Nota: como essa é a minha primeira fic de futebol peço desculpas se algumas coisas em relação aos jogos não fizerem muito sentido, tudo isso é muito novo pra mim. Nessa fic, Cristiano e Kaká são solteiros e não tem filhos... Essa fic de Criska' é totalmente dedicada a uma das fofuras da minha vida: Débora 3 Te amo linda!
Capitulo 01
Cristiano saiu do banheiro, com a toalha enrolada na cintura. Algumas gotas d'água ainda escorriam pelo seu corpo. A televisão estava ligada, o som alto ecoava pelo quarto do hotel, conforme as noticias eram apresentadas pelos âncoras do jornal esportivo.
Ele sentou em na cama, prestando atenção no que estava sendo falado. Até que finalmente, a notícia que esperava começou a rodar...
-Amanhã à noite, teremos um dos jogos mais esperados de toda a Champions League: Milan x Manchester United. Isso porque os dois times estão empatados nos pontos da tabela, além de seus principais jogadores estarem concorrendo ao prêmio de melhor do mundo pela FIFA. –a mulher disse, com um leve sorriso no rosto. –Pelo visto esse jogo tem gosto de final, não é Victor?
-Com certeza, Alice! Pelo visto, nesse jogo de amanhã muita coisa vai acontecer! Façam suas apostas... –o homem olhou pra câmera e fez um gesto largo com a mão.
Cristiano respirou fundo, vendo as imagens que passavam, mostrando os gols que ele e seu rival fizeram durante toda a competição até agora, enquanto os âncoras comentavam as habilidades de cada um.
Seu instinto competitivo já gritava dentro dele, ardendo como uma fogueira no peito. Levantou-se da cama rapidamente e desligou a televisão. Encarou-se no espelho, observando cada linha de seu rosto. Sabia que era capaz de vencê-lo, como já tinha feito com tantos outros. Iria simplesmente sair invadindo o campo com tudo o que tinha, esmagando os adversários como um tanque de guerra.
Seus lábios se curvaram num sorriso malicioso. Precisava dormir bem para estar preparado para o dia seguinte...
(...)
O estádio estava completamente lotado, várias pessoas berrando em êxtase. Cristiano andou calmamente até o meio do campo, o queixo levemente empinado, a postura ereta. Sentia todos os olhares do estádio recaindo sobre si, já estava acostumado com aquela sensação, mas naquele momento o incomodava toda a atenção que recebia.
O juiz fez um movimento com a mão e o capitão do outro time se aproximou. Era seu rival. Possuíam a mesma estatura, sendo mais altos que os outros jogadores. Mas as semelhanças paravam por ai...
-Cara ou coroa? –o juiz perguntou para Cristiano.
-Cara.
A moeda foi lançada no ar e caiu no chão, mostrando cara. Cristiano sorriu e levantou o rosto, encarando o outro capitão, que estava sério.
-Cristiano Ronaldo e Kaká, por favor, troquem as bandeiras dos times e dêem um aperto de mão. –o juiz pediu, enquanto começava os preparativos.
Kaká.
Aquele nome ecoou nos ouvidos do português durante alguns segundos, deixando-o meio zonzo. Trocaram as bandeiras dos times e no momento do aperto de mão, seus olhares se cruzaram. Cristiano sentiu-se engolido pelos olhos castanho-escuros, quase negros, de Kaká. Sabia reconhecer um adversário à sua altura quando via um. E aquele era um desafio que precisava ultrapassar.
O juiz apitou e o jogo começou.
Nos primeiros minutos, o jogo estava lento, os times apenas passando a bola de um jogador por outro, conhecendo o adversário, sentindo a textura da grama. Aos poucos o ritmo foi aumentando, até que certa altura, eles já corriam freneticamente de um lado a outro.
A tensão estava tão grande que dava para sentir pairando no ar, quase pegá-la com as mãos. Cristiano viu que dois jogadores do Milan fazia uma jogada e se intrometeu, interrompendo a bola no meio do caminho, que ia para Kaká. Ele atravessou o campo, trocando a bola com seus colegas de time, até que fez o gol.
Parte da torcida na arquibancada vibrou com o gol, enquanto a outra metade reagiu negativamente. O primeiro tempo terminou e era hora do intervalo. Os técnicos tentaram entusiasmar os times, afinal ainda tinha muito jogo pela frente.
