "A Little Piece of Heaven" também seja ótima.
- Com certeza. É minha segunda favorita.
Flesh is burning, you can smell it in the air,
(Carne queimando, você pode sentir o cheiro no ar,)
Cause men like you have such an easy soul to steal (steal)
(Porque homens como você tem uma alma tão fácil de roubar [roubar])
So stand in line while they ink numbers in your head,
(Então fique na linha enquanto eles escrevem os números em sua cabeça,)
You're now a slave until the end of time here.
(Você é agora um escravo até o fim dos tempos)
Nothing stops the madness turning,
(E nada impede a loucura voltando,)
haunting, yearning, pull the trigger!
(Assombrando, ansiando, puxe o gatilho!)
- Parece que aqueles idiotas sumiram. – Disse Ikki. Estava mais relaxado.
- Ainda bem. Eles devem ter ficado com medo de você.
- Por quê? Não fiz nada contra eles.
- Não. Mas pela sua cara, estava prestes a fazer. – Ikki riu abertamente, o que surpreendeu Minu.
You should have known
(Você deveria saber)
The price of evil,
(O preço do mal,)
And it hurts to know that you belong here, yeah
(E dói saber que você pertence a aqui, yeah)
Ooooh, it's your fuckin' nightmare
(Ooooh, é o seu maldito pesadelo)
(While your nightmare comes to life)
([Enquanto o seu pesadelo ganha vida])
[Nightmare – Avenged Sevenfold]
A viagem correu bem. Minu conseguiu puxar assunto com Ikki, enquanto eles ouviam música. Ele era arquiteto, gosta de rock e filmes de ação e suspense. Viaja bastante já que cuida de casos de grandes empresas e adora seu trabalho.
O único inconveniente enquanto eles iam para a Torre de Tóquio foi uma ligação da ex-namorada dele, Esmeralda. Minu não sabia o que ela estava dizendo, mas pelas respostas de Ikki dava pra imaginar. A conclusão final foi que ela mandaria alguém para buscar as coisas dela que estavam na casa dele, já que Ikki não queria vê-la nem pintada. Minu ficou constrangida e não perguntou nada sobre o assunto. Afinal, não queria magoá-lo mais ainda.
Quando chegaram perto da torre, ela disse que estava com fome e que era melhor almoçar antes de ir à torre. Ikki concordou e os dois foram almoçar num belo restaurante.
Antes que percebesse o que fazia, Minu estava contando sua vida toda para o homem. Isso era algo muito estranho, já que em geral ela era super discreta.
- Não sei por que me sinto tão à vontade com você. – Disse Minu sorrindo, antes de beber um gole de suco de laranja. – Falei coisas que nunca contei a meus amigos. – Ikki deu um pequeno sorriso.
- Deve ser porque somos estranhos e provavelmente não vamos mais nos ver depois de hoje. – O sorriso de Minu diminui um pouco. Estava se acostumando à presença de Ikki. Seria estranho nunca mais vê-lo. Mas ele tinha razão. Era provável que nunca mais se vissem.
- Tem razão. Deve ser isso. – Ela viu que o prato dele estava tão vazio quanto o seu. – Acho melhor a gente ir, afinal ainda tem o caminho de volta.
- Certo. – Ikki pediu a conta e quando o garçom trouxe fez questão de pagar.
- Mas você disse que eu ia ter que pagar o almoço. – Falou Minu estranhando a atitude gentil dele.
- Mudei de ideia. Será que você vai querer discutir por causa disso? – Perguntou irônico.
- Não é isso. Só que você é um grosso o tempo todo. Não imaginei que fosse capaz de fazer alguma gentileza. – Ikki estreitou os olhos e Minu sorriu ao ver isso. Adorava provocá-lo.
- Você devia parar de me testar o tempo todo. Pode não gostar do resultado.
- Talvez eu pague pra ver uma hora dessas. – E assim os dois foram para o carro e seguiram seu caminho até a Torre de Tóquio.
- Nossa! – Disse Minu observando a vista. – Aqui é tão alto. – Ikki sorriu ao vê-la deslumbrada. – Eu nunca tinha vindo aqui.
