Disclaimer: Fairy Tail e seus personagens não me pertencem, crédito todo ao Mashima-sensei. Mas a ideia é minha então por favor, não copie :)

Sinopse completa:

Era único. Simples e completamente único. Não haveria mais nada, no mundo inteiro que os fizessem sentir assim. Nem todos os seres que já existiram em todas as eras da Terra seriam capazes de explicar o que acontecia entre aquele Demônio e aquela Anja.

Era uma sensação de pura infinidade, de não saber onde começava uma consciência e terminava a outra. Era não saber qual coração pertencia a quem. Era não saber qual alma tinha o tom escuro e qual tinha o tom claro. Era não saber qual par de asas tinham penas e qual tinham escamas. De não saber quais olhos eram castanho e quais eram verde musgo.

Eram duas almas e uma só existência.

Era apenas saber que não existia Natsu sem existir Lucy. E que não existia Lucy sem existir Natsu.

Fanfic UA - Universo Alternativo

Casais fixos: Natsu x Lucy, Jellal x Erza, Gray x Juvia, Gajeel x Levy, Alzack x Bisca, Loke x Aries, Wendy x Romeo, Elfman x Evergreen

Projeto extremamente longo, nada vai se resolver fácil.

Boa leitura!


Prólogo – A proposta

-Mestre, por favor!- pediu uma loira, com as duas mãos entrelaçadas sobre o peito- Eu quero realizar meu sonho! Quero trazer o bem! Porque não pode me mandar à Terra pra me deixar fazer isso? Não é como se eu fosse lá fazer algo ruim!

-Lucy, vou lhe falar uma última vez: você não está preparada para descer.

-Sou a melhor no que faço! Tenho certeza que vou dar conta, por favor!- ela quase estava se ajoelhando na frente dele- Vou conseguir, sei que vou!

O homem tirou os olhos dos papéis e encarou a loira à sua frente. Ela certamente era uma ótima anja, mas não tinha o perfil "guerreiro" para descer.

-Não.

-Mas, Gabriel! -ela resmungou, os olhos se enchendo de grossas lágrimas- Eu...Eu quero fazer algo para mudar o mundo!

Ele suspirou, sabendo que ela não lhe deixaria em paz.

-Os anjos que descem vão lá lutar, anjinha. Não vão passear num campo de flores. E você não é uma guerreira, Lucy.

-Eu sou forte, Gabriel! Eu-

-Não, anjinha.- ele falou delicadamente- Você não tem o tipo de força necessária para descer.

Os olhos castanhos dela se fixaram nos dourados do arcanjo.

-Você sabe que isso é mentira.- ela falou séria desta vez- Sabe quem era minha mãe. Sabe que eu tenho sim o poder, só não sei usá-lo ainda.

-E acha que ele vai despertar assim que pisar na Terra, Lucy?- ele resmungou, num tom quase maldoso- Eu já perdi a sua mãe na Terra e a causa não foram nem demônios e sim humanos. Não vou te perder também. -ele olhava firmemente em seus olhos, mostrando que não ia mudar de ideia.

Ela suspirou, olhando para o chão enquanto sua mente buscava uma saída.

Queria tanto ir à Terra que faria qualquer coisa por isso. Queria ajudar os pequenos humanos a ver o caminho da luz, como sua mãe fizera maravilhosamente bem, e não deixar que eles ouvissem as palavras que os demônios falavam.

Teoricamente, a Terra é um território neutro. Não pertencia nem ao Céu e nem ao Inferno. Anjos e Demônios lutavam e lutam por sua posse, desde os tempos imemoriais. Ambos se disfarçam em formas humanas e buscam convencer o maior número de possíveis de habitantes que seu modo de vida é correto.

Ou seja: Anjos tentam convencer os humanos a fazerem o bem enquanto os Demônios tentam o contrário. Exatamente como os desenhos mostram, um diabinho em um ombro e um anjinho em outro. Só que com formas humanas, sussurrando conselhos levemente, agindo de certa maneira, buscando que estes chegassem à suas almas.

E nos últimos quinhentos anos, Lucy sabia que o Céu estava perdendo cada vez mais terreno. As guerras sangrentas era cada vez mais comuns e com um número cada vez maior de mortos era uma prova incontestável disso.

Sabia que era cada vez mais difícil existir um bom dia sincero, ou um pedido verdadeiro de desculpas.

E ela, como um anjo da reconciliação, literalmente nasceu para pedir perdão e perdoar.

Anjos desse tipo não descem à Terra, ficam no Céu praticamente toda a sua vida, e descem apenas para casos graves ou quando simplesmente era excelentes no que faziam.

E Lucy, assim como sua mãe Layla, era incrível nisso.

Bastavam apenas algumas palavras sussurradas na consciência dos humanos, no momento certo, que elas se arrependiam. E era o chamado perdão verdadeiro, algo que brota da alma e não se pode sentir arrependimento por ele. Era simplesmente uma prova irrefutável de um bom coração, ou no mínimo que aquela alma ainda tinha salvação.

Lucy sabia disso tudo. Ela sentia isso tudo, tinha o mesmo instinto que fizera sua mãe famosa no Céu. Quase como um sexto sentido, a loira conseguia ver a alma dos humanos, e no momento que tocava a mente do ser, ela sabia se ele podia ou não ser 'contaminado' pela luz.

