Granger era uma pessoa estranha. Aliás, qual o motivo de estar com o pobretão? Por dinheiro? NÃO, óbvio. Aquele cenoura mal tinha o que vestir, tsc tsc tsc. Por pena?
É, quem sabe. Draco ponderou.
Ela poderia gostar. Do pobretão. Não que Draco achasse alguém capaz de gostar de sarnas, cabelo de cor enjoativa e insegurança. Mas Granger era diferente das outras, não era?
E no fundo, bem lá no fundo, longe dos pensamentos de seu pai ou dos seus amigos ou da sua consciência, Draco queria... prová-la. Assim, rapidamente. Um gesto. Deixar que sua língua lutasse contra a dela. Deixar que suas mãos marcassem-na. Deixar que seus olhos a fizessem corar. Deixar que suas peles unissem-se. Deixar que o corpo dela ficasse abaixo do seu. Deixar que as pernas dela se abrissem para tê-lo, duro e forte. Deixar que seus dentes mordessem-na, sugassem-na, selvagem. Apenas deixar.
Ok, Draco Malfoy ia mesmo pro inferno.
Deveria ir.
Era obviamente o maior dos pecados, fantasiar tanta insanidade em poucos segundos.
E ainda havia uma vida inteira a se enfrentar, com muitas drogas, libertinagens, mulheres e grana.
Como diabos Granger se encaixaria nisso?
Soava-lhe nojento sujeitá-la a uma existência tão oca. Porque depois do dinheiro, do orgulho, do nome, Draco Malfoy estava só.
Não haviam xingamentos, não havia recompensa, não havia futuro.
Ou será que havia?
X
Uma short meio sem graça e sem explicação. Espero que gostem :)
