O sol brilhava forte iluminando toda ilha de Berk convidando jovens e adultos a se levantarem, entre eles, a filha do chefe Soluço, Valhalarama, ou Valy para seus amigos.
Ela levantou-se e logo encontrou sua mãe.
-Bom dia Valy - Astrid disse.
-Oi mãe - Valy respondeu - onde está o papai?
-Ele saiu com o Banguela - sua mãe disse.
-Ah sim - Valy sorriu - eu vou lá fora dar uma olhada no Valente.
Ela então saiu para fora e encontrou seu dragão descansando. O ferimento da perna de Valente já estava desaparecendo. Valy acariciava a cabeça o fúria da noite, suas orelhas se mexendo afetuosamente. De repente, uma sombra passou por ela, e alguns segundos depois, seu pai estava de pé ao seu lado.
-Oi pai - Valy sorriu.
-Oi Valy - Soluço disse - O que está fazendo aqui fora?
-Vim dar uma olhada no Valente - ela se levantou.
-E como ele está? - seu pai perguntou.
-Bem - Valy disse olhando para Valente - A ferida quase desapareceu.
-Isso é ótimo - Soluço sorriu - Acha que estão prontos pra voar?
-Ah eu não sei pai - Valy olhou para o chão.
-Tem alguma coisa te incomodando? - Soluço falou e ela olhou de volta - Sabe que pode me contar.
-É que... - ela tentou - eu sou amiga do Valente de verdade mas eu tenho medo de não conseguir voar com ele. Não sei se ele realmente confia em mim.
-Então é isso - Soluço sentou ao lado da filha - A confiança dele você já conquistou, você sabe disso - Valy assentiu com a cabeça - eu treinei com o Banguela antes de voar de verdade. Podia fazer isso também.
-É - Valy disse num sussurro, os olhos ainda encarando o chão - Como foi quando você e o Banguela voaram juntos pela primeira vez?
-Ah isso faz tanto tempo - Soluço riu baixinho - Voamos além da entrada da ilha. O Banguela conseguiu atingir as nuvens mas api eu me soltei da sela e caí em queda livre, perdi os controles, mas voltei a sela e tiver que esquecer os comandos e seguir os instintos.
-Você sobreviveu? - Valy perguntou assustada.
-Claro, se não não estaria aqui - seu pai sorriu - só fiquei com o cabelo chamuscado.
-Então - Valy voltou a timidez - se eu voar com o Valente, você e o Banguela podem vir com a gente?
-Com certeza - Soluço a abraçou - Vamos lá, acho que o Banguela pode emprestar uma sela.
Valente estranhou o objeto nas suas costas mas logo se acostumou assim que seu focinho tocou a mão de Valy, mostrando que confiava nela. Ela então montou devagar. Soluço sorriu a encorajando.
-Tá tudo bem - Valy acariciou seu dragão ao ouvi-lo rosnar - nós somos voar.
-Certo Valy - Soluço disse montando em Banguela - Só se lembre de travar bem as pernas, segure firme até alcançarmos certa altura, aí você pode aproveitar a vista.
-Tá legal - ela disse entre os dentes enquanto Banguela grunhia e Valente parecia grunhir de volta- o que é que eles estão fazendo?
-Não sei - Soluço se virou - acho que é papo de fúria da noite. Tá legal amigão, vamos voar!
Banguela abriu suas asas e alçou voo. Valente pareceu esquecer que tinha Valy nas costas e fez o mesmo. A menina ficou assustada, mas se lembrou das instruções do pai. Valente voava rápido e feliz, o que assustava Valy. seu dragão então se inclinou para frente e subiu além das nuvens, o que a assustou ainda mais. Mas então ele e Banguela apenas planaram, deixando o vento passar por suas asas suavemente. Valy então olhou a sua volta, várias cores dançavam no céu azul.
-Abra os olhos Valhalarama! - Soluço riu ao seu lado.
-É lindo pai! - ela respondeu admirada.
-E agora o que acha de voar? - seu pai perguntou - O Valente está gostando?
Assim que Soluço perguntou, Valente soltou uma rajada de fogo roxo esbranquiçado. Valy abaxou-se antes que o círculo quente a atingisse.
-Eu acho que a resposta é sim - Valy riu para seu pai.
-O que acha de voarmos mais um pouco? - Soluço perguntou.
-Eu acho que vai ser muito legal - Valy ergueu os braços sem sentir mais nenhum medo.
-Essa é a minha garota! - Soluço gritou contente.
Valy riu ao lembrar de que aquele era o jeito como sua avó costumava falar com seu pai. Juntos, eles voaram toda a manhã e Valy percebeu que talvez ela não era tão brilhante e inovadora quanto seu pai quando se tratava de dragões, mas voar e ser amiga deles estava no seu sangue e em seu coração.
N/a: E aí pessoas? Voltei com mais uma fic de CTSD espero que tenham gostado.
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