Gentem to aki só pra avisar que essa fic não é minha ela é da minha querida amiga Ana Souza, estou postando ela pela minha conta pq o FF ta de deboche com a Ana !

Bjos e ENJOY !


Depois de mais de sete anos chega ao fim a era House MD. A, era que por sete anos me dediquei muito, trabalhei feito um louco, passei noites e noites revisando texto, passei meses fora de casa longe da minha família, dos meus amigos, do meu lazer.

Acabou a série que se tornou um vício para muitos fãs, a que era considerada a melhor entre as melhores, a mais premiada, elogiada, assistida. Uma grande parte de mim,da minha vida acabou junto com ela. Eu sei que não iria durar pra sempre, sei que um dia isso teria que acontecer, mas todo fim é doloroso e quando é o fim de algo que marcou nossa vida a dor é duplicada. A série já não estava indo muito bem como antes, a saída de alguns atores mexeu com o público, abalou o amor e a admiração que eles tinham por ela. Isso também mexeu comigo, e muito. A minha perda maior foi a saída de Lisa, a notícia foi um baque pra mim, eu realmente não esperava por isso , não imaginava que ela já não estava feliz trabalhando conosco.

Todos que faziam parte da série eram importantes pra mim, mas a Lisa... a Lisa era especial, ela significava tanta coisa pra mim e ainda significa !

O que seria da série sem ela? Sem a Cuddy? O que seria de mim sem ela? Eu não conseguia imaginar aquele hospital sem a Cuddy, nem o próprio House sem ela, sem seu charme, sua autoridade sendo contestada, sua força e fragilidade demonstrada em diversas situações.

O que seria do set sem a Lisa? Sem aquele sorriso que abria o mundo pra felicidade, sem aquele olhar tão intenso e marcante, sem a sua alegria que contagiava a todos que estavam ao seu redor, sem aquela risada única e nada contida que eu adorava. O que seria da minha rotina que era muito exaustante, mas que com a presença dela tudo ficava mais leve? Onde eu acharia ânimo para gravar sem ela está lá?

É, eu fiquei perdido... tudo ficou sem brilho com sua ausência. Foi duro continuar, foi muito difícil superar essa perda, mas fui juntando os pedaços que ainda restaram de mim e segui em frente.

Tentei fazer com que ela continuasse, procurei uma solução aqui e ali, conversei, argumentei, de tudo tentei ou quase tudo... Talvez eu deveria ter falado com ela tudo o que eu estava sentindo em relação à sua saida, talvez isso pudesse mudar algo em sua decisão, talvez ela pudesse voltar atrás, mas não me senti no direito de fazer isso, de pedir isso. Talvez eu fui covarde, mas mais covarde eu seria se eu pedisse pra ela ficar e ela ficasse, mas não por ela e sim por mim. Que tipo de homem eu seria pedindo isso? Passando por cima dos sentimentos dela, não dando valor ao que ela realmente queria só para satisfazer um desejo meu. Que tipo de amor era esse que sentia por ela? É, amor! Eu era completamente apaixonado por ela, e já tinha algum tempo. Esse amor só fez crescer com o tempo e cada vez ficava mais forte. Eu seria muito egoista se pedisse pra ela ficar estanto infeliz, esse pedido não condizia com o meu amor.

A infelicidade dela era a minha, eu não a queria infeliz perto de mim, preferia tê-la longe, mas feliz. Por isso me calei, aceitei, me conformei mesmo estando em frangalhos por dentro, mesmo sendo um homem um pouco mais infeliz com isso. Fui em frente, segui como se nada tivesse acontecido, ou pelo menos tentava. A esperança de uma suposta volta me motivava, me dava ânimo para continuar gravando. Mesmo que essa volta demorasse um pouco eu ia esperar ansioso. Mesmo com a incerteza de que isso fosse acontecer, eu nutria uma esperança dentro mim e à alimentava a cada dia. Mas agora a série acabou e com isso o mundo pareceu desmoronar sobre mim, a única esperança de ter Lisa de volta em minha vida era em House, mas agora nem House em minha vida tenho mais.

Que porra de vida é essa que você perde tudo o que mais ama? Que o que você mais deseja não tem? Que a pessoa que você quer ter por perto a tem longe? Ou pior, não pode tê-la?