Ela não aguentava mais ver e sentir tudo isso do Céu, sem poder fazer nada para ajudar. Queria descer e falar pessoalmente com os humanos bobos que caíam nas garras dos Demônios, ao invés de somente falar em suas mentes, fingindo ser uma parte de suas consciências.

-Vamos fazer um teste. -ela sussurrou.

Gabriel arqueou uma sobrancelha.

-Teste?

-Um ano. Me deixe descer por um ano, e se eu não conseguir ajudar em nada, absolutamente nada, eu volto e nunca mais lhe peço para descer de volta.- ela olhou nos olhos dele, sem medo. Essa era uma das qualidades da anja que mais encantavam o Arcanjo. Mesmo ele não sendo só o seu soberano, mas soberano entro os Arcanjos, ela lhe olhava nos olhos, toda vez que se encontravam. Desta vez os olhos castanho dela não tinham lágrimas e nem vinham acompanhados de uma voz tomada de sentimentalismo. Ele viu somente uma coisa nos olhos da loira: determinação.

"Se ela fosse assim o tempo todo, realmente poderia dar certo."

Ela realmente tinha uma quantidade de energia grande dentro de si, tão grande quanto a de anjos guerreiros enviados à Terra. Mas mesmo com toda essa força, Gabriel não tinha certeza de que a Anja poderia aguentar viver lá. Afinal, um campo de batalha não é piedoso com soldados novatos.

Ele coçou o queixo, pensando na proposta.

-Tudo bem- falou por fim.- Você vai descer, por um ano.

Ela abriu seu melhor sorriso, quase iluminando a sala toda com sua alegria.

-AAAH, obrigada, obrigada, obrigada, obrigadaaaaa!- a loira correu, contornando a mesa, os braços abertos para abraçar o arcanjo.

-Mas.-ele falou, levantando a mão para impedi-la- Daqui a um ano, você vai subir ao Céu e vamos analisar toda sua estadia na terra. Se não conseguir vai ficar aqui no Céu pelo resto da eternidade.- ela assentiu, ainda sorrindo- E eu vou te rebaixar. -ele continuou, sério, olhando-a de modo que a fizesse entender todas as consequências de sua ação.

-Tudo bem. Eu aceito.- a anja piscou, radiante de felicidade.

O arcanjo suspirou, puxando ele mesmo a loira pra um abraço. Não conseguia deixar de se preocupar com a garota.

Ela riu, feliz, apertando a cintura do mesmo.

-Obrigado.- ela sussurrou, apertando o rosto contra a barriga forte do arcanjo, que era imensamente maior que ela.

Ele se afastou um pouco e tocou a testa da anja com os lábios, num beijo casto e delicado.

-Boa sorte, anjinha.- ele sussurrou, os lábios ainda tocando a pele dela- E cuidado com os demônios, ele conseguem se camuflar entre os humanos. Ainda mais nesses dias em que vivemos.

Ela riu levemente, ainda de olhos fechados.

-Vou mudar isso, Gabriel.- a voz doce esbanjava determinação.- Eu vou mudar pelo menos uma pessoa drasticamente, que nem ela vai se reconhecer.

O arcanjo sorriu tristemente.

-Tudo que precisará estará em sua bolsa. Agora vá e leve a luz, anjo.

A anja sorriu amplamente, ouvindo as palavras que eram seu passaporte para a Terra.

Sentiu o contato com o anjo sumir, e um vento de alta velocidade cercar seu corpo, enquanto suas asas se encolhiam e entravam em suas costas, se escondendo de maneira quase incômoda, deixando duas cicatrizes brancas no lugar.

Sua auréola brilhou e se transformou numa esfera incrivelmente densa de pura energia, que foi descendo lentamente até entrar em seu peito, criando uma marca sobre a pele, exatamente onde estava seu coração.

Aos poucos a transformação foi se extinguindo e a loira sentiu tudo a sua volta se acalmar, restando apenas uma suave brisa fria.

Quando a anja -agora humana- abriu os olhos novamente, se viu em parque, com o lugar vazio.

Aumentou o sorriso em seus lábios e respirou fundo, sentindo seus pulmões se encherem com o ar terrestre.

Ela sabia, e sentia, principalmente.

Sentia as pequenas esferas de energia pipocando em todo lugar, e sabia que eram almas humanas.

Estava oficialmente na Terra.


Yo minna!

Finalmente resolvi postar AD aqui no FF, depois de meses XDD Ela já está postada até o capítulo 8 no Nyah e no AnimeSpirit tudo pela minha pessoa, então não é plágio :3

Eu acho que vou ir postando um capítulo por dia ou uma vez a cada dois dias até estar acompanhando as outras, então logo logo eu volto aqui XD

Ah, sim, um aviso que eu queria que prestassem atenção :3 Tenho grandes planos para essa fanfic. E quando eu digo grandes, é porque ela em si vai ser grande. Sinceramente eu não me surpreenderia se ela tivesse mais de cinquenta capítulos e isso que eu gosto de escrever capítulos grandes (falando nisso, prólogo mega curto, gomen!) então não esperem que NADA vá se resolver fácil. Okey?:3

Enfim, espero que tenham gostado e até o próximo capítulo o/