Fic: Insônia
Autora: Tati Black
Shipper: Teddy Lupin/Lily L. Potter
Resumo: Lily Luna embarca para seu último ano em Hogwarts. Ela e Teddy não se dão conta, mas será o ano mais difícil e mais importante da vida deles. Através de cartas, irão descobrir o que realmente um sente pelo outro.
Aviso: Será uma fic curtinha. De três a cinco capítulos, no máximo!
Disclaimer: Nada me pertence. Todos os personagens, ambientes e situações pertencem à J.K. Rowling, Warner Bros Pictures e Editoras. Essa fic não possui fins lucrativos e nem a intenção de violar direitos autorais.
Capítulo 1
Não era fácil despedir-se dela.
Uma aquecida brisa de verão os envolvia na Estação 9 ¾ de King Cross. Toda a família Potter estava lá, e Teddy os acompanhava. Lily iria para seu último ano em Hogwarts, e o mais difícil da vida do metamorfomago.
Ao entrar na cabine, Lily pôs a cabeça para fora e acenou para todos. Sua mãe e seu pai sorriam, emocionados, com a despedida da filha. James ria abertamente e gritava várias recomendações para ela burlar as regras. Já Albus sorria e dizia para ela estudar bastante para os N.I.E.M.'s.
E Teddy, atrás dos Potter, apenas sorria para ela. O coração estava apertado e ele lutava contra a vontade de correr e arrancá-la daquele trem. Tudo o que queria era abraçá-la com força contra si, como há poucos minutos fizera.
Há alguns meses, oito, para ser mais exato, sofria pela confusão de sentimentos. Desde as últimas férias de verão, não conseguia mais encarar Lily Potter como sua irmã mais nova, como a via até então. A garotinha crescera e se tornara uma bela mulher.
Teddy, que sempre fora o melhor amigo da ruiva, agora se sentia perdido. Chegara ao ponto de acabar seu namoro de anos com Victoire por não conseguir tirar Lily de seus pensamentos.
Sabia, em seu íntimo, que seria quase impossível ficarem juntos. Havia a diferença de idade, o fato de eles terem sido criados como irmãos, e o respeito que o rapaz tinha pela família da moça. Mas era quase impossível. E essa pequena porcentagem a favor dele era o que o mantinha esperançoso de que, um dia, a garota olhasse para ele como ele agora olhava para ela.
Lily sentou-se no parapeito da grande janela de seu quarto. O céu estava muito estrelado e a noite estava quente.
Perto de si, podia ouvir o ressonar de suas amigas, que dormiam fadigadas por causa do banquete de boas vindas. Mas ela não conseguia pregar os olhos, assim como quase não comera no jantar.
Seus olhos fitavam as copas das árvores da floresta negra, que balançavam com a leve brisa, enquanto seus pensamentos perdiam-se em certo rapaz de cabelos azul-turquesa, sua cor favorita.
Ela sabia que esses sentimentos não deveriam habitar seu coração e seus pensamentos. Era errado estar apaixonada por ele. Mas não podia evitar sentir o que sentia desde os doze anos, quando adoecera. Teddy passara cada minuto ao lado dela, não deixando-a perder o sorriso por estar presa à cama, entediada.
Lembrava-se bem daquela semana em que ele ficou hospedado na casa dos Potter para cuidar dela. E ela passou a vê-lo de forma diferente.
Mas sempre soube que jamais ele olharia para ela. Teddy amava-a como irmã mais nova. "Bem mais nova" – completou tristemente em pensamentos.
Sem conter seus impulsos, desceu da janela e correu até a escrivaninha. Com um toco de vela aceso, iluminando tremulamente o aposento, Lily sentou-se e começou a escrever.
Depois de alguns pergaminhos amassados, ela vestiu um robe, seus chinelos e se espreitou para fora do dormitório, com a carta definitiva dobrada em suas mãos. Não aguentaria até o dia seguinte para enviar a carta a Teddy.
