Capítulo 01

Uma carta para o Sr. Sirius Black

Sirius saiu do seu quarto e foi em direção à cozinha. Isso era tudo o que ele fazia naquela sua casa horrível, o que deixava extremamente frustrado e irritado. Ele se sentia inútil também, preso e subestimado. Estava preso na própria casa, a qual tanto odiava e já tinha deixada para trás uma vez. Mas agora se via obrigado a permanecer ali, por cuidado, e fazia isso acima de tudo, por Harry. Seu afilhado. O filho de James. Era toda a família que ele ainda tinha, além de Remus. Faria qualquer coisa pelos dois, até mesmo morrer.

Com esses pensamentos, ele entrou no porão do Largo Grimmauld, 12, que também servia como cozinha. Sentou-se à mesa e seus pensamentos voltaram para as provocações de Snape. Sempre fazendo-o se sentir ainda mais imprestável. O Ranhoso sempre se vangloriava, mostrava o quanto era importante para a Ordem e tudo mais. Sirius tinha vontade de bater nele, mas sempre se continha, afinal, fazia tudo por Harry.

Ainda estava absorto nesses pensamentos quando um barulho seguido de um clarão invadiu a cozinha. Levantou-se num sobressalto e empunhou a varinha. Mas tudo o que apareceu foi uma carta. Uma mísera carta em cima da mesa. Aproximou-se cauteloso e viu que a carta estava endereçada a ele. Pegou-a com cuidado e começou a ler.

"Caro senhor Black,

Acredito que nesse momento esteja confuso com o que aconteceu e até mesmo temeroso, sei que a aparição da carta foi repentina e estamos no tempo em que a cautela pode definir se alguém vive ou morre. Mas eu peço que se acalme e leia essa carta com a máxima atenção. É de extrema importância e poderá mudar para melhor o futuro, já que o destino não foi generoso com muitas pessoas das quais o senhor conhece.

Muitas coisas ruins aconteceram por causa da guerra que está começando. Mas um grupo de bruxos poderosos e influentes do futuro encontrou uma forma de dar uma segunda chance a vocês, membros da Ordem da Fênix e a todo o mundo bruxo.
Amanhã, exatamente as 12h00min horas, um jovem bruxo chegará em sua casa (no Largo Grimmauld, 12) com um exemplar de um livro que relata fatos que acontecerão em dois anos, ou seja, em 1997/1998. Nele estarão todas as informações necessárias para evitar sofrimento e mortes.
O livro deverá ser lido até o fim, antes que as decisões e ações sejam tomadas, pois existem muitas reviravoltas e coisas que não são o que parecem ser. Devem tomar muito cuidado com o que planejarem após isso para não afetar drasticamente o rumo da humanidade.
Um grupo de pessoas estará listado para ser convidada a leitura, junto dos membros da Ordem. Espero que tudo ocorra bem.
H.W"

Sirius deteve-se por um instante absorvendo o que acabara de ler, correu rapidamente os olhos para baixo até fixar na continuação da carta, que como havia informado continha uma lista de pessoas.

"Lista de pessoas que deverão estar presentes:
Albus Dumbledore,

Minerva McGonagall,

Severus Snape,

Alastor Moody,

Nymphadora Tonks,

Remus Lupin,

kingsley shacklebolt

os Weasleys (mesmo que Molly se irrite com isso. Não incluiu Percy Weasley),

Harry Potter,

Hermione Granger,

Draco Malfoy,

Neville e Augusta Longbottom,

Luna e Xenophilius Lovegood, e claro Sirius Black."

"PS: Uma carta avisando sobre a urgência da situação foi enfiada para a Romênia e Carlos Weasley apanhará uma chave de portal direto para a sede."

O herdeiro dos Black terminou de ler a carta, mas não desgrudou os olhos dela. Por algum motivo acreditava na pessoa que havia enviado a carta e que tudo poderia melhorar se conseguissem terminar de ler sobre seus possíveis erros. E então fez o que achou necessário, mandou um patrono para cada pessoa de maior citada na carta explicando parte da situação, e outra para Dumbledore, contando tudo, e pedindo para que o diretor trouxesse os alunos que foram citados com o máximo cuidado e escondidos de Dolores Umbridge.

Sirius foi se deitar, mas não conseguiu dormir sequer um minuto. Ficava pensando no tal jovem bruxo que apareceria em sua casa e que segredos ele e seu misterioso livro iriam revelar. Levantou-se as 06h00min horas e passou a andar por toda a casa, em sinal de nervosismo. Monstro havia sumido há certo tempo e ainda não havia dado as caras.

E foram as 11h00min horas, que bateram na porta pela primeira vez naquele dia.