Um amor proibido... Uma gravidez na hora errada... Um segredo que não deve ser revelado... Uma perda... Sensibilidades à flor da pele... Sara foge... Grissom vai atrás dela. O Destino fazendo e desfazendo tramas...Este pode ser o resumo desta fic curta.
Shipper:- GSR
Disclaimer:- Nenhum personagem de CSI me pertence.
"Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer
que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo que pode ,
pois existem pessoas que nos amam,
mas simplesmente não sabem como demonstrar isso."
William Shakespeare
PARTE I: A Reação Dela
Grissom amava Sara. Sara amava Grissom, Todo mundo sabia disso. Ou ao menos suspeitava. Afinal os CSI's não são estúpidos ou desatentos. Exceto Ecklie, talvez, e ele era o único que não podia saber, de jeito nenhum.
O CSI tinha uma política muito severa, quanto a namoros, dentro do laboratório e Ecklie era o seu mais ferrenho policial, não deixando nada passar. Menos isso, que crescia embaixo do seu nariz e ele não via.
Fora esse empecilho, havia os escrúpulos tolos de Grissom, achando que a diferença de idade entre eles podia ser um fosso abissal. E, além disso, temia ficar surdo no futuro, esquecendo-se, que não amamos alguém por ser perfeito, mas quem amamos, se torna perfeito aos nossos olhos.
Os olhares ardentes, que trocavam eram como um lança-chamas, sempre a causar incêndios no laboratório. Cada um via de acordo com sua cabeça e sua vivência. e, principalmente com o que QUERIA VER.
Warrick, por ser o mais experiente do grupo, sendo que sua experiência vinha das ruas e dos cassinos via o lado carnal da coisa. Grissom embaixo daqueles óculos e do seu guarda-pó, que lhe davam uma aparência, pacata, seria um homem vigoroso transbordando sexo por todos os poros. Via Sara como uma brasa encoberta, que seria uma fera na cama.
Catherine pensou seriamente, que seu estranho amigo, ficaria sozinho, Cansara de arrumar garotas para ele. Todas ficavam encantadas inicialmente, com seus modos e galanteios; para depois saírem correndo, quando ele começava com aquelas estranhas conversas sobre insetos nojentos e mortes estapafúrdias. Fora os terríveis presentes, super estranhos. Sara era outra esquisita...
Nick via Grissom como alguém superior, alguém que estaria acima do bem e do mal. Considerava Sara como uma irmã, e como tal, assexuada. Porisso nem chegava a imaginar eles fazendo sexo.
Greg, muito novo, e com uma queda por Sara, achava que ela pensava que amava Grissom. Mais cedo ou mais tarde cairia na realidade e viria para os seus braços.
Todos estavam um pouco certos e muito errados. Nem Grissom era um sátiro; nem um santo. Sara não era uma mocinha ingênua; nem uma devoradora de homens. Eram apenas... Um homem... Uma mulher... Um grande amor...
Chegaria um tempo que beijos e palavras doces, não satisfariam mais e então, eles uniriam seus corpos, bem como suas almas e seus corações, num pacote só.
E quando isso aconteceu, eles ficaram sujeitos a acidentes de percurso. E de fato, um acidente ocorreu. Estavam tão entretidos, em sua paixão, que nenhum deles percebeu que uma camisinha se rompeu.
Sara começou a vomitar toda manhã. E também a sentir náusea e enjôo, no necrotério do Dr. Robbins. Ela que era tão forte, estranhava que agora tudo parecia lhe fazer mal. Ela parecia estar tendo sintomas de muitas doenças e certo que o legista não consultava vivos; mas pela experiência que ele tinha ,ele olhava para Sara e achava bastante provável que ela estivesse grávida.
- Tem certeza, doutor? – Perguntou, compreensivelmente nervosa.
- Certeza, certeza, não tenho! Porisso gostaria que você procurasse um médico. – Ele abaixou voz. - Posso lhe perguntar uma coisa?
- Claro doutor!
- No momento há alguma chance, de você engravidar?
Antes de responder, ela ficou com o rosto vermelho, até as orelhas.
- Escute Sara: eu não preciso que me dê o nome dele; na verdade se ele está vivo, não me interessa. Só quero saber se há uma possibilidade, de você estar grávida.
Ela acabou não respondendo. Mas o rosto em brasa e o olhar grudado no chão, já eram em si, uma resposta. Ela resolveu ir ao médico, naquele dia mesmo. Era melhor saber de uma vez, a ficar naquela incerteza, sem poder agir.
Bastaram umas poucas perguntas e um rápido exame local, para o experiente Dr. Paullings, dizer que ela estava grávida. Em todo o caso, ele mandou material para exame. "Para não restar dúvidas", falou ele.
Ela já sabia o que fazer: ser mãe nunca estivera em seus planos. Menos agora, com o emprego que tinha. Não via como conciliar maternidade com o laboratório. Queria ter certeza, para poder marcar o aborto. Externou seu pensamento ao médico.
- Srta. Sidle, tem mesmo certeza de querer isso? Já conversou com o seu parceiro? Ele está de acordo?
Sara não tinha pensado em Grissom, nem uma vez. Na verdade, ele tinha participação ativa nesse caso, e não estava sabendo de nada. Talvez fosse hora de conversarem a respeito. A história deles, era tão recente que ela nem sabia o que ele pensava sobre filhos. Certo que o corpo era dela, mas o amor era dos dois. Era mais do que justo, conversarem sobre o resultado desse amor.
- N-não! Não conversei sobre minhas suspeitas, - Respondeu Sara.
- É uma coisa fortuita ou algo sério?
- Quero crer que é sério...
- Então, conte para ele. É uma decisão que deve ser dos dois! – Disse o doutor, e olhando muito firme para ela, perguntou. - Já passou dos trinta, não?
Sara confirmou com um meneio de cabeça, mas ficou intrigada; o que a idade tinha a ver com isto?
- Naturalmente tem um parceiro mais velho do que você.
- Sim e daí? – Ela já estava com a testa franzida. O que o médico queria insinuar?
- Bem, então são maduros, para entender... - pigarreou o Dr. Paullings – Bem,ao contrário do que se diz, por aí, não é tão fácil se engravidar; quanto mais o tempo passa, mais difícil se torna.. Vocês tiveram muita sorte, dessa vez..
- SORTE? Foi um acidente doutor!
O médico não se deu por achado:
- Senhorita, até para um "acidente" desses acontecer, é preciso sorte!
Sara saiu da clínica pensando nas palavras do Dr. Paullings. Ela nunca teve nada de seu.. Era interessante pensar que mesmo que Grissom não assumisse, ela queria experimentar ser mãe, pois poderia ser sua única chance de ter, com o seu amado segundo ela, um anjinho de cabelos encaracolados, de olhos azuis, todo fofinho, dando vontade de morder.
A imaginação foi sendo levada, e se Catherine podia criar uma criança, ela podia também. E assim, quem num primeiro momento, foi logo pensando num drástico aborto, ia, aos poucos, reformulando seu modo de pensar. O médico tinha conseguido influenciá-la afinal.