Pro inferno esse não pode ter, pro inferno essa vida perfeita, feliz, realizada que as pessoas acham que eu tenho. Pro inferno essa minha covardia, esse medo de magoar quem tenho perto de mim e pro inferno todas as pessoas que entraram no meu caminho e atrapalharam a minha felicidade, felicidade essa que era tão pouca, tão mínina, mas essencial em minha vida. Chega de ser infeliz, de fingir um sorriso, de viver de fachada. Eu mereço ser feliz, eu quero ser feliz ao lado de quem eu relamente amo e eu vou ser. Vou lutar por isso, mesmo que no fim não dê nada certo, mesmo que depois de lutar eu fique o mesmo sem a felicidade que tanto desejei, mesmo que seja tarde demais pra correr atrás do que quero.

Não importa qual resultado vou ter, caso eu não venha a conquistar o que quero, vou poder ao menos olhar pra trás e não me sentir um idiota, um completo covarde. Independente do que eu vier a ganhar

com tudo isso o sentimento de nao desistir, de ter lutado mesmo que tarde demais vai ficar comigo pra

sempre, e quem sabe pode até servir como consolo.

O fim de House me fez enxergar isso tudo que antes eu fingia não vê, me fez ter coragem pra fazer o que eu queria há muito tempo, e lutar por aquilo que eu mais desejava, por aquilo que tinha que ser meu. E a primeira coisa que eu tinha que fazer era procurar Lisa, pra tentar falar com ela e foi o que fiz.

Não esperei muito pra decidir falar com Lisa, eu ainda estava gravando para o final da série e tudo estava muito corrido, mas foi só encontrar um tempo livre que peguei o celular e liguei pra ela.

Era um final de tarde e eu estava numa pausa das gravações e louco pra ouvir a voz dela outra vez. Liguei direto pro seu celular, pois tive receio de ligar pra sua casa e seu namorado atender, eu não queria e nem podia prejudicá-la. A cada chamada eu ficava mais perto de ouvir aquela voz doce que ela tinha, e isso me deixava cada vez mais nervoso. Do nervosismo foi passando pro medo, Lisa estava demorando muito pra atender a ligação e eu já estava achando que ela nao queria me atender, ou então não podia por causa de seu namorado que poderia estar com ela na hora. Foi quando de repende eu ouvi um ''alo'' e aí sim meu coração ficou aliviado, eu nem cheguei a responder do bloqueio que tive na hora, e Lisa gentil como sempre mesmo sem obter uma resposta insistiu ''Hugh?''.

Foi tão bom ouvi-la chamar por meu nome, há quanto tempo eu não ouvia aquilo, há quanto tempo eu não sentia aquela sensação tão maravilhosa. Finalmente quando consegui falar algo chamei por seu nome, ela me confessou que estava surpresa com a ligação, mas que foi bom ouvir a minha voz. Perguntei se ela estava podendo falar no momento, já que demorou pra ateder e ela me respondeu que sim, que estava saindo do banho quando ouviu o celular tocar.

Pra quê ela me disse isso? Já comecei a imaginá-la só de toalha, o cabelo molhado e o cheiro do sabonete ainda em sua pele. Rapidamente me veio a lembrança de uma cena em que fizemos quando House e Cuddy estavam juntos, na qual ela aparecia de toalha e deixava os pingos de seus cabelos cairem em meu rosto. Nossa, como eu quis estar com ela naquele momento pra poder vê-la saindo do banho. Desejei aquela cena novamente, mas não como House e Cuddy e sim como Hugh e Lisa. Não resisti e acabei falando que se tinha um lugar no qual eu queria estar naquele momento, esse lugar seria lá, em seu quarto. Ela riu e logo desconversou falando que eu continuava o mesmo de sempre, e perguntando como eu estava. Fui direto ao ponto, respondi que estava bem e que precisava falar com ela, mas não disse qual seria o assunto, é claro, isso poderia assustá-la. Ela nao escondeu a curiosidade e já foi me perguntando se tinha acontecido algo, querendo saber sobre

o que eu queria falar com ela. Não adiantei nada, apenas falei que tinha que ser na minha casa ou na dela para podermos ficar mais a vontade. Senti que ela hesitou um pouco, como se estivesse pensando se deveria conversar comigo ou não, se realmente queria ouvir o que eu tinha pra falar mesmo estando curiosa. Insisti, disse que era importante pra mim e que seria pra ela também. Ela então aceitou me ouvir, e concordando pediu pra que eu fosse até sua casa à noite.