Com o auxílio do mapa do maroto, Lily seguiu até o Corujal. Ao constatar que não havia ninguém pelo trajeto, sussurrou um "malfeito feito" e continuou seu caminho.
Teddy abriu os olhos, ainda sonolento. Demorou um pouco até identificar que o "toc, toc" que ouvia era de uma coruja em sua janela. Pelo horário, deveria ser algo urgente.
Levantou-se de um salto e correu até a janela. Seu estômago afundou e o corpo ficou gelado ao reconhecer a coruja de Lily.
Correu até a ave e, abrindo a janela, deixou-a entrar e pousar sobre sua cama. A coruja marrom piou em tom de indignação, talvez pela hora em que fora obrigada a viajar, talvez pela demora em ser percebida. Talvez os dois.
Rapidamente, e ignorando os pios e tentativas de bicá-lo da coruja, Teddy desamarrou a carta de sua pata. Estava preocupado, quase desesperado de preocupação. Mil e uma idéias permeavam sua mente, cada uma pior do que a outra.
Teddy Bear,
Desculpe-me a hora. Eu estou bem, não aconteceu nada.
Teddy suspirou aliviado e deixou-se cair sentado em sua cama. Só então percebeu que prendera a respiração e que seu corpo tremia.
Eu escrevi apenas porque estava com saudades. E também porque não consigo dormir. Queria que você estivesse aqui para que passássemos a madrugada inteira conversando, como sempre fizemos durante as férias.
Espero que você possa vir me ver no primeiro passeio a Hogsmeade.
Saudades,
Lily.
Um sorriso brotou no rosto de Teddy. Apesar de, inicialmente, ter ficado indignado por ela assustar-lhe daquele jeito, agora se sentia aliviado e, de certa forma, feliz.
Pegou uma pena e rabiscou uma resposta para a ruiva.
Ficou na janela apenas observando a coruja sair voando em direção ao céu estrelado. Seus olhos brilharam e uma nova esperança alojou-se em seu peito. Aquilo poderia não significar nada, mas, para Teddy, significou muito.
Lily estava com insônia, e pensando nele. Da mesma forma como ele já passara várias noites sem dormir, pensando nela.
Ainda com um sorriso bobo no rosto, deitou-se novamente. Dessa vez, ele não conseguia dormir por causa de certa ruiva que habitava seus pensamentos.
Ao ver sua coruja se aproximando, Lily abriu a janela e aguardou, com os olhos brilhando de ansiedade.
Ao retirar o pergaminho da pata da coruja, ela já alçou vôo, receosa de ter que fazer outra viagem bem na hora de sua caçada diária.
Querida Lily,
Se você quer me matar, tente algo menos doloroso. Morrer de preocupação ao ver sua coruja no meio da madrugada não é algo agradável.
Que bom que chegou bem a Hogwarts.
Algum motivo especial para você não conseguir dormir?
"Sim, Teddy. Você é o motivo de minha insônia!" – Ela pensou com um sorriso triste nos lábios.
Também estou com saudades de nossas madrugadas insones. Estarei te esperando em Hogsmeade no mesmo local de sempre, basta me dizer a data.
Saudades,
Teddy.
Depois de ler aquelas palavras, o coração de Lily bateu forte. Ela se encaminhou de volta para a cama e, ao deitar, por trás das cortinas de sua cama, levou a carta até o rosto e inspirou o aroma do pergaminho. Teve a esperança de sentir o cheiro dele ali.
Ainda abraçada ao pergaminho, adormeceu.
N/A:
Olá Queridos Leitores!
Depois de um longo bloqueio que veio com o fim de DMA, consegui escrever algo.
Dedico essa fic à Camila, vulgo Schaala, que me apresentou ao shipper e fez com q eu me apaixonasse por ele! E tb pq ela está, mais uma vez, como minha Beta. Obrigada por tudo Querida, é muito bem ter seu apoio e incentivo!
Espero que também gostem desse casal super fofinho!
Deixem uma review, please!
beijoooooooooooooooooos
Tati Black
