Título: O Legado dos Giovanni
Autor: mery beckett
Rating: M – linguagem abusiva, sexo explícito, violência e yaoi (relações entre homens)
Summary: Florença Renascentista. Um aviso, uma profecia. A morte é apenas o primeiro obstáculo.
Disclaimer: Todas as personagens pertencem à tia Rowling, eu apenas as pego emprestadas para me divertir um pouco.
N/A: Aviso básico: o prólogo e o primeiro capítulo ainda não estão betados, porque na ansiedade de postar a fic nem esperei pelos arquivos betados LOLZ. Enfim, quando o estiverem, eu re-postarei o/.
'O Legado dos Giovanni' é uma fic de Universo Alternativo, ou seja, não tem magia (mas terá uma espécie disso mais para a frente e não adianto mais u.u) e alguns personagens sofrerão uma alteração de idade.
Lembrando que essa fic contém relações homossexuais entre dois homens E não é aconselhada a cristãos altamente convictos porque pode ofender um pouco. Se você não é mente aberta o suficiente, então por favor abandone a página ao invés de ofender a MIM numa review.
A todos os outros, boa leitura xD.
- PRÓLOGO –
Na sua aldeia contavam-se histórias sobre um padre que vivera há dois séculos no mesmo terreno que ele. Um padre herege profeta. Ele admirava como os aldeões tinham capacidade para inventar lendas tão intricadas e proibidas quanto aquela. Sabia-a já de cor.
Era um padre relativamente novo que tinha chegado à aldeia, diziam. E que tinha olhos e cabelos claros, pouco comum naquela zona litoral onde olhos e peles morenas predominavam. Se instalara numa humilde casa perto da igreja local, para que prestasse missas à pequena população, já que o último padre havia morrido fazia três semanas.
Solitário, aquele homem. Apenas saía para fazer as missas e retornava a casa o mais cedo que conseguisse. Vizinhos e habitantes tentaram travar conhecimento e amizade com o homem, mas aparentemente ele fingia que não ouvia quando lhe batiam na porta. Passado semanas, os aldeões decidiram deixar em paz aquele assunto. Não era relativamente importante, era apenas um padre sem grande história que se entregava a Deus através do silêncio. Não havia nada a seu respeito que fosse relevante. Apenas que se chamava Giovanni.
A aldeia era pacífica. Poucos ou nenhuns ataques foram feitos naquele território. Claro que violações era algo comum naqueles tempos, mas as mulheres não importavam e apenas teriam de se manter silenciosas e ter os seus filhos bastardos.
Tinha sido num domingo.
Os aldeões estranharam que padre Giovanni não tivesse comparecido na missa. Nunca havia faltado nem aparentemente adoecera naquele ano. Foi decisão unânime quando irromperam pela porta da sua casa. Sim, ele estava lá.
Morto. Aparentemente suicídio. E, olhando as paredes e o chão à sua volta, os aldeões congratularam que assim tivesse sido. Cruzes de madeira estavam voltadas ao contrário e pentagramas toscos esculpidos em madeira circundavam dois cadáveres. Ambos estavam em posição fetal, tocando a mão um do outro. Um, era uma mulher da aldeia bastante requisitada pelo público masculino, com longos cabelos ruivos e olhos pequenos e negros. O outro, era o próprio Giovanni. Diziam que no cimo da secretária se encontrava uma carta que denunciava o padre como louco herege que violara durante meses a mulher. E diziam também que os aldeões teriam se ido todos embora, queimando os cadáveres, se não tivessem ouvido o som de um bebé, no meio deles.
Era o seu tetravô, contava-se. E por isso a sua família não era muito bem vista naquele pequeno povoado. As histórias sempre viviam durante o tempo, mesmo que não fossem totalmente verdadeiras. Eles olhavam-no de lado, quando passava, mesmo que fosse somente um garoto inocente. Estavam apenas esperando um pequeno deslize para denunciar a família à Inquisição e se verem livres de toda a má sorte que aquele padre lhes trouxera há dois séculos atrás.
Ele achava ridículo que acreditassem numa lenda acerca de um padre servo do diabo. Padres eram fiéis a Deus e não havia outra coisa que se pudesse fazer em relação a isso, o seu pai lhe dizia. E ele concordava, todos eles nasciam para servir Deus e não havia outro propósito que devessem seguir.
Um dia, ao correr pela casa, a madeira do chão abrira. Para além de um pé machucado, ele descobrira também um alçapão falso.
E, dentro dele, uma carta um pouco deteriorada pelo tempo.
"Será no ano mil quinhentos e cinquenta do Senhor. Mui desastres vão decorrer, Deus me diz no meu sono. Eu sou o início do fim. Sou Alfa e Ómega como Cristo. O homem muito irá pecar seguido de mim, mui pior que eu. Deus disse que eu devia pecar para abrir os olhos de seus cordeiros. Afastai-vos da floresta, pois as criaturas de Deus se rebelarão contra a criação Dele. E com sangue o pecado se perde e se perdoa. Ámen."
Desejou que tudo fosse apenas uma lenda.
