Donna Noble tinha uma vida tranquila. Morava numa bonita casa, tinha um marido carinhoso, dois filhos lindos e frequentemente via sua mãe e seu avô. Arranjava algum emprego em algum lugar que logo largava pra então arranjar outro, e ela se perguntava se poderia ser mais feliz do que isso, afinal, ter sua própria família era tudo que ela mais sonhara na vida.
Mas, às vezes, Donna Noble sentia seu coração disparar sem motivo. E, ela percebeu que isso acontecia sempre que olhava para o céu. Poderia ser num dia nublado ou em um lindo dia de sol forte, ou quando ela mais gostava, em noites estreladas, de céu limpo e brilhante. Ela colocava seus olhos naquelas estrelas tão distantes e seu coração batia em disparada dentro do peito, numa sinfonia que ela não conseguia entender, mas acolhia, porque era bom e ao mesmo tempo angustiante.
Em noites assim, enquanto escutava a TV ligada com seu marido assistindo algum programa e seus filhos brincando em algum canto da casa, ela abria uma das janelas e ficava olhando para o céu sentindo seu coração bater daquele jeito diferente, rápido e num ritmo que lhe parecia próprio, que a preenchia de coisas que nem sequer imaginava e não compreendia. E as estrelas, as brilhantes estrelas no céu escuro pareciam lhe dizer essas coisas, pareciam lhe dizer que elas estavam vivas e que tinham milhões de histórias para contar...
Donna, às vezes acreditava nelas, em outras, ria em silêncio dando as costas a toda aquela bobagem e ia terminar alguns afazeres, ou brincar com os filhos, ou jogar conversa fora com o marido, mas embora ela tentasse esquecer, seu coração continuava batendo rápido, mesmo quando se deitava e sonhava com aquelas mesmas estrelas no céu.
Numa tarde, Donna levara seus filhos a um parquinho próximo de casa e enquanto os observava brincando num balanço ela sentiu seu coração novamente a bater do mesmo jeito conhecido e instintivamente ela olhou para o céu. Era começo de inverno e o sol caia fracamente por entre as poucas árvores e brinquedos e então ela ouviu misturado aos sorrisos alegres de crianças, um barulho.
_ Esse barulho...
A voz dela era um sussurro, mas seu coração gritava dentro do peito, enlouquecido, como a lhe falar algo indecifrável. Seus olhos procuraram, em toda parte, não vendo nada além de crianças correndo e pranchas de sol.
_ Eu conheço esse barulho...
Era o seu coração que lhe dizia, mas assim como o som veio, foi embora, deixando apenas mais um rastro de inquietação disparada. O céu... Seus olhos o vasculharam. Era mesmo um lindo dia, como todos os dias de sua vida. Ela era feliz, muito mais do que imaginara que seria. Tinha tudo que sempre desejou, mas seu coração iria continuar batendo forte a cada vez que olhasse para o céu, e por mais que Donna Noble desejasse, ela entendia que nunca saberia o motivo disso, mesmo quando as estrelas insistirem em brilhar...
%&*# *&%$#
Doctor Who é minha série favorita na vida. Eu a encontrei depois de muitas zapiadas na TV e um pouquinho de preconceito com seus defeitos especiais maravilhosos!
Essa série me ganhou quando o Décimo Doutor se encontra pela primeira vez com uma noiva em fuga, a Donna Noble, e consequentemente, ele se torna o meu Doctor preferido e ela a minha companion preferida!
Meu coração ainda se corta de tristeza pelo que aconteceu com ela, mas eu sei que no fundo de seu coração, ainda está tudo o que ela viveu com o Doctor, mesmo que ela não possa se lembrar disso!
E quando a mim, ainda espero ouvir o 'som mais bonito do mundo' e meu Doctor a me convidar a dar um passeio em algum universo por ai... rs