- Eu venho sempre que posso. - A Torre de Tóquio era uma das arquiteturas do Japão que ele mais gostava. – Sempre que preciso pensar, venho aqui. Qualquer coisa vista daqui de cima parece pequena. Até os problemas que surgem de repente. – Minu deu um pequeno sorriso.
- Eu entendo o que quer dizer. – Ikki, percebendo que começava a ficar desanimado, mudou de assunto.
- Você sabia que essa torre foi baseada na Torre Eiffel?
- Eu achei um pouco parecida, mas não sabia disso.
- É. Só que a Torre de Tóquio é treze metros mais alta que a Eiffel. – Minu riu.
- Você parece um guia turístico falando assim. – Ikki deu de ombros.
- Faz parte do meu trabalho saber essas coisas. Além disso, eu gosto de saber. É como se fosse um hobbie.
- Se é assim, qual é a torre mais alta do mundo?
- A Tokyo Skytree, que foi inaugurada mês passado, tem 634 metros de altura. – Respondeu Ikki na mesma hora. – Mas você devia saber isso já que saiu em todos os jornais.
- Eu sabia. Só estava te testando.
- Já te disse que uma hora dessas você pode se arrepender. – Comentou antes de retomar o assunto anterior. – A Tokyo Skytree é a torre mais alta, mas o arranha-céu mais alto é o edifício...
- Burj Khalifa em Dubai, com 828 metros de altura. – Respondeu a jovem e Ikki fitou-a surpreso.
- Como você sabe disso?
- Saiu no mesmo jornal que falou da Tokyo Skytree. – O homem riu.
- Você não para de me surpreender. – Disse observando-a olhar o voo de alguns pássaros.
- Já está escurecendo. – Minu falou enquanto caminhavam de volta para o carro.
- Sim. Mas devemos chegar antes das nove. – A jovem estava se apoiando em Ikki, que tinha lhe oferecido o braço. Fora um dia cansativo. Ela não via a hora de dormir um pouco. Bocejou. – Você pode tirar um cochilo no carro, durante o caminho de volta. Minu concordou com a cabeça enquanto ele abria a porta do carro pra ela e sentava na direção.
- Sabe, você não é tão grosso quanto eu pensava. Eu me diverti muito hoje. – Falou ela encostando a cabeça no banco.
-E você não é tão chata. – Minu sorriu e ele também. – Também me diverti bastante com você. – Em seguida ele deu a partida e o carro entrou em movimento enquanto Minu caia no sono.
Minu acordou um pouco antes de chegarem à floricultura onde se conheceram. As ruas ainda estavam cheias.
- Boa noite, Bela Adormecida. – Disse Ikki. – Quer que te dê uma carona pra casa?
- Não precisa se incomodar. Não é muito longe daqui. Pode me deixar na floricultura que eu vou andando.
- Não é incômodo. Pra que lado eu vou? – Minu o guiou até sua casa.
- É aqui. Esse prédio azul. – Ikki parou o carro e ele e Minu se encararam. – Obrigada pelo passeio e pela carona. – Ela falou sorrindo e ia abrir a porta do carro para sair quando Ikki segurou a mão dela.
- Acho que eu tenho que te agradecer também. – Disse um pouco constrangido. – Se você não decidisse me seguir, provavelmente eu teria entrado num bar e bebido até arrumar confusão com alguém. E teria sido um dia desperdiçado à toa.
- De nada. – Minu respondeu ainda sorrindo. – Quem sabe a gente não se esbarra de novo por aí e dá outro passeio um dia desses?
- É. Quem sabe? – Ikki, que ainda segurava a mão dela, libertou-a e ela saiu do carro. – Tchau.
- Tchau. – Ele respondeu e esperou Minu entrar no prédio antes de sair com o carro.
Naquela noite, Minu demorou um pouco a dormir, pensando no homem que conhecera. Se tivessem se conhecido em outras circunstâncias, tudo poderia ser diferente. Era triste pensar que talvez nunca mais o visse.