Assim que o segundo tempo começou, Milan se tornou mais ofensivo. Kaká começou a se aproximar mais de Cristiano, marcando-o e atrapalhando seus movimentos. Após vinte minutos, os times já estavam empatados. E a situação foi apertando cada vez mais.
Kaká acelerou sua corrida e deu um carrinho em Cristiano, que já estava chegando do gol. Com isso, o português caiu na grama e a bola rolou para longe.
Ele levantou-se, respirando fundo. Sua canela doía com o impacto e sua paciência tinha chegado ao limite.
-Quem tu pensas que é, gajo? –perguntou em sua língua materna, com seu sotaque forte.
-Apenas fiz meu trabalho ao impedir você de marcar um gol. –o brasileiro respondeu, levantando a sobrancelha. –Chateado?
-É melhor que pares com isso antes que arrumes confusão. –Cristiano aproximou-se dele, encarando-o.
-Desculpe, enquanto o meu time estiver em campo, eu não vou parar. –Kaká esboçou um leve sorriso e se aproximou também.
Naquele momento, ambos estavam ocupados demais se enfrentando para reparar que vários jogadores tinham parado no meio do campo e os observavam. Os dois pareciam uma verdadeira bomba-relógio. Todos no estádio sabiam que se eles brigassem feio, os times partiriam um pra cima do outro e ai seria uma confusão generalizada. Eles continuaram se olhando feio, até que o juiz chegou e separou a confusão.
Após essa tensão, o jogo transcorreu normalmente. Manchester conseguiu mais um gol, mudando o placar pr com a ajuda de Cristiano. O jogo terminou pouco depois. Enquanto comemorava com sua equipe, o português procurou seu adversário no campo, até que o encontrou já perto da entrada pros vestiários.
-Ei, Kaká! –ele berrou, chamando a atenção das pessoas, inclusive do brasileiro.
-Veio jogar sua vitória na minha cara? –perguntou, um pouco irritado.
-Na verdade, vim lhe parabenizar por ser um oponente à minha altura. –Cristiano esticou a mão. –Gostei de competir contigo.
Kaká riu ao ouvir aquilo, simplesmente não parecia ser real. Balançou negativamente a cabeça, enquanto ria sozinho. As pessoas observavam a cena um pouco tensas.
-Por acaso, já te disseram que seu ego é enorme? –ele retrucou, tentando descontrair e apertou a mão do outro.
-Sim, principalmente as mulheres. Elas dizem que meu ego e outras coisas mais são enormes.
(...)
Kaká simplesmente não conseguia parar de sorrir. Apesar do Machester United ter vencido o jogo com dois gols de Cristiano, foi o brasileiro quem levou o prêmio de melhor do mundo pra casa naquela noite.
O anúncio do ganhador simplesmente pegou todo mundo de surpresa. O português simplesmente não conseguiu esconder sua insatisfação e esboçou uma careta quando Kaká subiu ao palco.
Depois disso, Kaká ficou ocupado demais, dando entrevistas e tirando fotos pra conseguir conversar com o outro. E agora estava em casa, horas após a festa promovida pela FIFA, admirando seu troféu, que repousava na estante perto da televisão gigantesca.
Já passava das quatro da manhã e ele precisava dormir. Kaká apenas tirou a roupa de gala, escovou os dentes e caiu com tudo na cama, vestindo apenas sua cueca box. Minutos depois seu celular tocou, despertando-o. Achou estranho porque no visor mostrava que era seu agente ligando.
-Aconteceu alguma coisa?
-Claro que sim! –ele berrou do outro lado do telefone, parecendo ansioso. –Recebemos uma proposta milionária do Real Madrid pra você deixar o Milan.
-O que?! –Kaká despertou completamente, sentando na cama.
-Isso mesmo! Precisamos discutir isso sem falta. Acho que você nunca na sua vida vai receber uma proposta tão boa quanto essa, Ricardo.
-Mas e o Milan? Minha equipe...
-Você sabe que não temos tempo pra dramas no futebol! Enfim, reunião ao meio-dia, no meu hotel.
Tão rápido quanto ligou, o agente desligou, deixando Kaká olhando para seu celular no escuro do quarto. Sua cabeça começava a rodar e ele deitou novamente.
Real Madrid...
Nossa, aquele time era grande e poderoso. Com muito mais recurso que o Milan e com certeza ajudaria a levantar a carreira de Kaká, dando melhores oportunidades. E por que não? Fechou os olhos e sentiu o sono vindo... Mas não fazia a mínima idéia do que aconteceria na reunião quando o sol levantasse.