Na manhã seguinte, Minu foi trabalhar normalmente e estava tendo um dia cheio. Parecia que todos estavam fazendo aniversários de namoro ou casamento naquele dia. Somente no fim da tarde, ela pôde sentar por alguns minutos e mesmo assim não foram muitos, pois logo ouviu o sino da porta tocar. Começou a se dirigir à mesma, distraída, e bateu de frente com um cliente que a segurou pela cintura.
- Me desculpe. – Pediu se afastando um pouco e arrumando a roupa. – O que o senhor deseja?
- Não sei. – O cliente respondeu e Minu sentiu um arrepio ao ouvir aquela voz. – Talvez você pudesse me ajudar.
- Ikki! – Disse ela sorrindo. – O que faz aqui?
- Vim comprar flores. O que mais se faz numa floricultura? – Será que ele tinha voltado com a namorada. Minu tinha que ser profissional.
- Qual é a ocasião?
- Bom, que tipo de flores eu devo dar a uma pessoa que acabei de conhecer? – Então era isso. Ele já conheceu outra modelo. Bonito do jeito que ele era não era difícil imaginar, mas ele podia ter esperado uma semana, pelo menos.
- Depende do que você sentiu na hora. Cada cor das flores tem um significado. A rosa vermelha representa paixão, um amor mais selvagem. A branca significa pureza e um amor mais duradouro. A amarela significa amizade ou carinho. A laranja significa fascínio, encanto. A...
- Acho que já está bom. Quero uma rosa laranja. – Enquanto Minu foi buscar a rosa ficou pensando em que tipo de mulher deixaria Ikki fascinado.
- Aqui está. – Ela entregou a rosa a ele com um sorriso, que não sabia por quanto tempo ia conseguir sustentar.
- Quanto eu te devo? – Ikki perguntou puxando a carteira do bolso.
- É por conta da casa. Não se preocupe. – Ele sorriu para ela.
- Obrigado, Minu. – A jovem ouviu o sino tocar, anunciando que ele saíra, Minu estava prestes a se sentar sentindo-se triste e sozinha, quando ouviu o sino de novo, e viu Ikki andando em sua direção lhe estendendo a rosa.
- O que foi? Tem algo de errado com ela? – Perguntou a jovem, colocando o sorriso de atendente de volta no rosto.
- Não. Por quê? Você acha que tem algo de errado?
- Então, por que você...? – Ela não pôde completar a fala.
- Eu estive pensando e... Talvez nós pudéssemos ir à Tokyo Skytree na sua próxima folga. Acho que é mais perto que a Torre de Tóquio. – Minu não podia acreditar no que ouvia. Será que ele queria dizer... – E quem sabe, algum dia, podíamos ir também à Burj Khalifa. Não agora. Mas quem sabe um dia.
- Ikki... O quê... – Minu não conseguia articular nem uma frase. Só conseguia sorrir.
- Eu quero saber se você quer namorar comigo, Minu. – Ele respondeu com um sorriso de canto.
- Mas... Por quê? Quer dizer, você nem me conhece direito. – Ikki se aproximou dela e apontou a rosa.
- Eu pensei que a cor da rosa dissesse tudo. Se você não sabe, uma rosa laranja significa fascínio e encanto. Você me deixou fascinado. – Minu riu antes de se jogar nos braços dele e apertá-lo contra si. Ikki também riu. – Isso significa que você aceita?
- Sim! – Ela gritou e o beijou nos lábios sorrindo. Ikki achara a boca dela macia e perfeita, logo estava aprofundando o beijo.
- Você acredita que eu passei a noite de ontem e o dia de hoje pensando em você? – Apesar de não estarem se beijando, ele ainda a abraçava.
- Acredito aconteceu o mesmo comigo. – Minu deu um beijo no pescoço dele e Ikki riu.
- Eu já te disse pra parar de me testar, mulher. – Ikki falou antes de imprensá-la contra uma parede.
- E eu disse que talvez pagasse pra ver. – Ela respondeu rindo. Ele distribuiu beijos pelo pescoço e pelo rosto dela.
- Você vai se arrepender. – Ele falou com um sorriso malicioso, antes de beijá-la nos lábios mais uma vez. Por ora, ela só teria uma prova de seu futuro castigo.
